domingo, 31 de agosto de 2025

Geração de robôs



“Porque o mandamento é lâmpada, a lei é luz; as repreensões da correção são o caminho da vida.” Prov 6;23

Isso, lido isoladamente nos levaria a tecer considerações sobre os mandamentos e a lei de Deus; não haveria nada de errado. Todavia, no contexto se refere às correções e ensinos dos pais, aos filhos. Um desdobramento do mandado de honrar pai e mãe.

Um pouco antes diz: “Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, não deixes a lei da tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.” Vs 20 a 22 A correção dos pais deve ser guardado como um tesouro, dada sua eficácia vitalícia.

Onde eles ainda têm autoridade para corrigir e ensinar aos filhos, certamente, isso se verifica.

Com o advento da tecnologia, infantes nascidos em meio a esse emaranhado de difícil manuseio aos mais antigos e natural os filhos da modernidade, isso gera uma discrepância que contribui para diluir o restinho de respeito pelos idosos; na suposição que, o conhecimento, onde os mais jovens se avantajam, seja igual ou superior à sabedoria; predicado dos mais vividos. Se o conhecimento pode ser veloz para ensinar “como”, a sabedoria antevê onde à velocidade leva, ponderando o “porquê.”

Conheço ambientes “espirituais” onde se diz que os mais velhos apenas servem para causar problemas. Pela maior facilidade de trânsito nos meandros da vida moderna, dos jovens, a congregação deveria ser presidia por eles. Ai de quem perder tempo em ambientes assim. Vai trocar luzeiros experimentados nas sendas da experiência, por alucinados voláteis ainda não provados, tampouco, aprovados para as escolhas dum digno viver.

A velhice em consorcio com a justiça é um troféu logrado por poucos; “Coroa de honra são as cãs, quando elas estão no caminho da justiça.” Prov 16;31 Vemos que a velhice por si só não é digna de elogios. Carece da companhia da justiça, nos atos daquele que branqueou os pelos na neve do tempo. Ruy Barbosa dizia: “Não te impressiones com os cabelos brancos, os canalhas também envelhecem.”

Feito esse reparo, segue que, os anciãos que levaram uma via proba, mais que ouvidos, deveriam ser reverenciados, onde se pretende aprender justiça.

A presente geração, em sua falta de noção, se mostra avessa aos anciãos quanto à utilidade deles, e despreza o que têm a dizer; suas lições de vida pretéritas que podem ser medicinais às almas humildes. “... as repreensões da correção são o caminho da vida.” Como aceitariam a correção, aqueles que se mostram refratários à simples presença dos mais velhos em suas companhias?

A falta de noção nesse tempo é tal, que qualquer imbecil que não sabe os quatro pontos cardeais faz pose de “influencer”, e pior: Com milhões de seguidores. Uma geração sem paladar para a sabedoria, corre ávida em demanda de futilidades envernizadas pela fama.

Porém, malgrado esse recorte de uma sociedade adoecida pelo “triunfo das nulidades”, a coisa ainda piora; temos o surgimento dos tais “coachs mirins”, onde fedelhos que ainda estão nas fraldas intelectuais se pretendem conselheiros de estratégias de vida, aos que forem imbecis o bastante para lhes dar atenção. Infelizmente seus coevos o são.

Por que infantes e adolescentes desses dias perderiam tempo ouvindo conselhos de vida dos seus pais, se têm a um clique a “assistência” de “especialistas”.

A falta de noção da presente geração foi pontuada nos dias de Salomão com precisão cirúrgica: “Há uma geração que amaldiçoa seu pai e não bendiz sua mãe. Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos, suas pálpebras são sempre levantadas.” Prov 30;11 a 13

Desrespeito com genitores, falta de noção quanto à própria miséria, e ainda arrogantes; olhos altivos se achando a última palmeira do oásis.

