quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Os deformadores


“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.” Is 26;3

Elementar, um cristão dizer que confia sem reservas no Senhor. “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13

Porém, se, seduzidos por sutilezas malignas, negligenciamos à necessária vigilância e albergamos em nossa “teologia”, desvios espúrios, desconfiamos. Incorremos numa traição mais por sonolência irresponsável, que, por perfídia.

A confiança não pode ser meramente formal; antes, deve ser essencial. Dizer que Ele "É O mesmo ontem, hoje e eternamente” Heb 13;8 e aceitar nos lugares onde Sua Doutrina é ensinada, inovações que a contradizem, destoa. Não É Ele, suficiente?

Um dos “pecados” que mais incomodam aos modernistas é a dita religiosidade. Rótulo pretensamente danoso, que colam nos que se ocupam em manter a firmeza doutrinária, sem compactuar com certas mudanças.

Lutero é tido como o grande reformador. A rigor, ele não reformou nada. Apenas desafiou a igreja a voltar para A Palavra de Deus. Os que dela se afastaram, foi que se fizeram deformadores. Sua proposta ortodoxa causou grande abalo, por causa da distância que se tinham afastado os pretensos expoentes de Cristo. Quando o original se torna revolucionário é porque a apostasia foi normalizada.

Quando, os herdeiros da aversão a Lutero escrevem suas diatribes, evitam abordar as teses propostas e se ocupam em difamar ao “herege”; na falta de condições de demonstrar supostos erros, basta que, o desqualifiquem como rebelde e pronto. Para esses, ser fiel ao “papa” mesmo fora das Escrituras importava mais que ser fiel ao Senhor e Suas Palavras. Ainda é assim, vergonhosamente.

Os deformadores da atualidade se igualam em relação aos que decidiram acusar de “religiosidade”; sua fidelidade inegociável incomoda, a quem decidiu ser infiel. A incapacidade de demonstrar erros doutrinários, outra vez, leva a atacar pessoas invés de contra argumentar, aos ensinos. “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Quando, sair fora da casinha se torna o “novo normal”, os que decidem permanecer, incomodam pelas suas monótonas anomalias. Anunciar paz quando a mesma não havia foi o labor preferido dos falsos profetas; ver, Jr 6;14, Ez 13;10 etc. Igualmente hoje, muitos “Coachs” enchem de promessas de bênçãos e Divinos cuidados, aos que ainda estão em guerra contra Deus, pela resiliência no pecado.

Antes de assimilada e aceita a Justiça de Cristo, e reconhecimento arrependido das nossas injustiças, não há paz; “O efeito da justiça será paz,..” Is 32;17 “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Estar errado, eventualmente, pode acontecer com qualquer um, dada a humana imperfeição; porém, recrudescer no erro, e a atacar aos que permanecem centrados no que sempre se ensinou e viveu, é uma temeridade mui grave. Acaso não foi essa disposição mental e espiritual, que levou fariseus e saduceus a pedirem aos romanos a morte do Senhor?

Tais agem como se, o filho pródigo, tendo desperdiçado tudo, perdido “amigos” e estando entre porcos, invés de reconhecer seu erro e voltar ao pai, arrependido, decidisse partir para a difamação do seu velho, e do irmão que permanecera leal. Assim se sentiria “justificado” em suas danosas escolhas.

Assim fazem os deformados, que, tendo deixado a “simplicidade que há em Cristo”, desperdiçaram nos bordéis das conveniências mundanas, os tesouros da Sã Doutrina; passam a menosprezar os que não fazem o mesmo.

Se, as mentes dos tais não estão confortáveis com suas escolhas, não serão, essas, testemunhas contra eles nos tribunais das próprias consciências? “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.”

“Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Enfim, erram os coachs das motivações amorais e das promessas incondicionais, feitas a gente inconsequente que busca reles motivação mesmo carecendo de salvação; erram também os teólogos liberais, excessivamente “inclusivos” fazendo parecer que o Divino Amor ama aos homens antes de amar à justiça.

Quem segue firme em Cristo fatalmente será perseguido, pelo canhoto, pelo mundo e pelos falsos cristãos; não terá paz com esses, por motivos alheios à sua vontade.

Essa “guerra” será o mais eloquente testemunho que está em paz com O Senhor. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12

O perdão



“Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como Eu tive misericórdia de ti?” Mat 18;33

A isonomia horizontal é um ensino pacífico. Tanto que, nos códigos humanos se diz que “todos são iguais perante a Lei”, embora, a prática negue isso.

Pois, almas viciosas incluem nos seus vícios o exercício teórico nas coisas virtuosas.

Em Cristo, somos chamados a viver isonomia, com Deus, no relacionamento com o próximo. Tratá-lo como Deus nos tratou. No modelo de oração ensinado, temos: “Perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores;” Mat 6;12

Acaso alguém oraria pedindo que seus erros não fossem perdoados? Pois, seria o significado do pedido acima, não tendo ele perdoado, eventual devedor.

O perdão é libertador. Faz mais bem a quem oferece, do que, a quem recebe. Perdoar é livra-se de um câncer; quem é perdoado, contrai uma dívida.

Fomentar o ódio é da oposição. “... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós.” Tg 4;6 e 7

Coisas de cima

“Porque os Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos Meus, diz o Senhor” Is 55;8

O Eterno explicando a razão pela qual, o homem deve deixar seus pensamentos e abraçar aos Divinos. As mais altas cogitações humanas, ainda são sobre coisas terrenas.

Se, aos salvos é facultada a “Mente de Cristo” como ensinou Paulo, então, lhes é possível se exercitarem em coisas mais elevadas que as daqui, atuando de acordo com a nova posição.

O mesmo apóstolo exortou: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas da terra;” Col 3;1 e 2

Tais coisas, não são tão de cima assim, que, não sejam conhecidas. Todos versam da superioridade do ser, ao ter, das coisas que o dinheiro não compra. Os salvos devem viver por esses valores, não apenas falar.

Muitos deploram à inversão de valores; pois, o “cristão” materialista também inverte, para sua perda. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...” I Tim 6;10

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Tentações

 

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Mat 26;41

Acostumamos com a ideia que seria bom não cairmos em tentações. Todavia, O Salvador aconselhou a nem entrarmos nela.

Há certas “permissões” que podemos nos conceder, atinente a nos aproximarmos do terreno minado das tentações, que soam como brincarmos com fogo; outro dia vimos o acidente onde uma brasileira caiu num vulcão na Indonésia. Infelizmente, acabou falecendo.

Brincar com a tentação é como andar numa trilha daquelas; o menor descuido pode nos levar a pisar onde seria fatal.

Então, mesmo nos pensamentos devemos estar vigilantes, para não abrirmos portas facilitando o trabalho do tentador.

Devemos vigiar, “... levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;5

Não cairmos é uma necessidade para preservação da vida espiritual; não entrar, é uma atitude prudente, de quem evita riscos desnecessários.

Somos aconselhados a evitar até a aparência do mal, por que brincaríamos em sua presença? “... teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7

Para vencer

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Quem vencer não receberá o dano da segunda morte.” Apoc 2;11

Pode parecer num primeiro momento: Ouçam todos! Dado que, todos têm ouvidos. No entanto, como é uma fala do Espírito direcionada à igreja, isso exclui aos de fora. Na verdade, “quem tem ouvidos” é uma expressão idiomática, desafiando quem tem índole ensinável; quem ouve e processa o que ouve, de modo a se deixar conduzir.

Não poucos obstáculos se levantam contra os que decidem ouvir à Palavra de Deus. Por isso, os fiéis a Ele são “armados” para lutar contra isso.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Portanto, a vitória contra a morte eterna é prometida apenas a um seleto grupo; “Quem vencer não receberá o dano da segunda morte.”

“Correi de tal maneira que o alcanceis...” I Cor 9;24

Boa memória


“O copeiro mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Gn 40;23


José estava preso junto a dois serviçais do Faraó, dos quais, interpretara seus sonhos; depois, rogou que falassem ao monarca em seu favor, dado que, estava preso inocente.

Contudo, o copeiro mor uma vez livre das suas angústias se esqueceu do que prometera.

O ser humano costuma “pagar” pelos benefícios que deseja, com o cheque pré-datado das promessas. Uma vez livre do que o assusta, presto esquece; o dito cheque se revela, sem fundos.

