“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5
Quem escolhe nossos caminhos não são os passos; antes, os corações. Embora, coração seja uma metáfora para condensar nosso âmago, a essência do ser, nossa mentalidade, desejos e emoções.
O “coração” psicológico, diferente do biológico que pulsa no peito, atua no cérebro; planejando, querendo, sentindo, reagindo. Nossos passos são apenas meios de expressarmos decisões dele.
Óbvio que o texto Bíblico atina a esse. Entretanto, os caminhos do coração podem ser acidentados, montanhosos, habitando neles a impiedade, pois, a promessa de ventura atina aos corações fortalecidos em Deus, que têm em si caminhos planos.
Uma figura comum em nossa cultura é a retidão; a perseverança contínua no rumo certo em direção ao alvo, o caráter; o caminho plano, por sua vez, sugere algo nivelado, que não sofre acidentes verticais, o que demanda constância na relação com o Alto, Deus. Essa figura para a integridade espiritual é muito usual na literatura hebraica.
Isaías pré-anunciou a mensagem de João Batista nesses termos: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo, vereda, ao nosso Deus. Todo vale será exaltado, todo o monte e outeiro serão abatidos; o que é torcido se endireitará; o que é áspero se aplainará.” Cap 40;3 e 4
Vindo o enviado, reiterou: “Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.” Mat 3;3
Se, o texto dos salmos fala do coração do homem, a mensagem do Batista atinava à sociedade feita de montes e vales. Os mais baixos, as prostitutas, os publicanos, gente socialmente rejeitada; altos, os líderes religiosos, os escribas, gente que, imaginava-se perto de Deus enquanto a “plebe que não sabe a Lei é maldita” diziam.
Quando João os exortou: “preparai o caminho”, não era para que O Senhor pudesse vir; antes, preparai os corações, dai ouvidos, pois, O Senhor vem e vai falar. Afinal, Ele disse: “Eu sou o caminho...” Contudo, alguns eram tão seguros de si, refratários ao Senhor, que, mesmo corroborando Suas Palavras com Obras, ainda assim não se deixavam convencer.
“Rodearam-no, pois, os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vos tenho dito, e não credes. As obras que faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas, vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vos tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu conheço-as, e elas me seguem.” Jo 10;24 a 27
Seus corações montanhosos seguiam endurecidos; “já vos disse e não credes... não sois minhas ovelhas... elas ouvem minha voz...” Quando se diz que a fé remove montanhas, a maioria cogita obstáculos externos, sem considerar que os montes que incomodam a Deus estão em nossos corações, e esses, a fé Nele pode remover, à medida que enseja arrependimento, confissão e mudança de rumos.
Vejamos sete montes desprezíveis ao Senhor: “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” Prov 6;16 a 19
Assim como a cidade endereço da Besta segundo a Bíblia está geograficamente sobre sete montes, os corações dos que se alienam na incredulidade também trazem esses “acidentes geográficos” que O Santo abomina.
“Bem aventurado o homem cuja força está em ti...” isso é dependência, submissão; aos que se colocam assim O Eterno fortalece. Mas, os orgulhos dos “olhos altivos” são “bons” demais para reconhecerem pecados; aí, os “vales” entram e os montes presunçosos ficam; “...os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, justificaram a Deus. Mas, os fariseus e doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por ele.” Luc 7;29 e 30
Esse é o nivelamento Divino; não há grandes ou pequenos, há pecadores. Malgrado a sociedade tenha lá suas classes, para Deus “Todos pecaram e carecem da Sua Glória”; a todos, pois, a mensagem é igual: “Arrependei-vos e crede no Evangelho”. Os que isso fazem, mesmo que tragam em si cordilheiras de iniquidade, há eficácia suficiente no Sangue Bendito de Cristo para fazer “os seus caminhos aplanados.”
Deus nos dirige por Sua Palavra; nossa parte, ouvir, obedecer; “Quanto ao trato dos homens, pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor. Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que minhas pegadas não vacilem.” Sal 17;4 e 5
terça-feira, 12 de setembro de 2017
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
A Liberdade e os cegos
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Jo 8;36
Esse “verdadeiramente” implica a existência do falso conceito de liberdade; os interlocutores do Senhor eram servos do Império Romano, reféns de tradições religiosas ocas, e, espiritualmente, presas do inimigo; todavia, diziam-se livres. Seu conceito de liberdade era falso.
Sendo possível estarmos de alguma forma presos sem perceber, parece que o aspecto mais nocivo ao ser humano é a ignorância; pois, essa o faz “dormir com o inimigo” sem divisar, pela escuridão intelecto-espiritual em que se encontra. Aí, sua alforria derivaria inicialmente da Luz, antes que, de outro libertador qualquer.
Por um lado, pensadores antigos diziam que somos “condenados a ser livres”, por outro, que somos meros títeres da vontade sobre a qual, nos falta controle, como pensava Schopenhauer, que negava que tenhamos livre arbítrio; ainda outros nos viam como fugitivos homiziados às sombras de ideologias, para que o “eu” não seja responsável; certa concepção de mundo pré-fabricada alhures pensaria por mim, que apenas seguiria a manada.
Falando nisso o russo Nikolai Berdiaev tido como cristão ortodoxo existencialista, era contra a abolição do indivíduo, a massificação; a "coletivização e mecanização da sociedade;” entretanto, ele era Marxista. Resta-nos imaginar que o marxismo inicial, ou, pelo menos teórico, era bem diverso do que se tornou, ou, que o dito pensador o via de modo diverso.
Na verdade o conceito vulgar de liberdade é apenas inconsequência. Fazer o que quiser sem responder por isso é o “sonho de consumo” de muitos “libertários” que, por ignorantes, sequer percebem que se isso fosse levado às últimas consequências, digo, estendido a todos, deixaríamos de ser uma sociedade organizada e volveríamos à barbárie. Aliás, todos os dias ouço músicas que não gosto, em horários que preciso do silêncio para pensar; pois, meus vizinhos estão usufruindo suas “liberdades”.
Então, as leis, a ética, as instituições são limites que colocamos às nossas liberdades, para não acontecer, que, embriagados nelas, venhamos a invadir às alheias. Somos livres dentro de certos parâmetros, e, forçoso nos é concluir que usufruímos liberdade relativa.
Aliás, existe liberdade absoluta? Deus a desfruta diria alguém; será? Quem ama é totalmente livre, ou, de certa forma refém do objeto do Seu amor? Ademais, Ele diz que vela por Sua Palavra para cumpri-la; assim, torna-se servo de Sua Própria Integridade.