A “progressão” da humanidade, estilo rabo de cavalo, crescendo para baixo, foi vista como algo tão inexorável, que o simples perguntar o porquê disso foi desaconselhado pelo sábio; “Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10

Então, embora os que creem na Palavra não sejam surpreendidos, pelo desprezo ao precioso em prol do ouro de tolos, ainda assim devem lutar contra isso; um ou dois que abram os ouvidos já serão motivos válidos para a luta.

O conforto tecnológico com profusão de meios, e distorcidos fins, está automatizando uma geração que deveria ser viva, livre, afeita a pensar. Quando todos forem forçados a se curvar à imagem da besta, como resistirão, aqueles que “aprenderam a vida” via imagens e fecharam seus ouvidos a Deus?

sábado, 30 de agosto de 2025

A necessária firmeza



“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

“Mas tu, sê sóbrio...”
conselho que está vinculado a informações pretéritas, onde, se pode inferir sob o patrocínio da lógica, que a sobriedade não estava sendo praticada.

Como triste característica dos últimos dias, haveria um levante contra a genuína Palavra, quando, as pessoas buscariam pela própria satisfação, mais que pela verdade.

Paulo ensinou: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” Vs 3 e 4 Se, esses enganadores seriam “doutores”, por certo teriam peso aos olhos do vulgo, dada a visibilidade dos ministérios dos tais.

Existem diversas formas de se rejeitar à Palavra de Deus, mesmo fingindo não fazer assim. O conselho bíblico é solene; “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Se pode acrescentar escritos espúrios, como fazem adventistas, católicos e mórmons; ou omitir as partes “polêmicas” como tentam os “inclusivos”; ainda acrescentar dogmas e tradições eclesiásticas, deixando a diretriz da Palavra, por essas fontes.

Ou simplesmente, ressignificar textos bíblicos como tantos “teólogos liberais” o fazem; torcendo a interpretação, fazendo parecer que A Palavra acoroçoa às paixões, que, a rigor, denuncia.

Os pilantras “evangélicos” que a transformaram num manual de prosperidade, são tão bisonhos que, se fosse a cobiça doentia dos que os buscam, não iriam longe com sua simonia obtusa. Todavia, vigaristas e otárias prosseguem em sua simbiose.

Em oposição a esses embriagados pelo desejo de lisonjas, por futilidades como renome e posses terrenas, apreciando mais a aceitação humana que a Divina, Timóteo foi aconselhado a se manter sóbrio.

Tende a humanidade, à medida que o tempo passa, a se mostrar cada vez mais avessa ao Eterno e Seus Ensinos. “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;1 a 5

Além desses vícios todos, vivemos numa geração onde, alguém posar de vítima parece um mérito, estranhamente. Salomão parece ter antevisto nossos dias; “Há uma geração que amaldiçoa seu pai, e que não bendiz sua mãe. Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;11 e 12

Invés de se manter firme ante as intempéries da vida, preservando a inteireza do caráter acima de tudo, a “onda” de muitos é posar de injustiçado, incompreendido, perseguido.

Pregadores privados da necessária têmpera que perseveram mesmo durante os dias maus, vicejam quais ervas daninhas. Tais, veem essa doença, o vitimismo, como “nicho de mercado”, fatalmente produzirão mensagens adoecidas, pensando que, agradar aos ímpios seja seu dever, invés de iluminá-los pela verdade.

Como numa inundação, tende a corrente a arrastar consigo tudo que encontrar pelo caminho, a derrocada moral dessa geração suicida, se inclina aos desejos adoecidos dos ímpios, mais do que à Santa Palavra do Eterno.

Não somos chamados a nos encaixar na erosão de valores, onde, a ravina da indecência arrasta tudo pro vale da infidelidade e perversão.

Invés de encaixar, devemos confrontar, nos opormos ao que desafina da sã doutrina. O fato das coisas andarem mal ao nosso redor está longe de ser justificativa para que também caiamos no mal. “Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo não se faça culpado Judá...” Os 4;15

Nas filosofias de redes sociais encontramos à farta: “O fato de estarem todos fazendo algo, não significa que seja certo; tampouco, por não estarem fazendo, isso não o torna necessariamente, errado.”