Mesmo em relação à Palavra de Deus, muitos agem assim; “Se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Para que não esqueçamos o que custou nossa remissão, O Senhor ordenou o memorial da Santa Ceia.

Aos que esqueceram da fidelidade prometida na caminhada, o conselho: “Lembra-te, pois, de onde caíste e arrepende-te...” Apoc 2;5

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Aplausos vãos

“... o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

A ideia que a aprovação Divina e a humana sejam semelhantes tem levado muitos a abraçar erro, invés da luz.

Outro dia ouvi a um “influencer cristão” que foi acusado de ensinar erroneamente, se defender dizendo que tinha xis milhões de seguidores. Para o tal, pois, em face a essa defesa, a aprovação de muitos, seria sinônimo da aprovação de Deus.

Tiago pensava diferente: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Essa doença, da Igreja fazer “Semana Farroupilha”, “outubro rosa, novembro azul” e similares, é fruto do desejo não confesso de ser agradável ao mundo. cuidados com a saúde são importantes, mas, não é alvo da Igreja, é da medicina. Dos Seus O Salvador disse: “Dei-lhes a Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo.” Jo 17;14

Fomos chamados para seguir Jesus, não, às multidões.

Perfeição dos imperfeitos

 

“Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” Heb 5;14

Embora a perfeição seja algo que escape à humana estatura, a maturidade espiritual é a “perfeição” possível, que em seu bojo traz o discernimento.

Somos desafiados a crescer até à Estatura de Cristo, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina...” Ef 4;14 O efeito colateral da maturidade espiritual é a perseverança.

O que atrasa, e às vezes, tolhe esse aperfeiçoamento necessário, é o baixo apetite para com A Palavra de Deus. “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;11 e 12

Mais que a “Mente de Cristo”, aos que O obedecem é dada Sua Luz também; “O que é espiritual discerne bem tudo, e ele, de ninguém é discernido.” I Cor 2;15

Fundamental


“Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sal 11;3

No sentido estrito da salvação, apenas O Senhor é nosso fundamento; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11

Num desdobramento mais amplo, as bases da Sua doutrina, os valores nela contidos, são “os fundamentos”, no plural, sobre os quais nossa caminhada deve se apoiar.

A reiterada inversão de valores, outra coisa não é, senão, o ataque da oposição visando destruir os apoios da nossa fé.

Isaías denunciou perversões assim desde seus dias. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; fazem do amargo, doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Não importa o que a modernidade espose, o que se valore como novo “normal”; quem teme ao Senhor, deve estar firmado nas mesmas coisas; “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Afinal, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

domingo, 12 de outubro de 2025

Testemunhas


“Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” Atos 22;15

Paulo, relembrando como fora sua chamada por parte do Senhor. Deveria ser testemunha do que vira e ouvira. As realidades espirituais demandam uma “visão” peculiar.

Quase todos os que viviam ou peregrinaram por Israel, durante o ministério de Jesus, o viram. Por que apenas uma dúzia deles foi feita testemunha, então?

Porque uma coisa era ver ao Senhor com os olhos naturais, como qualquer um, a despeito de entender o quê, Ele significava. Outra, totalmente diversa seria ver ao Messias como tal, e entender Sua abrangência.

Paulo disse: “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não O conhecemos deste modo.” II Cor 5;16

O modo que produz testemunhas, requer entender o que Jesus significa e se deixar transformar por isso; “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” V 17

Além do que temos visto e ouvido, o testemunho fala, pelo que temos vivido. Mais que contar Seus feitos, devemos replicá-los, imitando-os; “... Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Deus dos santos

 

“Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses (dos hebreus) são deuses dos montes, por isso foram mais fortes; mas, pelejemos com eles em campo raso, por certo veremos, se não somos mais fortes do que eles!” I Rs 20;23

O politeísmo; deuses tribais, pertencentes, cada um a um povo, com poderes mais fortes em determinados ambientes, menos em outros; retrato de ignorância acerca do Criador.

Pretende Ele abarcar mais que uma tribo; “... Porventura não encho Eu, os céus e a terra? diz O Senhor.” Jr 23;24

Quanto à Sua aptidão bélica, questiona: “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4

Não existe ambiente onde seja mais, ou menos poderoso. Porém, existem situações onde Deus se apraz em atuar; “Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” II Cron 16;9

Vivermos de um modo que lhe seja agradável, isso O alegrará; e, “... a alegria do Senhor é a nossa força.” Ne 8;10

Que beleza!

 

“... O Senhor... ornará os mansos com a salvação.” Sal 149;4

A ideia de salvação não traz um componente estético; não pesa preocupação com coisas periféricas. Num incêndio, por exemplo; pode, um salvo, estar desnudo, desgrenhado, sair pela janela; o retratado no salmo 40 estava no lodo, de lá foi tirado; sem nenhum enfeite.

Porém, vimos que, O Senhor “ornará os mansos com Salvação.”

Ornar é embelezar, aprimorar, buscar esmeros estéticos.

Os ambientes ornamentados refletem um estado de espírito reinante; como um casamento, aniversário, uma festa qualquer.

Cabe considerarmos, contudo, que a beleza espiritual não tem as mesmas nuances que a natural. “Adorai ao Senhor na beleza da santidade...” Sal 96;9

As vestes nobres que serão dadas aos salvos figuram outras coisas; “... porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

O Senhor quer nos embelezar; coloca-nos ao espelho da Sua Palavra, para que ajeitemos os “visuais”; “se alguém é ouvinte da Palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho seu rosto natural; porque contempla-se, vai, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Cumprir o que aprendemos, é o “filtro” que nos deixará bem na foto.

Os loucos

 

“Feri-vos com queimadura, ferrugem e saraiva, em toda a obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse para Mim, diz O Senhor.” Ag 2;17

O Eterno ensinando que os reveses climáticos foram ações Suas, como pregoeiras, para exortar o povo ao arrependimento. Embora, tais coisas não foram assim entendidas; ou, foram desconsideradas; afinal, “... não houve entre vós, que se voltasse para Mim...”

Atualmente, tudo na área meteorológica se pretende explicar, através da “ciência”; “Efeito Estufa; Aquecimento Global; El Ninho, La Ninha” etc.

Quando o ser humano exclui O Criador da compreensão da vida, é porque já o fez, da própria vida.

Para a “científica” geração presente soa a primitivismo, associarmos eventuais intempéries à Divina Ira contra o pecado. A ideia de pecado encontra resistência, em muitos ambientes.

O que o ímpio gosta e concorda, ou deixa de gostar e concordar, refletem o que ele é; não, o que o Universo é.

Os refratários ao Criador, não são retratados como postulantes de legítimos pleitos; antes, como loucos. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

sábado, 11 de outubro de 2025

Riquezas


“Como escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom...” Lam 4;1

Ouro muda? Há um ditado: “Ouro nas mãos do bandido ainda é ouro.”

Quando é figura, como em ambos os exemplos, pode mudar sim, caso mude o que está figurando. No exemplo último significa que, a verdade ainda é verdade, mesmo vertendo de lábios impuros.

No caso do ouro que escureceu, o mesmo texto interpreta: “Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” Lam 4;2

Rebelião, apostasia fizeram com que o povo se tornasse sem valor. Enquanto o ouro por motivos óbvios se guarda, o fútil acaba extraviado. “... Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua!” v 1

Pedras mesmo; o santuário se fizera vão, pelo desleixo de quem deveria se santificar; fora destruído, porque os que o profanaram foram entregues ao inimigo.

Quem brinca com bens espirituais, despreza coisas de riquíssimo valor; “Como o que arma a funda com pedra preciosa...” Prov 26;8 Deus não faz assim.

Caminhos planos



"Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Antes dos nossos caminhos estarem delineados num mapa, ou palmilhados no chão, eles são anelados em nossos corações.

Aquilo que desejamos, projetamos, precisa ser valorado, antes de ser realizado; desde quando é mera centelha dum anelo, ardendo em nossos corações.

Mesmo aí, nossos caminhos já podem já ser ásperos, ou, planos. Se eles forem traçados segundo o Senhor, serão rota segura ruma à Sua bênção.

“Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;7 e 8

Deus sempre envia Sua Voz, para que nossos caminhos sejam trilhados segundo Ele; “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor...” Is 40;3 Quando essa soar em nossos corações, ouçamos.

Reflexos


“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7

Que mal tem, ser sábio aos próprios olhos? Inicialmente, dois; a rejeição de genuína Fonte da Sabedoria; “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;6 e 7

E, a colocação duma vertente espúria no lugar. O homem não é fonte; antes, canal. As coisas não se originam nele; refletem-se por ele.

Como foi criado à Imagem e Semelhança de Deus, deveria ser reflexo do Eterno. Se, Deus é deixado de lado, algo espúrio acaba sendo posto em Seu lugar. “Porque Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Na queda, o homem não foi amaldiçoado por causa do seu pecado; seu domínio, sim. “... maldita é a terra por causa de ti...” Gn 3;17 São as más escolhas, em oposição aos Estatutos do Eterno que trazem maldição; “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as Leis, mudado os Estatutos, e quebrado a Aliança Eterna.” Is 24;5

O Criador deixou a porta aberta à possibilidade de abençoar o homem, apesar de tudo, desde que esse desse ouvidos à Voz Dele. No entanto, o que O rejeita cabalmente, e prefere confiar em si mesmo, esse rebelde atrai para si a maldição que, inicialmente foi proferida contra a Terra, apenas. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

O mesmo Jeremias entendera em quê, consiste a saga humana; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

As consequências do desvio ou da obediência foram ensinadas de modo claro; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

A rigor, quem disse que o homem poderia romper com O Criador, atuar de modo independente, foi o inimigo. Então, quando o homem deixa a diretriz do Eterno e age dessa forma, goste ou não, está atuando segundo Satanás, por se recusar a fazê-lo, segundo Deus. Podemos escolher a quem refletir, lembram? Esses escolhem.

Dos que resistiam reiteradamente ao Salvador, Ele denunciou, como um reflexo de seu mentor; um desejo de satisfazer ao “pai” que escolheram. “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Jo 8;44

A pretensão de neutralidade, meio-termo, não ser nem de Deus nem da oposição, pode servir para construções verbais convenientes em determinados ambientes; mas, passa ao largo da realidade.

A dualidade está estabelecida em todos os aspectos; vida, ou morte; salvação, ou perdição; luz, ou trevas; verdade, ou mentira; sagrado, ou profano; Deus, ou oposição. Onde aparece o sonhado “caminho do meio”?

Alguém ilustrou que, os que estão “em cima do muro” ignoram que esse pertence ao canhoto. Afinal, entre as “qualidades” dos que serão excluídos do Reino de Deus, estão os tímidos. Apoc 21;8

Por isso, o dito, “sábios aos próprios olhos”, a rigor, é uma ironia; dado que, a “sabedoria” desses os coloca nas masmorras da tolice; “Tens visto o homem que é sábio aos próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo, que dele.” Prov 26;12

Assim um homem vivido, experiente nas vicissitudes da vida, mesmo guindado a lugares altos, caso se feche aos conselhos luminosos do Eterno, qualquer pirralho poderá vir a fazer melhor figura que esse amante de si mesmo, refratário à luz; “Melhor é a criança pobre e sábia, que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar.” Ecl 4;13

Por essas e outras, O Salvador advertiu: “... Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no Reino dos Réus.” Mat 18;3

Enfim, nosso “sábio aos próprios olhos”, é o que se mantém distante da luz, porque, no fundo sabe que ela, uma vez abraçada o deixará em maus lençóis. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Sabedoria é dom Divino; não, para fugitivos, mas para os que ousam desejar a luz. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...”

Aos de fora


“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Col 4;5

Embora o vulgo use dizer que não aceita palpites de quem não paga suas contas, significando que, vive à sua maneira a despeito do que os outros pensam, quem pertence a Cristo foi chamado a fazer boa figura, mesmo, ante os que estão de fora.

Nossa postura deve ser tal, que soe como argumento a refutar os que nos desconsideram. “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” I Per 3;16

Uma digna atuação nossa, diante deles, além de honrar a Cristo, será uma testemunha a glorificar nosso Senhor, pela excelência que Sua Doutrina enseja;

“Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Os incrédulos

 

“... Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3.4

O motejo dos céticos, sobre a volta de Jesus, da qual duvidam, segundo Pedro.

Todo o ceticismo sempre terá “razão”, até que, o fato do qual duvidam acontecer; quando isso se der, incredulidade ou crença não farão nenhuma diferença mais. Cada posição terá tido a justa colheita, e novo plantio fora de época não faria sentido.

Para doenças morais, não adiantam remédios intelectuais. Uma vez que fizeram sua escolha a despeito da Palavra e das evidências, quem quiser gastar latim para persuadi-los, fará buracos n’água.

A Palavra aconselha: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” Tt 3;10

Aquele que tem dúvidas honestas e precisa ajuda em busca de luz, deve ser ajudado; mas, os resilientes na incredulidade, que desejam atenção para cuspir suas inseguranças, não percamos tempo com eles.

Quem crê, em si mesmo tem o testemunho; quem duvida, em si mesmo traz a condenação.

Máquina do tempo


“Tudo tem seu tempo determinado, há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1

A relação do Eterno com o tempo não é a mesma nossa, óbvio! As vicissitudes para as quais o tempo está determinado ocorrem “debaixo do céu”. No humano existenciário.

Infelizmente, muitos fazem mau uso da Divina longanimidade vivendo desleixadamente, como se, o teatro da vida fosse palco para pecar, dando vazão às suas impuras inclinações. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Dada nossa finitude e insipiência, o que dizemos hoje pode não valer amanhã. Fernando Henrique Cardoso, autor de diversos livros, uma vez guindado ao poder, teria aconselhado: “Esqueçam o que escrevi”.

O Eterno não carece rasuras. “... Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16 Algumas coisas que permitiu, eventualmente, depois aperfeiçoou, o fez em atenção às nossas limitações, não, a alguma rasura como se, dela necessitasse.

Quando disse que Seus ensinos eram “veredas antigas”, atinava aos dias em que foram entregues ao homem, dada a relação desse, com O Tempo. O Senhor é O “Pai da Eternidade” Is 9;6 o tempo lhe obedece.

Como coisas eternas estão em apreço, e somos convidados a arbitrar sobre elas mediante escolhas, O Santo providenciou uma “viagem no tempo”, para que possamos gerir nossas almas, sem um rigor extático, restrito apenas ao presente. Para problemas pretéritos, erros que cometemos lá, providenciou o perdão, mediante arrependimento e rendição a Jesus Cristo.

Se resta alguma pendência dos idos é preciso ser admitida; “arrependei-vos”, e quanto a esperança futura, precisamos ajustar agora, nossos “relógios” segundo o tempo dos Céus; “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Ainda, quanto ao devir, nos cabe o “caminho estreito” que se abraça mediante a fé, pela qual, podemos fazer a melhor escolha, que arrolará nossos nomes no Livro da Vida.

Entretanto, para uma situação ou outra, lidarmos com o passado ou o futuro, o tempo da nossa escolha é o presente. “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, Não endureçais vossos corações...” Heb 3;15

O que fazemos em nossa passagem se torna a “semente” que semeamos, a qual, no devido tempo frutificará; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Apenas duas “semeaduras” são possíveis, no escopo espiritual; na carne ou no Espírito. Para a primeira basta cada um viver dissolutamente, à sua maneira. Qualquer perversão, rebelião contra a Divina vontade provém da mesma “sementeira”; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Os que se convertem a Cristo, além de “crucificarem” à carne, recebem, via novo nascimento, o espírito humano regenerado, e o Espírito Santo habitando nele; Assim, “Se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que em vós habita.” Rom 8;11

A vida eterna não atina apenas à duração da dádiva recebida; mas, ao tipo de vida que devem passar a levar os que se renderam ao Senhor; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Se, O Eterno não pune de imediato às más obras, algumas, pelas consequências que ensejam acabam se tornando um caminho sem volta. Quando alguém perece inesperadamente, os fatalistas dizem que estava escrito; na Palavra de Deus está escrito para sermos consequentes. Fazermos o uso mais sábio possível, do nosso tempo.