Paulo descreveu a natureza humana pecaminosa como que possuída por um invasor mais forte que a domina, o pecado; “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero já o não faço eu, mas, o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;18 a 21
Claramente refere-se à prisão da vontade justa aos caprichos de outra, que no âmago do homem natural se revela mais forte. Esse é o famigerado “si mesmo” que deve ser mortificado na cruz para que sejamos livres; aí poderemos praticar aquela vontade justa que chamamos “bem”. Cristo nos faz livres desse feitor; mas, inda seguimos servos, agora, de Deus.
Isso não se dá num passe de mágica, é um aprendizado diário, onde somos desafiados à prática da Palavra e suas consequências, que pouco a pouco vai desfazendo em nós os resquícios da mentira em que vivíamos. O Salvador desafiou: “...Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32
A liberdade possível, pois, é para, regenerados podermos agir conforme o “programa original” do Criador, cuja paz na consciência testifica no íntimo que estamos “funcionando bem.”
Muitos “libertários” políticos surgiram na Terra com discursos bonitos, utópicas promessas; os que governaram, sem exceção, revelaram-se déspotas, enriqueceram a si e alguns asseclas e oprimiram ao povo que lhes deu ouvidos. Podem até ter sido honestos nas proposições iniciais, o “quero fazer o bem” de Paulo; contudo, de posse dos meios, e ainda servos das paixões pecaminosas, suas boas vontades sumiram; o mal que incidia sobre seu hospedeiro apenas, propagou-se a todo seu domínio.
Ninguém pode dar o que não tem; e os homens verdadeiramente livres o são também da pretensão de poder libertar a outrem; apenas apontam para O Único, Jesus Cristo. Os demais não passam de fraudes, cegos com pretensões de guias.
Há em suas longínquas consciências certo lampejo, um “Braille” pra leitura da alma, que seu orgulho entronizado se ocupa de anular a sensibilidade táctil, e seguem presos imaginando-se livres. Os veros livres são servos do Senhor.
Esse “verdadeiramente” implica a existência do falso conceito de liberdade; os interlocutores do Senhor eram servos do Império Romano, reféns de tradições religiosas ocas, e, espiritualmente, presas do inimigo; todavia, diziam-se livres. Seu conceito de liberdade era falso.
Sendo possível estarmos de alguma forma presos sem perceber, parece que o aspecto mais nocivo ao ser humano é a ignorância; pois, essa o faz “dormir com o inimigo” sem divisar, pela escuridão intelecto-espiritual em que se encontra. Aí, sua alforria derivaria inicialmente da Luz, antes que, de outro libertador qualquer.
Por um lado, pensadores antigos diziam que somos “condenados a ser livres”, por outro, que somos meros títeres da vontade sobre a qual, nos falta controle, como pensava Schopenhauer, que negava que tenhamos livre arbítrio; ainda outros nos viam como fugitivos homiziados às sombras de ideologias, para que o “eu” não seja responsável; certa concepção de mundo pré-fabricada alhures pensaria por mim, que apenas seguiria a manada.
Falando nisso o russo Nikolai Berdiaev tido como cristão ortodoxo existencialista, era contra a abolição do indivíduo, a massificação; a "coletivização e mecanização da sociedade;” entretanto, ele era Marxista. Resta-nos imaginar que o marxismo inicial, ou, pelo menos teórico, era bem diverso do que se tornou, ou, que o dito pensador o via de modo diverso.
Na verdade o conceito vulgar de liberdade é apenas inconsequência. Fazer o que quiser sem responder por isso é o “sonho de consumo” de muitos “libertários” que, por ignorantes, sequer percebem que se isso fosse levado às últimas consequências, digo, estendido a todos, deixaríamos de ser uma sociedade organizada e volveríamos à barbárie. Aliás, todos os dias ouço músicas que não gosto, em horários que preciso do silêncio para pensar; pois, meus vizinhos estão usufruindo suas “liberdades”.
Então, as leis, a ética, as instituições são limites que colocamos às nossas liberdades, para não acontecer, que, embriagados nelas, venhamos a invadir às alheias. Somos livres dentro de certos parâmetros, e, forçoso nos é concluir que usufruímos liberdade relativa.
Aliás, existe liberdade absoluta? Deus a desfruta diria alguém; será? Quem ama é totalmente livre, ou, de certa forma refém do objeto do Seu amor? Ademais, Ele diz que vela por Sua Palavra para cumpri-la; assim, torna-se servo de Sua Própria Integridade.
Paulo descreveu a natureza humana pecaminosa como que possuída por um invasor mais forte que a domina, o pecado; “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero já o não faço eu, mas, o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;18 a 21
Claramente refere-se à prisão da vontade justa aos caprichos de outra, que no âmago do homem natural se revela mais forte. Esse é o famigerado “si mesmo” que deve ser mortificado na cruz para que sejamos livres; aí poderemos praticar aquela vontade justa que chamamos “bem”. Cristo nos faz livres desse feitor; mas, inda seguimos servos, agora, de Deus.
Isso não se dá num passe de mágica, é um aprendizado diário, onde somos desafiados à prática da Palavra e suas consequências, que pouco a pouco vai desfazendo em nós os resquícios da mentira em que vivíamos. O Salvador desafiou: “...Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32
A liberdade possível, pois, é para, regenerados podermos agir conforme o “programa original” do Criador, cuja paz na consciência testifica no íntimo que estamos “funcionando bem.”
Muitos “libertários” políticos surgiram na Terra com discursos bonitos, utópicas promessas; os que governaram, sem exceção, revelaram-se déspotas, enriqueceram a si e alguns asseclas e oprimiram ao povo que lhes deu ouvidos. Podem até ter sido honestos nas proposições iniciais, o “quero fazer o bem” de Paulo; contudo, de posse dos meios, e ainda servos das paixões pecaminosas, suas boas vontades sumiram; o mal que incidia sobre seu hospedeiro apenas, propagou-se a todo seu domínio.
Ninguém pode dar o que não tem; e os homens verdadeiramente livres o são também da pretensão de poder libertar a outrem; apenas apontam para O Único, Jesus Cristo. Os demais não passam de fraudes, cegos com pretensões de guias.
Há em suas longínquas consciências certo lampejo, um “Braille” pra leitura da alma, que seu orgulho entronizado se ocupa de anular a sensibilidade táctil, e seguem presos imaginando-se livres. Os veros livres são servos do Senhor.
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domingo, 10 de setembro de 2017
O lugar da esperança
“Esforçai-vos, Ele fortalecerá vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” Sal 31;24
Deparamos nesse cântico com mais uma das tantas “contradições” bíblicas; Deus fortaleceria aos que se esforçam, contudo, esses são os que esperam. Ora, esforço sugere mover-se com vigor em determinada direção, objetivo, alvo; e, esperar evoca a ideia de uma confiança passiva que não faria grande coisa, exceto, isso, esperar.