O relativismo disseminado nesse mundo ímpio não se contenta com a própria disseminação; ainda ataca aos que permanecem firmes no Absoluto, com pechas como, fanatismo, radicalismo, fundamentalismo, religiosidade, discursos de ódio.

Tais rótulos colados nos que se importam muito com aplausos, fatalmente os constrangerá a provarem que não assim; no afã de se mostrarem “legais”, se tornarão inúteis para Deus e nocivos para quem lhes der ouvidos. “Mas tu, sê sóbrio em tudo...”

Sendo O Criador, imutável e inerrante, dos que O servem com integridade, natural se esperar constância, firmeza; se assim não for, nós estaremos com problemas, não, O Eterno. Pois, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Dos saltos, o melhor


“Porém Ele sabe meu caminho; provando-me, sairei como ouro.” Jó 23;10

Jó defendendo seus caminhos e acrescentado que, se Deus o provasse descobriria exatamente isso; que ele andara em integridade. O que ignorava é que estava sendo provado, naquele exato instante.

Não saiu do teste, necessariamente, mais valioso; porém, com mais conhecimento de Deus; “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Cap 42;5 e 6 Um efeito do conhecimento do Santo, é que fica mais evidente a miséria humana. Quanto mais perto do Senhor alguém está, menos estará confiante em si.

Aquilo que cogitara como uma possibilidade; “se”, acontecia; O Eterno o estava testando, não porque precisasse; mas, para destruir a balela do acusador.

Quantas vezes acontece conosco, de fazermos má leitura do que nos ocorre por termos nossos sentidos obtusos, dado o concurso de alguma paixão, ou pelo lapso de discernimento das coisas, na vereda espiritual. Isaías disse: “Senhor, Tua mão está exaltada, mas nem por isso a veem...” Is 26;11

Os discípulos no caminho de Emaús falando com O Senhor ressurreto, sem O conhecer, manifestaram sua decepção malgrado, tudo tivesse acontecido precisamente como O Eterno revelara. “Oh néscios e tardos de coração...” Estavam abençoados e desanimados. Quem jamais tropeçou em pedras assim?

As mulheres que foram ao sepulcro ao terceiro dia levando especiarias, se mostraram decepcionadas por não encontrarem um corpo morto. Acontece que O Senhor estava Vivo. Quantas decepções sem razão, por causa da nossa cegueira!

Diante da mensagem de salvação, não poucos titubeiam, cogitando se vale à pena; o que receberão de bênçãos, caso resolvam aceitar o convite do Salvador. Recalcitram, como se, muito tivessem a perder, sendo que, só têm a ganhar. Como dizia Spurgeon, “O Senhor nos abençoa muitas vezes, cada vez que nos abençoa.”

O simples fato de estarem vivas e arbitrárias ante esse excelso convite é já uma bênção inefável, nem sempre compreendida; pode mudar toda uma eternidade.

O curso de nossas breves vidas uma hora chegará a um ponto sem retorno. Quando isso acontecer, a mais lúcidas percepções, as mais virtuosas resoluções perderão a razão de ser, dado que será demasiado tarde. Por isso a salvação sempre é anunciada com urgência; “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, Não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15

Imaginemos a saga de um suicida que, decida se lançar do alto de um enorme edifício. Feito o salto insano, durante o trajeto até ao chão, o sujeito se arrependa e decida não mais fazer aquilo. Tendo ele lançado sua vida a uma situação irreversível, rumo à perdição, nada mais poderá trazê-la de volta, ao ponto do arbítrio, da possibilidade de escolha, uma vez que fizera uma escolha cabal.

