terça-feira, 14 de outubro de 2025

Boa memória


“O copeiro mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Gn 40;23


José estava preso junto a dois serviçais do Faraó, dos quais, interpretara seus sonhos; depois, rogou que falassem ao monarca em seu favor, dado que, estava preso inocente.

Contudo, o copeiro mor uma vez livre das suas angústias se esqueceu do que prometera.

O ser humano costuma “pagar” pelos benefícios que deseja, com o cheque pré-datado das promessas. Uma vez livre do que o assusta, presto esquece; o dito cheque se revela, sem fundos.

Mesmo em relação à Palavra de Deus, muitos agem assim; “Se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Para que não esqueçamos o que custou nossa remissão, O Senhor ordenou o memorial da Santa Ceia.

Aos que esqueceram da fidelidade prometida na caminhada, o conselho: “Lembra-te, pois, de onde caíste e arrepende-te...” Apoc 2;5

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Aplausos vãos

“... o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

A ideia que a aprovação Divina e a humana sejam semelhantes tem levado muitos a abraçar erro, invés da luz.

Outro dia ouvi a um “influencer cristão” que foi acusado de ensinar erroneamente, se defender dizendo que tinha xis milhões de seguidores. Para o tal, pois, em face a essa defesa, a aprovação de muitos, seria sinônimo da aprovação de Deus.

Tiago pensava diferente: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Essa doença, da Igreja fazer “Semana Farroupilha”, “outubro rosa, novembro azul” e similares, é fruto do desejo não confesso de ser agradável ao mundo. cuidados com a saúde são importantes, mas, não é alvo da Igreja, é da medicina. Dos Seus O Salvador disse: “Dei-lhes a Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo.” Jo 17;14

Fomos chamados para seguir Jesus, não, às multidões.

Perfeição dos imperfeitos

 

“Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” Heb 5;14

Embora a perfeição seja algo que escape à humana estatura, a maturidade espiritual é a “perfeição” possível, que em seu bojo traz o discernimento.

Somos desafiados a crescer até à Estatura de Cristo, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina...” Ef 4;14 O efeito colateral da maturidade espiritual é a perseverança.

O que atrasa, e às vezes, tolhe esse aperfeiçoamento necessário, é o baixo apetite para com A Palavra de Deus. “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;11 e 12

Mais que a “Mente de Cristo”, aos que O obedecem é dada Sua Luz também; “O que é espiritual discerne bem tudo, e ele, de ninguém é discernido.” I Cor 2;15

Fundamental


“Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sal 11;3

No sentido estrito da salvação, apenas O Senhor é nosso fundamento; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11

Num desdobramento mais amplo, as bases da Sua doutrina, os valores nela contidos, são “os fundamentos”, no plural, sobre os quais nossa caminhada deve se apoiar.

A reiterada inversão de valores, outra coisa não é, senão, o ataque da oposição visando destruir os apoios da nossa fé.

Isaías denunciou perversões assim desde seus dias. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; fazem do amargo, doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Não importa o que a modernidade espose, o que se valore como novo “normal”; quem teme ao Senhor, deve estar firmado nas mesmas coisas; “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Afinal, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

domingo, 12 de outubro de 2025

Testemunhas


“Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” Atos 22;15

Paulo, relembrando como fora sua chamada por parte do Senhor. Deveria ser testemunha do que vira e ouvira. As realidades espirituais demandam uma “visão” peculiar.

Quase todos os que viviam ou peregrinaram por Israel, durante o ministério de Jesus, o viram. Por que apenas uma dúzia deles foi feita testemunha, então?

Porque uma coisa era ver ao Senhor com os olhos naturais, como qualquer um, a despeito de entender o quê, Ele significava. Outra, totalmente diversa seria ver ao Messias como tal, e entender Sua abrangência.

Paulo disse: “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não O conhecemos deste modo.” II Cor 5;16

O modo que produz testemunhas, requer entender o que Jesus significa e se deixar transformar por isso; “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” V 17

Além do que temos visto e ouvido, o testemunho fala, pelo que temos vivido. Mais que contar Seus feitos, devemos replicá-los, imitando-os; “... Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Deus dos santos

 

“Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses (dos hebreus) são deuses dos montes, por isso foram mais fortes; mas, pelejemos com eles em campo raso, por certo veremos, se não somos mais fortes do que eles!” I Rs 20;23

O politeísmo; deuses tribais, pertencentes, cada um a um povo, com poderes mais fortes em determinados ambientes, menos em outros; retrato de ignorância acerca do Criador.

Pretende Ele abarcar mais que uma tribo; “... Porventura não encho Eu, os céus e a terra? diz O Senhor.” Jr 23;24

Quanto à Sua aptidão bélica, questiona: “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4

Não existe ambiente onde seja mais, ou menos poderoso. Porém, existem situações onde Deus se apraz em atuar; “Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” II Cron 16;9

Vivermos de um modo que lhe seja agradável, isso O alegrará; e, “... a alegria do Senhor é a nossa força.” Ne 8;10

Que beleza!

 

“... O Senhor... ornará os mansos com a salvação.” Sal 149;4

A ideia de salvação não traz um componente estético; não pesa preocupação com coisas periféricas. Num incêndio, por exemplo; pode, um salvo, estar desnudo, desgrenhado, sair pela janela; o retratado no salmo 40 estava no lodo, de lá foi tirado; sem nenhum enfeite.

Porém, vimos que, O Senhor “ornará os mansos com Salvação.”

Ornar é embelezar, aprimorar, buscar esmeros estéticos.

Os ambientes ornamentados refletem um estado de espírito reinante; como um casamento, aniversário, uma festa qualquer.

Cabe considerarmos, contudo, que a beleza espiritual não tem as mesmas nuances que a natural. “Adorai ao Senhor na beleza da santidade...” Sal 96;9

As vestes nobres que serão dadas aos salvos figuram outras coisas; “... porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

O Senhor quer nos embelezar; coloca-nos ao espelho da Sua Palavra, para que ajeitemos os “visuais”; “se alguém é ouvinte da Palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho seu rosto natural; porque contempla-se, vai, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Cumprir o que aprendemos, é o “filtro” que nos deixará bem na foto.