domingo, 5 de maio de 2024

A volta por baixo


“Só leve pro topo, quem te apoiou embaixo.”

Pela enésima vez deparei com isso; nem sempre se repete literalmente; embora, sempre o mesmo sentido. Quando dermos a “volta por cima”, devemos honrar quem nos honrou, e desprezar quem nos desprezou.

Dependendo de quem fala isso, a coisa muda. Outros envolvem Deus no desejo vingativo; “Que Deus te dê em dobro, tudo que me desejares.”

O conceito de “pagar na mesma moeda” é corriqueiro entre os ímpios; nos que temem a Deus, ou pretendem isso, os valores devem ser diversos dos comuns entre ímpios.

Deus ama, além das pessoas, justiça e verdade. Onde Ele está, mentira, hipocrisia, desonestidade intelectual e derivados, precisam sair.

“Seja rico daquilo que o dinheiro não compra” e similares, em locais que geram engajamento, que, permite ganhar dinheiro é duvidoso. Os verdadeiros ricos propagam suas convicções na arena das atitudes, não na confecção de outdoors.

Embora a melhoria de vida seja busca natural de todo homem, e os honestos trabalham por isso, o “dar a volta por cima” não é um alvo a ser seguido sofregamente, como um atleta treinando à exaustão por uma medalha olímpica.

Os lugares “altos” dos veros cristãos não têm degraus físicos; sua “subida” pode dar azo a certa ilusão de ótica. Vivem numa “piracema” espiritual, onde precisam ousar contra a corrente, do orgulho, exaltação, filhas da inclinação natural de homem caído, que, como as águas, tende sempre para baixo.

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Dado o novo nascimento, a natureza, antes perversa, passa a sofrer a mordomia do Espírito; sendo administrada por Esse, não mais ela, deve gerir as escolhas humanas. “... Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” Gál 5;16

Para galgarmos tal mudança, até à Vontade de Deus, toda uma “reengenharia” moral, precisa moldar nossas almas. Essa ensejará rupturas com as ímpias valorações, nas quais vivemos antes de Cristo; uma série de tendências, “normais” precisaremos abandonar, se, desejamos o upgrade, rumo à santificação.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Porque, o inspirador de todo tipo de pecados “ganhou” esse posto tendo subido muito acima do seu lugar, “Subirei sobre as alturas das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;14 e inoculou o orgulho e falta de noção nos que o servem, o que carecemos, para rompermos com ele e retornar à posição original, é dar a volta por baixo.

Ensinando que os governos humanos vivem na peleja por alturas, O Senhor advertiu: “Não sereis assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; quem governa como quem serve.” Luc 22;26

Paulo ampliou: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma de homem, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;4 a 8

O “negue a si mesmo”, não é uma castração, como pode parecer ao mais desavisado; antes, uma libertação. O banimento de um déspota sem noção, o ego, para entronizar O Digno Governante, Jesus Cristo.

Essa “volta por baixo” ao apreço do vulgo, onde, o orgulho é um dos principais regentes, se dá, porque os valores de cima, de Deus foram impregnados em nós, pelo Bendito Espírito Santo. 

Não carecemos buscar coisas segundo tendências errôneas que já deixamos.
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas da terra; porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Embora, “dar a volta por cima”, materialmente, não seja nosso alvo primeiro, eventualmente, alguns recebem do Senhor a incumbência de se moverem em locais mais abastados. Isso aumenta seu senso de dever; não mata, uma doentia sede de poder, que a cruz já mortificou; tampouco, o tal, deseja “dar o troco” a quem quer que seja.

Dias bons e maus fazem parte da vida, tanto no quesito posses, quanto, emocional, sentimental, espiritual. Quem precisa doentiamente “provar algo”, ainda não provou, do perdão de Cristo.

A Nova Aliança


“Esta é a Aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz O Senhor: Porei Minhas Leis em seus corações, escreverei em seus entendimentos; e jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Heb 10;16 e 17

Na Antiga Aliança, a expiação, por razões óbvias, tratava apenas do passado. Ninguém se arrependeria no momento em que estava pecando, de modo a oferecer sacrifícios concomitantes ao erro; tampouco, ofereceria por pecados futuros, como que, fazendo um “crediário” para pecar. Inevitavelmente, os sacrifícios traziam remissão dos males feitos.

Quando na Nova Aliança, mediante O Sangue de Cristo, O Senhor diz: “... jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Também está tratando de nosso pretérito de erros, que foram purificados, mediante os Méritos do Salvador; porém, o alcance de Cristo vai além.

A purificação foi mais profunda que a do sacerdócio levítico, a eficácia também é maior, pode tocar o devir. “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno Se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Não significa que eu espose as ideias do Calvinismo; uma vez salvo, sempre salvo. Tampouco, que, uma vez que nasci de novo, posso soltar os bichos, posto que, O Sangue me purifica. Não é esse o argumento que proponho, quanto à eficácia futura da remissão em nós.

Antes, que a consciência, além de purificada é também vivificada, de modo a falar nitidamente, antes que venhamos a pecar, deixando claro que não devemos fazer isso. Se ela for ouvida, prevenirá pecados futuros, funcionando como um freio aos maus instintos, para que não venhamos a errar.

As Leis Divinas escritas em nossos corações e entendimentos, tolhem que pequemos por ignorância; O Espírito Santo dado aos renascidos possibilita que eles andem em obediência. Essa é a eficácia futura, da remissão de Cristo. Limpa nosso passado, e capacita a seguirmos limpos ao porvir. Coisa que os antigos sacrifícios não faziam, em sua monótona repetição. “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;3 Falando de Cristo o profeta diz: “... Ele será como fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros.” Ml 3;2

Claro que, malgrado as advertências de nossas consciências, ainda falhamos. Não mais sem dor, sem culpa, como era quando estávamos mortos. “Se a consciência não fórum freio, ela será um chicote.” Samuel Bolton.

Sabedor, disso, João escreveu: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, não há verdade em nós. Se confessarmos nossos pecados, Ele É Fiel e Justo para nos perdoar os pecados, nos purificar de toda injustiça.” I Jo 1;8 e 9

Assim, não carecemos de novo sacrifício; antes, arrependimento, confissão e mudança de atitude. A promessa Divina diz: “Jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.” Não significa que as não cometeremos, eventualmente. Mas, que enquanto estivermos em Cristo, não sendo a iniquidade um modo de vida, mas, um tropeço eventual, Deus seguirá em Sua “amnésia” bendita. “Não me lembrarei.” Ou seja: Nos perdoará.

Porém, os que brincam com essas coisas, tendo conhecido a Cristo renascido Nele, voltam ao modo de vida antigo, como se, O Resgate do Calvário fosse ordinário, frágil como eram os primeiros, onde se ofereciam animais, com suas atitudes valoram para si, a Remissão Divina oferecida gratuitamente.

Ao tratarem Cristo de modo raso, não O diminuem; mas fecham para si as portas da salvação. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

O Calvário é a solução final de Deus, quanto ao pecado; “Este, porque permanece eternamente, tem um Sacerdócio Perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Heb 7;24 e 25

O Senhor nos capacitou a obedecer, vivificando nossas consciências e dando-nos O Espírito Santo; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Agora, que, finalmente nosso arbítrio é livre, podemos fazer o que devemos; nossas escolhas serão patentes por nossas obras, mais que, pelas palavras. “... a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis; do pecado para morte, ou da obediência para justiça.” Rom 6;16

sábado, 4 de maio de 2024

A desumanidade

 “Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.” Prov 10;32


Justo e perverso, dois tipos de lábios, dois modos de falar. O Deputado Federal Gustavo Gayer, postou um vídeo, chamado: “A esquerda destila ódio contra o Rio Grande do Sul”, está no Youtube. Onde faz breve apanhado de canhotos e suas postagens sobre as cheias atuais.