Bem sei que a figura “pega pesado” colocando sobre uma decisão que parece mera, uma intensidade muito grande; mas, acredite, há inúmeros do outro lado, que achavam ter muitos dias ainda para escolhas desse tipo; foram surpreendidos quando, caminhos aparentemente rotineiros se revelaram irreversíveis; desejariam muito ter sido “assustados” desse modo, enquanto ainda lhes era possível.

Quem ouve a mensagem de salvação, ainda está com os pés no chão; a decisão rumo à casa paterna ainda é viável. A possibilidade de arbitrar sobre algo tão relevante é já uma grande bênção. Pois, está sendo estimulado a uma escolha que mudará seu devir, marcará seu presente e apagará seu passado.

Dos três tempos possíveis, em todos O Salvador nos abençoa. Apaga às culpas pretéritas; sacia aos anseios presentes; e oferece diretrizes seguras pro futuro. “Vá e não peques mais.”

Em geral, a ideia de bênção do vulgo é muito imediatista; apesar das exortações recorrentes, sobre o “Tesouro nos Céus”; “buscar as coisas que são de cima”, ou, a exortação de Paulo, sobre o limite pífio dos bens terrenos; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Claro que, não se pode esperar de quem ainda nem entrou na senda espiritual, uma madura compreensão acerca da mesma; por isso a instante exposição da Palavra e o concurso do Bendito Espírito Santo, visam persuadir almas às melhores escolhas.

Embora devidamente entendida, a fé seja inteligível, racional, inicialmente requer certa “loucura” de quem a abraça. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I cor 1;21

Esse “salto no escuro” dos que ousarem crer, será sua “prova” de confiança no Senhor. Caminhando com Ele, um dia poderão dizer como Jó: “Eu te conhecia só de ouvir falar; mas agora, te veem meus olhos.”

Cristianismo; religião do medo?



“Quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas O seguem, porque conhecem Sua Voz.” Jo 10;4

As razões para as ovelhas de Cristo O seguirem; Seu caminho trilhado, o exemplo, e Sua Voz. Ele foi adiante demonstrando como deve ser; “Tomai sobre vós Meu jugo e aprendei de Mim...”

Alguns têm emporcalhado o espaço virtual com refutações espúrias, tentando fazer a fé parecer algo que, absolutamente, não é.


Insinuam que é uma dominação pelo medo. Que os mensageiros assustam às pessoas com ameaça do inferno, do arrebatamento até, para com isso, incutir medo nas pessoas e dominá-las, enriquecendo pela manipulação.

Crassa ignorância! A expressão “não temas, não tenhais medo” e similares ocorrem 365 vezes na Bíblia; sempre, vemos O Senhor tentando infundir coragem, ousadia, aos Seus.

Se alguém presume que eventual medo seja o motivo dos cristãos, está promovendo sua ignorância à categoria de argumento.

Nossa relação com O Salvador se baseia no amor, na gratidão; desejamos Sua volta, para conhecê-lo melhor, invés de temermos como nos acusam os apedeutas em apreço.

Tanto, seguimos ao Bendito Pastor por conhecermos Sua Voz, quanto evitamos espúrios, pela mesma razão; “De modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

Esses acham que basta apresentar um vídeo da finada Dra. tal, que advogava que a Bíblia é uma coleção de mitos, ou de um “filósofo” que ganha dinheiro falando contra “mercenários” da fé, para que rasguemos nossas Bíblias, abandonemos nossa fé, e entremos para seu rol de errantes, acéfalos, privados de valores e sentidos. Francamente! Devem estar nos medindo com suas réguas.

O temor a Deus, comum aos cristãos, nada tem a ver com medo; antes, com zelo reverente, para não ferir Àquele que amamos; escrúpulos prudentes para em nada macularmos à pureza do que É Santíssimo.

O sentimento que patrocina nossa relação, é outro; “... quem perder sua vida, por amor de Mim, achá-la-á.” Mat 10;39 “... sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de Mim, para lhes servir de testemunho.” Mc 13;9 “Sereis odiados por todos por amor do Meu Nome...” Mc 13;13 etc. O que esses três versos têm em comum? A expressão: “por amor”. Desenhando assim, pode que nosso “filósofo” entenda.