Esperar é uma palavra que tanto tem conteúdo, quanto, forma; digo, tanto pode referir-se a como fazer algo, quanto, por quê, fazer, no caso, o quê, esperar. Se, a esperança em foco demanda para seu êxito que, nossos corações sejam fortalecidos por Deus, de nossa parte, esforço, não pode ser algo tão passivo assim.
Spurgeon dizia: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”. Todos hão de convir que a esperança é uma coisa boa. Entretanto, essa bendita pode errar o endereço, estar fora do lugar? Pode.
Num primeiro momento todas as esperanças são iguais; referem-se à confiança, de que teremos, veremos, desfrutaremos aquilo que esperamos num momento qualquer d’um ditoso porvir. Contudo, o quê esperamos difere de pessoa para pessoa; e, falo aos cristãos, esperarmos algo que contrarie a Vontade Divina, necessariamente coloca nossa esperança fora da casinha.
Por exemplo: Os cristãos hebreus da Igreja inicial esperavam a Volta de Jesus em seus dias; passada a empolgação inicial, sofrendo eles o concurso das lutas e perseguições começaram a enfraquecer na fé, quando não, apostatar.
A epístola a eles endereçada nos dá luz sobre isso e os exorta e retomarem o fervor inicial; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações; em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Não rejeiteis, pois, vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” Cap 10;32, 33 e 35
Aqui a esperança foi equacionada com, confiança; antes, dissera: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” V 23
Na verdade, o autor da epístola tinha exatamente isso em mente ao diagnosticar a causa do esfriamento de fé dos hebreus; de que eles esperaram o que desejavam, não, o que fora prometido. “...é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, que penetra até ao interior do véu...” Cap 6; 18 e 19
Perseverar na esperança proposta é uma sutil reprimenda que implica que eles esperaram o que não lhes fora prometido. O moderno “Deus é fiel” tem sido usado a torto e a direito como patrocinador de muitas coisas que se espera. É Ele É Fiel.
Porém, Sua Fidelidade vale tanto para as promessas de bênçãos, quanto, para as advertências disciplinares, os vaticínios de perseguições, as ameaças de juízo. Tudo isso nos foi proposto na Palavra.
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12 “Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mat 10;24 e 25 etc.
Claro que essas não são coisas que esperamos ancorados em nossos desejos; mas, devemos esperar como necessárias baseados na Palavra de Deus.
Acho que começamos a perceber, enfim, porque para esperarmos precisamos ter fortalecidos por Deus, os nossos corações. Neles, por eles, o inimigo trava seu combate com toda sorte de tentações, explorando em sua covardia, os pontos mais fracos de cada um.
Um cântico de nosso hinário traz: “Entra na batalha onde mais o fogo inflama, e peleja contra o vil tentador...” Ou seja: Onde a tentação se revela mais forte, mais desejável, inda assim, devo resistir, pelejar. Isso não nos é possível, exceto, se formos fortalecidos por Deus.
Então, não permitamos que o enganador acuse que não se cumprem promessas que nasceram de fontes espúrias, como se fossem de Deus. Digo; acusar ele fará é o seu papel; mas, não deixemos que isso enfraqueça nossa fé, debilite nossa confiança; se, por um lado é “Impossível que Deus minta”, por outro, e possível que o diabo fale algumas verdades, torcendo o tempo, modo, qualquer coisa que sirva ao seu propósito de matar.
Contudo, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas, permanece para sempre.” Sal 125;1
Deparamos nesse cântico com mais uma das tantas “contradições” bíblicas; Deus fortaleceria aos que se esforçam, contudo, esses são os que esperam. Ora, esforço sugere mover-se com vigor em determinada direção, objetivo, alvo; e, esperar evoca a ideia de uma confiança passiva que não faria grande coisa, exceto, isso, esperar.
Esperar é uma palavra que tanto tem conteúdo, quanto, forma; digo, tanto pode referir-se a como fazer algo, quanto, por quê, fazer, no caso, o quê, esperar. Se, a esperança em foco demanda para seu êxito que, nossos corações sejam fortalecidos por Deus, de nossa parte, esforço, não pode ser algo tão passivo assim.
Spurgeon dizia: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”. Todos hão de convir que a esperança é uma coisa boa. Entretanto, essa bendita pode errar o endereço, estar fora do lugar? Pode.
Num primeiro momento todas as esperanças são iguais; referem-se à confiança, de que teremos, veremos, desfrutaremos aquilo que esperamos num momento qualquer d’um ditoso porvir. Contudo, o quê esperamos difere de pessoa para pessoa; e, falo aos cristãos, esperarmos algo que contrarie a Vontade Divina, necessariamente coloca nossa esperança fora da casinha.
Por exemplo: Os cristãos hebreus da Igreja inicial esperavam a Volta de Jesus em seus dias; passada a empolgação inicial, sofrendo eles o concurso das lutas e perseguições começaram a enfraquecer na fé, quando não, apostatar.
A epístola a eles endereçada nos dá luz sobre isso e os exorta e retomarem o fervor inicial; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações; em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Não rejeiteis, pois, vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” Cap 10;32, 33 e 35
Aqui a esperança foi equacionada com, confiança; antes, dissera: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” V 23
Na verdade, o autor da epístola tinha exatamente isso em mente ao diagnosticar a causa do esfriamento de fé dos hebreus; de que eles esperaram o que desejavam, não, o que fora prometido. “...é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, que penetra até ao interior do véu...” Cap 6; 18 e 19
Perseverar na esperança proposta é uma sutil reprimenda que implica que eles esperaram o que não lhes fora prometido. O moderno “Deus é fiel” tem sido usado a torto e a direito como patrocinador de muitas coisas que se espera. É Ele É Fiel.
Porém, Sua Fidelidade vale tanto para as promessas de bênçãos, quanto, para as advertências disciplinares, os vaticínios de perseguições, as ameaças de juízo. Tudo isso nos foi proposto na Palavra.
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12 “Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mat 10;24 e 25 etc.
Claro que essas não são coisas que esperamos ancorados em nossos desejos; mas, devemos esperar como necessárias baseados na Palavra de Deus.
Acho que começamos a perceber, enfim, porque para esperarmos precisamos ter fortalecidos por Deus, os nossos corações. Neles, por eles, o inimigo trava seu combate com toda sorte de tentações, explorando em sua covardia, os pontos mais fracos de cada um.
Um cântico de nosso hinário traz: “Entra na batalha onde mais o fogo inflama, e peleja contra o vil tentador...” Ou seja: Onde a tentação se revela mais forte, mais desejável, inda assim, devo resistir, pelejar. Isso não nos é possível, exceto, se formos fortalecidos por Deus.
