“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso, esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6
Não obstante, vermos as coisas mudarem várias vezes, tendemos a ser circunstanciais; isto é: Influenciados pelas coisas que nos cercam, mais, que pelas convicções internas. Acima temos O Senhor lembrando Sua fidelidade a Israel, em pleno deserto, onde Ele proveu água e pão. Porém, entrando na Terra da Promessa, encontraram fartura; fartos esqueceram de Deus.
Quantas vezes, algo assim acontece conosco. Se, estamos em momentos de privações materiais, de saúde, emocionais, etc. somos fervorosos em buscar ao Senhor, orar; mas, saciadas essas carências, tendemos ao comodismo indiferente, a infidelidade.
No fundo, se buscamos Deus quando nossas necessidades são mais intensas, não é a Ele, estritamente, que buscamos, antes, Nele, a satisfação egoísta de nossas próprias vontades. Inda que eventualmente, por Sua Graça, O Eterno supra, petições de infiéis, Seu Galardão, Sua bênção se reservam aos que buscam a Ele, não, ao que Ele dá. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e, é galardoador dos que o buscam” Heb 11;6
Embora sejam palpáveis, visíveis, tanto, as fartas, quanto, de privações, circunstâncias são, como o nome sugere, coisas que nos circundam, estão ao redor de nós; Deus, de quem O ama, está dentro. Se dependesse apenas do que o cercava, o primeiro casal não teria pecado, pois, estava num jardim de delícias, fartura, mas, o inimigo achou uma brecha interna, negligência para com a Palavra de Deus; nesse lapso, a semente do orgulho lançada, deu azo ao surgimento do ego, um deus caído que separou a humanidade do Criador.
Orações que querem coisas, não, relacionamento, inda são traços do ego no comando, donde vem o termo, egoísta. Se, Deus faz concessões nesses casos, isso deriva de Sua graça geral, Seu amor pelo mundo que faz sol e chuva descerem sobre justos e injustos. Porém, anseia mais que isso; deseja regenerar filhos espirituais mediante Jesus Cristo; não, meramente, alimentar, criaturas.
Esses, que recebem a ventura de voltar ao relacionamento com Ele, são testados no deserto, nas privações, para, não cometerem o mesmo erro de nossos antepassados, menosprezar à Palavra da Vida. “Te humilhou, te deixou ter fome, te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas, de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.” Deut 8;3
Se, vivemos mediante A Palavra, coisas devem ocupar lugar secundário, enquanto, a Justiça do Reino deve ser prioridade, segundo ensinou O Salvador. "Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si. Basta a cada dia seu mal.” Mat 6;33 e 34
Aliás, Ele, Jesus Cristo, “O Segundo Adão”, não esteve num paraíso como aquele, antes, lutou contra o inimigo e venceu, em pleno deserto; onde, após jejum prolongado, foi tentado a verter pedras em pães. Justo aquele trecho da Palavra foi Sua arma de defesa: “Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda a palavra que procede da boca de Deus.”
Claro que é lícito pedirmos coisas que nos faltam; porém, seja nossa prioridade o relacionamento sadio com O Pai, pois, logrado isso, Ele, que É Fiel, com Sua Sabedoria e Bondade, cuidará de nós. Ele ensina que quem é fiel no pouco, o será igualmente, no muito. Então, carência ou fartura são coisas circunstanciais; fidelidade é ponto, o valor que deve nortear nossos passos; estejamos, com muito, ou, pouco.
A vida abundante que O Senhor prometeu tem sido convenientemente pervertida por mercenários para que o texto pareça dizer vida farta. Abundância de vida num cenário de morte espiritual, como o que O Senhor encontrou, atina à conversão, nascimento de muitas vidas; e à eternidade legada aos renascidos, abundância de dias.
Fartura e privação de bens não têm peso espiritual, em alguns casos, como vimos, carência serve para ensinar a dependermos da Palavra.
Para O Senhor, multiplicar o pão é mui fácil; contudo, a vida depende de nossa participação; espiritualmente não existe o ingrato: “Não pedi para nascer”. Precisamos desejar isso, nos arrependermos de ter errado o alvo, para que sejamos, enfim, regenerados por Cristo.
