sexta-feira, 31 de outubro de 2025

A fonte desprezada

 

“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Morte e vida não usam coexistir. Contudo, a doutrina do sábio é um nascedouro de vida, para livrar da morte.

Ora, quem pode ser livre dos da morte, carece estar vivo; todavia, se precisa beber de determinada fonte para viver, é como se estivesse morto; como assim?

Em geral chamamos existência de vida; quem existe alienado do Senhor, está na sala de espera da morte.

A “Doutrina do Sábio”, a mensagem do Salvador apela aos mortos; “... quem ouve Minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Antes da queda O Criador vetara certa árvore para que o homem não morresse; agora, somos chamados a Cristo para ter vida.

A perversa vontade humana costuma se opor a Deus..

A eficácia da Fonte basta a todos; mas será vão seu jorrar ante os que recusarem beber. “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” Jo 5;40

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Violência no Rio

 

“O homem de grande violência deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Prov 19;19

Então, se a violência não tiver consequências, ela terá sequência.

Tendemos a vê-la, apenas quando mostra seus frutos maduros, empilhando cadáveres nas ruas, como aconteceu na última operação policial no Rio de Janeiro.

A sociedade vive em consórcio com ela, disfarçada de “soft”, pelo concurso dos vícios que aprazem aos seus pacientes; como a disposição de drogas, para os consumidores, via tráfico; a destruição de valores pelas novelas, o incentivo à imoralidade como nos “realitys” da vida, o aliciamento de adolescentes nos colégios, para torná-los consumidores, clientes do tráfico, etc.

Qualquer violação, duma lei, convenção, direito estabelecido, é uma nuance de violência. Por isso, os cristãos são ensinados a não passar sobre a linha das coisas que, lhe seriam indesejáveis em seu relacionamento com o semelhante. “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

“O fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.” Tg 3;18 Antes de eu depreciar certo comportamento com minhas falas, devo fazê-lo com minhas atitudes.

Diatribes contra a violência apenas em estado “hard”, somente quando em situações extremas como a presente, são derivadas de mentes inconsequentes, que, assim deixam patente sua identificação ideológica, mais que, eventual aversão ao método.

Dezenas de cristãos são assassinados a cada semana da Nigéria, pelos radicais islâmicos do Boko Haram; onde, protestos na imprensa, pedidos de minutos de silêncio nos parlamentos, em solidariedade às vítimas? Ainda estou esperando, para ver ou ouvir algo assim.

Logo, não é a violência que incomoda pessoas amorais. O que as desperta e coloca para gritar é, contra quem, eventual violência é perpetrada. A identificação comportamental, ideológica, não é sinônima de valores probos. Para nosso presidente, traficantes são vítimas dos usuários, aliás.

Quando pessoas resistem às autoridades usando fuzis, bombas e similares, o simples aparato dessa resistência já evidencia uma anomalia social perturbadora; fruto da imposição violenta dum Estado paralelo, para prejuízo das pessoas de bem, que vivem nessas comunidades. Nem todos por lá são do tráfico; a maioria são vítimas dele.

E, sabem as pessoas bem informadas que há muito esse “Estado” deixou de ser mero tráfico de drogas; (como se isso fosse de pouca monta) ainda, concorrem extorsões, expropriações de bens que interessam aos marginais, ou por mero degredo, de quem não lhes interessa por lá; taxação ilícita de comerciantes, assassinato sumário de dissonantes ou rivais, estupros de menores para “cobrar” drogas não pagas, etc.

Só tem moral para depreciar a violência, pois, quem vive uma cidadania plena, restrito aos limites das leis. Os direitos são frutos caprichosos que só viçam nos galhos do arbusto dos deveres. Quem os viola, está lançando uma semente que, oportunamente frutificará.

Natural que todos os integrantes desse “Estado” bastardo tenham famílias, e, que a morte desses enseje dores profundas nos tais. Porém, certas situações “progridem” tanto, que as alternativas são entre um mal enorme, ou, o mal menor.

As reações veementes de tantas autoridades e muitos da imprensa, deixam evidente que o estado paralelo nem é tão paralelo assim; em grande parte já tomou o Estado do Brasil. Basta ver quem tem vida fácil no STF, quem presto é solto, quando flagrado com grandes quantias de drogas, e quem é tratado como rigores excessivos, para ver, que a maioria daquela casa, não está a serviço de quem paga seus salários.

A Constituição há muito deixou de ser um norte, e se fez um livro empoeirado e ineficaz. Se não houver uma veemente reação enquanto ainda há alguma força, depois será tarde demais.

A Palavra de Deus versa, sobre as autoridades: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, não temer a autoridade? Faze o bem, terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, vingador para castigar quem faz o mal.” Rom 13;3 e 4

Como a violência não pode ser combatida de outra forma, senão, com uma maior, a coisa tendo chegado onde chegou, torna-se inevitável. Ademais, quem atira contra a polícia invés de depor as armas, não está sofrendo violência; antes, declarando guerra em defesa do que acredita.

