segunda-feira, 26 de março de 2018

"Deus não precisa dinheiro"

“... Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura não cercaste ele, sua casa, e tudo quanto tem? A obra das suas mãos abençoaste, o seu gado tem aumentado na terra.” Jó 1;9 e 10

A Fé por interesse foi a acusação do canhoto a Jó. Natural que quem desconhece o amor imagine algum outro tipo de recompensa das que conhece. Assim, o Capiroto, bem como seus representantes, os da “Teologia da Prosperidade” advogam como válida uma “fé inteligente” materialista, imediatista.

Sendo a fé “O firme fundamento das coisas que não se veem”, quem precisa ver, pouco importa o que seja, não passa de um idólatra; aliás, a própria avareza é definida como idolatria. O mesmo Jó, adiante, privado de todos os bens, filhos e saúde deu uma demonstração cabal da sua essência: “Ainda que me mate, Nele esperarei”; disse. A esfera da fé despreza circunstâncias; mesmo a vida terrena por amor Àquele em quem confia.

Gostamos de conforto laboramos por prosperar, todos nos inclinamos a isso. Oramos por saúde, portas de trabalho, e nos alegramos quando essas se abrem. Mas, essas benesses nos fazem gratos ao Criador, não, crentes. Os verdadeiros já creem mesmo privados disso. Não veem as posses como o sentido da vida, ou, a possibilidade de se jogarem na esbórnia como o Pródigo. Antes, mesmo ouvido do pai, “tudo o que tenho é seu”, como ouviu o irmão dele, sabem que as coisas são bens a serem zelados, bem geridos, não, dilapidados.

Quem anela riquezas para “curtir a vida” mesmo se dizendo cristão, suas escolhas mostram nuances do medo da morte, predicados ímpios; os que estão em Cristo não têm um período curto a aproveitar, antes, um patrimônio eterno para zelar.

Muitos usam erroneamente um texto sobre semeadura e ceifa para fazer parecer que sua pregação é bíblica: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, ele ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Enfatizam os pilantras que seria um escárnio semear e não colher. Escárnio seria plantar uma coisa e colher outra; ou seja, semear “na carne” segundo as cobiças naturais por riquezas terrenas e derivados prazeres, e ceifar no Espírito, bens eternos. Os que semeiam de olho nas coisas corruptíveis ceifarão corrupção. Os que se entregam ao Espírito, fiéis, com ou sem coisas, terão vida eterna, esse é o ensino. O que for além é perverso.

O Salvador enfatizou que O Pai sabe de nossas necessidades cotidianas, mas, que não devemos priorizá-las; antes, semear no Espírito: “Buscai em primeiro lugar O Reino de Deus e Sua Justiça, as demais coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Do outro lado temos os comunistas “cristãos” os da “Teologia da Libertação”, segundo os quais, o sentido pleno do Evangelho seria a promoção da “Justiça social”. Eis um termo ausente na Bíblia! Somos ensinados a repartir o pão sermos atenciosos com os pobres, mas, O Senhor trata com o indivíduo, não, com a massa. “Aquele que é de Deus ouve minhas Palavras”; “Cada um dará conta de si mesmo a Deus”.

Retribuir conforme as obras, não, furtar méritos de quem trabalha e dar a vagabundos porque reivindicam como suas as posses alheias. “O Reino de Deus e Sua Justiça”, não, os postulados ímpios dos comunas e suas noções invejosas de “justiça social”.

Sabem os que enxergam um palmo adiante que esses discursos bonitos não passam da ceva para atrair incautos à arapuca. Uma vez empoderados, como na Venezuela e Cuba, distribuem fome, opressão; facilidades só aos asseclas que os sustentam no poder. Como vimos no começo, o canhoto desconhece o amor que patrocinava a fé de Jó; também ignora a justiça, senão, teria permanecido no seu honroso lugar para o qual foi criado.

Circula por aí, o, “Deus não precisa dinheiro, dê uma cesta básica aos pobres, invés do dízimo”. Judas já fez esse discurso de “amor aos pobres” uma vez.

Deus não precisa, mas, para o Evangelho alcançar aqueles que Ele ama, certa estrutura que custa dinheiro é necessária. Há safados que manipulam por interesses vis, mas, isso não exclui os honestos.