Com Deus, mesmo o deserto se faz habitável; Ele verte água da rocha, faz cair o pão do céu; sem Ele, até um faustoso jardim, é lugar de queda, do triunfo da serpente traidora.
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segunda-feira, 15 de maio de 2017
O pão, A Palavra
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sábado, 26 de dezembro de 2015
Santificação, o nome dos bois
“O mar estava posto sobre doze bois; três que olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente; o mar estava posto sobre eles; suas partes posteriores estavam todas para o lado de dentro... era para que os sacerdotes se lavassem nele.” II Cron 4; 4 e 6 Um dos utensílios do Templo de Salomão, o “mar”, na verdade uma grande banheira esculpida sobre doze bois.
Muitas coisas daquela época, além de sua utilidade imediata, traziam mensagens futuras. Para a teologia, são os “Tipos Proféticos”, ou, as “sombras dos bens futuros”, como alegorizado em Hebreus. Assim, o Cordeiro da Páscoa era um Tipo de Cristo; a água da rocha, Tipo de Sua Palavra; o maná, idem, símbolo do Pão do Céu; etc.
O aludido mar, sobre doze bois apontava profeticamente para algo, também? Ora, o próprio Salvador comparou Sua Palavra como “uma fonte que salta pra vida eterna”; “Água da Vida”; ou, um lavatório, quando disse: “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho pregado.” Esse, aliás, é o “nascer da água e do Espírito” dito pelo Senhor. Da Palavra e do Espírito. Nada a ver com batismo que é mero testemunho público, a salvação se dá na conversão.
Paulo ensina: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo”. Tt 3; 5 “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.” Ef 5; 26
Vemos então, o concurso do Espírito e da Palavra, como agentes purificadores. Sendo a água, a Doutrina de Cristo, Seu corpo espiritual, a Igreja, todos os que O servem em Espírito e verdade formam o “Mar” que contém a água. Os doze bois que sustentam isso, óbvio, os doze apóstolos, iniciadores da obra e difusores da Doutrina. Se, Judas extraviou-se dada sua escolha, Matias foi posto em seu lugar, o “pedestal” foi refeito.
O fato de que cada grupo de três animais olhava numa direção tipifica o propósito universal, “toda criatura”. Todavia, aspecto mais relevante desse Tipo era que os sacerdotes deveriam se lavar antes de ministrarem. Isso não aponta para outra coisa, senão, para a necessária santificação dos que pretendem exercer o Ministério.
Paulo foi didático: “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9; 25 a 27
Três coisas são necessárias pra se lavar; primeira: Identificar a sujeira; segunda; querer; terceira, dispor dos meios. A Palavra mostra o pecado, insta ao arrependimento, e purifica com a Água da Vida, o perdão de Cristo.
Tiago alude a uns que, vendo-se sujos, recusam a se lavar; “E sede cumpridores da palavra, não, somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1; 22 a 24
Pedro, por sua vez, a outros que, tendo se lavado uma vez, sentiram saudade da antiga sujeira e voltaram; “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada, ao espojadouro de lama.” II Ped, 2; 22
O Senhor, quando lavou os pés dos discípulos, disse que deveriam, eles, lavar uns aos outros. Claro que, num sentido espiritual de corrigir, advertir, exortar, afinal, estavam em pé de igualdade; se, alguém quisesse ser o maior, deveria se fazer menor ainda.
Todavia, o Papa Francisco disse que todas as religiões são boas, mesmo os ateus “temem a Deus” quando fazem o bem. Assim, estão todos limpos, pra quê água ainda? Se é mesmo sucessor de Pedro, como pretende, deveria atentar ao que o Senhor falou àquele: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”.
O Senhor nunca pretendeu vistas grossas ante a sujeira, antes, que cada um, aprofunde suas escolhas, sejam virtuosas, sejam, viciosas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22; 11
Sem santificação ninguém verá a Deus. Ele define o que é santo. Podemos até “decretar” que escórias e prata são a mesma coisa, mas, O Eterno tem métodos próprios de refino. “As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.” Sal 12; 6
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