“Foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo e temeram.” Mc 5;15
Um que fora possesso por uma legião de demônios e acabara liberto, tendo um encontro com Jesus.
“Foram ter com Jesus e viram o endemoninhado...” A primeira nuance é que, quem é liberto por Jesus, e aprecia essa libertação, dali em diante sempre será visto com Ele; nos ambientes onde Ele é anunciado, aprendendo da Sua doutrina, no desejo agradecido de honrar seu libertador; e no cuidado zeloso pela liberdade recebida.
Igrejas, pessoas podem decepcionar; O Salvador, jamais. Quem se rende a Ele, supera decepções inevitáveis sem abandoná-lo.
Infelizmente são poucos que sabem apreciar deveras, a Obra do Salvador. Certa vez curou dez leprosos; apenas um voltou ao Senhor agradecido. Luc 17;17
Quem busca-o por coisas, não por Ele, tende a se afastar, assim que forem obtidas as coisas desejadas.
“... que tivera a legião...” outro aspecto nos libertos por Cristo é que, a relação com o inimigo é um mal pretérito. Jesus é um divisor de águas; entre os dias do “charco imundo de lodo”, e os novos sobre a Rocha. Embora a santificação seja um processo lento, a ruptura com os valores inversos de antes, é imediata.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
“... assentado...” Outro aspecto de quem recebe ao Senhor é paz de espírito, que lhe permite descansar. Da sina ímpia está dito: “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21
Quando o infeliz estivera sob o jugo da maligno, ignorava o que significa paz; a possibilidade de se assentar, apreciar a calmaria, digerir um ensino, descansar; antes, “Tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, os grilhões em migalhas, ninguém o podia amansar. Andava sempre, dia e noite, clamando pelos montes, pelos sepulcros e ferindo-se com pedras.” Mc 5;4 e 5
Era violento aos outros e ainda fazia mal a si próprio, ferindo-se com pedras. Atualmente muitas dessas anomalias psíquicas, vícios autodestrutivos, são tratados como se fossem doenças; quando, na verdade são derivados da atuação maligna nas vidas, reféns do inimigo.
“... vestido...” embora andar assim seja o normal, naquele caso, certamente não era; senão, o autor não teria mencionado. Ele reportava uma transformação. Assim chamava atenção a cada fato novo. Não contente em escravizar, aprisionar, e ferir seu objeto de perversões, o inimigo ainda o expunha de modo indecoroso, ensejando vergonha para ele e constrangimento para quem via.
Cheia está a vida, nas ruas, nas redes sociais de gente que abusa da nudez, pensando estar brilhando, causando impacto; a rigor, está sendo um reles objeto da oposição, que os cegou, e faz presumir beleza onde grassa indecência.
Sem essa “filosofia” rasa que o que é belo deve ser mostrado. Pudor, decência, compostura são coisas belas; essas desfilam na passarela da sobriedade do equilíbrio, longe das plagas da obscenidade e da falta de noção.
“... em perfeito juízo...” uma pessoa possuída, como a palavra sugere, nem ao próprio juízo preserva. O inimigo tripudia dela fazendo suas vontades. A alma humana nessa nefasta situação torna-se um títere, sem vontade própria. Daí facilmente se adjetiva à tal como louca, fora do juízo. Nos casos de possessão é como se fosse despejada da própria casa, para dar lugar a intrusos. Dos que recebem a ventura de aprender do Senhor está dito: “O bom siso te guardará, a inteligência te conservará;” Prov 2;11
Se, por um lado somos desafiados à “loucura” de crer, concorre o bom siso de saber em Quem cremos, e porquê.
“... temeram.” Há dois tipos de temor. Um que é simples medo, que quer se manter distante do que teme; e o temor a Deus, que é a reverência ciosa para com O Santo, ao qual, não se quer ofender. Enquanto o primeiro enseja apenas fuga da luz, esse segundo gera obediência, santificação.
Infelizmente, o temor dos gadarenos era o genérico. Invés de desejarem se aproximar do Senhor, dado Sua Misericórdia e poder manifestos, pediram distância. “Começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.” V 17
Quantos fazem isso hoje! Eventualmente vão a ambientes onde O Senhor atua. Vendo a seriedade e a santidade necessárias, presto se afastam rumo aos seus vícios prediletos.
O Senhor não viola ao arbítrio, não “possui” como os demônios. Onde é rejeitado, se afasta. Quem O pode ver como Ele É, caminha junto.
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