sábado, 30 de agosto de 2025

A necessária firmeza



“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

“Mas tu, sê sóbrio...”
conselho que está vinculado a informações pretéritas, onde, se pode inferir sob o patrocínio da lógica, que a sobriedade não estava sendo praticada.

Como triste característica dos últimos dias, haveria um levante contra a genuína Palavra, quando, as pessoas buscariam pela própria satisfação, mais que pela verdade.

Paulo ensinou: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” Vs 3 e 4 Se, esses enganadores seriam “doutores”, por certo teriam peso aos olhos do vulgo, dada a visibilidade dos ministérios dos tais.

Existem diversas formas de se rejeitar à Palavra de Deus, mesmo fingindo não fazer assim. O conselho bíblico é solene; “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Se pode acrescentar escritos espúrios, como fazem adventistas, católicos e mórmons; ou omitir as partes “polêmicas” como tentam os “inclusivos”; ainda acrescentar dogmas e tradições eclesiásticas, deixando a diretriz da Palavra, por essas fontes.

Ou simplesmente, ressignificar textos bíblicos como tantos “teólogos liberais” o fazem; torcendo a interpretação, fazendo parecer que A Palavra acoroçoa às paixões, que, a rigor, denuncia.

Os pilantras “evangélicos” que a transformaram num manual de prosperidade, são tão bisonhos que, se fosse a cobiça doentia dos que os buscam, não iriam longe com sua simonia obtusa. Todavia, vigaristas e otárias prosseguem em sua simbiose.

Em oposição a esses embriagados pelo desejo de lisonjas, por futilidades como renome e posses terrenas, apreciando mais a aceitação humana que a Divina, Timóteo foi aconselhado a se manter sóbrio.

Tende a humanidade, à medida que o tempo passa, a se mostrar cada vez mais avessa ao Eterno e Seus Ensinos. “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;1 a 5

Além desses vícios todos, vivemos numa geração onde, alguém posar de vítima parece um mérito, estranhamente. Salomão parece ter antevisto nossos dias; “Há uma geração que amaldiçoa seu pai, e que não bendiz sua mãe. Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;11 e 12

Invés de se manter firme ante as intempéries da vida, preservando a inteireza do caráter acima de tudo, a “onda” de muitos é posar de injustiçado, incompreendido, perseguido.

Pregadores privados da necessária têmpera que perseveram mesmo durante os dias maus, vicejam quais ervas daninhas. Tais, veem essa doença, o vitimismo, como “nicho de mercado”, fatalmente produzirão mensagens adoecidas, pensando que, agradar aos ímpios seja seu dever, invés de iluminá-los pela verdade.

Como numa inundação, tende a corrente a arrastar consigo tudo que encontrar pelo caminho, a derrocada moral dessa geração suicida, se inclina aos desejos adoecidos dos ímpios, mais do que à Santa Palavra do Eterno.

Não somos chamados a nos encaixar na erosão de valores, onde, a ravina da indecência arrasta tudo pro vale da infidelidade e perversão.

Invés de encaixar, devemos confrontar, nos opormos ao que desafina da sã doutrina. O fato das coisas andarem mal ao nosso redor está longe de ser justificativa para que também caiamos no mal. “Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo não se faça culpado Judá...” Os 4;15

Nas filosofias de redes sociais encontramos à farta: “O fato de estarem todos fazendo algo, não significa que seja certo; tampouco, por não estarem fazendo, isso não o torna necessariamente, errado.”

O relativismo disseminado nesse mundo ímpio não se contenta com a própria disseminação; ainda ataca aos que permanecem firmes no Absoluto, com pechas como, fanatismo, radicalismo, fundamentalismo, religiosidade, discursos de ódio.

Tais rótulos colados nos que se importam muito com aplausos, fatalmente os constrangerá a provarem que não assim; no afã de se mostrarem “legais”, se tornarão inúteis para Deus e nocivos para quem lhes der ouvidos. “Mas tu, sê sóbrio em tudo...”

Sendo O Criador, imutável e inerrante, dos que O servem com integridade, natural se esperar constância, firmeza; se assim não for, nós estaremos com problemas, não, O Eterno. Pois, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

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