Então, não permitamos que o enganador acuse que não se cumprem promessas que nasceram de fontes espúrias, como se fossem de Deus. Digo; acusar ele fará é o seu papel; mas, não deixemos que isso enfraqueça nossa fé, debilite nossa confiança; se, por um lado é “Impossível que Deus minta”, por outro, e possível que o diabo fale algumas verdades, torcendo o tempo, modo, qualquer coisa que sirva ao seu propósito de matar.
Contudo, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas, permanece para sempre.” Sal 125;1
sábado, 9 de setembro de 2017
Por que Deus permite a dor?
“Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;” Col 4;3
Submissão à Vontade de Deus sempre foi difícil para o ser humano, afinal, depois que certo “profeta” ensinou que graças à desobediência seríamos “como Deus” toda a espécie padeceu de uma enfermidade moral onde as preferências pessoais, particulares, se impõem ao coletivo.
O Ego recém nascido tomou o lugar de Deus. Desobediência, invés de nos fazer como O Eterno, nos fez como o inimigo; rebeldes, obstinados, egoístas.
Por isso, o regresso ao Pai, a regeneração precisa passar necessariamente pela cruz, onde, esse traidor deve ser mortificado todos os dias; de modo que nossas inclinações pessoais sejam deixadas em plano secundário, e o Propósito do Eterno cumpra-se em nossas vidas. Óbvio que uma renúncia dessa magnitude é muito mais fácil ensinar que viver; contudo, sendo fácil ou difícil é isso que Deus espera de cada um; “Negue-se, tome sua cruz e siga-me”.
Normalmente temos dificuldade de entender, ou, aceitar como Vontade Divina, situações, circunstâncias adversas das quais, sabemos, Deus bem nos poderia livrar se quisesse, entretanto, não faz. Ora, se nós, frágeis pecadores não fazemos o que podemos, mas, somente o que queremos, por que Ele, O Soberano do Universo teria que fazer diferente?
Um aspecto que às vezes desconsideramos sobre o Poder do Eterno é Sua Onisciência. Assim, tanto pode nos livrar de circunstâncias dolorosas, quanto, nos exercitar nelas, pois, Sua Ciência Excelsa sabe onde tudo vai dar, qual será o fruto, a têmpera gerada nesse momento adverso.
Paulo ensinou que: “...todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8; 28
Então, se estou num processo cujo produto contribuirá para meu bem, desejar, orar para que dele Deus me retire não é bênção, estritamente, inda que possa obrar certo alívio eventual. Como a prata é derretida para remoção das escórias as impurezas, assim faz O Santo Conosco, pois, almeja embelezar Seus vasos. “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor.” Prov 25;4
Desafinamos da Sabedoria Divina, se, lutamos contra o necessário processo, enquanto o “Fundidor” luta contra nossas impurezas. Embora a fé moderna tenha sido pervertida como, se, uma força que faz as coisas acontecerem, a sadia é uma confiança irrestrita na Integridade, Bondade e Sabedoria Divinas; se, creio deveras, mesmo que não goste do que estou passando, sequer entenda os motivos, descanso em Deus, confiando que, Ele sabe o que me convém.
Caso não me livra de meu incômodo é porque deve ser melhor assim. Então, foco no que pode ser feito; apesar dos pesos das provas, sempre nos restam algumas forças. Paulo estava na prisão por causa da Obra de Deus; escrevendo à Igreja de Colossos e rogando orações, não pediu que orassem para que as portas da prisão fossem abertas, antes, “...para que Deus nos abra a porta da Palavra, a fim de falarmos do Mistério de Cristo...”
Quando estivera preso em Filipos juntamente com Silas, resolveram combater à “insônia” cantando louvores ao Senhor. Não há registro que tenham orado por isso, mas, O Senhor fez a Terra tremer e abriu a prisão. Desse modo, tanto pode nos livrar de modo maravilhoso, quanto, nos deixar na prova sem maiores explicações; nosso papel não é questionar, “determinar, decretar, ordenar” nada.
O Santo não precisa fazer nada por que eu quero; nem, para ser, enfim, Deus. O que quero é momentâneo, circunstancial, às vezes, passado certo tempo nem quero mais; Ele não faz coisas grandiosas para Ser, antes, porque É.
A beleza aos olhos Divinos está no cardume, não, no peixe; no enxame, não, na abelha; o mundo cultua seus ídolos, os que são “feras” em alguma coisa; mas, a igreja foi chamada para ser um coletivo, um corpo cujas necessidades e alegrias sejam compartidas. As motivações egoístas devem ser banidas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26
Então, se temos uma “contradição” bíblica é apenas verbal, não, real; pois, ora, ordena: “Negue a si mesmo”; outra; “ame a teu próximo como a ti mesmo;” forçoso é concluir que o negue-se não inclui o amor próprio, mas, a pretensão de gerir por meu saber e querer, aquilo que pertence ao Eterno, os rumos da vida. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” Jr 10;23
Submissão à Vontade de Deus sempre foi difícil para o ser humano, afinal, depois que certo “profeta” ensinou que graças à desobediência seríamos “como Deus” toda a espécie padeceu de uma enfermidade moral onde as preferências pessoais, particulares, se impõem ao coletivo.
O Ego recém nascido tomou o lugar de Deus. Desobediência, invés de nos fazer como O Eterno, nos fez como o inimigo; rebeldes, obstinados, egoístas.
Por isso, o regresso ao Pai, a regeneração precisa passar necessariamente pela cruz, onde, esse traidor deve ser mortificado todos os dias; de modo que nossas inclinações pessoais sejam deixadas em plano secundário, e o Propósito do Eterno cumpra-se em nossas vidas. Óbvio que uma renúncia dessa magnitude é muito mais fácil ensinar que viver; contudo, sendo fácil ou difícil é isso que Deus espera de cada um; “Negue-se, tome sua cruz e siga-me”.
Normalmente temos dificuldade de entender, ou, aceitar como Vontade Divina, situações, circunstâncias adversas das quais, sabemos, Deus bem nos poderia livrar se quisesse, entretanto, não faz. Ora, se nós, frágeis pecadores não fazemos o que podemos, mas, somente o que queremos, por que Ele, O Soberano do Universo teria que fazer diferente?
Um aspecto que às vezes desconsideramos sobre o Poder do Eterno é Sua Onisciência. Assim, tanto pode nos livrar de circunstâncias dolorosas, quanto, nos exercitar nelas, pois, Sua Ciência Excelsa sabe onde tudo vai dar, qual será o fruto, a têmpera gerada nesse momento adverso.