Em geral, dizem que merecemos o que está acontecendo porque somos “Bolsonaristas”. Outros, dizem que somos nazistas, racistas “xenófobos” (?) contra os nordestinos. Um chegou a dizer que votamos no “véio da Havan”, como se, ele tivesse sido candidato, e fosse pelo nosso Estado. Se não me engano, é catarinense. Mas, ver uma das lojas dele submersas, deve ter causado um orgasmo ideológico neles.

Enfim, Bolsonaro permitiu o “desmatamento na Amazônia”, e estamos colhendo as consequências, disseram outros.

Embora não seja próprio do esquerdismo, crer em Deus, e Sua Justiça; em geral pelejam pelo aborto, perversão sexual, liberação das drogas, defesa de bandidos em prejuízo da polícia, corrupção, tudo coisas contrárias aos ensinos da Palavra de Deus, imagino que eles pensem que seja Ele, O Senhor que tendo domínio sobre o clima, nos esteja julgando politicamente.
O Divino Julgamento estaria alinhado com as preferências ideológicas suas; a despeito de tantas afrontas ao Eterno, contidas na Ideologia canhota, Ele ainda os defende e pune seus desafetos; será?

Deus não tem bandeiras políticas, julga pecados; essas são coisas humanas. Embora, o que cada um defenda, se alinhe melhor com Seus valores, ou não.
Aquilo que consta nas leis humanas, mais como um verniz, que como um conceito filosófico real, que “todos são iguais perante a lei”, diante de Deus é inelutável realidade.
Preceitua que vivamos à luz disso; “Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Afirmando ser partidários do amor, os esquerdistas, não têm por oposição, gente que pensa diferente; antes, inimigos, gente que deve morrer por isso. Estranha forma de democracia.
A isonomia Divina nos ensina: “Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, pensas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;1 a 3

Uma coisa que o fanatismo ideológico não permite perceber é que, se o país melhorar por ter um governo probo e competente, todos ganharão juntos. Tais “democratas” preferem a bancarrota, a ruína total, se, o poder não estiver com eles. Quando está, como agora, se ocupam mais de destruir reputações, aparelhar o Estado, que bem gerir. Aí uma tragédia como essa, invés de razões para empatia e lamento, acaba sendo vista como uma prova "Divina” que eles estão certos.

Que nós os gaúchos, somos maus, pecadores, endividados perante Deus, de acordo. Que podemos aproveitar as grandes dores da vida, como agora, para repensar valores, relacionamento com o próximo e com O Senhor, também. Porém, os que comemoram vendo isso deveriam ser mais prudentes.
A Palavra ensina: “Quando cair teu inimigo, não te alegres, nem se regozije teu coração quando ele tropeçar; para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos Seus olhos, e desvie dele a Sua ira.” Prov 24;17 e 18 Ademais, “... com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, hão de medir a vós.” Mat 7;2

Há um provérbio que diz que, o sábio debate as ideias; o tolo discute as pessoas. Bons tempos aqueles em que as ideias eram o centro das discussões.
Na sociedade atual, a lobotomia ideológica deixou apenas a capacidade de colar rótulos. Invés de uma construção argumentativa em defesa de algo, uma reflexão lógica considerando causas, objetivo, consequências, basta um adjetivo; “Bolsonarista, terraplanista, negacionista, nazista, fascista...” pronto; após colar alguns adesivos assim, o mentecapto retorna à sua hibernação neuronial, sentindo-se politizado, defensor do amor.
Aí, num tempo doloroso e trágico, como agora, ao povo gaúcho, o bichinho desperta, pega os primeiros adesivos que encontra, “racista” “xenófobo”, nosso pecado contra o “país” do nordeste, e sai colando.
Não sei se é vergonha alheia, tristeza, desesperança, frustração pela anulação da humanidade nesses... invés de um desafio aos brios, de desembainhar a espada e ir à luta contra agressores, certa preguiça, ante uma peleja inglória como seria bater em bêbados...

Alguém cogitou que usamos apenas 5% de nossa “cabeça animal”; animais se mostram mais “humanos” que tantos, que começo a duvidar...

sexta-feira, 3 de maio de 2024

As línguas estranhas


“Todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? Outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.” Atos 2;12 e 13

O que dera azo ao maravilhar-se de uns, e zombaria de outros, fora o fato que, cheios do Espírito Santo, simples homens galileus, sem cultura, começaram a falam nitidamente mais de uma dezena de idiomas diferentes, exaltando as grandezas Divinas.

Só tolos têm resposta para tudo; homens prudentes, eventualmente, têm dúvidas. Se acontece algo fora do comum, desafiando a compreensão, esses admitem sua falta de entendimento; “Que quer isto dizer?”

Ao passo que, os tolos arranjam uma “resposta” para tudo; pois, invés da honestidade intelectual, que precisa lidar com os fatos, lhes basta o escárnio, a zombaria, mesmo desprovido de qualquer senso. “Estão cheios de mosto.” Exageraram no vinho, encheram a cara; não sabem o que falam.

A embriaguez impossibilita o ordinário, invés de capacitar para o extraordinário. Digo, um bêbado não consegue falar direito seu idioma, como seria capacitado pelo álcool, a falar noutro?

Deixemos os escarnecedores, e nos ocupemos, por um pouco, dos honestos. “Que quer isso dizer?” Pedro respondeu: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do Meu Espírito derramarei sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, os vossos velhos sonharão sonhos;” vs 15 a 17

Aquilo queria dizer que eles foram cheios do Espírito Santo, como fora predito pelo profeta.

A possibilidade sobrenatural de falar em línguas estranhas, queria dizer algo mais.

A ordem Divina nos dias antigos fora para que se espalhassem, ocupassem toda a terra. Porém, em Babel, decidiram fazer um “monumento à rebeldia”, uma torre tão alta que pudesse ser vista de muito longe, para que sempre voltassem para aquele vale. “... edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, façamo-nos um nome; para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” Gn 11;4

Invés de glorificar a Deus, queriam fazer um nome para si; “... façamo-nos um nome...” antes que, se espalhar pela terra como ordenado, queriam um referencial para que não fizessem isso nem por acidente. “... para que não sejamos espalhados sobre a face da terra.”

Vendo isso, O Eterno desceu e confundiu as línguas; o que antes era apenas um idioma, se tornou uma miscelânea, de modo que as pessoas não se entendiam. Assim, por eliminação dos diferentes se agruparam aos semelhantes, formando inúmeras tribos que por razões óbvias, evitar estranhos com quais não podiam se comunicar, elas se espalharam por toda terra.

Eventualmente, analisando ruínas Astecas, Incas, Maias, na América, alguns, “suspeitam” que tenhamos sido habitados por extraterrestes, dado o conhecimento arquitetônico necessário àquilo; impossível, supõem, aos habitantes daqueles sítios.

Ora na região da Mesopotâmia, e Egito era avançada a arte de construir, naqueles dias. Invés de um honesto, “que quer isso dizer”, ante tais ruínas, avaliando a possibilidade de engenheiros da época terem vindo para cá na migração forçada pós Babel, preferem o “estão cheios de mosto.” Digo, “foram alienígenas.”

Duas coisas recusadas então, glorificar e obedecer a Deus, ainda são sistematicamente, onde o homem transita sem O Espírito Santo animando-o.

Então chegamos ao mais importante que aquilo queria dizer. Se em dias idos, com idioma único o povo recusou a obedecer e glorificar a Deus, então, em todas as línguas da terra, isso seria possibilitado pelo Bendito Consolador. “... todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” V 11

Certo que há muita falsificação, gente que exibe o dom sem frutos. Entretanto, muitos escarnecedores ainda vicejam, gente de nome se dizendo servos de Deus, que zombam dos dons do Espírito Santo, como se, não fossem genuínos, nem cumprissem um propósito.