O fato que a morte pode espreitar em qualquer esquina, deveria ser suficiente estímulo para que tratássemos o precioso dom da vida pelo valor que ele tem. A maioria age como se ele fosse um convite para festa, da qual, Seu Autor não pode participar.

Enfim, O Santo É Eterno; o homem poderá vir a ser. O risco de dormir na gestão do nosso tempo, é acordar demasiado tarde. “Passou a sega, findou o verão e não estamos salvos.” Jr 8;20

Edificadores


“Porquanto porquanto andam enganando o Meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica a parede, outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13;10

A mensagem bíblica chama atenção, também, pela forma; a riqueza poética com que as coisas mais sisudas são ditas.

O falso profeta era o “construtor” erigindo uma parede enganosa; quem o corroborava, um que rebocava à mesma, com argamassa ruim; a exposição da verdade, em tempo, a chuva tempestuosa mesclada à saraiva, que evidenciaria à fraude.

A falsidade era a mesma, comum em nossos dias. Acenos de bênçãos a um povo que anda em rebelião, avesso a Deus.

Basta postar uma promessa auspiciosa, incondicional, nas redes sociais, para ver quantos a “rebocam”; digo, compartilham, como se Deus fosse o servo, não, O Senhor.

Sobre a necessidade de praticarmos profundamente, a Palavra, não, brincarmos com a superfície, O Salvador usou as mesmas figuras. Da edificação dos insensatos disse: “Desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e caiu; foi grande sua queda.” Mat 7;27

Cuidado com os construtores de enganos; o vero amigo adverte do erro, invés de encorajar nele.

Bondade se aprende


“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5;1


Duas coisas às quais convém atentar. A primeira: Não fomos salvos por ser bons; antes, por crermos no Único que É. Não somos justos, fomos justificados; isto é: reputados justos pela justiça de Cristo, a nós atribuída.

A segunda: O pecado nos fazia inimigos de Deus. Justificados pelos Méritos do Cristo em nosso favor, a inimizade desaparece, e somos realinhados ao Santo. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados...” I Cor 5;19

Alhures li que, "quem precisa de religião para ser bom não é bom; é um cão amestrado." Pois, quem pretende ter justiça e bondade próprias mostra arrogância e falta de noção.

A Palavra é categórica: “...Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3;10 Nada mais arrogante que contradizer a Deus. E nada mais sem noção que, agir como Satanás e se presumir, bom.

Precisamos aprender bondade, não duma religião, mas duma pessoa; de quem a demonstrou, como ninguém, ao perdoar os próprios algozes. Ele disse: “aprendei de Mim...” Mat 11;29

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A inveja

“Também vi que todo o trabalho, toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo...” Ecl 4;4

Olhar mal para algum bem alheio é a nuance mais notória da inveja. Quando O Eterno aceitou o sacrifício de Abel e não o de Caim, esse se encheu de inveja, ira.

“O Senhor disse a Caim: Por que te iraste? Por que descaiu teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito...” Gn 4;6 e 7

Não havia um favoritismo em relação a Abel; Deus o aprovara, enquanto, reprovara Caim. Vendo a ira desse, lembrou: “Se bem fizeres, não é certo que será aceito?” Porém, ao invejoso sempre parece mais fácil destruir ao próximo, que melhorar.

Invés de descontentar com a própria falta, se irrita contra outro, cuja excelência evidencia sua mediocridade. Ora, quando outros fazem algo melhor que nós, isso é estímulo para que melhoremos; não, afronta.

Quem tenta transformar mérito alheio em defeito é culpado; não porque outrem faz algo melhor; mas, porque recusa a lidar com a verdade. O invejoso ama à mentira pela própria feiura, não porque haja beleza naquela.

Em busca de luz


“Se, algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” Tg 1;5

Esse “se”, poderia ser uma ironia; afinal, quem não tem falta de sabedoria? Mas, atrevo-me a pensar que não foi essa a intenção; Tiago quis dizer: Se alguém tem dificuldade para entender algo ensinado em Nome do Senhor, peça-lhe por luz; Ele dará.

A sabedoria plena, pela capacidade dos nossos “HDs” não pode ser recebida num passe de mágica.

A cada vicissitude onde somos desafiados a interagir, quem desejar atuar de modo sábio, consulte ao Senhor antes; sem uma “resposta” já decidida que ao Senhor caberia apenas confirmar; o faça de coração aberto, mesmo a um eventual veto. Só assim, poderemos consultar ao Senhor; do contrário, enganamo-nos.

Crescer em sabedoria é um processo lento e contínuo; requer índoles ensináveis e almas submissas. De que adiantaria O Santo mostrar-me o caminho reto, se, prefiro entortar e fazer à minha maneira?

Antes da luz, pois, cabe a justa postura de servos ante O Senhor, para sermos iluminados. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Sem medo da lua


“O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.” Sal 121;6

Que o sol tenha predicados molestos é de fácil entendimento; mas, a lua? Como assim? De que males “lunáticos” são livres os que confiam no Senhor?

Analisamos o fragmento dum salmo, um cântico; portanto, a linguagem poética precisa ser entendida.

Os males da “lua”, é uma forma criativa de se referir aos temores que assolam no período noturno; sem serem derivados da lua, necessariamente.

Quantos padecem pavores noturnos, insônia, pânico, depressão, males que mostram suas ameaças no período escuro?

A ideia da poesia hebraica é que, os que confiam no Senhor, tanto de dia, quanto de noite, são por Ele guardados. O valor de um sono tranquilo, restaurador, melhor aprecia, quem, eventualmente, padece sua falta.

Daquele que busca sabedoria no Senhor, encontramos: “Quando te deitares, não temerás; ao contrário, teu sono será suave ao te deitares. Não temas o pavor repentino, nem a investida dos perversos quando vier.” Prov 3;24 e 25

Essa confiança no Eterno traz calmaria sem preço; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8

A necessidade da fé


“Que guardes os mandamentos do Senhor e Seus estatutos, que hoje te ordeno, para teu bem?” Deut 10;13

Se, considerarmos apenas o fim das coisas, salvação para uns e perdição de outros, ninguém terá dúvidas acerca do que foi o bem, e do que se revelou um mal imensurável.

O problema é que, em geral, nos perdemos em minúcias circunstancias, no processo; por acharmos penosas, as nuances necessárias no curso desse, tendemos a redefinir as coisas ao bel prazer dos nossos desejos, nem que para isso troquemos às coisas de prateleiras.

A Palavra adverte: “Ai dos que ao mal chamam, bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; fazem do amargo, doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

A salvação ser pela fé, não é um capricho Divino; antes, uma necessidade humana. Dada nossa visão imediatista, nossos entendimentos apressados distorcem as coisas; por isso carecemos crer Naquele que vê, deveras, como as coisas são.

“Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Utilitarismo


“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca.” Os 13;5

Deus falando a Israel mediante o profeta. Em geral, o homem costuma se aproximar solícito de ambientes vantajosos, e manter distância dos que soam penosos.

Encontrar alguém no deserto, não costuma ser o “modus operandi”. Deus foi ao encontro dos israelitas no Egito; de lá os libertou com forte mão. O livramento deveria ser bastante para ensejar gratidão e fidelidade; contudo, não foi assim. “Depois se fartaram, em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de Mim.” V 6

O mesmo Deus que foi bem-vindo, na escravidão e no deserto, deixou de ser, na fartura, embora fora Ele que lhes dera.

Muitos confundem utilitarismo com fé. “Crer” quando isso acena com alguma vantagem imediata, é sinal seguro de apostasia, quando o cenário mudar.

Quem conhece ao Senhor não se move por circunstâncias; a “fé” que pede socorro mesmo o ateu manifesta quando a terra treme. A veraz, brilha até no escuro. “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

A honra alheia

“Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponham a coroa real na sua cabeça.” Et 6;8

Quem seria assim, enfeitado de monarca? O Rei Assuero perguntara ao príncipe Hamã, como deveria honrar a quem o agradava. Certo de que a honra seria para si, o presunçoso pediu aquilo que vimos acima; que o honorável fosse fantasiado de rei.

Infelizmente, para ele, a honra real tinha outro endereço; um desafeto seu, o judeu Mardoqueu que defendera à vida do rei de uma conspiração.

Tolstoi disse: “Há quem passe por um bosque e só veja lenha para sua fogueira.” Assim o egoísta; acredita que as coisas boas existem estritamente para ele.