O que faço do meu dinheiro é problema meu. Não careço conselhos ímpios. Uns amam o dinheiro nas igrejas; ou, são infiéis no dízimo, ou, plantam suas “sementes de fé” sonhando colher metais; outros amam fora, aconselhando fazer o que não fazem.

Perdem a salvação, pois, mantêm distância do Evangelho agarrados em moedas. Quem não conhece o amor acaba amando o alvo errado. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...” I Tim 6;10

domingo, 25 de março de 2018

Por trás da fumaça

“Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem. Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.” Atos 14;18 e 19

Duas situações opostas num curto espaço de tempo. Primeiro, pela cura de um coxo efetuada pela sua intercessão queriam tratar Paulo como um deus oferecendo sacrifícios; depois, as mesmas pessoas convencidas pelos desafetos do apóstolo o apedrejaram.

Poucos minutos entre a glória e a ignomínia, ambas, imerecidas. Não merecia glória pela cura, pois, fora Obra de Deus; tampouco, ser apedrejado; era inocente do que o acusavam.

Duas dificuldades humanas; resistir ao imediatismo que atua ao sabor dos instintos, e, identificar corretamente o mérito de uma questão. Dizemos que as aparências enganam; porém, quando, açodados por elas negligenciamos o discernimento é a nossa precipitação, a julgar o mar por uma onda, que se torna feitora dos nossos enganos.

A razão nos faz diversos dos animais e permite excursões ao passado na nave da memória, ou, mesmo, viagens ao futuro, nas asas da esperança e fé. Assim, agir apenas ao sabor do instante nos castra dessa preciosa prerrogativa e nivela por baixo, aos instintivos animais.

Em política, sobretudo, se diz que o povo tem memória curta; assim, os mesmos que causaram os problemas de uma nação podem se apresentar em seguida como solução; não raro, usufruírem apoio para isso.

Nas questões espirituais, porém, o exercício da memória é vital, uma vez que as diretrizes não mudam, tampouco, sucumbem aos modernismos do mundo. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Não que mudanças sejam necessariamente más; porém, quando nos incitam à rebelião contra princípios da vida, aí, se nos tornam mortíferas. “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína deles, quem o sabe?” Prov 24;21 e 22

O discernimento é jóia preciosa que vai além das aparências vendo as coisas como são. Durante a crucificação do Senhor, ao Seu lado crucificaram também a dois ladrões. As aparências sugeriam a punição severa de três malfeitores; porém, conhecedor dos fatos, um dos ladrões disse que ele e seu igual mereciam tal sentença, mas, “Esse ( Jesus ) nada fez”, disse. A aparência não o enganou.

Quando alguém postula um emprego leva um currículo, uma folha corrida de suas capacitações e das ocupações pretéritas; embora, como se apresenta no momento possa contar uns pontinhos, são as informações desse as determinantes para sua admissão, ou, não. Assim, um homem espiritual com folha corrida de probidade diante da igreja e do Senhor, se, pego em eventual mau passo, não deve ser apedrejado, como, não deveria ser glorificado quando andou bem.

Infelizmente, a imensa maioria de nós é leniente com nossas falhas, e, severa com as alheias; porém, a Palavra do Senhor adverte: “Com a mesma medida que medires medirão a vós.” Pedro negou a Cristo; Tomé duvidou; Tiago e João queriam queimar aos samaritanos; Paulo foi cúmplice na morte de Estevão. Todos foram perdoados e usados pelo Senhor. Um mau passo é um fraquejar pontual; um mau caminho é uma escolha, um andar habitual.

Aos Olhos Divinos, até o que falamos faz parte de nossos currículos: “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram freqüentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, os que se lembraram do seu nome.” Mal 3;16 Porém, é o que fazemos, como agimos, o corpo de testemunhas que nos segue mesmo, depois dessa vida; “...Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; suas obras os seguem.” Apoc 14;13

O Senhor exortou Seus ouvintes a não julgarem pela aparência, mas, “segundo a reta justiça;” a muitos chamou de hipócritas, sepulcros caiados, por serem zelosos na pose para suas “selfies” e omissos no caráter.

Muitos buscam para si a glorificação por pretensas curas, mas, seus maus caracteres visíveis bem que mereceriam pedradas. O Senhor julgará.