Porque eles não falam, não é demérito. “... a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7 Mas, qual a utilidade? Se foi dado para que Deus fosse glorificado em todos os idiomas...

Ninguém imita ao falso. Se os dons do Espírito são verdadeiros, os que escarnecem e fazem humor até, contra os que “estão cheios de mosto”, em algum momento, serão achados lutando contra Deus.

Que farsantes sejam desmascarados; maus testemunhos, depreciados. O cidadão celeste é um, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor...” Sal 15;4

O risco de confundir um e outro, deveria ensejar cuidado, em homens prudentes. “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

quinta-feira, 2 de maio de 2024

A tragédia


“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse Teus Estatutos.” Sal 119;71

Há um componente medicinal nas aflições que só pode ser haurido, por aqueles que as recebem no espírito correto, com discernimento das causas. Salomão filosofou: “Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

Atualmente, em nossa região, tudo o que nos parece necessário, é socorro, palavras de consolo, esperança, dada a imensa tragédia que se abate sobre nosso Estado, principalmente nas regiões ribeirinhas, com inundações descomunais; a compreensão das causas parece irrelevante; ou, ao menos, inoportuna.

Há uma diferença entre a voz do profeta e a do cronista. Aquele antevê e avisa da parte de Deus; esse, reporta, quando as coisas já estão acontecendo. Mais que uma análise causal, é tempo de tristes e devastadoras reportagens.

Sempre recordo J.F. Kennedy; “O telhado devemos consertar, quando o sol está brilhando.” Sábia providência! Antever às “chuvas”, e preveni-las. Manifestar solidariedade ajudando das formas possíveis, rogar orações pelo nosso Estado, é lugar comum, agora.

Infelizmente, por duro e insensível que pareça, quando Deus fala em tempos de calmaria, viramos as costas; quando permite fragmentos de juízo assomem, batemos desesperados à Sua porta. Ele detesta esse “utilitarismo” hipócrita, que despreza o conselho que trataria das causas, e se apressa a clamar por socorro no clímax das consequências.

Perguntou ensinando: “Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? Vós escarnecedores, desejareis o escárnio? Vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para Minha repreensão; pois, vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi a Minha Mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte, rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso temor.” Prov 1;22 a 26

É claro que me entristece e comove ver a dor das pessoas que estão perdendo seus patrimônios e vidas até. 

Em geral, os oportunistas parecem mais “humanos” em horas assim; passado o temor, a vida voltando ao normal, “soltam os bichos” em suas práticas pecaminosas e contrárias ao querer de Deus, o qual, julgam muito importante agora, e fazem parecer desprezível, depois.

Esse “surf” social que ajeita suas pranchas, conforme as ondas, não é próprio de um servo de Deus que O teme e busca honrar em tempo integral.

Não é sábio tratarmos ao Todo Poderoso como se fosse um pneu reserva, que só serve, eventualmente, quando fura um dos que estamos usando; por um pouco, até chegarmos ao borracheiro, depois, podemos deixar de lado novamente. A maioria dos religiosos de tragédias, age assim.

Nosso compromisso com O Senhor deve ser em tempo integral: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

Figura poética tencionando dizer: “Em todo tempo sejam justas tuas ações, e nunca esqueça da direção do Espírito Santo, antes das tuas decisões.”

Em geral, grandes desgraças como terremotos, tsunamis, furações, tornados, vemos pela televisão; são males que atingem outros, noutros países. Não agindo nós, nenhum pouquinho melhor que os habitantes dos países onde isso acontece, muitas vezes fazendo pior, por que estaríamos livres de toda sorte de desgraças?

“Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os Estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Bem sei que, quando tudo passar, o “carro” voltar a rodar com seus quatro pneus de sempre, presto recomeçará a cantilena sobre as causas. “O aquecimento global”, a falta de cuidado com a ecologia, a má gestão dos políticos, etc. O mesmo Deus, tão solicitado agora, será solenemente esquecido, deixado de lado. Infelizmente sempre foi assim.

Bons tempos aqueles em que as aflições ensinavam alguma coisa. Claro que me dói e preocupa, ver o que estou vendo!! Porém, isso vai passar; breve, me doerão coisas que muito poucos estarão vendo. A indiferença a Deus, Sua Leis, Seus Estatutos, novamente desprezados. 

Afinal temos um “Cristo Protetor” com mais de 40 metros de altura para nos guardar. Nossa maior autoridade é um assumido perverso sexual; tudo está “normal”. Que Deus abençoe o Rio Grande!

Estou dizendo que esses dois aspectos citados são as causas? Não! São tristes nuances de uma sociedade perversa, inimiga de Deus, avessa às Suas Leis.

Minha solidariedade a todos os que estão sofrendo. Sincero desejo que, ao vermos tantos patrimônios imensos, sendo desfeitos num momento, possamos, finalmente, entender o valor real das coisas, priorizando a vida. Pois, “... a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui.” Lc 12;15

quarta-feira, 1 de maio de 2024

O universalismo


“Toda a carne verá a salvação de Deus.” Luc 3;6
“... depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos, vossos jovens terão visões.” Jl 2;28

“Toda a carne”, seja para ver a salvação, ou, para receber dons espirituais, é uma demonstração da abrangência possibilitadora, da Obra de Deus; não, da incidência necessária. A universalidade do propósito, não abona um universalismo do alcance.

Em palavras mais simples; porque todos verão, não significa que todos terão. Afinal, poucos responderão ao chamado, como O Senhor deseja.

Dons espirituais seriam derramados sobre gente que ignora a Deus? Não. Então como entendermos o vaticínio de Joel, que dons seriam derramados sobre toda a carne?

Todos os povos; africanos, asiáticos, europeus, americanos, os da Oceania, ilhéus por toda parte. Nenhum lugar seria privado da mensagem de salvação, tampouco, dos dons espirituais que acompanham. “Pregai O Evangelho a toda criatura,” Ordenou O Senhor.

As particularidades inerentes aos que respondem favoravelmente ao Divino Chamado, evidenciam que, embora o mesmo esteja ao alcance de todos, a eficácia dele reflete-se sobre os poucos que reagem do modo correto; crendo, se arrependendo e mudando de vida. “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mat 22;14

O universalismo, onde todos serão salvos, a despeito do modo como vivam, é a abordagem central do livro/filme, “A Cabana”, que tanto sucesso fez, por esposar uma mensagem que o ímpio gosta, a despeito do que Deus manifestou na Sua Palavra.

Em dado momento do filme, a “Sabedoria” personificada leva Mac ao “tribunal”; ordena que ele julgue seus dois filhos que restaram, após a trágica perda da caçula, e escolha qual dos dois irá para o céu e qual para o inferno. Ele se desespera aos gritos não querendo condenar a nenhum. Qualquer pai, sadio, agiria assim.

Nas entrelinhas, a mensagem da “dificuldade Divina” em mandar algum dos seus “filhos” para o inferno também, o que, seria o “argumento teológico” pra salvação universal. Tudo muito bonitinho, sentimental, com um viés “lógico”, porém, com uma omissão proposital que estraga tudo. “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Spurgeon.

Deus não considera todo o ser humano como Seu filho. Enquanto cativo de Satanás pelo pecado, não passa de criatura. Devemos viver e anunciar a Cristo, “Na esperança que, também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;21

Essa liberdade, traz um testemunho interior, que deixamos a condição de criaturas e fomos feitos filhos. “O mesmo Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus.” Rom 8;16

O Eterno não terá que enfrentar a dificuldade de escolher qual dos Seus filhos irá para o inferno, porque, nenhum irá.

