“Também vi que todo o trabalho, toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo...” Ecl 4;4
Olhar mal para algum bem alheio é a nuance mais notória da inveja. Quando O Eterno aceitou o sacrifício de Abel e não o de Caim, esse se encheu de inveja, ira.
“O Senhor disse a Caim: Por que te iraste? Por que descaiu teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito...” Gn 4;6 e 7
Não havia um favoritismo em relação a Abel; Deus o aprovara, enquanto, reprovara Caim. Vendo a ira desse, lembrou: “Se bem fizeres, não é certo que será aceito?” Porém, ao invejoso sempre parece mais fácil destruir ao próximo, que melhorar.
Invés de descontentar com a própria falta, se irrita contra outro, cuja excelência evidencia sua mediocridade. Ora, quando outros fazem algo melhor que nós, isso é estímulo para que melhoremos; não, afronta.
Quem tenta transformar mérito alheio em defeito é culpado; não porque outrem faz algo melhor; mas, porque recusa a lidar com a verdade. O invejoso ama à mentira pela própria feiura, não porque haja beleza naquela.
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
Em busca de luz
“Se, algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” Tg 1;5
Esse “se”, poderia ser uma ironia; afinal, quem não tem falta de sabedoria? Mas, atrevo-me a pensar que não foi essa a intenção; Tiago quis dizer: Se alguém tem dificuldade para entender algo ensinado em Nome do Senhor, peça-lhe por luz; Ele dará.
A sabedoria plena, pela capacidade dos nossos “HDs” não pode ser recebida num passe de mágica.
A cada vicissitude onde somos desafiados a interagir, quem desejar atuar de modo sábio, consulte ao Senhor antes; sem uma “resposta” já decidida que ao Senhor caberia apenas confirmar; o faça de coração aberto, mesmo a um eventual veto. Só assim, poderemos consultar ao Senhor; do contrário, enganamo-nos.
Crescer em sabedoria é um processo lento e contínuo; requer índoles ensináveis e almas submissas. De que adiantaria O Santo mostrar-me o caminho reto, se, prefiro entortar e fazer à minha maneira?
Antes da luz, pois, cabe a justa postura de servos ante O Senhor, para sermos iluminados. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18
Sem medo da lua
“O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.” Sal 121;6
Que o sol tenha predicados molestos é de fácil entendimento; mas, a lua? Como assim? De que males “lunáticos” são livres os que confiam no Senhor?
Analisamos o fragmento dum salmo, um cântico; portanto, a linguagem poética precisa ser entendida.
Os males da “lua”, é uma forma criativa de se referir aos temores que assolam no período noturno; sem serem derivados da lua, necessariamente.
Quantos padecem pavores noturnos, insônia, pânico, depressão, males que mostram suas ameaças no período escuro?
A ideia da poesia hebraica é que, os que confiam no Senhor, tanto de dia, quanto de noite, são por Ele guardados. O valor de um sono tranquilo, restaurador, melhor aprecia, quem, eventualmente, padece sua falta.
Daquele que busca sabedoria no Senhor, encontramos: “Quando te deitares, não temerás; ao contrário, teu sono será suave ao te deitares. Não temas o pavor repentino, nem a investida dos perversos quando vier.” Prov 3;24 e 25
Essa confiança no Eterno traz calmaria sem preço; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8
A necessidade da fé
“Que guardes os mandamentos do Senhor e Seus estatutos, que hoje te ordeno, para teu bem?” Deut 10;13
Se, considerarmos apenas o fim das coisas, salvação para uns e perdição de outros, ninguém terá dúvidas acerca do que foi o bem, e do que se revelou um mal imensurável.
O problema é que, em geral, nos perdemos em minúcias circunstancias, no processo; por acharmos penosas, as nuances necessárias no curso desse, tendemos a redefinir as coisas ao bel prazer dos nossos desejos, nem que para isso troquemos às coisas de prateleiras.