Discernimento de vida a própria experiência lega aos exercitados nela; porém, o espiritual é acessível apenas aos homens espirituais. “Não recebemos o espírito do mundo, mas, o que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Ele.” I Cor 2;12

Na dimensão da fé, as aparências não aparecem; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

domingo, 18 de março de 2018

Contra os Pastores

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Triste inversão, quando, os que deveriam ser solução tornam-se problema. Um pastor deveria ser um protetor, guardião, da parte do Senhor. Entretanto, invés de garçons a servir ciosamente porções da Palavra do Senhor, aqueles se tornaram necessitados de ouvir, o que, O Santo ordenou mediante Ezequiel.

Sobre a gravidade de malograrmos uma consciência viva, Samuel Bolton dizia: “Se a consciência não for um freio ela será um chicote.” O que ele queria dizer: Que, se a voz da consciência não for bastante para nos inibir de pecar, a mesma voz será assaz forte para nos fazer sentir culpados depois. Isso reitero, onde há uma consciência viva.

Pois, aqueles a tinham cauterizada, uma vez que, seu egoísmo mercenário os fazia sentir proprietários das ovelhas, não, zeladores. “Comeis a gordura, vos vestis da lã; matais o cevado; mas, não apascentais as ovelhas.” V 3

Que deprimente quando ouvimos aos “Bispos, apóstolos, missionários ou pastores” mercadejando supostas bênçãos, vendendo bugigangas “ungidas” “sementes de fé” e os demais nomes que usam como verniz tênue que não consegue disfarçar sua cobiça rapace. Deprimente também a ressonância nos incautos estúpidos que caem nessas patranhas deslavadas, e, invés de Pérola de Grande Valor porfiam por reles bijuterias.

Um pastor vero é uma espécie de médico das almas, fonte de conhecimento espiritual de onde devem beber as sedentas ovelhas; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7 Entretanto, esses, por ser pastores de si mesmos, nunca lhes interessa saber sobre as debilidades dos rebanhos. “As fracas não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, a perdida não buscastes; mas, dominais sobre elas com rigor e dureza.” V 4

Consequência inevitável da exploração invés de pastoreio é a alta rotatividade dos membros, uma vez que colhida toda lã que possuem, deixam de interessar aos “pastores”.

Não poucas saem machucadas das “igrejas”, se atiram nas ilusões assassinas do mundo, pensando que O Senhor as não quer, quando, foram os mercenários intrometidos que as feriram; ocultaram o fato alentador que O Senhor as ama e sofre por vê-las tristes, abandonadas. “Assim se espalharam, por não haver pastor; tornaram-se pasto para as feras do campo, porquanto se espalharam.” V 5

“Pastores” se exibem nas redes sociais com mesas fartas e um séquito de puxa-sacos endinheirados à volta; as ovelhas extraviadas, machucadas, seguem em vestes indecentes rumo aos enganos do mundo para ser devoradas por lobos. “As minhas ovelhas andaram desgarradas pelos montes, por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem, quem as buscasse.” V 6

Contudo, chega uma hora em que até a Santa Paciência de Deus acaba; Ele dá um pé na bunda desses patifes mercenários que desonram O Eterno, e mercadejam com o que lhes não pertence. “Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor, que, porquanto minhas ovelhas foram entregues à rapina, e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não as procuraram; os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas; portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, não lhes servirão mais de pasto.” Vs 7 a 10

Abre teus ouvidos enquanto é tempo ó pastor mercenário!! Cuida do que foi entregue em tuas mãos, ou, em breve O Altíssimo tomará o cajado de ti e dará a outro que seja melhor que você. O Fato de Deus ser Longânime não significa omisso; uma hora chama Seus mordomos a darem conta de sua mordomia.

Esses infelizes têm cifrões nas retinas invés de amor no coração. Mesmo falando de Céu, eventualmente, seu “paraíso” tem cheiro de Terra. E um amor assim deslocado, no final será feitor de sofrimentos. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6;10 e 11

sábado, 17 de março de 2018

Os Dias Maus

“Quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido... Fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.” Luc 2;21 e 26

Dois textos que realçam a presciência Divina. O Nome do Senhor, posto, antes de ser concebido, e, revelado ao velho Simeão que não morreria sem ver o menino.

