domingo, 12 de outubro de 2025

Que beleza!

 

“... O Senhor... ornará os mansos com a salvação.” Sal 149;4

A ideia de salvação não traz um componente estético; não pesa preocupação com coisas periféricas. Num incêndio, por exemplo; pode, um salvo, estar desnudo, desgrenhado, sair pela janela; o retratado no salmo 40 estava no lodo, de lá foi tirado; sem nenhum enfeite.

Porém, vimos que, O Senhor “ornará os mansos com Salvação.”

Ornar é embelezar, aprimorar, buscar esmeros estéticos.

Os ambientes ornamentados refletem um estado de espírito reinante; como um casamento, aniversário, uma festa qualquer.

Cabe considerarmos, contudo, que a beleza espiritual não tem as mesmas nuances que a natural. “Adorai ao Senhor na beleza da santidade...” Sal 96;9

As vestes nobres que serão dadas aos salvos figuram outras coisas; “... porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

O Senhor quer nos embelezar; coloca-nos ao espelho da Sua Palavra, para que ajeitemos os “visuais”; “se alguém é ouvinte da Palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho seu rosto natural; porque contempla-se, vai, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Cumprir o que aprendemos, é o “filtro” que nos deixará bem na foto.

Os loucos

 

“Feri-vos com queimadura, ferrugem e saraiva, em toda a obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse para Mim, diz O Senhor.” Ag 2;17

O Eterno ensinando que os reveses climáticos foram ações Suas, como pregoeiras, para exortar o povo ao arrependimento. Embora, tais coisas não foram assim entendidas; ou, foram desconsideradas; afinal, “... não houve entre vós, que se voltasse para Mim...”

Atualmente, tudo na área meteorológica se pretende explicar, através da “ciência”; “Efeito Estufa; Aquecimento Global; El Ninho, La Ninha” etc.

Quando o ser humano exclui O Criador da compreensão da vida, é porque já o fez, da própria vida.

Para a “científica” geração presente soa a primitivismo, associarmos eventuais intempéries à Divina Ira contra o pecado. A ideia de pecado encontra resistência, em muitos ambientes.

O que o ímpio gosta e concorda, ou deixa de gostar e concordar, refletem o que ele é; não, o que o Universo é.

Os refratários ao Criador, não são retratados como postulantes de legítimos pleitos; antes, como loucos. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

sábado, 11 de outubro de 2025

Riquezas


“Como escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom...” Lam 4;1

Ouro muda? Há um ditado: “Ouro nas mãos do bandido ainda é ouro.”

Quando é figura, como em ambos os exemplos, pode mudar sim, caso mude o que está figurando. No exemplo último significa que, a verdade ainda é verdade, mesmo vertendo de lábios impuros.

No caso do ouro que escureceu, o mesmo texto interpreta: “Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” Lam 4;2

Rebelião, apostasia fizeram com que o povo se tornasse sem valor. Enquanto o ouro por motivos óbvios se guarda, o fútil acaba extraviado. “... Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua!” v 1

Pedras mesmo; o santuário se fizera vão, pelo desleixo de quem deveria se santificar; fora destruído, porque os que o profanaram foram entregues ao inimigo.

Quem brinca com bens espirituais, despreza coisas de riquíssimo valor; “Como o que arma a funda com pedra preciosa...” Prov 26;8 Deus não faz assim.

Caminhos planos



"Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Antes dos nossos caminhos estarem delineados num mapa, ou palmilhados no chão, eles são anelados em nossos corações.

Aquilo que desejamos, projetamos, precisa ser valorado, antes de ser realizado; desde quando é mera centelha dum anelo, ardendo em nossos corações.

Mesmo aí, nossos caminhos já podem já ser ásperos, ou, planos. Se eles forem traçados segundo o Senhor, serão rota segura ruma à Sua bênção.

“Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;7 e 8

Deus sempre envia Sua Voz, para que nossos caminhos sejam trilhados segundo Ele; “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor...” Is 40;3 Quando essa soar em nossos corações, ouçamos.

Reflexos


“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7

Que mal tem, ser sábio aos próprios olhos? Inicialmente, dois; a rejeição de genuína Fonte da Sabedoria; “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;6 e 7

E, a colocação duma vertente espúria no lugar. O homem não é fonte; antes, canal. As coisas não se originam nele; refletem-se por ele.