A Palavra adverte: “Ai dos que ao mal chamam, bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; fazem do amargo, doce, e do doce, amargo!” Is 5;20
A salvação ser pela fé, não é um capricho Divino; antes, uma necessidade humana. Dada nossa visão imediatista, nossos entendimentos apressados distorcem as coisas; por isso carecemos crer Naquele que vê, deveras, como as coisas são.
“Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Utilitarismo
“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca.” Os 13;5
Deus falando a Israel mediante o profeta. Em geral, o homem costuma se aproximar solícito de ambientes vantajosos, e manter distância dos que soam penosos.
Encontrar alguém no deserto, não costuma ser o “modus operandi”. Deus foi ao encontro dos israelitas no Egito; de lá os libertou com forte mão. O livramento deveria ser bastante para ensejar gratidão e fidelidade; contudo, não foi assim. “Depois se fartaram, em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de Mim.” V 6
O mesmo Deus que foi bem-vindo, na escravidão e no deserto, deixou de ser, na fartura, embora fora Ele que lhes dera.
Muitos confundem utilitarismo com fé. “Crer” quando isso acena com alguma vantagem imediata, é sinal seguro de apostasia, quando o cenário mudar.
Quem conhece ao Senhor não se move por circunstâncias; a “fé” que pede socorro mesmo o ateu manifesta quando a terra treme. A veraz, brilha até no escuro. “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
A honra alheia
“Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponham a coroa real na sua cabeça.” Et 6;8
Quem seria assim, enfeitado de monarca? O Rei Assuero perguntara ao príncipe Hamã, como deveria honrar a quem o agradava. Certo de que a honra seria para si, o presunçoso pediu aquilo que vimos acima; que o honorável fosse fantasiado de rei.
Infelizmente, para ele, a honra real tinha outro endereço; um desafeto seu, o judeu Mardoqueu que defendera à vida do rei de uma conspiração.
Tolstoi disse: “Há quem passe por um bosque e só veja lenha para sua fogueira.” Assim o egoísta; acredita que as coisas boas existem estritamente para ele.
A Palavra de Deus ensina: “... cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2;3
Se não conseguirmos uma nobre postura assim, ao menos busquemos pela isonomia, quanto às ações. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12
Quem seria assim, enfeitado de monarca? O Rei Assuero perguntara ao príncipe Hamã, como deveria honrar a quem o agradava. Certo de que a honra seria para si, o presunçoso pediu aquilo que vimos acima; que o honorável fosse fantasiado de rei.
Infelizmente, para ele, a honra real tinha outro endereço; um desafeto seu, o judeu Mardoqueu que defendera à vida do rei de uma conspiração.
Tolstoi disse: “Há quem passe por um bosque e só veja lenha para sua fogueira.” Assim o egoísta; acredita que as coisas boas existem estritamente para ele.
A Palavra de Deus ensina: “... cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2;3
Se não conseguirmos uma nobre postura assim, ao menos busquemos pela isonomia, quanto às ações. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12
Sem fermento
“Nenhuma oferta de alimentos, que oferecerdes ao Senhor, se fará com fermento...” Lev 2;11 “Todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal...” Lev 2;13
Na simbologia bíblica, fermento tipifica corrupção, contaminação; O Senhor aconselhou e evitar o “fermento dos fariseus” aludindo às suas doutrinas; figurou Seus discípulos como “Sal da Terra”, ensinando a sobriedade, gravidade que devem ter, ao falar. “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal...” Col 4;6Assim, ao servo de Deus, invés da lisonja bajuladora, da tentativa de motivação ao estilo coach, cabe ser prudente, sóbrio, veraz.
Sua fala precisa ser sem fermento, com sal. Cobrir ao ímpio de promessas, antes de ter sido resolvido o problema basilar, a regeneração da vida espiritual, via conversão, arrependimento, é contraproducente como maquiar um morto; dura um momento e se esvai.
O Evangelho que não começar pelo “arrependei-vos”, não começa nunca. Não é Evangelho. A Palavra ensina que “Deus não é Deus de mortos.”
Ministros que não anunciam seriamente a Palavra, também estão mortos; inútil esperar encontrar O Salvador entre eles. “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5
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