A Onisciência de Deus lhe faculta saber tudo; a Presciência saber antes. Por isso, Sua Palavra Profética, invés dos chutes dos “videntes” da praça é, antes de tudo, informação antecipada do que, inevitavelmente ocorrerá. Os adivinhos de plantão tão incensados pelos incautos atiram pra todo lado com “previsões” genéricas, imprecisas, facilmente acomodáveis como as platitudes dos políticos. Deus É Preciso, cirúrgico, inerrante.

Quando há ruídos decorrem sempre da ignorância humana, como há pouco se viu muitos “intérpretes” dando à atual crise na Síria uma roupagem Bíblica; nesse caso, o erro deriva dos precipitados e superficiais, não da Palavra, que, registra um fato já ocorrido e não menciona os incidentes atuais.

Fale-se, por exemplo, do Anticristo, ou, da Marca da Besta, e teremos um mosaico de interpretações contraditórias; candidatos ao “cargo,” vários, conforme as predileções de cada um. Ora, O Senhor que “Chama as coisas que não são como se já fossem” disse que os escolhidos não serão enganados na hora desses eventos. Para mim basta.

O risco de nossa inclinação exagerada a detetives é empreendermos esforços para saber quem, e negligenciarmos, como, devemos nos preparar para esse tempo. A coisa residindo apenas no intelecto, não tangendo o coração se faz inútil, ainda que, verdadeira.

Quando os sábios foram a Jerusalém e disseram que um Rei havia nascido, pois, viram a Sua Estrela, os mestres do templo disseram que o local previsto era Belém. Os peregrinos rumaram para lá; entretanto, os que “esperavam” O Messias não deram nenhum passo. Tinham informação correta e sentimento de indiferença. Seu intelecto privilegiado em nada ajudou no encontro com O Salvador; faltava-lhes coração.

O Eterno que sabe de tudo antes facultou que também soubéssemos o que nos convém, antecipadamente. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus; não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme; farei toda a minha vontade.” Is 46;9 e 10

Seu Conselho e Vontade estão expressos em Sua Palavra, antes mesmo, que se cumpram. Ele jamais folgou com o pecado, antes, o deprecia acima de tudo. Entretanto, permite-o para que as medidas da impiedade se encham até o Juízo.

A derrocada moral que vivemos, a sensação que a humanidade apodreceu cem anos em dez é justo o que devemos esperar, infelizmente, pois, A Palavra nos informa que seria assim. “...nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3;1 a 5

Aí, quando vemos o “topa tudo por dinheiro” da política, e, muitas “igrejas”; quando diferenças se resolvem à bala, ou, “cidadãos” bradam pedindo o fim da polícia, quem conhece os vaticínios sente-se tristemente “em casa”.

Embora a polícia tenha lá suas “laranjas podres” ainda é um arrimo aos homens de bem; só deseja sua extinção quem se identifica com o mal, como a mesma Palavra versa: “Porque as autoridades não são terror para as boas obras, mas, para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem; terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois, não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, vingador para castigar quem faz o mal.” Rom 13;3 e 4

Não entro no mérito da triste execução da vereadora Marieli Franco; há muito a ser esclarecido ainda. Mas, usar o incidente como plataforma político-ideológica como tem sido feito é de uma abjeção sem precedentes. Um desrespeito.

No mundo, a certeza que as ovelhas são governadas por lobos. Mas, em Cristo, têm elas, pastos verdejantes e águas tranquilas.


As coisas vão apodrecer ainda mais; não há conserto para a sociedade. A situação dela é como a das, então, julgadas e condenadas, Sodoma e Gomorra; a mensagem pertinente é a mesma que foi entregue a Ló; “Escapa por tua vida; não olhes para trás!”

sábado, 10 de março de 2018

À Nossa Imagem e Semelhança

"... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

O determinismo biológico é realidade visível, comprovável no campo do fenômeno, ou, no ser, das coisas com a descoberta do DNA.

Amiúde, não há transformação nenhuma que faça uma espécie tornar-se outra. Pequenas variações dentro da mesma espécie. Pois, a ordem foi precisa: “... Produza a terra alma vivente conforme sua espécie; gado, répteis e feras da terra conforme sua espécie; assim foi.” Gên 1;24

O homem foi criado dotado de razão, espírito, e, dele Deus disse: “Façamos o homem à Nossa imagem...” A Pluralidade Singular do Deus Trino e Seus Atributos comunicáveis como parâmetro. O ser criado era perfeito, gerado para ter comunhão com O Criador.