A Palavra de Deus ensina: “... cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2;3

Se não conseguirmos uma nobre postura assim, ao menos busquemos pela isonomia, quanto às ações. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Sem fermento

 “Nenhuma oferta de alimentos, que oferecerdes ao Senhor, se fará com fermento...” Lev 2;11 “Todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal...” Lev 2;13

Na simbologia bíblica, fermento tipifica corrupção, contaminação; O Senhor aconselhou e evitar o “fermento dos fariseus” aludindo às suas doutrinas; figurou Seus discípulos como “Sal da Terra”, ensinando a sobriedade, gravidade que devem ter, ao falar. “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal...” Col 4;6

Assim, ao servo de Deus, invés da lisonja bajuladora, da tentativa de motivação ao estilo coach, cabe ser prudente, sóbrio, veraz.

Sua fala precisa ser sem fermento, com sal. Cobrir ao ímpio de promessas, antes de ter sido resolvido o problema basilar, a regeneração da vida espiritual, via conversão, arrependimento, é contraproducente como maquiar um morto; dura um momento e se esvai.

O Evangelho que não começar pelo “arrependei-vos”, não começa nunca. Não é Evangelho. A Palavra ensina que “Deus não é Deus de mortos.”

Ministros que não anunciam seriamente a Palavra, também estão mortos; inútil esperar encontrar O Salvador entre eles. “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

A verdade

 “... fixando os olhos nele, viram seu rosto como o rosto de um anjo.” Atos 6;15

Viram e ouviram a Estêvão falar como um anjo. Fez um resumo de história, desde de Abraão, até aqueles dias.

Apresentou a Jesus como O Messias prometido; acusou seus algozes de resistir ao Espírito Santo, foi condenado, apedrejado, morto.

Nada adiantou o que viram e ouviram, embora verdadeiro. O ódio tem razões, diante das quais, a razão se envergonharia.

Acaso se ouve protestos, se envia “flotilhas humanitárias” em defesa dos cristãos massacradas na Nigéria? Não. Por quê? O ódio corrente é contra Israel. Não se trata de defesa humanitária. Antes, de atacá-los a qualquer preço.

Todos dizem, alguns, apenas quando lhes convém, que Deus É Amor. A Palavra corrobora isso. Se, o amor “não folga com a injustiça, mas com a verdade”, I Cor 13;6 podemos mudar ‘amor’ por Deus e teremos: “Deus não folga com a injustiça, mas com a verdade.”

Antes de nos ouriçarmos em defesa de algo, passemos pela “peneira da verdade”. Pois, “Ficarão de fora, cães, feiticeiros, prostitutos, homicidas, idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A fé dos ateus


“... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Vemos que, o relacionamento com Deus deve ser racional; isto é, calcado na razão. No entanto, essa, do ponto-de-vista humano, posa como mestra independente. Fonte autônoma.

A razão segundo Deus, requer mudança de mentalidade, firmada na obediência, a Ele. Na contramão das inclinações naturais. Chama primeiro por uma porta “irracional”, a da fé, para, depois, iluminar aos que creem. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

A chamada traz um jugo, além do estreito caminho; “apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo”; para a “matrícula” na faculdade eterna, pois, se requer ruptura com o modo corrente; “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”; uma vez admitidos, pouco a pouco passamos a conhecer as razões Divinas. “Porque Meus pensamentos não são os vossos...” Is 55;8

A “patrocinadora” do ateísmo é a moral, não o intelecto; a recusa em renunciar às inclinações carnais, o “sacrifício vivo” a cruz; fruto dum viés volitivo, não, intelectual.

A “distância segura” que alguns precisam manter em relação à luz, por causa dos hábitos que pretendem conservar, pode ser tudo, menos, racional. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

A aversão desses, invés de uma lacuna inteligível da parte de Deus, que seria aceitável, verte do anelo de se manter no escuro, temendo reprovação. De onde esses entendem que, se vistos plenamente, hão de ser reprovados? No fundo, sabem o que é probo e o que é réprobo. E a “visão” do invisível é prerrogativa da fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e a prova das que se não vê.” Heb 11;1

Tendo escolhido um modo de vida alheio à probidade, invés de buscar pela luz, que seria sensato, preferem buscar esconderijo, impunidade. É um rasgo de fé que os leva à negação do que conseguem entender.

Logo, o ateísmo é moral, não, intelectual; fruto de uma escolha consciente, invés da incapacidade de conhecer à luz. No início da epístola Paulo dissera: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;21

Ele toca na ferida rotulando-os como insensatos, não como ignorantes. Faltou-lhes bom senso, invés de entendimento.

Portanto, os “racionais” que apregoam urbe et orbe que a fé é cega, no fundo, estão apenas tentando camuflar suas cegueiras voluntárias. Ante O Eterno, aquele que nega o óbvio não é digno de atenção, antes, de desprezo. “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1

Além da obtusa posição, o concurso da corrupção, ações abomináveis, e uma decidida escolha pelo mal.

Mas, dirá alguém: Há muitos ateus que vivem vidas moralmente retas. Os fariseus também viviam; “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer a própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Rom 10;3

A pretensão de justiça própria em lugar da de Deus é arrogância, orgulho; a recusa em crer na Divina revelação, é blasfêmia; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus, de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Parece chique, notórios ateus discursando em auditórios de universidades, usando sua luz para cegar seus pupilos. Se, o “sine qua non” da razão espiritual é se desvincular do modo mundano de pensar e agir, e esses produzem falácias segundo os as vulgares inclinações, fecham-se à luz, tolhendo aos que lhes escutam. Mas, o que ouvem esses, no recôndito das suas almas, quando repousam a cabeça nos travesseiros?

Usar o talento do discurso para produzir objeções vazias, é transformar a própria luz em trevas. O Salvador advertiu: “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Enfim, o ateísmo não é fruto duma impossibilidade; eventual cegueira, honesta; antes, é uma escolha; um desvio inconsequente. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança e estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Os despenseiros

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Os líderes espirituais deveriam ser depositários dos Divinos conselhos, como disse Malaquias: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Quando O Eterno precisa despertar um profeta para profetizar contra os “profissionais”, “contra os pastores”, isso evidencia a necessária interferência duma supervisão, porque os comissionados abandonaram à comissão.

O obreiro merece estar em consideração perante os homens; “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus.” I Cor 4;1 Porém, não deve perder de vista que está desnudo diante do Eterno; daí, “... requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” V 2

Se assim não fizermos, Deus sempre terá um “Ezequiel” a Seu serviço para nos denunciar.

Parceria

“... esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque Eu Sou convosco, diz O Senhor dos Exércitos.” Ag 2;4

O fato do Eterno ser conosco não significa vida fácil. Antes, requer esforço de nossa parte, uma vez que O Santo não fará por nós, aquilo que podemos.

“Eu Sou convosco;” isso é selo de uma parceria confiável; “esforça-te” a necessidade humana, para que essa, seja bem sucedida.

Nosso amor por Deus requer uma demonstração prática, não, verbal. “Se Me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14;15

O Seu amor inefável por nós foi demonstrado na cruz; nossa correspondência, que espera, requer que tomemos nossas cruzes diariamente, para vivermos de um modo que lhe seja agradável.

“De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rm 6;4 

Estando O Senhor conosco, isso é possível; e Ele está. Esforçai-vos!

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Livres pra obedecer

 

“... vai e não peques mais.” Jo 8;11

 O Salvador depois de perdoar à mulher adúltera despediu-a com esse dito.

Quão diferente das abordagens legalistas! Alguns se dão ao direito de abrir essa porta, fechar aquela; isso pode, aquilo não pode. Tais, tentam ocupar o lugar do Espírito Santo nas vidas que pretendem dominar.

O Senhor partiu da suposição que a pessoa poderia ir, livremente, sem necessidade de um tutor humano, e que, ante eventual tentação teria condições de saber o que era pecado e o que não.

A falta de edificação das vidas e compreensão, do que seja “andar em espírito”, é que dá margem pra que alguns saiam carimbando tudo; o que é lícito e o que não. Agem como se a igreja lhes pertencesse, não, ao Senhor. “Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.” Rom 14;4

 A edificação mediante ensino é muito importante. Mas, a tentativa de ter domínio sobre outrem, é nuance própria de líderes que, desconhecem a suficiência do Espírito Santo.