Paulo ensinou que: “...todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8; 28
Então, se estou num processo cujo produto contribuirá para meu bem, desejar, orar para que dele Deus me retire não é bênção, estritamente, inda que possa obrar certo alívio eventual. Como a prata é derretida para remoção das escórias as impurezas, assim faz O Santo Conosco, pois, almeja embelezar Seus vasos. “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor.” Prov 25;4
Desafinamos da Sabedoria Divina, se, lutamos contra o necessário processo, enquanto o “Fundidor” luta contra nossas impurezas. Embora a fé moderna tenha sido pervertida como, se, uma força que faz as coisas acontecerem, a sadia é uma confiança irrestrita na Integridade, Bondade e Sabedoria Divinas; se, creio deveras, mesmo que não goste do que estou passando, sequer entenda os motivos, descanso em Deus, confiando que, Ele sabe o que me convém.
Caso não me livra de meu incômodo é porque deve ser melhor assim. Então, foco no que pode ser feito; apesar dos pesos das provas, sempre nos restam algumas forças. Paulo estava na prisão por causa da Obra de Deus; escrevendo à Igreja de Colossos e rogando orações, não pediu que orassem para que as portas da prisão fossem abertas, antes, “...para que Deus nos abra a porta da Palavra, a fim de falarmos do Mistério de Cristo...”
Quando estivera preso em Filipos juntamente com Silas, resolveram combater à “insônia” cantando louvores ao Senhor. Não há registro que tenham orado por isso, mas, O Senhor fez a Terra tremer e abriu a prisão. Desse modo, tanto pode nos livrar de modo maravilhoso, quanto, nos deixar na prova sem maiores explicações; nosso papel não é questionar, “determinar, decretar, ordenar” nada.
O Santo não precisa fazer nada por que eu quero; nem, para ser, enfim, Deus. O que quero é momentâneo, circunstancial, às vezes, passado certo tempo nem quero mais; Ele não faz coisas grandiosas para Ser, antes, porque É.
A beleza aos olhos Divinos está no cardume, não, no peixe; no enxame, não, na abelha; o mundo cultua seus ídolos, os que são “feras” em alguma coisa; mas, a igreja foi chamada para ser um coletivo, um corpo cujas necessidades e alegrias sejam compartidas. As motivações egoístas devem ser banidas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26
Então, se temos uma “contradição” bíblica é apenas verbal, não, real; pois, ora, ordena: “Negue a si mesmo”; outra; “ame a teu próximo como a ti mesmo;” forçoso é concluir que o negue-se não inclui o amor próprio, mas, a pretensão de gerir por meu saber e querer, aquilo que pertence ao Eterno, os rumos da vida. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” Jr 10;23
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Nada mais que a Verdade
“O que é a verdade?” Jo 18;38 Mesmo estando diante Daquele que dissera “Eu Sou...a verdade...” Pilatos deu as costas sem esperar resposta.
Muitos filósofos e acadêmicos debruçaram-se a pensar nisso, e, embora cada um tenha acrescido coisas válidas à apreciação, nenhum pode gabar-se de ter sido cabal; de ter matado a cobra, definindo-a num conceito irrefutável, que não comportasse emendas.
Como minhas pretensões de leigo são bem mais módicas, esposo uma definição de Aristóteles, que diz que a verdade seria a “perfeita adequação entre a realidade nos fatos, e na mente;” ou, na expressão dos mesmos, acrescento.
Outra discussão é se ela é absoluta, ou, relativa. Ora, relativismo pleno ( algumas coisas o são) por sua natureza não pode ser um conceito; se o fosse, pretenderia firmar-se na areia movediça. Pois, se tudo depende da relação, quem garantiria, ou, ancorado em quê, que o próprio conceito não é relativo também??
A meu ver, que a verdade seja absoluta é uma necessidade, a menos que desejemos comer todo o bolo e ainda o ter na mão.
Existem coisas subjetivas na verdade, isso sim. Por exemplo: Se alguém afirma estar com dor de cabeça; a percepção dessa verdade é exclusiva do paciente. Tal verdade não pode receber o testemunho da percepção de terceiros; tampouco, da inferência lógica, ou, outra ferramenta qualquer.
Além dessa, podemos lidar com a verdade acidental; se “chutamos” a resposta numa questão de múltipla escolha e acertamos sem saber “copulamos” com a verdade no escuro.
Então, se a verdade não for absoluta, deixa da essência de ser, e torna-se mero estar, sentir, parecer... Ora a afirmação de Goebbels que uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade, requer, para firmar-se no terreno lógico, que uma verdade muitas vezes repetida se torne mentira. Se a repetição exaustiva obra isso de perverter o ser, a conclusão se faz necessária.
Não senhores, uma mentira repetida à exaustão pode acomodar-se à preguiça mental de um, ou, de muitos, e, mesmo posando eventualmente de verdade, será apenas a velha mentira usando roupa alheia.
Outra distinção que os pensadores se ocupavam, era entre o ser em si, e o ser para si. Simplificando: O que o coisa é; e, o que significa para mim.
Se, definirmos a verdade em si é um poço fundo e nos falta corda, como disse a Samaritana ao Senhor, a verdade para nós, o que nos significa, isso está ao nosso alcance. Porém, só os homens deveras livres podem lidar com isso de modo coerente.
Pois, os que sofrem a febre das paixões gostam da verdade, vociferam por ela quando a mesma os beneficia, e tudo fazem para ocultá-la, quando lhes desfavorece.
Contudo, como reagiríamos se soubéssemos que alguém está falando alhures, inverdades graves a nosso respeito? Geralmente o sentimento é de indignação, revolta; desejo de colocar os pingos nos is desmanchando a mentira.
Ora, se projetaríamos as garras do Wolverine para fora em defesa da mesma, a verdade deve ser algo valioso, bom. O homem que agarra-se à verdade mesmo quando ela lhe desfavorece faz uma espécie de “delação premiada” contra si mesmo; assume publicamente eventuais falhas pelo prêmio da preservação da dignidade moral, da integridade psíquica.
Quando, eventualmente ela se volta contra mim, não significa que tenha se tornado má; segue sendo o que é. Errarei uma vez mais, se, pretender “consertar” maus passos vilipendiando a verdade. Um erro não conserta o outro, como diz o adágio.
Quando O Senhor ordenou que fizéssemos aos outros, o que desejamos para nós, outra coisa não implica, isso, senão, que sejamos verdadeiros até em nossos sentimentos mais caros, que patrocinam nossas ações.