Mas, por ter aceitado a sugestão da oposição caiu; a morte espiritual foi consequência imediata; enfermidades, decrepitude, e, por fim, morte física, um processo mais lento.

O modelo original veio com airbag, digo, itens de segurança necessários em caso de acidente. (tentação) Para estar seguro bastava seguir fiel à Palavra de Deus; não tocar onde Ele vetou. Mas, não foi assim.

Desde então, há um vazio existencial no homem que, nada pode preencher, exceto, Aquele que o criou assim, reservando no intimo da criatura um lugar para Si. Ciente disso, mas, alienado de Quem o preenche, o homem cria credos alternativos, camufla angústias com drogas, promiscuidade, fama, dinheiro, mas, no fundo, nada resolve; o vazio segue lá.

Todos têm fé; fomos criados para ter; até o ateísmo é uma fé, embora, pervertida; uma forma de crença, não, algo que se possa demonstrar. E, nasce dessa fé desorientada um mosaico de credos, mesmo, perversões da Palavra de Deus, onde a sede espiritual humana é enganada com simulacros que não conseguem saciar.

Tudo o que verte de fonte humana, ou, maligna, trará necessariamente essas imagens. Do homem caído, ou, de seu mentor. Aí, os que ousam manusear A Palavra do Santo sem ter passado pela cruz, invés da regeneração à Imagem Divina, reduzem O Criador à sua imagem perversa.

O que tem um viés meritocrata acha que Deus aceita propina para abençoar; aí planta suas “sementes de fé” nome bonito que dá à ganância, e espera a contrapartida da sua “fé”. Outros pensam que O Eterno seja comunista; de modo que, ama tanto a “justiça social” que não se importaria de cometer injustiças pontuais, contra o mérito ou, a propriedade, para o implemento do “Seu Reino”.

Os que se inclinam às comichões homossexuais enfatizam o Amor Divino, em detrimento da justiça; omitem certos textos que vetam isso como abominável, paixão infame, erro, e tocam suas vidas de modo alheio a Deus fazendo tudo tendo “Jesus” por guia. Seus argumentos é que “nasceram assim;” portanto, se Deus os criou assim, assim, os aceita.

Ora, o ser que resultou após a queda está morto, “conforme sua espécie”; a coisa é tão cabal no prisma espiritual, que, malgrado a maior boa vontade possível, nada de vivo pode resultar de sua fonte. Tiago ensina algo sobre a fidelidade das fontes: “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial, água doce e água amargosa?” Tg 3;11

Então, sabedor de nossa sede e compadecido de nossas misérias O Eterno enviou Seu Filho, trazendo a Água da Vida. “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte d’água que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Todos nós nascemos assim, inclinados ao pecado, cuja inclinação varia de um para outro no varejo, mas, no atacado é a mesma. Não sem razão, pois, Aquele que veio regenerar colocou o novo nascimento como indispensável. “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Novo nascimento requer a mortificação do velho homem para que outro seja criado; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos também, em novidade de vida.” Rom 6;4

Quem se diz cristão, regenerado, mas, invés de refletir o caráter Santo de Cristo, inda exibe o fermento da velha natureza sequer chegou perto do Salvador, pois, “...se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Todos nós nascemos mortos; mas, se renascemos, seremos de novo, paulatinamente, regenerados conforme a Imagem Dele. Senão, tanto faz. Ativismo religioso, cultos aqui, acolá; boas obras. Deus não é Deus de mortos. Ou, nossas fontes estão Nele, Sua Palavra, integralmente, ou, serão nossas, apenas.

segunda-feira, 5 de março de 2018

A reconciliação

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom 5;1

Desde a queda a situação humana é de inimizade com Deus.

Aquele que fora criado “Imagem e Semelhança” para ser filho dileto escolhera um “profeta alternativo” que o induzira à desobediência. Desde então, a maldição permeia a Terra que fora abençoada e seu governo entregue ao homem. Sua rebeldia ensejou que delegasse a outrem, tal governo. “... sois servos daquele a quem obedeceis... Rom 6;16

O Salvador tratou a oposição como “Príncipe desse mundo” reconhecendo-o como governante eventual.