Porém, a maioria das criaturas, pela própria rebeldia em consórcio com a oposição, se perderá, para desprazer do Eterno. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis...?” Ez 33;11

Se, não conversão implica, necessariamente, em morte, onde se abriga o universalismo?
Será que, no âmbito espiritual podemos criar doutrinas aos berros, à coação de narrativas, como na política? “Toda Palavra de Deus é pura; escudo para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Fizeram em Encantado RS contra A Palavra, uma estátua com 43,5 metros, o “Cristo Protetor”, no Vale do Taquari. Desde a recente inauguração, estamos na terceira tragédia, infelizmente, por causa de enchentes descomunais.

Coisas assim, toda carne vê, basta olhar. No que tange à comunhão com Deus, é mais estrita. “Quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

terça-feira, 30 de abril de 2024

Esse desconhecido; o amor


“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar a abundância nunca se fartará da renda...” Ecl 5;10

Se, o amor por coisas, dinheiro e abundância, não pode ser suprido, por que embarcaria alguém nessa “missão impossível”? Por que se embrenhar rumo a uma empresa que jamais será plenamente realizada?

Há dependências, que, não são fáceis de vencer; mesmo quando decididos a nos livrar delas, o processo de desintoxicação costuma ser moroso.

Provavelmente, o lapso do ensino, no que tange aos verdadeiros valores, ou, o ensino errado segundo uma escala de valores mesquinhos, inversa, certamente deve ser o fator dominante nas almas que dispõem a “amar” assim.

Não é possível exagerar a importância do ensino, sobretudo na infância; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6 “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Daí, a tara pela imposição da “ideologia de gênero” desde a infância nos colégios. Se as perversões sexuais forem glamourizadas nas mentes infantis, quando serão vistas de outra forma? Deparei com um “meme” extremamente expressivo sobre isso; alguém bradava: “Existe 33 tipos de gênero! Um gatinho respondia: Há dois gêneros e 31 tipos de gays.” Quanto ao número, desconheço; no prisma moral, totalmente de acordo.

Paulo colocou o amor como motivo supremo das ações humanas. Mesmo, abnegações e desprendimentos ousados, se não tiverem ele como motivação, perdem o sentido. “Ainda que distribuísse toda minha fortuna para sustento dos pobres, ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3

Embora se diga, que, amor com amor se paga, prefiro o dito do poeta Drummond de Andrade: “Amor é estado de graça; com nada se paga”.

Paulo descrevera de modo mais amplo, com outras palavras: “O amor é sofredor, benigno; não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas, com a verdade;” I Cor 13;4 a 6

Vulgarmente, pretendem que o amor seja, mero sentimento. Se assim fosse, não poderia figurar na Lei de Deus como mandamento. Na verdade, a base de todos os mandamentos, que foram resumidos a dois, tendo o amor como traço comum; “... Amarás O Senhor teu Deus de todo teu coração, toda tua alma, e todo teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas.” Mat 22;37 a 40

Mais que um sentimento, pois, o amor é uma decisão moral, que nos constrange a atuar, até mesmo, contra o que sentimos. A “justiça” do “olho por olho”, ou, “sou bom para aquele que é bom para mim”, ainda; “Que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares” etc. não chega nem perto do amor. Não passa de egoísmo, desejo de vingança, comércio.

Combatendo essas percepções mercantis, comuns entre os religiosos, O Salvador avisou: “Porque vos digo que, se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” Mat 5;20

Adiante pontuou em quê, consiste esse ir além dos costumes de então; “... Amai vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus; porque faz que Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? Se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;44 a 48

Entretanto, que não se equacione amar, a concordar, aceitar tudo em nome do amor. Como vimos, o “amor não folga com a injustiça, mas com a verdade.” 

Eventualmente, ao vermos alguém que escolhe caminhos errôneos, se amamos, a esse, é nosso dever advertir das consequências das escolhas que o vemos fazer.

Sem esses falsos escrúpulos de “não se intrometer”, patrocinando nossa omissão. Não podemos nos intrometer nas escolhas; são da alçada de cada um; todavia, iluminar segundo a luz que temos, é uma forma prática de amar.

“Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

As escórias


“... Tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas; as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.” Fp 3;8

O que Paulo perdera? Ele mesmo arrolou todo um pretérito religioso, pleno de credenciais, que, segundo a carne, o fariam importante. “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.” Vs 5 e 6

Vasto rol de coisas consideradas importantes pelo establishment. Mas, fizera sua escolha. Os mesmos religiosos que valorizavam tanto essas credenciais as colocaram em oposição a Cristo; a pessoa deveria optar por uma coisa, ou outra. “... Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.” Jo 9;22

Nenhuma possibilidade de concorrerem, coisas aprendidas no judaísmo com os ensinos de Cristo, se houvesse alguma semelhança. Viam como doutrinas excludentes, uma ou outra.

Nesse contexto, que, o perseguido Paulo, por ter deixado a submissão ao judaísmo, decidiu “valorar” o que perdera, em face ao que ganhara conhecendo O Salvador. Escória.

O Mesmo Salvador ilustrara que Seu Reino era uma “Pérola de Grande Valor”, que anularia o demais; “Outrossim o Reino dos Céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.” Mat 13;45 e 46

Quando ainda vejo pessoas pelejando por denominações, defendendo baboseiras como sendo esta, ou aquela, a “única igreja verdadeira”, com tristeza percebo que, malgrado toda sua religiosidade, ainda não entenderam a Cristo. Quem aquilata escória como se fosse ouro, não conhece o precioso metal.

Embora, instituições, denominações congregacionais sejam necessárias, (longe de mim a rebeldia “lógica” dos desigrejados) nenhuma instituição, ou denominação é proprietária de nada.

A pretensão doentia de Roma; “Fora da Igreja Católica não há salvação.” Ou, de tantas seitas menores, se pretendendo donas da verdade, invés dum diagnóstico excludente do demais, é um sintoma interno de cada uma, mostrando sua alienação do Salvador. Ele não proibiu nada, tampouco, ensinou; antes, disse: “... Não proibais, porque quem não é contra nós é por nós.” Luc 9;50

Por sadia que seja em suas práticas, ortodoxa em sua doutrina, qualquer denominação é apenas um fragmento, uma parte do Corpo de Cristo. A Igreja do Senhor só Ele conhece; quando do arrebatamento, a revelará; escondendo-a do mundo.

Não apenas, nada além do Evangelho, como nada de fusão com outros ensinos; nisso os judaístas, aqueles, estavam certos.

Entre os cristãos da Galácia, se imiscuíram alguns, tentando misturar o que deve ser mantido separado. Tal mescla, criara “outro” Evangelho. Paulo interpretou: “O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo.” Gál 1;7 e sentenciou: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” V 8

Não apontou para denominações, instituições; antes, para preservação da pureza do Evangelho.

Escrevendo a Timóteo ensinou que, nos últimos dias, os que recusam submissão a Cristo, criariam doutrinas alternativas, ancorados na religiosidade carnal, não, na suficiência do Salvador. “Porque virá tempo em que não suportarão a Sã Doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Seguido deparo com “inventores da roda, descobridores da pólvora”, e fujo, de preguiça. Fazem vistosas capas em seus temas; “Os livros banidos da Bíblia!” “O que a Igreja escondeu de você”, “O Nome verdadeiro do Senhor”, “O oculto Jesus que você desconhece”, “quem são, os reptilianos, tefilins, nefilins, onde vivem, de que se alimentam”, etc. Sempre um rebento tardio de “verdade”; um “tesouro” oculto num limbo teológico, que um “iluminado” resolve expor para nos livrar do “sistema”.