Como foi criado à Imagem e Semelhança de Deus, deveria ser reflexo do Eterno. Se, Deus é deixado de lado, algo espúrio acaba sendo posto em Seu lugar. “Porque Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Na queda, o homem não foi amaldiçoado por causa do seu pecado; seu domínio, sim. “... maldita é a terra por causa de ti...” Gn 3;17 São as más escolhas, em oposição aos Estatutos do Eterno que trazem maldição; “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as Leis, mudado os Estatutos, e quebrado a Aliança Eterna.” Is 24;5

O Criador deixou a porta aberta à possibilidade de abençoar o homem, apesar de tudo, desde que esse desse ouvidos à Voz Dele. No entanto, o que O rejeita cabalmente, e prefere confiar em si mesmo, esse rebelde atrai para si a maldição que, inicialmente foi proferida contra a Terra, apenas. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

O mesmo Jeremias entendera em quê, consiste a saga humana; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

As consequências do desvio ou da obediência foram ensinadas de modo claro; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

A rigor, quem disse que o homem poderia romper com O Criador, atuar de modo independente, foi o inimigo. Então, quando o homem deixa a diretriz do Eterno e age dessa forma, goste ou não, está atuando segundo Satanás, por se recusar a fazê-lo, segundo Deus. Podemos escolher a quem refletir, lembram? Esses escolhem.

Dos que resistiam reiteradamente ao Salvador, Ele denunciou, como um reflexo de seu mentor; um desejo de satisfazer ao “pai” que escolheram. “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Jo 8;44

A pretensão de neutralidade, meio-termo, não ser nem de Deus nem da oposição, pode servir para construções verbais convenientes em determinados ambientes; mas, passa ao largo da realidade.

A dualidade está estabelecida em todos os aspectos; vida, ou morte; salvação, ou perdição; luz, ou trevas; verdade, ou mentira; sagrado, ou profano; Deus, ou oposição. Onde aparece o sonhado “caminho do meio”?

Alguém ilustrou que, os que estão “em cima do muro” ignoram que esse pertence ao canhoto. Afinal, entre as “qualidades” dos que serão excluídos do Reino de Deus, estão os tímidos. Apoc 21;8

Por isso, o dito, “sábios aos próprios olhos”, a rigor, é uma ironia; dado que, a “sabedoria” desses os coloca nas masmorras da tolice; “Tens visto o homem que é sábio aos próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo, que dele.” Prov 26;12

Assim um homem vivido, experiente nas vicissitudes da vida, mesmo guindado a lugares altos, caso se feche aos conselhos luminosos do Eterno, qualquer pirralho poderá vir a fazer melhor figura que esse amante de si mesmo, refratário à luz; “Melhor é a criança pobre e sábia, que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar.” Ecl 4;13

Por essas e outras, O Salvador advertiu: “... Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no Reino dos Réus.” Mat 18;3

Enfim, nosso “sábio aos próprios olhos”, é o que se mantém distante da luz, porque, no fundo sabe que ela, uma vez abraçada o deixará em maus lençóis. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Sabedoria é dom Divino; não, para fugitivos, mas para os que ousam desejar a luz. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...”

Aos de fora


“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Col 4;5

Embora o vulgo use dizer que não aceita palpites de quem não paga suas contas, significando que, vive à sua maneira a despeito do que os outros pensam, quem pertence a Cristo foi chamado a fazer boa figura, mesmo, ante os que estão de fora.

Nossa postura deve ser tal, que soe como argumento a refutar os que nos desconsideram. “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” I Per 3;16

Uma digna atuação nossa, diante deles, além de honrar a Cristo, será uma testemunha a glorificar nosso Senhor, pela excelência que Sua Doutrina enseja;

“Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Os incrédulos

 

“... Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3.4

O motejo dos céticos, sobre a volta de Jesus, da qual duvidam, segundo Pedro.

Todo o ceticismo sempre terá “razão”, até que, o fato do qual duvidam acontecer; quando isso se der, incredulidade ou crença não farão nenhuma diferença mais. Cada posição terá tido a justa colheita, e novo plantio fora de época não faria sentido.

Para doenças morais, não adiantam remédios intelectuais. Uma vez que fizeram sua escolha a despeito da Palavra e das evidências, quem quiser gastar latim para persuadi-los, fará buracos n’água.

A Palavra aconselha: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” Tt 3;10

Aquele que tem dúvidas honestas e precisa ajuda em busca de luz, deve ser ajudado; mas, os resilientes na incredulidade, que desejam atenção para cuspir suas inseguranças, não percamos tempo com eles.

Quem crê, em si mesmo tem o testemunho; quem duvida, em si mesmo traz a condenação.