Ninguém permanece numa igreja à força. Desconheço onde seja assim. A Palavra de Deus é ensinada; quem ouve é estimulado a crer. Caso o faça, terá em seu próprio íntimo o testemunho de que precisa, sobre ter feito a coisa certa, ou não. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos...” Rom 8;15

O medo da morte e consequente escravidão ao pecado, tipo: “Curta a vida porque a vida é curta” comum aos ímpios, não mais assola a quem tem convicção de que foi feito filho de Deus, e traz um íntimo testemunho disso. “O mesmo Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus.” Rom 8;16

Essa acusação que assustamos dizendo, “se pecar vai pro inferno” e, com isso ensejamos pânico nas pessoas é mentirosa. Ensinamos porções da Palavra de Deus, não, pitadas doentias de diatribes de desinformados ou mal-intencionados.

A Palavra aconselha: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O justo.” I Jo 2;1 A ideia é que não pequemos; mas quando isso acontecer que confessemos arrependidos e seremos perdoados.

Esses que presumem que tudo se baseia em medo ou dinheiro, parecem desconhecer outros valores. Não podendo ver nada além disso, necessitam nos avaliar segundo seus escopos doentios.

A Palavra ensina que a segurança em Deus produz mais alegria que a de agricultores quando fruem uma abençoada colheita; “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram trigo e vinho. Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;7 e 8 Que medo, dormir assim!

Não desconhecemos que há muitos mercenários que usam o pretexto da fé para fins mercantis; ainda, que alguns que andam nas veredas de Cristo ignoram nuances benditas dessa relação. Aos mercenários denunciamos; aos ignorantes buscamos iluminar.

Nada disso altera o fato que O Senhor nos ama e tenciona se relacionar conosco assim; baseado no amor. Se alguém, mesmo crendo Nele ainda estremece inseguro, deve tributar seus medos à imperfeição dos seus sentimentos em relação ao Eterno; quando for edificado, isso cessará. Afinal, “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Não mais, a dieta ímpia

“Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete sua estultícia.” Prov 26;11

Embora a figura seja um tanto nojenta, seu teor filosófico é profundo. Dizemos que, gato escaldado sente medo de água fria; significando que o bicho, após as dores duma experiência ruim, prefere manter distância, até de algo apenas parecido com aquilo que o feriu; que dizer, se for igual?

Da superioridade “cognitiva” dos bichos a Palavra versa: “O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, Meu povo não entende.” Is 1;3

A natureza humana não se apresenta prudente como os animais. Para efeitos de teatro somos muito bons em conselhos; quem jamais leu dicas assim: “Fazendo as coisas do mesmo jeito, jamais obterás resultados diferentes.” Ou, “quem se mistura aos porcos, acaba comendo farelo.”

Infelizmente, não significa que, quem diz essas coisas, evitará repetir erros, ou deixará a companhia dos “suínos.” Ter um dito assim na ponta da língua não torna o mesmo, normativo, de modo a pautar por tal padrão, as decisões que serão tomadas, por quem fala assim. Nos provérbios encontramos a “filosofia” do bêbado: “... Espancaram-me e não doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

A maioria dos erros que se comete não são por falta de luz; antes, pela resiliência da vontade que, tendo escolhido algo, e deixado patente essa escolha, se os fatos provarem que foi um erro, ainda assim, o fanatismo egoísta de quem se recusa a admitir falhas, fará sua vítima reiterá-lo invés de assumi-lo.

Precisamente isso, o texto bíblico alegoriza comparado ao cão que volta ao vômito. Vomitar, eventualmente, pela incidência duma indisposição estomacal é desventura à qual todos estamos sujeitos. Daí, a...