A Palavra da Vida é limpa, categórica, excludente, suficiente, cabal; “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.” Sal 19;7 a 9

Quem não for salvo com todo o manancial nela contido, tampouco será, por alguma “revelação paralela”, como se, a perfeição carecesse suplemento. Escórias doutrinárias são tristes sintomas de impurezas não tratadas, que impossibilitam de pertencer a Cristo. “Tira da prata as escórias; sairá vaso para o fundidor;” Prvov 25;5

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Problemas do coração


“Seja mudado seu coração, para que não seja mais coração de homem, lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.” Dn 4;16

Nabucodonosor, testificando vicissitudes que passara quando Deus resolvera punir sua arrogância. O Santo enviara um sonho profético, um ano antes do Seu juízo; de lambuja, Daniel, o profeta interpretara para o rei o sonho, exortando-o ao arrependimento para que o juízo fosse evitado.

O rei fizera-se de surdo e a sentença, no tempo aprazado se cumprira. Deixara a condição humana, reino e palácio, e fora feito como animal, comendo erva o campo e dormindo ao relento durante sete anos. Passada a punição, voltando à situação anterior; resolveu testificar e escreveu sua experiência.

Findado seu juízo, “No mesmo tempo tornou a mim meu entendimento, e para a dignidade do meu reino tornou-me a vir a minha majestade e meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus senhores; fui restabelecido no meu reino, e minha glória foi aumentada. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas suas obras são verdade, seus caminhos, juízo; pode humilhar aos que andam na soberba.” Vs 36 e 37

Muitas coisas podemos aprender com essa saga; mas, vamos nos deter num aspecto: “... lhe seja dado coração de animal...”

Não que o coração humano seja essa maravilha, que possa perceber as coisas espirituais por si só; “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9; mas, está apto a entender a vida no âmbito humano. Para abdicar desse, viver e se alimentar como animal, precisaria de um coração naquele nível.

Coração, no caso, não se trata do órgão especificamente; mas é uma metáfora para identificar o centro da personalidade humana; (ou seria da animalidade?) habitat dos pensamentos, sentimentos, desejos. Precisaria O Eterno “piorar” ao ser humano, para que ele nivelasse com os bichos?

Salomão pensava diferente; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são, em si mesmos, como os animais.” Ecl 3;18

Há uma centelha Divina, mesmo nos ímpios, a consciência; essa, obra tentando constranger o homem rumo a certos valores, ou, pelo menos, a não afundar tanto em perversões contrárias.

Se ela for removida, neutralizada, o homem ficar em “estado puro”, em si mesmo, estará no mesmo nível da bicharada. Foi assim que O Eterno “endureceu o coração de Faraó.” Não o constrangeu a desobedecer, nem forçou a pecar; apenas, deixou-o sozinho, sem a centelha aquela; o bicho assumiu as rédeas.

Por isso o conselho: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Os fiéis e obedientes são tidos por homens “segundo o coração de Deus.” Prova inequívoca que, o nosso coração natural não está apto para o exercício espiritual.

Sabedor disso, antevendo a Vitória de Cristo, O Eterno prometeu: “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e todos vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27

Além de remover nossas sujeiras pretéritas pela lavagem da Palavra, O Senhor muda o coração dos que se convertem, enviando Seu Espírito para persuadi-los e capacitá-los à obediência.

Se, para “animalizar” ao Rei arrogante a consciência dele sumira, tanto que disse, no fim do juízo, “... levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento...” v 34 pra santificar em obediência a Cristo, Deus vivifica as consciências cauterizadas pela contumaz prática do pecado. “Quando estáveis mortos, nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com Ele, perdoando-vos todas as ofensas.” Col 2;13

Não significa que a salvação seja automática a despeito do arbítrio humano. Em cristo o que fora impossível antes, Nele é possibilitado; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Contudo, a preservação de uma consciência impoluta é dever de cada um, caso deseje permanecer na fé; “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Os que a tendo recebido regenerada, não a conservam, voltam ao animalesco estágio. “... O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;22

domingo, 28 de abril de 2024

A originalidade


“Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.” Ecl 1;10

Com tantos engenhos cada dia mais tecnológicos, não teria o sábio se equivocado em afirmar que não há nada de novo, debaixo do sol? Nos dias dele havia inventos vários; antes do Dilúvio já se dominava a siderurgia e criavam instrumentos musicais. A falácia do homem das cavernas corre por conta de quem a criou, por conveniência, não, evidência.

A ausência de novidades esposada pelo pensador deve ser entendida no escopo filosófico, das motivações, não, no varejo dos fenômenos.

Todo invento, por rebuscado, esmerado que seja em suas funções, ou, visa suprir uma necessidade, ou, deriva de alguma vaidade humana. Isso, em todo o tempo; desde os rudimentos do mundo, até os dias atuais, da nanotecnologia. Embora, as necessidades eram mais numerosas, em dias antigos, e as vaidades o são, hoje, filosoficamente, não há nada de novo.

O anseio por originalidade também é um rebento antigo; vaidade humana, que, desde sempre buscou holofotes, pódios, aplausos.

Deparei com a seguinte frase: “Apenas os loucos e os solitários é que se podem dar ao luxo de serem eles próprios. Os solitários não têm ninguém para agradar e os loucos não se importam se agradam ou não." Charles Bukowski.

A pessoa precisaria perder contato com o mundo, como um eremita, ou, perder o senso de lógica para “ser ela mesma”; assim, seria um perdedor que ganharia? Não sei se, ser eu mesmo, é alvo sadio.

A Sócrates, foi dito: “Conhece a ti mesmo”. Quereria eu, seu eu mesmo, sem a ousadia de me ver, como sou? Paulo, fazendo isso, se assustou com o que viu; “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” Rom 7;18 Havia uma instrução nele, que não podia ser seguida.

Não viu uma singularidade que devesse ser preservada a todo custo; antes, um escravo que carecia desesperadamente de libertação.

Foi precisamente falando aos filósofos, que se ocupavam de entender o sentido da vida, que ele expressou: “De um só sangue (Deus) fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27 

Assim o “sentido” é buscar a Deus; voltar à casa do Pai, como o filho pródigo.

A Palavra de Deus propõe uma “loucura” libertadora; invés de evitar aos outros, ou, ao senso das coisas, enlouquecendo, desafia a “evitarmos” a nós mesmos, atacar o problema na raiz; “... negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

Isso demandará demorado processo de separação da antiga forma de pensar, agir; paulatinamente aprender a atuar segundo Deus.

Nem todos ousam ser loucos o bastante para isso; “Ninguém engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.” I Cor 3;18

A originalidade está na origem. Imagem e Semelhança Divinas. Isso foi perdido pela escolha do pecado; pode ser regenerado em Cristo, rendendo-se a Ele, aprendendo Dele.

Será reputado loucura, deixar as amplas avenidas da vida dissoluta, pelo caminho estreito da santificação; sabedor disso, Paulo sentenciou: “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que eles.” I Cor 1;25

Também necessitamos enfraquecer; Deus se identificará conosco, como que, enfraquecendo junto; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Essa anulação dos impulsos naturais em nós, permitirá a expressão dos Divinos predicados mediante nós. “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então, sou forte.” II Cor 12;10

Muitos, lendo essas breves linhas poderão dizer que se trata de fanatismo, religiosidade excessiva, mediocridade servil, coisas assim. Com um discurso “libertador” desse tipo, Satanás convenceu a mulher à desobediência, e consequente perda da originalidade santa, na qual vivia.

Eventuais diatribes contra a verdade, serão a afirmação da mesma; que, não há nada de novo, debaixo do sol.

Infelizmente estamos tão habituados a ter falsificação como veraz, que, a volta ao original necessariamente será cheia de novidades. “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4

A idolatria


“Eu sou O Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Imagens, uma vez cultuadas, roubariam à Glória do Senhor; porque os adoradores dessas costumam agradecer a elas pelas coisas que Deus faz. Uma “rege” os ventos, outra os mares, as florestas, a chuva, as viagens, etc.

