“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;7
Malgrado, a singularidade do Espírito, da esperança, da Senhor, da fé, do batismo, de Deus, Paulo deixa margem para certas particularidades.
Posto que, indispensável a unidade espiritual dos salvos, a diversidade operacional deve ser respeitada, “... um só, o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” I Cor 12;11
Divergências periféricas devem ser toleradas; “Porque um crê que de tudo se pode comer, outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas servo alheio?” Rom 14;2 a 4
A unidade espiritual pode ser preservada, mesmo em meio à diversidade ritual, congregacional... o “Corpo de Cristo” é organismo vivo, não, uma fábrica onde todos os produtos saem iguais, sobre uma esteira.
Quem se converteu deixará evidente, pelo novo modo de agir. “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4
domingo, 5 de outubro de 2025
sábado, 4 de outubro de 2025
Bolhas
“... relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles; como abrira aos gentios a porta da fé.” Atos 14;27
A fé acessível também aos gentios, não tinha trânsito pacífico entre todos os judeus da época. Tanto que, no capítulo quinze de Atos, vemos um concílio apostólico para deliberar sobre essas coisas, que Deus estava fazendo.
Eventualmente, predisposições, dogmas eclesiásticos nos levam à temeridade de julgarmos ao Todo Poderoso, como se, Ele não pudesse atuar fora da “caixinha”, da nossa bolha de compreensão limitada.
O Salvador requereu identidade espiritual, apenas; “Quem não é contra nós é por nós.” Como cada um expressa sua devoção, pode sofrer variações em coisas periféricas; usos, costumes, uma vez preservadas as doutrinárias.
Ademais, a promessa feita a Abraão tinha uma abrangência infinitamente maior que abençoar ao “Povo eleito”. “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3
Pessoas superficiais veem apenas o que desejam; poluem a Divina Luz, com a fuligem das suas inclinações.
O conselho permanece: “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento.” Prov 3;5
A luz acesa
“Porque são gente falta de conselhos, neles não há entendimento.” Deut 32;28
Podemos inferir desse verso, que as pessoas faltas de conselho, o são, não porque a necessária luz lhes tenha sido sonegada; antes, porque lhes faltou entendimento, quando, ensinos e ações de Deus lhes poderiam ter iluminado.
Eventualmente, podemos supor que decorar determinadas sentenças espirituais, seja, possuir a luz; mas, não é assim. Entender o sentido, a real abrangência do que aprendemos, é vital.
Tanto é assim, que a ação do inimigo visa tolher às pessoas justamente nisso; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
Quando Paulo afirmou que orava por determinada igreja, o fez buscando para eles, o que julgava mais importante; “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual a esperança da sua vocação...” Ef 1;18
Quando as pessoas souberem a relevância disso, serão mais empáticas e menos críticas. “... Entendes tu o que lês?” Atos 8;30
O bem, camuflado
“Poder havia em minha mão para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” Gn 31;29
Confissão de Labão a Jacó. Saíra ao encalço dele com muitos homens, sendo que o patriarca fugia com sua família.
Estranha situação, ter que sair levando apenas o que era seu, meio como fugitivo, das terras de seu sogro; por escolhido, Jacó era protegido do Senhor que avisou ao belicoso Labão: Não toque nele.
Aqueles que têm poder contra nós, eventualmente, descobrem que existe algo acima do seu poder que tolhe que nos danem. Assim, para qualquer intento, precisam da permissão do alto.
Então, era o próprio sogro de Jacó que respirava intenções ruins contra ele. O Eterno permitiu o encontro para um acordo de paz, sem nenhuma violência.
Se, Deus deixa que algum mal nos toque, no devido tempo entenderemos qual o bem que tinha em mente como efeito colateral. “... todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, e são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8;28
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
A boa terra
“Por que não puseste, pois, Meu dinheiro no banco, para que Eu, vindo, o exigisse com os juros?” Luc 19;23
O Salvador ensinando sobre a responsabilidade do quem recebe dons; frutificar, multiplicar.
Na parábola do Semeador ensinou sobre os tipos de índoles que recebem à Palavra; num coração bom, que chamou de boa terra, produz satisfatoriamente.
Alguém poderia objetar que não tem culpa por ter um coração ruim. Ora, bondade se aprende; sobretudo com exemplos. O Salvador convidou: “aprendei de Mim...” Mat 11;29
Em Seus ensinos evidenciou o motivo pelo qual nos chama; “Não escolhestes a Mim, mas Eu vos escolhi e nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu Nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” Jo 15;16
O fato da Palavra não voltar vazia, é genérico. Pontualmente cada “terra” é responsável; será recompensada conforme produzir; Se, “... produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é reprovada; perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8
A Fonte
“... Mestre, eis que a figueira, que Tu amaldiçoaste secou.” Mc 11;21
Qual a consequência se ser amaldiçoado por Aquele que É a Vida, senão, a morte? Se, os homens soubessem quão dependentes somos de Cristo, e por quê, se aproximariam apressados.
Embora Jesus tenha sido reputado, “... como raiz de uma terra seca;” Is 53;2 A verdade está além do que os olhos naturais conseguem captar; “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” Jo 1;4
Por causa desse “efeito colateral”, que ilumina mostrando as coisas como são, muitos se mantinham distantes de Quem os queria salvar. “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” Jo 5;40
Quem equaciona, erroneamente, existência com vida, ignora a brevidade daquela, e a abrangência dessa.
A Terra já foi amaldiçoada desde o pecado; no entanto, O Senhor diz: “Eu te conheci no deserto, na terra muito seca.” Os 13;5
Aos que O recebem, promete: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14
O amanhecer
“... O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Sal 30;5
Eventualmente gostaríamos que mensagens como essa fossem literais. Passada uma noite de tristeza, o sol da alegria brilhasse intenso.
Mas, coisas espirituais precisam ser vistas pela devida lupa. Paulo ensina: “... falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” II Cor 2;13
Assim, na linguagem poética do texto, a “noite” se refere a um período probatório dentro do qual, O Senhor acha necessário que nossas superficialidades, desobediências, sejam purgadas, mesmo em meio à necessária tristeza.
No caso da Israel, que rejeitou reiteradas advertências ao arrependimento, nos dias de Jeremias, a “noite” durou setenta anos de cativeiro.
No “amanhecer” da libertação, se alegraram; “Então a nossa boca se encheu de riso e nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.” Sal 126;2
Muitas vezes, o “raiar do dia” em nossas almas depende da nossa resposta aos apelos da luz; “... a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18
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