Enfim, cometer um erro de avaliação, de escolha, apostar num azarão, pode acontecer com qualquer um. Todavia, identificado que foi um ato estúpido, perseverar nele é trair a si mesmo. No entanto, assim fazem os adúlteros, os promíscuos, os viciados, os sectários. Num rasgo de lucidez após os maus atos veem como eles são; depois, retornam aos mesmos na primeira ocasião.

São poucos que conseguem admitir um erro sem carecer uma muleta adversativa que o dilua, ou justifique; eu errei, mas... Se, filosoficamente carecermos de muletas, estaremos demonstrando a quem puder ver, que não nos firmamos bem sobre as pernas.

Deveríamos aprender com Davi, uma confissão honesta sem atenuantes; “Lava-me completamente da minha iniquidade, purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço minhas transgressões; o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.” Sal 51;2 a 4

Como disse Paulo: “... sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.” Rom 3;4

Natural que, em se tratando da conversão, quem está acostumado a um modo de vida, ser chamado a outro radicalmente oposto, traz o risco de algumas recaídas. Mas, se acontecerem, devem ser confessadas e abandonadas; não retomada a antiga maneira ímpia de viver, de antes de Cristo.

Naquele contexto nada tínhamos a perder. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 Também nada ganhamos agindo daquele modo, como evidencia a pergunta do próximo verso: “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” V 21

Embora um renascido não pare radicalmente de pecar, (quisera fosse possível) não deve deixar que antigos vícios, aos quais “vomitou” quando se rendeu ao Senhor, ainda tenham comando sobre suas escolhas, sua vontade.

Ainda falhamos, pois; não mais, sem dor, sem culpa como antes. Esse peso na consciência quando erramos, atua a nosso favor; denuncia nosso descaminho pontual para que retornemos à vereda estreita com Jesus.

A uns que creram por um pouco, depois se deixaram seduzir de novo pelos antigos hábitos, Pedro também apreciou com a mesma figura, anexando outra, do mesmo tipo. “Porque melhor lhes seria não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes foi dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

A rendição a Cristo, quando veraz, opera em nós uma limpeza profunda. Tanto que, malgrado, seguindo os mesmos, não seremos mais os mesmos, pelos valores e dons em nós incutidos. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

A vida importa?


“Como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” Rm 1;28

Se, conhecimento de Deus fosse mera alternativa visando aumentar posses intelectuais, como ler algum filósofo, querer ou não, seria apenas exercício arbitrário, sem consequências maiores. Entretanto, não é assim.

O Salvador ensinou: “A vida eterna é esta: que conheçam a Ti só, por único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste.” Jo 17;3

Se, a esse conhecimento está atrelado a vida eterna, desprezá-los equivale a desprezar a vida. Ignorar isso passa longe de ser uma escolha sem consequências.

O Divino amor prezaria a quem assim age? Quem O despreza? Por isso, o verso em apreço traz a desimportância mútua, entre O Santo e os pecadores que não lhes dão valor. Como não se importaram em conhecê-lo, O Eterno os entregou a um sentimento perverso.

Desprezar ao Todo Poderoso já é um derivado do mais perverso dos sentimentos. Assim, O Eterno apenas se afastou, deixando livres para fazerem suas escolhas, aos que decidiram assim.

A ideia esposada por Paulo é que O Criador já pode ser conhecido, parcialmente, em Seus atributos pelas Suas obras; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” v 20

Quando alguém, vendo as Divinas Digitais nas Obras do Santo, manifesta interesse por conhecer mais, a esse O Eterno se revela. Como fez com o romano Cornélio por exemplo, enviando Seu anjo em favor dele.

Aqueles preferiram silenciar à voz das evidências, colocando alternativas profanas em lugar do Criador Bendito. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Mudaram a glória do Deus Incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis.” Vs 22 e 23

A simples necessidade de colocar coisas no lugar do Eterno já é uma confissão oblíqua da existência Dele, cujo lapso de relacionamento enseja o patrocínio dos simulacros, porque não se importaram em conhecer ao Original. Por que ofereceriam culto aos ídolos se, não entendessem que as coisas criadas têm um autor transcendente?