Chegue-se a um ponto, onde uma dessas é cultuada; devotos colocam placas “por uma graça alcançada." Quantas coisas há, cuja feitura é atribuída a um espantalho, filho das mãos humanas.

Se, não foi Deus, quem fez o que o incauto pediu? Muitas coisas como passar num vestibular por exemplo, são derivadas da lógica natural. Se, cem postulantes pedirem ao mesmo “santo” três ou quatro placas estarão garantidas, sem nenhuma ação no mundo espiritual.

No entanto, há forças espirituais “alternativas” que obram para furtar Deus. Embora, a alternativa seja muito ruim para que alguém aceite, a bem da verdade, precisamos lidar com ela.

Das imagens A Palavra ensina: “Têm boca, mas não falam; olhos, mas não veem, ouvidos, mas não ouvem; narizes, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.” Sal 115;5 a 7

Logo, “São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, tampouco, fazer bem.” Jr 10;5

Havendo apenas duas forças espirituais opostas, Deus e Seus anjos, o diabo e seus demônios, tudo que acontecer na esfera espiritual terá o patrocínio de uma, ou de outra.

Como O Eterno vetou o culto às imagens, só resta a oposição em consórcio com a religiosidade humana ignorante para fazer essas coisas. Embora a maioria participe das festas em honra aos “padroeiros”, as comilanças que fazem em louvor aos tais, Paulo nomina devidamente; “... as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” I Cor 10;20 Isso aos que participavam da Santa Ceia, a Mesa do Senhor.

Muito escutei padres defendendo à idolatria com argumentos fajutos que não resistem à mínima análise. “Não adoramos, apenas veneramos.” Vamos ao dicionário: “Venerar- Verbo; render culto a; cultuar, adorar”.

“Todos guardamos fotografias de parentes que estimamos para os ter na lembrança”. Mas, fazemos orações ou procissões em honra dessas fotografias?

“Mas Deus mandou fazer dois querubins e uma serpente de metal.”
Sim. Ele também mandou não fazer imagens para adorar ou prestar culto. “Não farás para ti imagem...” Para Ele, se ordenar, façamos; invés de rebeldia será obediência. Se disser, não! basta não fazer; simples assim.

Mas, diria um devoto; sei que existe apenas um Deus, e só uso minha santinha para aumentar minha fé quando rezo, qual o problema.” A fé que precisa apoio visual é falsa. “A fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e a prova das coisas que se não vê.” Heb 11;1 “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10 “Porque andamos por fé, não por vista” II Cor 5;7 etc.

Isso explica em parte a “culpa” dos protestantes por ter A Palavra de Deus, apenas, nada de magistério ou tradição eclesiástica como regra de fé e prática. A Palavra levada a sério como se deve, destrói uma miríade de falácias e práticas errôneas; os que ancoram suas vidas nisso, detestam ser denunciados pela verdade; “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Enfim, a idolatria é derivada da soma das impotências do homem e do capeta. O homem ciente das limitações, tendo sido formatado para crer, antes que creia em Deus o que demanda obediência, conhecimento da Palavra Dele, trai a si mesmo prostrando-se a um simulacro que outro homem fez.

O Canhoto, não tendo a Onipresença Divina, e desejando-a, precisa de um “filhote” em toda parte, para manter às pessoas alienadas do Eterno. As imagens cultuadas cumprem essas duas finalidades.

No ápice dos frutos da Árvore da Ciência, as limitações das coisas mortas serão diminuídas; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” Apor 13;15

Passou milênios numa ostentação morta; a representação da rebeldia do canhoto. Quando, finalmente conseguiu falar, falou de morte. “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

sábado, 27 de abril de 2024

Os zumbis


“... não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44

Embora essa descrição corresponda a muitos homens que conhecemos, O Salvador estava falando do diabo. “... não se firmou na verdade porque não há verdade nele.” Eloquente figura! Como se, nas pessoas devesse existir um mínimo apreço pela verdade, um “ganchinho” que fosse, onde um volume maior pudesse ser pendurado.

O mentiroso busca verossimilhança, para sua “arte”; faz com que sua mentira tenha algumas nuances verdadeiras; o máximo que consegue colocar em seu “ganchinho.”

Todavia, grassa em nossa nação, refém do esquerdismo e da corrupção disseminados, um nível de mentiras, que pode ter constrangido o inferno. O canhoto deve estar sinceramente pensando na necessidade de fazer mestrado.

Os “defensores da democracia”, sonegam liberdade de expressão; guardiães da Carta Magna, a Constituição, são os primeiros a rasgá-la, lançá-la no lixo; apreendem telefones e violam sigilo de pessoas honestas, e blindam um assassino como Adélio Bispo; garantem que urnas eletrônicas são confiáveis, e vetam que se faça apuração transparente, com voto impresso, ou fornecimento de códigos-fontes; perseguem e caçam direitos, de quem ousar questionar o sistema.

Um homem decente, se, pego nalguma contradição, presto vai reconsiderar, se envergonhará, a contragosto terá que lidar com isso. Decência é seu normal.

Um canhoto, sai por aí ameaçando erradicar as ervas que planta, com a mesma cara; fiel ao mandamento: “Xingue-os do que você é; acuse-os do que você faz.”

Outro dia, Lula, o mentiroso que faz o Capeta se sentir júnior, disse que desejava ter poder para decretar a prisão dos mentirosos. Há um quê de verdade nisso; o desejo de prender desafetos.

Para ele, as coisas das quais gosta, são “verdade”; as que detesta, são “mentiras”. Por esse “código”, certamente deseja mesmo o poder absoluto para prender todos os “mentirosos.”

Se ele diz que Maduro, Ortega, China, são democratas, devem ser; ele que sabe o que é verdade. Se, assegura que, os patriotas, de costumes conservadores, são “nazistas, fascistas, inimigos da democracia”, devem ser, pela mesma razão. Afinal, o que pretendem enchendo as ruas com suas cores verde-amarelas? Acaso não sabem que a democracia veste rubro?

Se, para eles e os “supremos”, revelar ordens veladas de censura, como fez Elon Musk, é um “ataque”, deve ser. Afinal, tudo o que eles fazem é defender nossos direitos, nossas liberdades. Somos livres, inclusive para sermos censurados; e que nenhum intrometido se atreva discordar, sobretudo, um estrangeiro que não planta capim por aqui. Embora a sustentação desses, seja herbívora, o “capim” que viceja nos lupanares mais altos, é outro.

Essa choldra é tão underground, que não contentes em ter furtado tudo, a grana, as liberdades, as instituições, os valores, a esperança, o futuro, roubaram também o sentido das palavras. Zé Dirceu, o preso que a cadeia perdeu, graças aos donos da verdade, disse que Lula é de centro direita; deve ser.

O anão Morais, falou outro dia que o comunismo não existe mais, é uma acusação de gente desinformada, que vê o mal onde não está. Lula dissera antes disso, no Foro de São Paulo, que é comunista com orgulho; tempos depois, emocionado, falou sobre a proeza de colocar um comunista no STF, referindo-se ao “camarada” Flávio Dino; mas, o comunismo não existe, lógico! São eles que sabem tudo o que há.

Pelejar contra essa gente no reino das ideias, usando a “arma” das palavras, dos argumentos, é uma luta inglória. Contra o canhoto, em Nome de Jesus Cristo ainda é possível um exorcismo.

Esses são diabos com corpos, não saem, não teriam pra onde ir, pois, pro inferno só depois de mortos. Não se trata de uma invasão espiritual, que pode ser desfeita. Trata-se da auto anulação da condição humana, uma horda de zumbis amorais, contra os quais, antídotos lógicos, cíveis, legais, filosóficos, são inócuos, pelos anticorpos que eles desenvolveram ao longo de sua esquerdopatia.

