“Vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6
Os que pregam facilidades em busca de adesões, invés, do Evangelho por conversões deveriam meditar um tanto no verso acima. Os salvos feitos imitadores dos apóstolos e de Cristo nas tribulações, inda que, na esfera espiritual fruíssem gozo.
Seria perverso e estúpido imaginar que eles teriam feito o “trabalho sujo;” para nós seria só alegria. Não há dois tipos de salvos; perseguidos e festivos; estamos todos no mesmo barco.
“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...” I Ped 4;12 a 14 Primeiro a comunhão com os sofrimentos de Cristo; depois, com Sua Glória. O vinho melhor fica para o final.
Concorrem tribulações e gozo no Espírito Santo; a “contradição” é espelho das reações do inimigo, e de Deus, à nossa postura.
Na “sala de testes” o inimigo força-nos para ver se nos derruba; Deus permite tentações para acrescer têmpera à nossa fé, mas ajuda-nos. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2
O que seria o gozo espiritual em meio às tribulações, senão, o selo da aprovação de Deus quando damos passos certos, mesmo atacados?
Paulo ilustrou as tribulações como sendo um fogo; a essência da fé de cada um comparou com materiais; combustíveis, ou, não; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13
Os anjos que assistem diariamente cristãos perdendo a vida nas mãos de islâmicos por não negarem sua fé devem ficar perplexos ao nosso respeito, quando, uma contrariedade mínima basta para nos aborrecer e afastar de Deus.
Uma hora, eles lidam com essências áureas dos que apostam as próprias vidas na Integridade e Fidelidade Divinas; outra, têm seu trabalho multiplicado por ter que ministrar a favor de melindrosos mimados que não sabem avaliar direito o que está em jogo, imaginando que a vida eterna seja um direito, não, uma conquista mediante esforço e o concurso de perseguições.
A Graça significa que O Salvador fez por nós o que nos era impossível e imerecido; não, que não tenhamos que pagar um preço também; o que significa tomar a cruz? Paulo ensina: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4
O gozo do Espírito não acompanha a covardia; pois, “... Deus não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7
Desse modo, as tribulações advindas porque incomodamos ao inimigo são luzes no painel indicando que estamos firmes no bom combate; são oportunidades de honrarmos a Deus mantendo nossa firmeza, mesmo que tudo ao redor desmorone como disse Jó: “Ainda que me mate, Nele esperarei...”
Contudo, uma distinção é necessária: Há “tribulações” que são as consequências das más escolhas; são apenas uma colheita; nesses casos, estar atribulado não é sinônimo de ser perseguido, mas de ter sido inconsequente; as que derivam de nossa firmeza e fidelidade em Cristo são um plantio, cuja colheita será na Glória.
O “Tesouro no Céu,” não raro, deposita-se na Terra em sangue. Depois a “Casa de Câmbio” Celeste converte em vida e honra.
Como Édipo o Rei, que, tentando fugir de sombria sina foi ao seu encontro, os que evitam Cristo, temendo a cruz, armazenam para si dores eternas.
Nos dois lados há sofrimento; a diferença é que sofrer Em Cristo é por um tempo, assistidos pelo Espírito Santo, com recompensa duradoura.
Do outro lado é breve a possibilidade de fuga, infinda a perdição. Enfim, a conversão que abdica prazeres pecaminosos é, acima de tudo, um ato de sabedoria, como disse Jim Elliot: “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter, em troca de algo que não pode perder.”
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domingo, 5 de maio de 2019
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Perdão; o passado, passado a limpo
“... eu
lançava na prisão, açoitava nas sinagogas os que criam em ti. Quando o sangue
de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também estava presente, consentia na
sua morte, guardava as capas dos que o matavam. Disse-me: Vai, porque hei de
enviar-te aos gentios de longe.” Atos 22;19 a 21
Temos Paulo,
em face a sua chamada, desqualificando-se por causa dos crimes pretéritos;
Jesus, apressando-o por causa dos anseios futuros. Desse modo, o ser humano
tende a olhar para as dificuldades; Deus, para os objetivos.
Por nefasto
que tenha sido nosso pretérito, se, O Senhor nos perdoa, recebe, o passado está
resolvido. Ficarmos nos atormentando com remorsos não deriva de eventual
bondade nossa; antes, é traço de incredulidade, de quem duvida do perdão
Divino.
