segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Divina instrução

 

“... Porventura nunca aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras?” Jr 35;13

Era um povo que aceitava uma porção de coisas; exceto, oriundas do Senhor. Os falsos profetas deitavam e rolavam; Jeremias, era rejeitado, perseguido, ultrajado.

“Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles; Meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” Cap 5;31

Aceitavam aos falsos profetas, pois, e o domínio dos sacerdotes, ancorados neles. Aí, restou uma pergunta: “O que fareis no fim disto?” O fim de muitos foi a morte; dos que restaram, o cativeiro.

O risco de rejeitarmos a instrução Divina é cairmos vítimas dos feitores do engano das nossas predileções. Paulo advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Se, aceito apenas o que desejo, a rigor, não aceito nada; faço dos meus desejos doentios, meus guias. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7

domingo, 19 de outubro de 2025

O "bom de Bíblia"

 “Havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.” Jo 20;22 e 23


Ouvi um apologista católico citando esse texto, como um ‘cala boca protestante’; dizendo que, quem for “bom de Bíblia” acaba com os argumentos dos tais, sobre o poder dos padres de perdoar pecados.

Estúpido pelejar na área das ideias pra mostrar que é se bom nisso, ou naquilo. Quem imagina que a luz seja um troféu a ostentar, não, uma dádiva a partilhar, ainda está no escuro.

Quem parte dum “à priori”, ao qual, defende a qualquer custo, se mostra combatente de uma instituição, ideologia, não, um garimpeiro buscando a verdade. “Tens visto o homem que é sábio aos próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Prov 26;12

Assim, um islâmico defendendo o islamismo; um adventista ao adventismo; um católico ao catolicismo; um protestante ao protestantismo. Ora, entre os “protestantes” há um caminhão de gente laborando em erro, que é materialista, herege, profano, pervertido sexualmente, etc. Urge que assimilemos algo bem básico: “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Dito isso, vamos ao ponto: Há dois tipos de perdão; um, horizontal que atina às relações interpessoais; outro, vertical, pertinente a relação do homem como Criador.

Todos somos ensinados a “Perdoar setenta vezes sete.” Faz parte do modelo de oração ensinado pelo Salvador, pedir ao Pai por isonomia, no quesito, perdão; “Perdoa-nos nossas dívidas, assim como nós perdoamos nossos devedores;” Mat 6;12

Logo, se não perdoarmos, criamos um precedente pelo qual, também não seremos perdoados.

Quanto ao perdão vertical, apenas O Senhor o pode dar, por duas razões, inicialmente: Uma: A parte ofendida foi Ele; como poderia um ser humano arbitrar sobre os Divinos sentimentos?

A Pasta da reconciliação entre o homem e Deus é de Jesus Cristo e ninguém mais; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

‘Ah, mas os padres representam a Jesus’; Ele vetou que se reconheça aos tais; “A ninguém na terra chameis vosso pai, (espiritual, óbvio) porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.” Mat 23;9

Quando O Salvador perdoou a um paralítico que levaram até Ele, os religiosos que viram isso se escandalizaram. Perdoar é prerrogativa exclusiva de Deus.

O Senhor não disse que estavam errados quanto a isso; apenas fez algo mais que serviria para mostrar Sua autoridade; “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma tua cama e vai para tua casa.” Mat 9;6

Só Deus pode perdoar, insinuaram; ok, assentiu O Salvador; farei algo que só Deus pode fazer, para que, quiçá, entendais. Mas eles não entenderam, ou não quiseram entender.

O segundo ponto é que, onde o vero arrependimento acontece, o homem não pode conferir; “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois, o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha o coração.” I Sam 16;7

Diante do homem, qualquer um pode se fingir de arrependido e pleitear perdão; ante O Eterno, não é assim. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O que O Salvador deu aos apóstolos depois do Espírito Santo, foi, autoridade de gerir a Igreja de então; tanto para receber aos arrependidos, quanto, para disciplinar eventuais errados de espírito que causassem escândalo no seio da mesma.

A igreja é uma mescla de joio e trigo; o senhor que conhece os corações, oportunamente separará uns e outros; “Os Meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Os que saem caçando palavras aqui, acolá, para reafirmar o que desejam, mostram zero apreço pela verdade, fanatismo doentio; o fogo que nesses arde consegue produzir calor e sonegar à luz.

Quando convém aos tais, desprezam à Palavra de Deus em prol das suas tradições e dogmas; porém, se encontram um texto que presumem embasar suas doenças, presto se arvoram em “bons de Bíblia”.