Deplorável, súcia walking Dead, ocupando os mais altos postos de poder em nossa nação refém. A única coisa ante a qual parariam seria a força. As forças armadas, cujas atribuições demandam que atuam em caso de desequilíbrio, ruptura entre os poderes, estão estranhamente dominadas pela “democracia.”

Resta-nos “apenas” Deus. É tanta injustiça, tanta mentira, tanta violação, que O Todo Poderoso que detesta essas coisas, há de Se levantar; “... o direito se tornou atrás, justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Banho de lama


“Sendo Ele consumado, (Cristo) veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que Lhe obedecem;” Heb 6;9

O fato que Cristo “aboliu a Lei”, tem sido usado por gente avessa à obediência, como se, a graça fosse sinônimo de licença para pecar. Basta olharmos o verso supra, para percebermos que ela também requer obediência. Paulo chamou de “Lei de Cristo.”

Foi abolida a lei sacerdotal, onde se oferecia reiterados sacrifícios de animais, a cada novo pecado; como se, quem dispusesse de muitos animais, tivesse possibilidade de pecar à vontade, uma vez que poderia “pagar.” Não era objetivo daquela Lei, remover pecados; antes, manifestá-los. “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados.” Heb 10;4

Isso remeteu a Cristo, O Único que pode; “De maneira que a Lei serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

O que a Graça tem de melhor é sua eficácia regeneradora, não, leniência para com o pecado, como fazem parecer os desobedientes citados. Mexe no âmago, busca pelas causas, não apenas denuncia consequências; “ouvistes que foi dito: Amarás teu próximo, e odiarás teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos...” Mat 5;43 e 44 Mais difícil.

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo...” Mat 5;21 e 22 Idem.

“... Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo; qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Vs 27 e 28 etc.

A exceção da liberação da guarda do sábado, que Ele disse que foi criado por causa do homem, no qual é lícito fazer o bem, a “Lei de Cristo”, exige coisas mais, que Moisés.

Acaso, agora não precisamos amar a Deus de todo nosso ser? “... Amarás O Senhor teu Deus de todo teu coração, toda tua alma, e pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” Mat 22;37 e 38 Ou, amar ao próximo como a nós mesmos, não vetaria mentira, violência, traição, furtos...?

A lei foi superada porque cumpriu seu propósito. Onde ela ordenou coisas como, negar a si mesmo, entrar pela porta estreita, amar inimigos? Não tinha esse alcance.

“Mas agora alcançou Ele (Jesus Cristo) ministério tanto mais excelente, quanto, é mediador de uma melhor Aliança que está confirmada em melhores promessas.” Heb 8;6 e maiores exigências, acrescento.

O “melhor”, é o alcance da purificação, mediante O Sacrifício Perfeito, não, liberdade pra pecar. Aqueles sacrifícios tinham uma “purificação” exterior, mera formalidade social, sem tocar no âmago do problema.

“Se o sangue dos touros e bodes, e a cinza duma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

O alcance é maior, excede à um ritual externo podendo purificar o íntimo, a consciência; porém, a repetição de sacrifícios ficou impossível. Dos que recebem a Cristo se requer que abandonem o pecado. Eventuais tropeços devem ser confessados e deixados. Se seguirmos como antes, fazendo as mesmas coisas e levando outro “carneiro ao sacerdote”, estaremos profanando ao Santo.

“... assim, quanto a esses, de novo crucificam O Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

Se algo mais carecer ser dito sobre a superioridade em temor, que a Graça requer, ouçamos: “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da Graça?” Heb 10;28 e 29

Portanto, os que pretendem uma vida frouxa, moralmente, “ancorados” na Graça, e os que são infiéis nos dízimos, dizendo que era coisa da Lei, já superada, erram redondamente.

A seriedade é muito maior, que foi nos dias idos. E os dízimos não eram da Lei. Começaram em Abraão, uns 500 anos antes de Moisés.

Claro que a malversação do dinheiro da Igreja é grave. Devem ser combatidos os que isso fazem. Todavia, o lapso de caráter dos que assim agem, não cria uma doutrina, tampouco, anula outra. O Salvador ensinou: “... deveis fazer estas coisas, (dizimar) e não omitir aquelas. (juízo, misericórdia, fé)” Mat 23;23

Quem ama ao dinheiro mais que a Cristo siga com seu amor. Só não venha emporcalhar as coisas santas, tentando se lavar com lama, esposando mentiras.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Os curiosos


“Porque àquele que tem, se dará, terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.” Mat 13;12

Não parece estranha essa nuance, dar àquele que tem, e tirar do que não tem? Sim, parece.

Embora o ser humano tenda a valorar tudo a partir de coisas materiais, a escala celeste é outra. Cristo ensina: “... Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer um, não consiste na abundância do que possui.” Luc 12;15

Quando O Salvador prometeu “vida com abundância”, aludia a abundância de vida; vida eterna. Nada a ver com fartura, como o vulgo, e tantos mercenários gostariam que significasse. “Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” I Tim 6;7 e 8

O contexto do verso inicial deixa entendermos de quê se trata, dar a quem possui, e retirar de quem tem pouco. O Salvador contara a parábola do semeador, com seus quatro solos distintos, e o resultado de cada um, em consórcio com a semente.

Os discípulos indagaram: “... Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado;” vs 10 e 11

Logo, as “posses” em jogo, era o entendimento das coisas espirituais. Quem seguia ao Salvador por achá-lo digno, confiável, mesmo sem entender tudo, “tinha” o necessário; a esses, os ensinos mais complexos eram explicados em particular. Os que seguiam como curiosos, apenas, quiçá, como espias desejando “pegá-lo” nalguma palavra, esses “não tinham” o que O Senhor queria; aos tais apenas parábolas sem maiores explicações.

Esse é o sentido de dar em abundância a quem já possui, e negar, ao que tem um pouquinho apenas, mera curiosidade, invés de sede de salvação.

Um desdobramento de antiga sentença dada mediante Samuel: “... aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30 Honrar, naquele contexto, seria manter uma promessa, a quem, pela resiliência no mal, total descaso com as coisas santas, profanando-as como faziam os filhos de Eli, lançando-as ao desprezo, revelaram-se indignos delas.

Em geral as pessoas não param pra pensar no que significa a incredulidade. Duvidarmos do semelhante é coisa normal; é um ser falho, como nós; pode falar o que deseja mais que, o que viu; ainda, ter entendido mal o que testemunhou; quiçá, esteja mesmo mentindo com desejo de tirar alguma vantagem de nós... certo ceticismo nas relações interpessoais é necessário, saudável.

Porém, em se tratando do Senhor, descrer implica numa blasfêmia, por atribuir imperfeição Àquele que É “... tão puro de olhos que não pode contemplar o mal.” Hc 11;13 Por isso, a sentença de João: “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso O fez, porquanto não creu no testemunho que Deus, de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

A quem foram dados todos os “implementos” para crer, a mensagem do Evangelho, os sinais, e ainda segue distante, tímido, cético em relação ao Senhor, esse O desonra; mesmo o pouco que tem, sua curiosidade covarde, se perderá com o tempo; “até o que tem lhe será tirado.” Não será tirado por Deus, que o enriqueceria, se o tal, desejasse tesouros espirituais.

Quem furtará o pouco do incrédulo, será o traíra, que, pela “cabeça-de-ponte” da incredulidade, desembarcará na alma dele, todo seu arsenal de mentiras que obrarão pela total cegueira; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Nosso trabalho é lutar contra esses conselhos que escurecem; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Também os que partem de um desejo natural, e saem garimpando versos que “confirmem” o que eles pensam, serão “ajudados” pelo trevoso mor; ele oferecerá sofismas, “interpretações” doentias, tornando-os adversários da luz, com presunção de serem difusores dela.