Autoridades

“Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?” Atos 23;2 e 3

Paulo estaria “injuriando” ao Sumo Sacerdote. Ora, “parede branqueada” é figura de linguagem que, significa hipócrita. Quem pretende punir um suposto fora-da-lei, usando métodos ilícitos, age, precisamente, assim.

Ser o Sumo Sacerdote, invés de o fazer inatacável, o fazia ainda mais culpado. Quem melhor que ele deveria conhecer à Lei que dizia representar?

Nada mais deprimente que, ver alguém indigno num posto nobre. Seguido ouvimos políticos chamando um ao outro de “Vossa Excelência” por causa do posto, e “safado, ladrão!” por causa do caráter.

O Senhor não guinda a assentos nobres, aos que manifestam índoles vis. Logo, antes do aprumo exterior, a “parede”, devemos permitir que O Senhor nos purifique as almas.

Daí, invés de contradições, produziremos coerência; antes das cobranças, ofereceremos exemplo.

Eventual investidura não é biombo para ocultar falhas; antes, dever de evidenciar Cristo. “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

O risco dos cães

“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos vossas pérolas; não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.” Mat 7;6

A Palavra da Vida nos manda buscar a toda a Criatura; O Salvador deu exemplo se assentando à mesa com pecadores. Contudo, aconselha que nos afastemos de certas pessoas, como assim?

Dizem os bons hermeneutas, que a Bíblia interpreta-se. Pedro dá pistas acerca dos cães e porcos em apreço. Falando de uns que, tendo crido em Jesus Cristo, recebidos dos Seus maravilhosos dons, depois volveram às mesmas coisas que tinham deixado, então, apresentou a sina desses, numa breve figura; “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;22

Quando o Apocalipse ensina que ficarão de fora os cães, (Cap 22;15) refere-se a esses.

Invés de cansativos e improdutivos debates, como tanto acontece, somos convidados a não dar mídia para esses que escolhem o erro, embora tenham conhecido à verdade. “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca; estando já em si mesmo, condenado.” Tt 3;10 e 11

Não dês aos cães as coisas santas, nem pérolas aos porcos.

Cheia está a NET dos que, com capas espetaculosas em seus vídeos, denunciando essa ou aquela “mentira”; ganham a vida de modo espúrio, servindo esterco invés de pão. Como a monetização atina à interação sem se ocupar do mérito, esses se esbaldam na lama.

A Palavra continua, sóbria, perene, grave; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Então, voltando à abordagem inicial, não há ninguém a quem deva ser sonegada a boa nova do Evangelho. Nenhum é tão pecador que não possa ser salvo, que que O Senhor não o queira salvar. Todos devem receber o santo chamado à reconciliação com Deus, mediante Cristo.

Porém, com os que profanaram às coisas santas, desprezando-as, somos aconselhados a não gastar tempo nem latim. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Se, não serão renovados para arrependimento, por causa do seu desprezo a Cristo e consequente profanação, tampouco, nos ouvirão se gastarmos palavras com eles. Nossa labuta nesse caso, será inglória.

Desse modo, os profanos que deixaram o caminho estreito se tornam mais nocivos que os piores pecadores; esses, podem apenas recusar a mensagem de salvação, quando ouvirem; os hereges escarnecerão, tudo farão, para, se possível, minar nossa fé.

Por isso, somos chamados a nos assentar com pecadores e lhes anunciar a boa nova, como Cristo fez; e manter distância dos profanos que envergonham, despejando suas sujidades mescladas ao Santo Nome.

“Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, roubadores ou idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” I Cor 5;9 a 11

Alguém fraquejar na fé e recuar, depois se arrepender e retornar, pode acontecer com qualquer um; agora, tendo recebido dons, sido feito ministro do Senhor, por alguma frustração rasa, sair da comunhão e passar a laborar contra, é muito mais preocupante que mera recaída.

A pergunta de Paulo aos Gálatas caberia também a esses: “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gl 5;7

O fato de alguém ter corrido bem, por um pouco, não significa que chegará onde deveria. De novo, Paulo: “Não sabeis que, os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” I Cor 9;24

Os que, envenenados por alguma amargura renegam à luz e se fazem serviçais de forças obscuras, deveriam saber de algo elementar: “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Quem um dia disse que, uma mentira mil vezes repetida se torna verdade, mentiu; ela se mostra mil vezes, uma carga vã.

Os ladrões

 O ladrão não vem senão a roubar, matar, e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

O Tal, tem sido interpretado normalmente, como Satanás; embora, todo o mal que acontece tenha suas digitais, não é referência estrita a ele.

“Todos quantos vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas, as ovelhas não os ouviram.” V 8 Uns que vieram em busca das ovelhas; seguidores para suas causas; quem?

Nos escritos de Flávio Josefo encontramos dois “Messias”; Em Atos, breve menção. “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntaram uns quatrocentos homens; o qual foi morto; todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, levou muito povo após si; mas também pereceu; todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Quem arregimenta para a violência os que devem ser convidados à paz com Deus, se faz ladrão do Divino propósito.

Invés de enfrentar outros, os de Cristo são chamados a enfrentar a si mesmos; “Eu Sou a porta...” Jo 10;9 “Entrai pela porta estreita;” Mat 7;13

A disciplina


“Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com vara, nem por isso morrerá.” Prov 23;13

Nessa sociedade avessa em que vivemos, onde os marginais têm mais direito que os cidadãos, sofremos tempos difíceis; até para o pai disciplinar um filho carece permissão estatal. Criaram a famigerada “Lei da Palmada”, como se, terceiros tivessem melhor receita para educar, que os pais.

A Palavra de Deus prescreve a necessária disciplina.

Como O Eterno “cria” Seus filhos? “Porque o Senhor corrige o que ama, açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb 12;6 e 7

Ora, a correção é o mais legítimo ato de amor paterno. Um mal-estar efêmero, imposto como ensino para evitar grandes males no devir. “Na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” Heb 12;11

Os adultos espirituais entendem o valor da correção do Senhor; “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” Sal 119;71

domingo, 5 de outubro de 2025

A segunda casa


“... prospera, e edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cron 22;11

Algumas coisas, na obra de Deus, podem ser feitas por qualquer um, desde que, bem feitas. Todavia, quando O Eterno chama pelo nome a alguém, para algo, esse trabalho não pode ser terceirizado.

Davi tencionara edificar o templo e fora. “... Tu derramaste sangue em abundância, e fizeste grandes guerras; não edificarás casa ao Meu Nome... o filho que te nascer será homem de repouso...” vs 8 e 9

O Senhor não deve explicações, mas as deu, mesmo assim. O Nome, Salomão, (pacífico) combinava com o propósito para construir o templo em dias de paz.

Muitos se apressam a títulos honoríficos, como se, isso equivalesse ao Divino chamado. O episódio da vara de Arão deveria nos ensinar. A que Deus escolhe, mesmo morta recebe vida; além de flores, produz frutos.

Todos somos chamados a edificar a “Casa do Senhor” em nossas vidas. A casa natural não serve para a Divina habitação. A espiritual é dada aos que fizeram paz com Deus, mediante Cristo; nesse caso, “A glória da última casa será maior que a da primeira...” Ag 2;9

Purificação cabal

 

“Havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na Terra, quanto as que estão nos Céus.” Col 1;20

Nos Céus, algo que precisa ser purificado pelo Sangue de Jesus para reconciliação, deveria nos fazer pensar; o quê? Não é lá o habitat da pureza e santidade?

Que o Sangue de Jesus é agente da reconciliação dos pecadores com Deus, é pacífico. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados...” II Cor 5;19

Todavia, que coisas nos Céus precisariam purificação?

Do Sacrifício perfeito está dito: “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;26 De novo, a ideia que algo nos Céus carece aperfeiçoamento.

Não devemos entender, Céus, como singular, por óbvia razão; a palavra é plural. Paulo conta. “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos... foi arrebatado ao terceiro céu.” II Cor 12;2 Por certo, para chegar lá passou por dois.

Assim, a existência de coisas “purificáveis” nos Céus, não implica, que, onde O Altíssimo habita exista algo impuro.