Somos desafiados ao preparo; não, como fomento de jactância vã; tampouco, para defesa duma instituição; nosso objetivo deve ser a verdade; “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Tim 2;15

Ir ao Senhor

 “... e vós, quem dizeis que Eu Sou...” Luc 9;20

O Senhor perguntara acerca do que outros falavam ao Seu respeito. Não buscava popularidade “seguidores” descompromissados.

Seu intento era saber se alguns tinham conseguido entender quem Ele Era. Como quem atira em determinado objetivo, depois, confere se atingiu o alvo.

As cogitações do povo variavam; João Batista, Elias, algum profeta ressuscitado; Ora, João o havia batizado; eram coevos. Nada mais estúpido que a ignorância manifestando “descobertas”.

Ao Senhor interessava que os Seus O conhecessem; “Vós, quem dizeis que Eu Sou?”


Quantas pessoas deixam de ir a Cristo pelo que os outros “dizem”. Maus testemunhos dos “cristãos”, acabam fechando a porta aos que atentam mais para rótulos.

Precisamos, como os homens de Samaria, ir até Ele, para formar nosso conceito a despeito do que os outros dizem; embora, a samaritana tivesse falado bem, do Salvador; eles quiseram se certificar. 

“... Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” Jo 4;42

sábado, 18 de outubro de 2025

Renascimento

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Muitos se mostram refratários ao plano Divino para salvação; a necessidade da cruz.

A inclinação natural, a “carne” é uma rebelde contumaz, que, mesmo cheia de boas intenções, não consegue a proeza da submissão, a qual, Deus requer.

Os judaístas tropeçaram nisso; “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a própria justiça, não se sujeitaram à Divina.” Rm 10;3

O “negue a si mesmo” é indispensável; a renúncia das naturais vontades em submissão a Cristo é o que significa nossa cruz; sem essa, nada feito.

Aos que a abraçam via arrependimento é facultado o nascimento espiritual, regeneração; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Quem nasceu de novo deve se deixar moldar, doravante segundo O Senhor; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; tudo se fez novo.” II Cor 5;17

O serviço

 

“Os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;” I Cor 12;22


Embora o mundo “canonize” seus heróis, sempre os belos, os talentosos, os carismáticos, os ricos... na Igreja, o “corpo de Cristo”, a ideia que existam uns mais iguais que os outros, merecedores das tais “áreas vips”, é uma doentia infiltração iníqua, no meio dos cristãos.

Sobre a escolha Divina Paulo ensinou: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Somos aconselhados ainda: “... cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” Fp 2;3 e 4

Que o mundo, pois, tribute seus louvores, erga pódios aos ungidos pela fama; em Cristo, nosso desafio é à simplicidade do serviço.

Servo solitário


“Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga minha causa.” Lam 3;59

Jeremias tinha sobejas razões para clamar assim. Fora mensageiro por muitos anos, num cenário de apostasia e aversão ao Senhor.

Fora preso, espancado, jogado num poço, confrontado pelos que prediziam uma paz inexistente...

Então, vagava entre ruínas duma cidade arrasada, cujo povo que não fora morto, acabara cativo em Babilônia, como ele advertira.

Cumprir fielmente à Divina comissão, requer do comissionado, que se disponha a sofrer por valores maiores que seus interesses.

É honroso estarmos a serviço duma causa eterna, apesar da nossa finitude. Sofrimento nessa vereda é depósito no banco dos Céus; “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.” I Ped 2;19

A resiliência do povo e dos líderes, no erro, tornou inevitável o juízo antevisto por Jeremias; ele permaneceu em liberdade.

Se alguém pensa que deve andar como todos, pode acabar cativo como a maioria, que imita. Quem conhece a Voz de Deus, não se move pelas efervescentes inclinações sociais.

Frutos luminosos

 

“... os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.” Tt 3;8

Em geral, o vulgo associa a fé a certo utilitarismo; eu creio, portanto Deus me dará isso, aquilo; Não são essas nuances derivadas de uma fé sadia.

O fragmento acima traz a ideia de servir. Aplicar-se às boas obras, ou “dar frutos” como ensinou O Salvador.

Salvação é pela graça mediante a fé, sabemos; mas deve produzir transformações observáveis pelas obras dos salvos. “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Quando O Mestre ensinou que não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte, significava isso; não é possível haurir algo tão luminoso como a salvação eterna, e passar despercebido num mundo de trevas como esse; “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16