Os piores cegos são esses "intérpretes” que “encontram na Palavra” razões para seus desvios. “São justas todas as Palavras da Minha Boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem, justas para os que acham conhecimento.” Prov 8;8 e 9

Caso alguém fique em dúvida se está na luz ou no escuro, analise com honestidade, contra o quê, está combatendo.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Misericórdia


“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.” Tg 2;13

A misericórdia prescinde do mérito, uma vez que, estende seu manto sobre quem está em falta; por ser prima do perdão, como esse, costuma dar aos seus beneficiários, o que eles não merecem.

Entretanto, certo “mérito” é necessário, alguma inclinação misericordiosa daquele que, em dado momento esteve acima de outrem, que necessitava sua empatia. Se, nessa situação nosso hipotético egoísta não deu a mínima, há razões para crer que em suas carências, colherá o que plantou; indiferença. “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia...”

Se, alguém presume levianamente que, bondade seja um infinito tapete espalhado, sobre o qual, os maus podem cirandar, zombar, defecar, totalmente alheios, e ela seguirá ali, sempre serviçal, submissa, disposta a limpar o que aqueles fizeram, não entendeu nada. A violência, mesmo verbal, colherá seus frutos; “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Prov 19;19 Quem equaciona bondade à pusilanimidade, precisa repensar sua “matemática”.

Um dos aspectos primeiros da bondade é que ela insta conosco para que reconheçamos nossas maldades; “Ou desprezas tu as riquezas da Sua benignidade, paciência e longanimidade; ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” Rom 2;4

Devemos analisar os dois lados da moeda: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na Sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” Rom 11;22

A Palavra aborda os que fazem “ouvidos moucos” ao Divino Chamado, apresentando a resolução do Eterno; “Atentai para Minha repreensão; pois, derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte rirei, na vossa perdição; zombarei vindo vosso temor.” Prov 1;23 a 26

Quando a Santa Paciência se cansar de alguém, a bondade deixará sua associação com a misericórdia, e emprestará a vivacidade das suas cores, para adornar à justiça.

Nos dias de Jeremias, a Divina paciência fora gasta pela resiliência dos maus; mais que não oferecer Sua Bondade, O Santo vetou que o profeta perdesse tempo em clamores que seriam rejeitados; “Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7;16 “Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que clamarem a Mim, por causa do seu mal.” Jr 11;14 “Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem.” Jr 14;11

O que houve com a Bondade Divina? Fora vilipendiada pelo desprezo dos maus, e se retirara por se recusar a compactuar com a maldade deliberada. “Irei, voltarei Meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem Minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.” Os 5;15

Quando a maldade desconhece limites, não apenas encontramos ordens para que se não ore pelo perdão; mas, clamores por juízo, pelo não perdão dos mesmos; “Não cubras sua iniquidade, e não se risque de diante de ti seu pecado...” Nee 4;5

O Prazer de Deus não é julgar, antes, perdoar, como Ele mesmo diz: “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33;11

Isaías pontua: “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Porém a Divina Longanimidade que faz O Santo esperar pelo arrependimento dos maus, também acha seu termo; “Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;18 a 21

Nem que o único “mérito” dos que desejam a misericórdia seja seu arrependimento, esse, é necessário, para que as garras do juízo sejam evitadas, sob a casamata da misericórdia do Eterno. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

O zelo cego


“Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados; torna seu opróbrio sobre sua cabeça, e dá-os por presa, na terra do cativeiro. Não cubras sua iniquidade, e não se risque de diante de Ti, seu pecado, pois, eles te irritaram na presença dos edificadores.” Ne 4;4 e 5

Os adversários da reedificação dos muros, ora ameaçavam, ora queriam edificar juntos; ou, partiam para a zombaria, o desprezo.

Sempre que alguém intentar algo que tenha relevância, valor, que faça alguma diferença, terá oposição.

Em geral, a mediocridade conta com aplausos, enquanto, a aptidão, com o despeito dos que não têm os mesmos atributos ou, inciativas. “Eu vi que todo o trabalho, toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade, aflição de espírito.” Ecl 4;4

Se, os que assim agem tivessem noção das consequências seriam, mais comedidos. “... torna seu opróbrio sobre sua cabeça...” Mais que um fragmento da oração de Neemias, isso era um vaticínio inevitável do juízo que viria sobre os perturbadores da Obra de Deus.

Sempre foi mais fácil destruir, que edificar. Assim, os que, movidos por ideias nobres, empreendem esforços construindo, não raro, deparam com a oposição dos que se ocupam do “mais fácil.”

Porém, há uma coisa inda mais fácil, que a mera desfeita sobre o trabalho alheio. Desfrutá-lo, sem ter feito nada. O mesmo Tobias, que sempre estivera no front da oposição, quando da reedificação, uma vez consumada, presto se achegou. Aproveitando-se da ausência de Neemias, mediante conchavos com certo Eliasibe, achou um nicho para si, onde, nem de longe merecia estar.

O governador, recolocou as coisas nos devidos lugares. “Voltando a Jerusalém, compreendi o mal que Eliasibe fizera para Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da casa de Deus. O que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara. Ordenei e purificaram as câmaras; tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, com as ofertas de alimentos e o incenso.” Nee 13;7 a 9

Além de se imiscuírem em lugares dos quais não são dignos, ainda tomam para si espaços reservados aos utensílios da casa de Deus. Dois males casados.

Sempre se deve ter cuidado com certos “combatentes” que, ardendo em zelo sem entendimento, fazem mais dano que trazem algum benefício à obra. É fácil emprestar brilho a alguma peleja envernizando-a como defesa da verdade, combate à hipocrisia, libertação dos enganados, etc.

Não que erros não devam ser combatidos. Todavia, quando isso se torna um “ministério”, uma cantilena, orquestra de um instrumento só, de só uma corda, como o berimbau, aí temos razões para pensar que tal “combate”, mais que indícios de zelo, exibe traços patológicos.

Façamos a obra, malgrado, os opositores. Na hora dos frutos cada um terá o que for merecido. Se, algum “Tobias” for além do que lhe couber, oportunamente também se lhe dê o devido pé na bunda. A irritação sofrida por Neemias e associados, foi vista como causada contra Deus, dado que era oposta à Obra Dele; “... Te irritaram na presença dos edificadores.”

Uma regra áurea, deveriam aprender, eventuais apologetas da praça. Todo o “viés doutrinário” que, presto cai nas graças do povo, é aplaudido e incensado por grande engajamento, traz digitais da carne, não do Espírito Santo. Isso não é uma “descoberta” minha; antes, uma sentença do Salvador. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Os que se opunham a Neemias se diziam zelosos pelos interesses do rei da Pérsia. Fora o mesmo rei que autorizara a Obra. Assim, os que atrapalham aos ministros probos do Evangelho; também estão em defesa de motivos “nobres.” Cuidado para não se verem, como Saulo, recalcitrando contra aguilhões.

Que todo aquele que malversa, profana, deturpa às coisas santas, responda por isso. Se, não fizer inda na terra, certamente responderá no porvir. Mas, tenhamos cuidado para que eventuais estilhaços de nossas “bombas”, não atinjam a quem deveria ser protegido, invés de combatido.

Gente honesta pode padecer grandes privações, pela consequência do fermento desnecessário no combate aos desonestos, feito de modo imprudente. Mais que pessoas, devemos combater atos; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Nenhum de nós é “proprietário de Deus”, apto a dizer quem Ele quer e quem, não. Idôneos intérpretes da Palavra são como placas sinalizando o caminho; afinal, “Quem rejeitar a Mim, não receber as Minhas Palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48