Escolhendo novo deus para obedecer, a raça humana herdou a inimizade que ele nutre pelo Todo Poderoso, fazendo-se, também, inimiga de Deus.

Olhando superficialmente para as razões da queda veremos apenas desobediência, o que, já não é de pouca relevância. Entretanto, as razões da desobediência implícitas na sugestão do Capiroto são muito mais graves ainda.
Sugeriu que O Santo seria Egoísta, não querendo que eles fossem “Como Deus”; mais, Mentiroso advertindo de um risco inexistente, no caso, a morte.

Ao dar o “Grito do Éden”, além de independência rebelde estava no pacote a acusação que Deus seria Egoísta e Mentiroso. Como se diz, “desobediência é para os fracos; os fortes desobedecem e profanam”.

Adotando os passos sugeridos pelo canhoto o homem herdou sua inimizada profana também.

A Glória de Deus, Seu Caráter Fiel, Santo e Íntegro fora maculada de forma insana, suicida. Por isso, quando do nascimento do Salvador que viria “desfazer as obras do diabo”, o canto angelical trouxe: “Glória a Deus nas alturas; paz na Terra; boa vontade para com os homens.”

Glória a Deus atina à restauração da Justiça, pois, Ele é Digno de Glória; paz na Terra refere-se a restauração da relação com o homem que fora desfeita; Boa vontade à fonte de tal iniciativa, a Graça e o Amor Divinos que patrocinavam tal passo.

Assim, a Boa Nova, O Evangelho é o anúncio a toda criatura que mediante o Sacrifício de Cristo, em submissão a Ele, O Eterno aceita a reconciliar-se conosco. Pois, se Adão foi desobediente à morte, legando-a a toda descendência, O “Segundo Adão” Cristo, fez diferente: “Esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8 O estrago do que desobedecera pra morte foi reparado pelo Senhor ao obedecer à morte.

Desse modo, qualquer “Evangelho” que desconsidere isso, tenda para outro rumo, seja, para envernizar sistemas mundanos como se, Vontade Divina, seja, encorajar as ímpias cobiças como se os bens materiais fossem o alvo, é anátema.

Pois, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

O aviso a Adão fora: “No dia em que pecares morrerás.” Falava da morte espiritual, que, fez aquele que tinha prazer na comunhão com Deus se esconder ao ouvir Sua Voz.

Na reconciliação mediante arrependimento a vida perdida é restaurada. Sem ela, por religiosos que sejamos a inimizade permanece. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

A desobediência “deu vida” à morte; a submissão ao Salvador recoloca os pingos nos is; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Passar da morte para a vida em Cristo; eis o Evangelho!! Não, passar de empregado a patrão; de pobre a rico, de solitário a afamiliado, nada disso. São coisas que podem acontecer ou não; não estão necessariamente no pacote. O alvo é buscar O Reino e Sua justiça, não, as demais coisas.

As alternativas são: Aos salvos, restauração paulatina do estado primeiro de Adão onde tinha prazer na comunhão; aos demais, a situação pós-queda, onde ouvir a voz de Deus causava medo. Por irônico que pareça não precisamos coragem estritamente; a não ser, coragem de corresponder ao Amor Divino. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor traz consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

A Paz com Deus nos coloca em inimizade com o mundo e seu príncipe; mas, herdeiros de segurança eterna, não precisamos temer os blefes de um derrotado.

domingo, 4 de março de 2018

O Lugar dos "Direitos"; da "Maria da Penha"...

“Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Spurgeon

Para cristãos, Charles Spurgeon dispensa apresentação. Aos demais, informo que foi um pregador batista, britânico que viveu entre 1834 e 1892; logrou ministério de tal relevância que ficou conhecido como o Príncipe dos Pregadores.

Pois bem, o contexto no qual disse aquilo foi da administração eclesiástica; ensinou que um bom líder deve se esmerar em conhecer seus liderados; delegar a cada um, funções ligadas às suas habilidades. Não esperar de um cantor, que pregue; ou, de um pregador, que administre, necessariamente. Mas, que cada um faça aquilo para o que dispõe talento.

Soa óbvio, mas, nem sempre é assim. As pessoas tendem a fazer uma leitura defeituosa de suas habilidades; não raro, se intrometem no que não sabem. O desafinado quer cantar; o desorganizado, administrar; o despreparado, pregar, etc. “Cada um fique na vocação a que foi chamado”, ensinava Paulo.