Do sangue de animais oferecidos na Antiga Aliança temos: “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados.” Heb 10;4

Por que foi requerido então? Era a “purificação” possível naqueles dias. Quem pecava e se arrependia, oferecia em demanda de perdão, um animal em sacrifício; sinal visível de arrependimento, para reinserção do arrependido, no santo convívio.

Se, a redenção cabal pudesse ser feita por isso, quem possuía dinheiro para muitos animais, poderia pecar à vontade e pagar pelo perdão. Não era assim; demandava vero arrependimento, não, posses. “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, dar a Deus o resgate dele; pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;6 a 8 Nem ao irmão, nem a si próprio.

Aqueles sacrifícios funcionavam como um cheque pré-datado, que era “assinado” a espera dos “fundos” que, na devida data, O Eterno proveria. “Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho...” Gl 4;4

Dos salvos do Antigo Testamento, está dito: “Todos estes morreram na fé, sem ter recebido as promessas; mas vendo-as de longe, crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra... todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor ao nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.” Heb 11;13, 39 e 40

Mesmo tendo sido fiéis em seus dias, esperaram num intermédio, “seio de Abraão” o “céu” possível antes do perfeito resgate de Cristo; só serão aperfeiçoados juntamente conosco, pelo mesmo sangue que purifica as coisas na Terra e nos Céus.

A purificação é via de mão dupla, porém; se, do ponto-de-vista de Divina Justiça, “está consumado”, resta que cada um de nós, em Cristo, faça sua parte. “Qualquer que Nele tem esta esperança purifica a si mesmo, como também Ele é puro.” I Jo 3;3

Por isso, invés da Graça significar portas largas, como devaneiam alguns incautos, significa um chamado ao aperfeiçoamento, mediante uma purificação superior; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a Si mesmo Imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Por esse motivo, transgredirmos nos dias da Graça é muito mais sério do que foi nos sisudos tempos da Lei; “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da Graça?” Heb 10;28 e 29

Por fim, resta a purificação judicial do Rei dos Reis, que, com Sua Vitória restaurou o domínio perdido pelo homem. “... É-me dado todo o poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18

Tem O Senhor, autoridade para banir dos Céus inferiores, principados e potestades malignas que os habitam. Essa autoridade também é derivada da Sua Vitória pelo Seu Sangue. Por enquanto, carecemos lutar, “... contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

O “novo céu” não será novo, estritamente; antes, o mesmo, purificado dessas velharias. “... Eis que faço novas todas as coisas...” Apoc 21;5

Diferenças dos iguais

“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;7

Malgrado, a singularidade do Espírito, da esperança, da Senhor, da fé, do batismo, de Deus, Paulo deixa margem para certas particularidades.

Posto que, indispensável a unidade espiritual dos salvos, a diversidade operacional deve ser respeitada, “... um só, o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” I Cor 12;11

Divergências periféricas devem ser toleradas; “Porque um crê que de tudo se pode comer, outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas servo alheio?” Rom 14;2 a 4

A unidade espiritual pode ser preservada, mesmo em meio à diversidade ritual, congregacional... o “Corpo de Cristo” é organismo vivo, não, uma fábrica onde todos os produtos saem iguais, sobre uma esteira.

Quem se converteu deixará evidente, pelo novo modo de agir. “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4

sábado, 4 de outubro de 2025

Bolhas


“... relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles; como abrira aos gentios a porta da fé.” Atos 14;27

A fé acessível também aos gentios, não tinha trânsito pacífico entre todos os judeus da época. Tanto que, no capítulo quinze de Atos, vemos um concílio apostólico para deliberar sobre essas coisas, que Deus estava fazendo.

Eventualmente, predisposições, dogmas eclesiásticos nos levam à temeridade de julgarmos ao Todo Poderoso, como se, Ele não pudesse atuar fora da “caixinha”, da nossa bolha de compreensão limitada.

O Salvador requereu identidade espiritual, apenas; “Quem não é contra nós é por nós.” Como cada um expressa sua devoção, pode sofrer variações em coisas periféricas; usos, costumes, uma vez preservadas as doutrinárias.

Ademais, a promessa feita a Abraão tinha uma abrangência infinitamente maior que abençoar ao “Povo eleito”. “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

Pessoas superficiais veem apenas o que desejam; poluem a Divina Luz, com a fuligem das suas inclinações.

O conselho permanece: “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento.” Prov 3;5

A luz acesa


“Porque são gente falta de conselhos, neles não há entendimento.” Deut 32;28

Podemos inferir desse verso, que as pessoas faltas de conselho, o são, não porque a necessária luz lhes tenha sido sonegada; antes, porque lhes faltou entendimento, quando, ensinos e ações de Deus lhes poderiam ter iluminado.

Eventualmente, podemos supor que decorar determinadas sentenças espirituais, seja, possuir a luz; mas, não é assim. Entender o sentido, a real abrangência do que aprendemos, é vital.

Tanto é assim, que a ação do inimigo visa tolher às pessoas justamente nisso; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Quando Paulo afirmou que orava por determinada igreja, o fez buscando para eles, o que julgava mais importante; “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual a esperança da sua vocação...” Ef 1;18

Quando as pessoas souberem a relevância disso, serão mais empáticas e menos críticas. “... Entendes tu o que lês?” Atos 8;30

O bem, camuflado


“Poder havia em minha mão para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” Gn 31;29


Confissão de Labão a Jacó. Saíra ao encalço dele com muitos homens, sendo que o patriarca fugia com sua família.

Estranha situação, ter que sair levando apenas o que era seu, meio como fugitivo, das terras de seu sogro; por escolhido, Jacó era protegido do Senhor que avisou ao belicoso Labão: Não toque nele.

Aqueles que têm poder contra nós, eventualmente, descobrem que existe algo acima do seu poder que tolhe que nos danem. Assim, para qualquer intento, precisam da permissão do alto.

Então, era o próprio sogro de Jacó que respirava intenções ruins contra ele. O Eterno permitiu o encontro para um acordo de paz, sem nenhuma violência.

Se, Deus deixa que algum mal nos toque, no devido tempo entenderemos qual o bem que tinha em mente como efeito colateral. “... todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, e são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8;28

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

A boa terra

 “Por que não puseste, pois, Meu dinheiro no banco, para que Eu, vindo, o exigisse com os juros?” Luc 19;23

O Salvador ensinando sobre a responsabilidade do quem recebe dons; frutificar, multiplicar.

Na parábola do Semeador ensinou sobre os tipos de índoles que recebem à Palavra; num coração bom, que chamou de boa terra, produz satisfatoriamente.

Alguém poderia objetar que não tem culpa por ter um coração ruim. Ora, bondade se aprende; sobretudo com exemplos. O Salvador convidou: “aprendei de Mim...” Mat 11;29

Em Seus ensinos evidenciou o motivo pelo qual nos chama; “Não escolhestes a Mim, mas Eu vos escolhi e nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu Nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” Jo 15;16

O fato da Palavra não voltar vazia, é genérico. Pontualmente cada “terra” é responsável; será recompensada conforme produzir; Se, “... produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é reprovada; perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

A Fonte

 

“... Mestre, eis que a figueira, que Tu amaldiçoaste secou.” Mc 11;21

Qual a consequência se ser amaldiçoado por Aquele que É a Vida, senão, a morte? Se, os homens soubessem quão dependentes somos de Cristo, e por quê, se aproximariam apressados.

Embora Jesus tenha sido reputado, “... como raiz de uma terra seca;” Is 53;2 A verdade está além do que os olhos naturais conseguem captar; “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” Jo 1;4

Por causa desse “efeito colateral”, que ilumina mostrando as coisas como são, muitos se mantinham distantes de Quem os queria salvar. “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” Jo 5;40

Quem equaciona, erroneamente, existência com vida, ignora a brevidade daquela, e a abrangência dessa.

A Terra já foi amaldiçoada desde o pecado; no entanto, O Senhor diz: “Eu te conheci no deserto, na terra muito seca.” Os 13;5

Aos que O recebem, promete: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

O amanhecer



“... O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Sal 30;5

Eventualmente gostaríamos que mensagens como essa fossem literais. Passada uma noite de tristeza, o sol da alegria brilhasse intenso.

