“Se pedirdes alguma coisa em Meu Nome, Eu o farei.” Jo 14;14
Dentre os textos que são pisoteados por “interpretações” superficiais, esse se destaca.
Ouvi um ateu dizendo que foi “cristão” por mais de uma década, até que “acordou” vendo que a Bíblia não se cumpria. Disse que em seus estudos, cada vez que deparava com um problema que parecia difícil dizia: “Jesus!” esperando ajuda; nunca vinha. Depois, reconheceu que aquilo sequer era um pedido; mas, mero vício de linguagem.
Não carecemos um escrutínio profundo para concluir que o sujeito em apreço não parou de crer; ele jamais começou. Ao menos, com entendimento.
Certas letras miúdas precisam ser vistas antes de qualquer conclusão. “Em Meu Nome”, tem significados que devem ser considerados; o literal e o essencial.
O primeiro: Quando o anjo ensinou a Maria qual deveria ser o nome do prometido, explicou: “...chamarás Seu Nome Jesus; porque Ele salvará Seu povo dos seus pecados.” Mat 1;21 Yeoshua em hebraico significa: “Deus é salvação”. Assim, só estará alinhado a Ele, quem, antes de o mencionar pedindo socorro, o fizer pedindo perdão pelos seus pecados, para receber salvação.
Ele condicionou a resposta aos nossos pleitos a darmos frutos; “... vos nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu Nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” Jo 15;16
O primeiro fruto é aquele que restabelece a comunhão com O Pai, mediante Ele. “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” Mat 3;8 Logo, quem ainda não se arrependeu e foi reconciliado com Deus mediante Cristo, também não está autorizado a pleitear o cumprimento de outras coisas.
Poderá receber algo, por causa do Amor e Misericórdia do Senhor, que envia sol e chuva sobre justos e injustos; mas, Deus não tem compromisso com ele antes da conversão.
Isso, derivado do sentido literal do Seu Nome; no aspecto essencial, para podermos usar Seu Santo Nome, se requer uma identificação em valores, caráter, renúncia, submissão, o Seu “jugo”. Quem ainda é refém do egoísmo, pede coisas apenas para si, achando que a reconciliação fez de Deus, seu servo, ainda não entendeu nada.
Tiago ensina: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3 Um aluno preguiçoso que invés de estudar requer que O Senhor responda por ele, certamente será ignorado.
Mesmo tendo se convertido, eventualmente, um desentendido assim, resta considerar que, além da conversão somos chamados à santificação.
Tomarmos em nossos lábios o Nome Daquele que É Santo, acariciando ainda anelos pecaminosos, ou vivendo de modo iníquo, também não vai dar certo. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Ademais, mesmo estando nós em comunhão com Ele, vivendo em santificação, ainda assim, não é cem por cento seguro que receberemos o que lhe pedirmos. Muitas coisas que nos parecem oportunas, boas, necessárias, aos Seus Olhos pode não ser assim; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12
Quantos “bens” pelos quais oramos insistentes e não recebemos; agora, passado algum tempo entendemos que foi melhor assim? Ele já sabia quando nos disse, não! Se Jesus orou deixando uma porta aberta a um eventual “não”; “Todavia não seja como Eu quero, mas segundo a Tua Vontade” nós não deveríamos imitá-lo?
Por fim, como a relação tencionada pelo Eterno tem como vínculo a fé, precisamos considerar: Se, Ele nos desse tudo que pedíssemos, exatamente quando o fizéssemos, tornar-se-ia mero “Banco” com fundos ilimitados, onde nossa cobiça desenfreada “sacaria” o que precisasse e o que não, apenas porque seria possível. As posições de Senhor e servo se inverteriam; a relação seria reduzida a mero mercantilismo, sem a preciosa confiança, na Integridade Divina ante o invisível, que evidencia a verdadeira fé.
“Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
O “tudo” que O Senhor promete prover, é segundo nossas necessidades, dentro de limites saudáveis, não, segundo anelos doentios e desenfreados. Quem vai a Deus por coisas, e se afasta porque não as recebeu, nunca foi a Ele, deveras. Enganou-se pensado que O Nome Santo fosse um Senha poderosa, apta a saciar todos os seus anseios egoístas.
As prioridades Divinas têm a ver com O Reio e seus valores; a logística para nossa manutenção vem após. “Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33
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