Pensando bem veremos que a frase serve aos demais aspectos da vida, não apenas nos atinentes ao cristianismo. Em qualquer contexto, uma coisa boa deixa de sê-lo, se, utilizada fora do lugar. Imaginemos o pneu do carro, uma coisa boa, porém, no lugar do volante; ou, vice-versa.

Há improvisações, as “gambiarras” que, eventualmente funcionam, mas, sempre com resultados, segurança, ou, durabilidade aquém, do caso de a coisa ter sido feita do modo adequado.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu num contexto pós-guerra, cujo fim era tolher tratamentos vilipendiosos, como os dos nazistas que, submeteram prisioneiros a verdadeiras cobaias. Fez-se um pacto internacional salvaguardando garantias básicas que nem sempre são observadas, em sistemas ditatoriais, sobretudo.

Contudo, essa mesma declaração que surgiu para evitar o vilipêndio da vida humana, tem sido evocado a cada dia em defesa de bandidos, como se, esses, descumpridores das leis fossem humanos; as forças policias que os coíbem, alienígenas, ou, coisa assim. Alguém já viu representantes dos “Direitos Humanos” assistindo à família de um policial morto??

O crime organizado tem deitado e rolado nas favelas do Rio, (deveria dizer comunidades para ser “politicamente correto”, mas, estou me lixando pra essa bosta) de tal forma que se exibem com armamento pesado de toda espécie; isso, em mãos de adolescentes e infantes, até.

A intervenção Federal virou mal necessário, infelizmente. Aí temos que conviver com a ciosa patrulha dos “Direitos Humanos” e uns pulhas da OAB RJ, com seu eufemismo barato de defesa dos direitos civis, quando, amiúde defendem mesmo, bandidos. Um cidadão de bem não teme autoridades nem se incomoda por ter que se identificar via documentos; marginais sim. Suas fichas sujas acabam aparecendo.

Ora, quem se posiciona a favor deles, não importa o rótulo que use; seja, Direitos Humanos, Ordem de Advogados, não passa de cúmplice. Assim sendo, os Direitos Humanos, aqueles primeiros, do pós-guerra, que são uma coisa boa foram abastardados a serviço de pilantras, e não sem motivo, na forma que vêm sendo evocados têm causado ojeriza da sociedade decente.

Outro dia testemunhei uma barraqueira, dessas mulheres que se comprazem em fazer escândalos na rua, metendo o dedo na cara de um idoso chamando-o de FDP para cima e desafiando-o a tocar nela; “Te boto na Maria da Penha” ameaçava. Os motivos da desavença não importam; digo, mesmo tendo razão não poderia agir assim.

A “Maria” estava fora do lugar. A Lei surgiu para coibir a violência doméstica, onde, homens covardes agridem consortes prevalecendo da maior força física. O espírito da Lei, pois, era fortalecer a parte mais frágil para que, desde então, ficasse protegida; uma coisa boa.

Porém, usada como vi, deixou de ser a salvaguarda do frágil, o seu lugar, para se tornar patrocinadora de agressões verbais de toda sorte. Assim, a “Maria” prostituída perde seu sentido. Se e fosse juiz e tivesse que julgar uma “bochada” no olho da “Maria” em casos assim, consideraria legítima defesa da honra.

Por fim, temos O Evangelho fora do lugar. Seu fim é a salvação das almas, individualmente, não, ser patrocinador de sistemas comunistas, como a “Teologia da Libertação”, tampouco, de ganância, como a “Teologia da Prosperidade”.

Em ambos os casos deixa de ser uma motriz espiritual para ser um vetor econômico. Seja, usurpando os méritos alheios, como no primeiro caso, seja, mercadejando “com Deus”, como, no segundo.

Cada coisa tem seu propósito específico; o cérebro, essa massa cinzenta intracraniana que alguns têm foi posta ali pelo Criador, para nos fazer capazes de discernir e entender as coisas. Quem não o usa acaba sendo usado por terceiros. Assim, os que são manipulados devem isso, mais, a sua indigência, que à arte do manipulador.

Pois, já dizia Plutarco: “A mente não é vaso para ser cheio; é um fogo a ser aceso.”