Mas, coisas espirituais precisam ser vistas pela devida lupa. Paulo ensina: “... falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” II Cor 2;13

Assim, na linguagem poética do texto, a “noite” se refere a um período probatório dentro do qual, O Senhor acha necessário que nossas superficialidades, desobediências, sejam purgadas, mesmo em meio à necessária tristeza.

No caso da Israel, que rejeitou reiteradas advertências ao arrependimento, nos dias de Jeremias, a “noite” durou setenta anos de cativeiro.

No “amanhecer” da libertação, se alegraram; “Então a nossa boca se encheu de riso e nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.” Sal 126;2

Muitas vezes, o “raiar do dia” em nossas almas depende da nossa resposta aos apelos da luz; “... a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Mentes educadas

 

“... havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado gera a morte.” Tg 1;15

Tiago ensina sobre a “gestação” do pecado, que, nos ímpios ventres acaba gerando a morte.

Primeiro a cobiça humana é atraída por alguma tentação; concordando em lançar-se a ela, como que, copula plantando sua semente. O que nasce dessa espúria relação, é o pecado.

Porém, antes de transformar o pensamento pecaminoso, derivado da cobiça, em pecado, ainda somos advertidos em nossas consciências, para que refaçamos nosso pensar. Se assim fizermos, “abortaremos” a esse perverso, antes que nos faça mal.

Ninguém tem controle sobre os pensamentos de modo a poder limitá-los nesses termos: “Nunca pensarei essas coisas.” Nossas almas devaneiam sem freios, conforme suas inclinações.

O que podemos é educar as mentes, treinando-as para pensar nas coisas virtuosas, invés das viciosas. “... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Fp 4;8

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O orgulho

 

“Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas suas cogitações são que não há Deus.” Sal 10;4

Alguns tentam envernizar o ateísmo como se fosse fruto de uma dúvida bem fundada, calcada em motivos válidos. A verso acima expõe a causa. Altivez do rosto, orgulho.

Sendo a primeira condição para a reconciliação, o “negue a si mesmo”, e o orgulhoso um amante de si mesmo, natural que se oponha a Deus, negando Sua existência.

Alguns citam dezenas de escritos apócrifos, que foram deixados de fora das Escrituras como prova que essas foram manipuladas ao bel prazer de um sistema; será? Na hipótese de Deus existir, não seria Ele zeloso acerca da Sua Palavra vetando que misturassem coisas estranhas?

Onde os orgulhosos ventilam a possibilidade de fraude, os fiéis enxergam O Divino zelo. “Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;6

Se A Palavra fosse mesmo humana, necessariamente, seria alinhada às nossas inclinações, invés de confrontá-las. Os ímpios sempre terão suas “razões”, para maquiar a única razão veraz que os afasta do Eterno; o orgulho.

O necessário


“Porque, na verdade, Ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.” Heb 2;16

Já ouvi gente lendo esse verso e esposando que Deus não quis que os anjos fizessem Sua obra, mas preferiu os homens. Será essa a interpretação correta?

Ora, anjos e homens todos fazem conjuntamente a Divina Obra. Os homens vivendo e testificando de Cristo, e os anjos ajudando-os. “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Heb 1;14

O verso alude à forma que Jesus Cristo escolheu se manifestar. Não num corpo angelical, sem sofrer as tentações carnais; antes, como um de nós. “... convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.” Heb 2;17

Em suma, O Salvador optou pelo caminho mais difícil, para nos remir, identificado com nossas fragilidades, dando-nos o exemplo. Quem escolheu o necessário invés do fácil, tem autoridade moral para requerer o mesmo. “Entrai pela porta estreita...” Mat 7;13

Escreve

 “... o que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia...” Apoc 1;11

Jesus Cristo ressurreto, falando a João. Por que, escrever? Não bastaria que mostrasse o que queria a João e ele transmitisse oralmente? Pelo menos duas razões fazem o texto necessário. Alcance e fidelidade.

Enviando um escrito a cada igreja destinatária, o apóstolo “iria” a todas; e o escrito tolheria que se acrescentasse coisas espúrias.

Quando duas ou mais partes fazem um trato, comercial, matrimonial, por que se registra um contrato? Porque as pessoas são voláteis infiéis; mudando circunstâncias mudam interesses; bem poderiam desdizer o que tinham dito, se, não fosse o testemunho leal de um escrito.

Portanto, os que esposam a tradição oral como igual ou superior às Escrituras, são os que, vendo a seriedade que implica pertencer a Cristo, querem “rasgar” o contrato segundo suas rasteiras conveniências.

Nos dias Dele, alguns já faziam; “... invalidais o mandamento de Deus para guardardes vossa tradição.” Mc 6;9

O silêncio


“Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração.” Luc 2;19

Maria bem sabia como o menino Jesus fora gerado, e Quem Ele viria a ser. Por certo, ignorava a que preço, Ele livraria Seu povo dos seus pecados, como dissera-lhe o anjo. Senão, seria mui triste sua sina.

Porém, mesmo acerca do que sabia, não fazia estardalhaço; era como um segredo entre ela e Deus. Guardava em seu coração.

Nem tudo o que sabemos é oportuno que seja dito. “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Algumas coisas do nosso relacionamento com O Senhor, se fossem contadas, não seriam entendidas. São nosso segredo. Devemos guardá-las.

Palavras são como veículos nos quais podemos carregar emoções, sentimentos, informações... e, exagerando nelas, transgressões. “... a voz do tolo (vem) da multidão das palavras.” Ecl 5;3

Óbvio que quem foi comissionado pelo Santo precisa falar. No entanto, há momentos em que nos convém calar. Que saibamos discernir aos tais. “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.”

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Os chamados

 “Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” Ex 3;5

O Senhor falando a Moisés.

“Não te chegues para cá...” Devemos saber a distância que nos separa do Criador. Antes de resolvida a questão do pecado, a proximidade é indevida, impossível. Para resolver isso, O Salvador fez o caminho inverso: “Vinde a Mim.”

“tira os sapatos dos teus pés;” ou, “Negue a si mesmo.” Quem ousar essa aproximação sem Cristo vai na presunção de justiça própria. Devemos ter, “calçados os pés na preparação do evangelho da paz;” Ef 6;15 Antes de estarmos em paz com Deus, nada feito.

“O lugar que tu estás é terra santa.” Nossa missão é santa. “... Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Enfim, todo ministro do Evangelho fala da parte de Deus. Precisa saber a distância que separa criatura e Criador; tirar o calçado da presunção, zelar pelo testemunho santo. Então, dele se dirá: “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia boas novas...” Is 52;7

O alvo

 “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3;14

Grande é a importância de nos mantermos focados no que devemos atingir. Pois, se alguém está no caminho errado, quanto mais “progride”, mais se afasta da luz.

Infelizmente, muitos, de ministérios outrora relevantes, se perderam nisso. De pregadores do Evangelho se fizeram oponentes dos evangélicos. Realçam coisas escandalosas que acontecem em nosso meio e fazem disso, seu ofício.

Não ignoramos que essas coisas acontecem, tampouco, esposamos que sejam escondidas. Apenas, quem foi separado para Cristo, mire em exaltar Sua Obra e Sua Doutrina, mais do que, em dar mídia aos feitos da oposição, pelos seus infiltrados entre os fiéis.

Fostes chamados, disse Pedro, “... para que anuncieis as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para Sua Maravilhosa Luz;” I Ped 2;9

Anunciar às virtudes de Cristo, invés dos defeitos da oposição. Centremo-nos, pois, “Em Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;3 Quem perde o objetivo, mesmo acertando em cheio, não dá um bom tiro.

Escolhas

“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19


Eventualmente ouvimos: “Se Deus É Amor, como mandaria alguém para o inferno?” É uma boa pergunta. A rigor, O Eterno não manda ninguém para lá. Chama a Si; “vinde a Mim todos...” Mat 11;28

Os que, infelizmente se perdem, o fazem pelas suas escolhas. Amando mais às trevas que à luz, deixam patente pelos seus atos, o que prezam e o que desprezam.

Se, O Eterno sonegasse as consequências das nossas opções, estaria vilipendiando à justiça que também ama.

Por isso, a advertência: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Enfim, a liberdade pressupõe responsabilidade; façamos bom uso da nossa. “O que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33