No mundo atual a verdade é a visitante menos desejada, pois, as faculdades de raciocinar e falar, que nos fazem “superiores” aos animais, têm sido usadas mais para ocultar que para manifestar a realidade dos fatos. Isaías o profeta anteviu nossos dias. “...o direito se tornou atrás; a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.” Is 59;14
Os cultores da mentira acreditam que podem “criar” fatos a partir de narrativas repetidas. Não criarão; e quando estiverem enferrujados na lata de lixo da história, além dos fatos nefastos que tentam ocultar, pesará sobre eles essa pecha de falsidade engajada, hipocrisia atuante.
Andamos demais na senda da destruição de valores; ou retomamos e apreciamos devidamente o que nos é caro, ou nossa sociedade implodirá de vez no salve-se quem poder, na barbárie do triunfo da força, apenas.
O banquete dos sentidos costuma não convidar à razão; o agradável sempre é convidado em seu lugar.
“As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras.” Lao-Tsé
Muitos filósofos e acadêmicos debruçaram-se a pensar nisso, e, embora cada um tenha acrescido coisas válidas à apreciação, nenhum pode gabar-se de ter sido cabal; de ter matado a cobra, definindo-a num conceito irrefutável, que não comportasse emendas.
Como minhas pretensões de leigo são bem mais módicas, esposo uma definição de Aristóteles, que diz que a verdade seria a “perfeita adequação entre a realidade nos fatos, e na mente;” ou, na expressão dos mesmos, acrescento.
Outra discussão é se ela é absoluta, ou, relativa. Ora, relativismo pleno ( algumas coisas o são) por sua natureza não pode ser um conceito; se o fosse, pretenderia firmar-se na areia movediça. Pois, se tudo depende da relação, quem garantiria, ou, ancorado em quê, que o próprio conceito não é relativo também??
A meu ver, que a verdade seja absoluta é uma necessidade, a menos que desejemos comer todo o bolo e ainda o ter na mão.
Existem coisas subjetivas na verdade, isso sim. Por exemplo: Se alguém afirma estar com dor de cabeça; a percepção dessa verdade é exclusiva do paciente. Tal verdade não pode receber o testemunho da percepção de terceiros; tampouco, da inferência lógica, ou, outra ferramenta qualquer.
Além dessa, podemos lidar com a verdade acidental; se “chutamos” a resposta numa questão de múltipla escolha e acertamos sem saber “copulamos” com a verdade no escuro.
Então, se a verdade não for absoluta, deixa da essência de ser, e torna-se mero estar, sentir, parecer... Ora a afirmação de Goebbels que uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade, requer, para firmar-se no terreno lógico, que uma verdade muitas vezes repetida se torne mentira. Se a repetição exaustiva obra isso de perverter o ser, a conclusão se faz necessária.
Não senhores, uma mentira repetida à exaustão pode acomodar-se à preguiça mental de um, ou, de muitos, e, mesmo posando eventualmente de verdade, será apenas a velha mentira usando roupa alheia.
Outra distinção que os pensadores se ocupavam, era entre o ser em si, e o ser para si. Simplificando: O que o coisa é; e, o que significa para mim.
Se, definirmos a verdade em si é um poço fundo e nos falta corda, como disse a Samaritana ao Senhor, a verdade para nós, o que nos significa, isso está ao nosso alcance. Porém, só os homens deveras livres podem lidar com isso de modo coerente.
Pois, os que sofrem a febre das paixões gostam da verdade, vociferam por ela quando a mesma os beneficia, e tudo fazem para ocultá-la, quando lhes desfavorece.
Contudo, como reagiríamos se soubéssemos que alguém está falando alhures, inverdades graves a nosso respeito? Geralmente o sentimento é de indignação, revolta; desejo de colocar os pingos nos is desmanchando a mentira.
Ora, se projetaríamos as garras do Wolverine para fora em defesa da mesma, a verdade deve ser algo valioso, bom. O homem que agarra-se à verdade mesmo quando ela lhe desfavorece faz uma espécie de “delação premiada” contra si mesmo; assume publicamente eventuais falhas pelo prêmio da preservação da dignidade moral, da integridade psíquica.
Quando, eventualmente ela se volta contra mim, não significa que tenha se tornado má; segue sendo o que é. Errarei uma vez mais, se, pretender “consertar” maus passos vilipendiando a verdade. Um erro não conserta o outro, como diz o adágio.
Quando O Senhor ordenou que fizéssemos aos outros, o que desejamos para nós, outra coisa não implica, isso, senão, que sejamos verdadeiros até em nossos sentimentos mais caros, que patrocinam nossas ações.
No mundo atual a verdade é a visitante menos desejada, pois, as faculdades de raciocinar e falar, que nos fazem “superiores” aos animais, têm sido usadas mais para ocultar que para manifestar a realidade dos fatos. Isaías o profeta anteviu nossos dias. “...o direito se tornou atrás; a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.” Is 59;14
Os cultores da mentira acreditam que podem “criar” fatos a partir de narrativas repetidas. Não criarão; e quando estiverem enferrujados na lata de lixo da história, além dos fatos nefastos que tentam ocultar, pesará sobre eles essa pecha de falsidade engajada, hipocrisia atuante.
Andamos demais na senda da destruição de valores; ou retomamos e apreciamos devidamente o que nos é caro, ou nossa sociedade implodirá de vez no salve-se quem poder, na barbárie do triunfo da força, apenas.
O banquete dos sentidos costuma não convidar à razão; o agradável sempre é convidado em seu lugar.
“As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras.” Lao-Tsé
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Os mortos estão surdos
“Aplica teu coração à instrução e teus ouvidos às palavras do conhecimento.” Prov 23;12
Como um espelho nos lança sujeira, desarranjo, na face, o conhecimento também nos desconforta, eventualmente; seu brilho tende a espelhar nossos erros, ignorâncias, maus passos... pois, seu papel é refletir as coisas com são, não camuflá-las para que nos soem agradáveis.
Parece que, de modo implícito, a maioria das pessoas recusa a ideia de estar em construção; ser alma carente de saber; agem como se já estivessem prontas; laboram por satisfação, não, por crescimento; prazer invés de luz. Padecendo essa falta de noção tendem a repelir quem ensina e idolatrar quem adula.
Ontem deparei com um vídeo de certo pregador “cristão” de voz agradável, mensagem, estilo pensamento positivo; esquecer as dificuldades, focar nas promessas, pois, Deus as vai cumprir, e “eu profetizo determino, declaro tua vitória em Nome de Jesus”.
Como um espelho nos lança sujeira, desarranjo, na face, o conhecimento também nos desconforta, eventualmente; seu brilho tende a espelhar nossos erros, ignorâncias, maus passos... pois, seu papel é refletir as coisas com são, não camuflá-las para que nos soem agradáveis.
