domingo, 10 de agosto de 2025

Contra os pastores



“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar às ovelhas?” Ez 34;2

Quando aqueles que deveriam curar se mostram doentes, então temos dois problemas. A falta de médicos e o aumento de pacientes, pela mesma razão; o egoísmo, e a indiferença espiritual.

Pastores deveriam ser porta-vozes do Senhor, não, destinatários de mensagens proféticas com acenos de juízo, pelos seus descaminhos.

O Senhor disse: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

O Santo escolheu representantes não por outro motivo, senão, que sejam difusores da Sua Palavra; dos mandamentos do Altíssimo. O que se verificava então, era mui diverso disso; “Vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na Lei; corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos.” V 8

A redução à insignificância era seu juízo, da parte do Criador; “Por isso também Eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo povo, visto que não guardastes Meus caminhos, mas fizestes acepção de pessoas na lei.” V 9

Os obreiros da Nova Aliança, têm melhor “material” para trabalhar; O Evangelho de Jesus Cristo e a Bendita assessoria do Espírito Santo. Entretanto, as razões de então, de sermos repórteres féis do Divino propósito, servidores em prol daqueles que O Senhor ama e deseja salvar, permanece. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus. E, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4;1 e 2

O veto a fazermos acepção, permanece. “Se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado; sois redarguidos pela Lei como transgressores.” Tg 2;9

Também o risco de sermos relegados ao monturo, de cairmos na irrelevância pela infidelidade continua. Dos que assim fazem, está dito: “Bom é o sal; mas, se ele degenerar, com que se há de salgar? Não presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” Luc 14;34 e 35 A degeneração do sal é uma figura da apostasia.

Não ignoramos que, os ímpios escarnecem mesmo dos que têm bom porte em Cristo. Todavia, muitos têm dado razão aos escarnecedores pelos ridículos testemunhos que deixam ver em seus descaminhos, pelo amor ao dinheiro, invés do serviço ao Salvador.

Pois, aos pastores dos nossos dias, está dito; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5;2 e 3

Infelizmente, muitos atuam como empresários da fé; proprietários de grandes “igrejas”, no domínio das quais, não prestam contas a ninguém. Se não se arrependerem e mudarem, (coisa pouco provável) quando o juízo chegar, invés da irrelevância apenas, espera pelos tais, a eterna perdição.

Pedro aludiu a uns que, tendo começado bem, depois caíram para o comodismo, e interesses mesquinhos, abandonado aos Divinos preceitos, com figuras mui eloquentes: “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

Como efeito colateral desses, temos muitos feridos à margem do caminho, avessos à ideia de congregar novamente; os “desigrejados.”

Magoados pelos mercenários desprezam a ideia de congregar em templos, como se, mesmo nesse mundo mau, estivessem já na Nova Jerusalém. Dela está dito: “Nela não vi templo, porque seu templo é O Senhor Deus Todo-Poderoso, e O Cordeiro.” Apoc 21;22

Quando estivermos lá, estaremos “em casa”; não serão necessárias coisas que ainda são, por aqui. A ideia de congregarem, os peregrinos, em ambientes que se cultue segundo sua fé comum, permanece. “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10;25

Infelizmente, como nos dias de Ezequiel, temos inúmera conta de “pastores” que precisam ouvir, invés de falar; e ouvir severas advertências de juízo.

Na verdade, o homem prudente deveria temer de falar em Nome do Senhor; embora, não possa se evadir, aquele que foi chamado para isso. Tiago ensina: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

“Por isso a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura.” Prov 6;15

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