Deus afirma
que lança os pecados perdoados no “Mar do esquecimento”; nós, adquirimos roupas
de mergulho e submergimos nas águas sujas atrás do que deveríamos esquecer.
Não que seja
possível a uma pessoa saudável esquecer, estritamente, no sentido de não mais
lembrar. Mas, como dizemos sobre esquecer um amor, ainda lembramos o vivido,
agora, lembrança sem dor. É bom que lembremos desse modo, os descaminhos idos,
pois, quanto piores forem, maior será nossa gratidão ao Salvador que deles nos
tirou, como disse Davi: “... Tirou-me de um charco de lodo, firmou meus pés
sobre uma rocha.” Sal 40
Quando o
Senhor nos comissiona, não o faz por causa de coisas que fizemos; geralmente,
apesar, do que fizemos. Noutras palavras, não nos chama por nossos méritos,
antes, por Sua Bondade. Certo que, limpa o vaso que pretende usar, como fez
quando chamou Isaías; o profeta que reconhecera a impureza dos seus lábios, O
Santo o purificou, e comissionou.
Observemos os
carros à noite; as luzes que apontam para frente são poderosas, reguláveis para
perto e longe; as de trás, são tênues, avermelhadas, não servem para iluminar,
antes, para mostrar a presença a outros, basicamente. Assim deveria ser com o “carro”
das nossas vidas. Não obstante andarmos num mundo noturno, escurecido pela
impiedade, devemos contar com a vívida Luz de Cristo para mostrar o caminho.
Tanto para perto, implicações de nosso andar agora, quanto, longe, nossa
esperança nas promessas. “Lâmpada para meus pés é a tua Palavra; luz para meu
caminho”. Sal 119;105
As luzes de
trás, servem mais a outros que a nós; os que viram o que fomos, e verem no que
Jesus nos transformou, hão de identificar a presença da salvação. “Muitos, verão,
temerão, e aprenderão a confiar no Senhor” Ainda, salmo 40.
Assim, quando
O Senhor chama-nos, será perda de tempo investigarmos procurando motivos em
nós; os motivos estão Nele. Nós temos passados ruins, limitações de talentos,
credenciais pífias, mas, se tivermos ouvidos espirituais, coração voluntário,
índole servil, estaremos “qualificados”, aos Divinos Olhos.
O mesmo
Paulo, que considerava-se o principal dos pecadores por ter perseguido à
Igreja, indigno de ser chamado apóstolo, nascido fora de tempo, - disse – ( e,
pensar que temos “apóstolos” hoje! ) esse Paulo, digo, viveu na pele, aprendeu e
ensinou sobre as “credenciais” que, Deus busca nos Seus comissionados: “Porque,
vede, irmãos, vossa vocação, não são muitos os sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus escolheu as
coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas
fracas deste mundo para confundir às fortes; Deus escolheu as coisas vis deste
mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que
nenhuma carne se glorie perante ele.” I Cor 1; 26 a 29
Nosso “material
de construção” é péssimo para Obra de Deus; Ele não usa isso. Regenera os Seus,
da Água ( Palavra ) de do Espírito, ( Santo ). “Assim, se alguém está em
Cristo, nova criatura é, as coisas velhas passaram, eis, que tudo se fez novo.”
II Cor 5;17
Com o Novo
Material edifica-nos; nos faz partícipes na edificação da Sua Obra. Porém,
testa-nos pelo fogo das aflições, para ver se estamos usando o devido cuidado. Feitos
que não resistem à prova serão consumidos. “Se alguém, sobre este fundamento
formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha; a
obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo
será descoberta; o fogo provará qual a obra de cada um.” I Cor 3; 12 e 13
Nosso passado
sujo foi purificado por sangue; nosso andar renascido é, pelo fogo. Pregadores que
ensinam triunfalismo invés de santidade, devaneiam fugir de um fogo necessário
agora; conduzem a outro inevitável depois.
Pois, se no nosso
sujo pretérito aceitamos de bom grado a solução de Deus, em nosso incógnito
devir, devemos confiar na Sua direção também.
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