Parece que, de modo implícito, a maioria das pessoas recusa a ideia de estar em construção; ser alma carente de saber; agem como se já estivessem prontas; laboram por satisfação, não, por crescimento; prazer invés de luz. Padecendo essa falta de noção tendem a repelir quem ensina e idolatrar quem adula.
Ontem deparei com um vídeo de certo pregador “cristão” de voz agradável, mensagem, estilo pensamento positivo; esquecer as dificuldades, focar nas promessas, pois, Deus as vai cumprir, e “eu profetizo determino, declaro tua vitória em Nome de Jesus”.
Nenhuma exortação a arrependimento, conversão, santificação, adequação da vida aos preceitos Divinos, para serem as pessoas abençoadas, nada. “Causa” na Rede, o enganador, o profeta de facilidades, bajulador de ímpios, encantador de serpentes.
Pois, pasmem! a coisa tinha doze mil compartilhamentos, mais de 200 mil visualizações, milhares de comentários, améns; deu vontade de chorar. Triste retrato de uma geração sem noção, presa fácil do erro; nem precisam camuflar o veneno como o inimigo é hábil em fazer. Qualquer isca grosseira pesca milhares, pois, querem bajulação, não, conhecimento. Aí, adoram, curtem e replicam isso, e desprezam a luz.
Fez lembrar uma frase do Edir Macedo certa vez: “Nós pescamos o povo com bosta”, disse, num estranho surto de sinceridade. E, tantos fazem o mesmo tendo cheios os seus barcos de comedores de bosta.
“Arrependei-vos porque já é chegado o Reino dos Céus;” (João Batista) “Arrependei-vos e crede no Evangelho;” (O Senhor); “Arrependei-vos, sede batizados em nome do Senhor... salvai-vos dessa geração perversa;” (Pedro) “Arrependei-vos e das vaidades convertei-vos ao Deus Vivo;” (Paulo) etc. Todos os pregadores idôneos fazem do arrependimento o cerne de suas mensagens, pois, essa é a situação da humanidade. Morta em pecados carecendo salvação.
Entretanto, há uma horda de salteadores espirituais travestidos de ministros que, a pretexto de exaltar a Bondade de Deus faz vistas grossas à maldade humana. Deus é Bom sim; ama todos os pecadores, mas, acima de tudo, ama a justiça; sem arrependimento, confissão, novo nascimento, mudança de vida, nada feito. O Amor Divino sofre impotente pela indiferença humana.
A cegueira é tal que o inimigo é que parece bom; servos idôneos do Senhor seriam fundamentalistas, radicais, fanáticos, etc. Ora, a “bondade” do diabo é como a do criador de porcos; alimenta, engorda e mata.
O Eterno não trabalha em agência funerária, portanto, barbear, banhar e vestir elegantemente aos mortos não é Sua ocupação. “...Deus não é Deus dos mortos, mas, dos vivos...” Mat 22;32 “...Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5
Enquanto a questão da vida não for tratada, nada mais faz sentido. O Evangelho não é um meio de melhorar de vida; antes, de obter vida em Cristo; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte pra vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25
Entretanto, os mortos atuais invés da Voz de Cristo, escolhem dignos representantes; mortos ministeriais, que animam suas comichões por satisfação e sonegam o bálsamo amargo que os poderia curar, a cruz. Paulo foi atrevido e categórico: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14
O mesmo Paulo disse mais sobre tais ministros: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; a glória é para confusão deles, pois, só pensam nas coisas terrenas. Mas, nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo; Fp 3;18 a 20
Embora muitos postem frases bonitas tipo, valer mais uma verdade triste, dura, que uma alegre mentira, na hora do, “pega pra capar”, na mentira se refugiam traindo a si mesmos.
Em suma, Deus é Bom, nos ama sim; mas, porque é “tão puro de olhos que não pode contemplar o mal”, precisa nos purificar para nos receber nas Moradas Eternas. “Os limpos de coração verão a Deus.”
“Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer.” Carl Sagan
Pois, pasmem! a coisa tinha doze mil compartilhamentos, mais de 200 mil visualizações, milhares de comentários, améns; deu vontade de chorar. Triste retrato de uma geração sem noção, presa fácil do erro; nem precisam camuflar o veneno como o inimigo é hábil em fazer. Qualquer isca grosseira pesca milhares, pois, querem bajulação, não, conhecimento. Aí, adoram, curtem e replicam isso, e desprezam a luz.
Fez lembrar uma frase do Edir Macedo certa vez: “Nós pescamos o povo com bosta”, disse, num estranho surto de sinceridade. E, tantos fazem o mesmo tendo cheios os seus barcos de comedores de bosta.
“Arrependei-vos porque já é chegado o Reino dos Céus;” (João Batista) “Arrependei-vos e crede no Evangelho;” (O Senhor); “Arrependei-vos, sede batizados em nome do Senhor... salvai-vos dessa geração perversa;” (Pedro) “Arrependei-vos e das vaidades convertei-vos ao Deus Vivo;” (Paulo) etc. Todos os pregadores idôneos fazem do arrependimento o cerne de suas mensagens, pois, essa é a situação da humanidade. Morta em pecados carecendo salvação.
Entretanto, há uma horda de salteadores espirituais travestidos de ministros que, a pretexto de exaltar a Bondade de Deus faz vistas grossas à maldade humana. Deus é Bom sim; ama todos os pecadores, mas, acima de tudo, ama a justiça; sem arrependimento, confissão, novo nascimento, mudança de vida, nada feito. O Amor Divino sofre impotente pela indiferença humana.
A cegueira é tal que o inimigo é que parece bom; servos idôneos do Senhor seriam fundamentalistas, radicais, fanáticos, etc. Ora, a “bondade” do diabo é como a do criador de porcos; alimenta, engorda e mata.
O Eterno não trabalha em agência funerária, portanto, barbear, banhar e vestir elegantemente aos mortos não é Sua ocupação. “...Deus não é Deus dos mortos, mas, dos vivos...” Mat 22;32 “...Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5
Enquanto a questão da vida não for tratada, nada mais faz sentido. O Evangelho não é um meio de melhorar de vida; antes, de obter vida em Cristo; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte pra vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25
Entretanto, os mortos atuais invés da Voz de Cristo, escolhem dignos representantes; mortos ministeriais, que animam suas comichões por satisfação e sonegam o bálsamo amargo que os poderia curar, a cruz. Paulo foi atrevido e categórico: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14
O mesmo Paulo disse mais sobre tais ministros: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; a glória é para confusão deles, pois, só pensam nas coisas terrenas. Mas, nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo; Fp 3;18 a 20
Embora muitos postem frases bonitas tipo, valer mais uma verdade triste, dura, que uma alegre mentira, na hora do, “pega pra capar”, na mentira se refugiam traindo a si mesmos.