Acha que seu Estado paralelo é algo pelo qual valha, matar ou morrer, o Estado Oficial tem deveres com os cidadãos, que o sustentam.

“Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.” Prov 3;31 “... aprendei de Mim que Sou manso...” Mat 11;29

 [U1]

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Corruptores

 “... na doutrina mostra incorrupção...” Tt 2;7

A palavra corrupção, em nosso idioma, encerra a ideia de uma ruptura conjunta; feita por duas partes, ou mais. Corromper, é a aglutinação de, romper com.

Quem atua tentando persuadir aos sonolentos, num sentido de corromper a são doutrina? A Palavra arrola nossos adversários. “Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas contra principados, potestades, príncipes das trevas deste século, hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

Sempre que, rompermos as diretrizes da sã doutrina, estaremos corrompendo; porque, associados a alguma força espiritual dessas, cujo labor se opõe ao Divino querer.

Invés de um exorcismo imaginário como devaneiam alguns, uma peleja pela preservação da sanidade dos conselhos nos quais fomos ensinados. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Aquilo que, para os vencidos sofre a pecha de radicalismo, vencedores veem como perseverança. “Na doutrina, mostra incorrupção.”

Os que recuam

 “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Heb 10;32

Efeito colateral da luz, sobre o qual, poucos são ensinados. Combates, aflições. Que diferente essa perspectiva do “Evangelho” festeiro que se escuta por aí.

O autor exorta hebreus, desanimados, a reencontrarem a ousadia dos primeiros dias. “Não rejeiteis, pois, vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” V 35 e 36

A Divina vontade deve ser feita até o fim; “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc 2;10

O convertido precisa aprender que, entrando para O Reino de Deus, saiu do mundo que “Jaz no Maligno”.

Carecemos suportar aflições e combates com as forças espirituais da maldade. Quem ensina algo que enfatiza expectativas festeiras, falsifica a sadia mensagem.

A fé foi dada para que possamos viver na dimensão onde está nossa vitória; por ela vencemos o mundo, não no mundo. “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Entardecer

 “Foi a tarde e a manhã, o dia quinto.” Gn 1;23

Tendemos a ler as coisas segundo a sua ordem de incidência. Aludindo à passagem dum dia, diremos, da manhã à tarde; não, o inverso como no relato bíblico. Por quê?

O Eterno, não tem com o tempo a mesma relação que nós. A narrativa do Gênesis foi revelada a Moisés “à posteriori”. Bem depois das coisas terem acontecido. Lendo o pretérito com nossa perspectiva, as coisas mais recentes, serão as primeiras; por estarem “mais perto”, dum eventual narrador.

A escrita hebraica do Velho Testamento também difere da nossa; verte da direita para a esquerda.

Nossos últimos atos é contarão para efeito de salvação; isto é, como terminamos nossa carreira contará mais do que, como a corremos, por determinado tempo; assim, as coisas serem lidas de trás para frente, facilitam.

Malgrado o que tivermos feito em nossas “manhãs”, se à “tarde” estivermos reconciliados com O Senhor, isso bastará.

Quem conheceu deveras, ao Senhor, “anoitecerá” ligado a Ele; “Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos...” Sal 92;14

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Camuflagem

“O Senhor dará força ao Seu povo; o Senhor abençoará Seu povo com paz.” Sal 29;11

A tendência do que possui força é se impor. Porém, os fortalecidos pelo Senhor, são capacitados contra si mesmos; para aquietarem as próprias turbulências, na paz recebida.

Pode parecer elementar, o domínio próprio; mas, não é assim. “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla seu ânimo que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

A força que O Senhor dá aos Seus, invés de poderio sobre o semelhante, se mostra eficaz contra as rebeldias naturais.

“Mas, os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Aos que chama, O Eterno fortalece para aquilo que deseja; reconciliação. “Que se apodere da Minha Força e faça paz comigo...” Is 27;5

Os fortalecidos no Senhor, precisam abdicar do natural para receber ao sobrenatural; “Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;10

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Abençoados

 “... abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; tu serás uma bênção.” Gn 12;2

Todos estamos prontos para promessas como, “abençoar-te-ei.”

Entretanto, nem sempre levamos devidamente a sério, o chamado para sermos bênçãos.

Tanto podemos abençoar socorrendo numa necessidade, como ensina Tiago, sobre a importância das obras; quanto, fazendo isso, seremos difusores de Cristo, num modo de viver que enseje luz espiritual a quem nos observa: “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

A transformação radical, de quem deixa um modo vicioso de viver, em troca de aprender e viver, as virtudes de Cristo, é a mais eloquente das pregações; evidencia de modo prático, o que O Salvador faz nas vidas que O recebem.

“... muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Ao mesmo tempo em que somos abençoados, somos feitos bênçãos para outros, vivendo as transformações que o Evangelho opera.

Como disse a Abraão, o Senhor fala a cada um; te abençoarei, para que sejas uma bênção.