Em suma, Deus é Bom, nos ama sim; mas, porque é “tão puro de olhos que não pode contemplar o mal”, precisa nos purificar para nos receber nas Moradas Eternas. “Os limpos de coração verão a Deus.”
“Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer.” Carl Sagan
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Monólogo da alma aflita
“Por que estás abatida, ó minha alma, por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois, ainda o louvarei...” Sal 42;5
Interessante monólogo; inquirição e resposta brotando da mesma fonte; pelo menos, vertendo dos mesmos lábios. “por que estás abatida ó minha alma...espera...” Parece que o abatimento derivava da pressa; a receita seria esperar o tempo de Deus para o socorro.
Acontece que, o homem é corpo, alma e espírito; a distinção entre os últimos é mui sutil, mas, existe. Ele fala com sua alma como se, de fora dela, ou, de uma posição independente.
Qualquer pessoa que tenha sofrido uma tentação identificou em si certa ambigüidade; um aspecto ressaltando vantagens, prazeres de pecar, outro, sóbrio, apontando às consequências os riscos. O corpo essa massa pesada, inclinada ao pecado envia estímulos à alma para dobrá-la em direção aos seus anseios; o espírito, mediante a consciência uma de suas faculdades, peleja para que a alma se abstraia aos anseios da carne; atue de modo coerente com a justiça.
Assim, mesmo os que, por alheios, ignorantes, ou, outra razão qualquer não podem distinguir alma e espírito, ainda podem sentir suas influências concomitantes, que, além de distintas, geralmente são opostas, como ensina a Palavra. “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito; o Espírito contra a carne; estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gal 5;16 e 17
Dentro de nós, uma disputa por nós; carne e espírito tentando “vender seu peixe” pra alma; ou seja, levá-la a agir conforme a inclinação de cada um. A carne, sabemos, dobra-se ante o pecado, porém, o Espírito tenciona agradar a Deus. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas, os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas, a do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;5 a 7
Conclusão necessária, que o Espírito tenta nos inclinar à obediência, a carne, à rebeldia. Claro que falo aos renascidos, os que têm vida espiritual em si. Sem o novo nascimento, que, no fundo não é o surgimento de um novo ser, antes, reconciliação com Deus, de um que estava morto em pecados e, em Cristo é regenerado e fortalecido, para poder, enfim, agir como filho de Deus; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13
Se, no início da obra O Criador Soprou Seu Espírito para que o homem recebesse vida, o novo nascimento também é um “sopro” do Espírito Santo, que ilumina e convence o pecador, ao concurso da Palavra de Deus. “O vento assopra onde quer, ouves sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8
Os renascidos passam a ter dupla identidade; natural e sobrenatural; aquela precisa ser pregada na cruz, mortificada; essa, deve pautar nossa nova vida, para que não pese nenhum juízo mais, sobre nós. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2
Embora muitos pensem que Vida Eterna seja só uma quantidade, algo que herdaremos depois da morte, na verdade é uma qualidade, um modo de vida que nos convém abraçar agora. “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12
Claro que, também se refere à quantidade; tempo infindo de paz com Deus, mas, devemos entrar nesse tempo com nossas pernas enquanto vivos e arbitrários. E, nossos anseios, por legítimos que sejam se, vistos pelo prisma eterno desqualificam a pressa, essa enxerida que fica cutucando o tempo com vara curta.
A imensa maioria dos nossos erros são filhos da pressa, por não sabermos esperar. Deus não faz rascunhos, nem nos oferece frutos imaturos.
Interessante monólogo; inquirição e resposta brotando da mesma fonte; pelo menos, vertendo dos mesmos lábios. “por que estás abatida ó minha alma...espera...” Parece que o abatimento derivava da pressa; a receita seria esperar o tempo de Deus para o socorro.
Acontece que, o homem é corpo, alma e espírito; a distinção entre os últimos é mui sutil, mas, existe. Ele fala com sua alma como se, de fora dela, ou, de uma posição independente.
Qualquer pessoa que tenha sofrido uma tentação identificou em si certa ambigüidade; um aspecto ressaltando vantagens, prazeres de pecar, outro, sóbrio, apontando às consequências os riscos. O corpo essa massa pesada, inclinada ao pecado envia estímulos à alma para dobrá-la em direção aos seus anseios; o espírito, mediante a consciência uma de suas faculdades, peleja para que a alma se abstraia aos anseios da carne; atue de modo coerente com a justiça.
Assim, mesmo os que, por alheios, ignorantes, ou, outra razão qualquer não podem distinguir alma e espírito, ainda podem sentir suas influências concomitantes, que, além de distintas, geralmente são opostas, como ensina a Palavra. “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito; o Espírito contra a carne; estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gal 5;16 e 17
Dentro de nós, uma disputa por nós; carne e espírito tentando “vender seu peixe” pra alma; ou seja, levá-la a agir conforme a inclinação de cada um. A carne, sabemos, dobra-se ante o pecado, porém, o Espírito tenciona agradar a Deus. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas, os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas, a do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;5 a 7
Conclusão necessária, que o Espírito tenta nos inclinar à obediência, a carne, à rebeldia. Claro que falo aos renascidos, os que têm vida espiritual em si. Sem o novo nascimento, que, no fundo não é o surgimento de um novo ser, antes, reconciliação com Deus, de um que estava morto em pecados e, em Cristo é regenerado e fortalecido, para poder, enfim, agir como filho de Deus; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13
Se, no início da obra O Criador Soprou Seu Espírito para que o homem recebesse vida, o novo nascimento também é um “sopro” do Espírito Santo, que ilumina e convence o pecador, ao concurso da Palavra de Deus. “O vento assopra onde quer, ouves sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8
Os renascidos passam a ter dupla identidade; natural e sobrenatural; aquela precisa ser pregada na cruz, mortificada; essa, deve pautar nossa nova vida, para que não pese nenhum juízo mais, sobre nós. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2
Embora muitos pensem que Vida Eterna seja só uma quantidade, algo que herdaremos depois da morte, na verdade é uma qualidade, um modo de vida que nos convém abraçar agora. “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12
Claro que, também se refere à quantidade; tempo infindo de paz com Deus, mas, devemos entrar nesse tempo com nossas pernas enquanto vivos e arbitrários. E, nossos anseios, por legítimos que sejam se, vistos pelo prisma eterno desqualificam a pressa, essa enxerida que fica cutucando o tempo com vara curta.
A imensa maioria dos nossos erros são filhos da pressa, por não sabermos esperar. Deus não faz rascunhos, nem nos oferece frutos imaturos.
Então, seja nosso também o monólogo de Davi; saibamos esperar na Sabedoria e Bondade Divinas. “Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deus meu.” Sal 43;5
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