Ora, importar é atribuir valor, apreciar algo como superior ao trivial; eventualmente as coisas que nos importam, desejamos possuir. Da mesma raiz fonética, “importamos” coisas do estrangeiro, as encomendamos para tê-las conosco, dado o apreço com o qual as vemos.

Quando O Senhor da vida não soa importante a alguém, de modo que se disponha a colocar qualquer ninharia fajuta em Seu lugar, esse já está imbuído dum espírito perverso e não deseja que essa situação mude.

Ninguém pode amar ao que desconhece. Por isso, o relacionamento com Deus como Ele deseja, baseado no amor, se torna impossível aos que não anseiam conhecê-lo.

A confiança vã dos perversos nessas coisas alienantes, as crendices “substitutas” infelizmente terminará em perdição, contra a Vontade do Criador, que a todos deseja salvar; só salvará aos que quiserem isso, todavia. “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6

Nesse texto não está aludindo aos gentios distantes, como nós; antes, aos do “povo eleito”, que Ele tirara das mãos do maior tirano da época o faraó; depois, duvidaram que fosse capaz de introduzi-los em Canaã.

Tendo visto sinais estupendos no Egito, ainda descreram. “Porque, havendo-a alguns ouvido, (à Voz de Deus) o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? A quem jurou que não entrariam no Seu repouso, senão aos desobedientes?” Heb 3;16 a 18

Infelizmente vivemos tempos sombrios. Antes os perversos se contentavam em se manter distantes do Senhor; agora resolveram combater com todas as forças que, o perverso mor lhes empresta.

Cheia está a NET de “especialistas” que “provam” que vultos históricos sequer existiram. Abraão, Moisés, Davi, até Jesus, seriam criações maquiavélicas de gente tentando se impor pelo medo.

Ora, a Palavra de Deus, não precisa desse escrutínio histórico para provar sua veracidade, anda que, o posso resistir sem problemas a uma análise honesta.

As transformações que opera bastam como testemunhas fiéis da sua origem. O Salvador desafiou: “... Minha Doutrina não é minha, mas Daquele que Me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus, ou se falo de Mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Quem tiver dúvidas honestas, pague pra ver. Obedeça à Palavra e veja os resultados. Quem erra sob o peso do espírito perverso, verá de graça, em breves dias.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Luz progressiva


“Cântico dos cânticos, que é de Salomão.” Cant 1;1
“Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel...” Prov 1;1
“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.” Ecl 1;1

Dizem os estudiosos que os três escritos de Salomão, Cantares, Provérbios e Eclesiastes refletem suas três fazes adultas.

Quando, no auge do vigor, das paixões, teria escrito os cânticos, plenos de declarações amorosas e com porções sensuais, eróticas até;

na maturidade, com a alma filosófica, menos apaixonada, como alguém afeito a entender as razões das coisas, os Provérbios;

na velhice, já decepcionado com a futilidade dos bens, dos prazeres terrenos e da sabedoria até, teria forjado o Eclesiastes eivado de pessimismo. “Tudo é vaidade!”

Acima, as introduções dos três livros, cada uma oferecendo pistas acerca da situação do autor; o que, de certo modo corrobora com a afirmação dos estudiosos sobre o rei.

No primeiro escrito, um arroubo, uma espécie de superlativo; “Cântico dos cânticos”, antes do nome do autor. Não pretendia que fosse um cântico comum, pois.

No segundo, o nome e a descendência nobre, certo peso ao teor dos escritos, ainda estão em destaque; “Provérbios de Salomão, filho de Davi...”

Por fim, nem ousou aquilatar seus escritos como sentenças proverbiais, tampouco, usou seu nome na abertura. “Palavras do pregador...” Uma conclusão relativamente óbvia é que ele, à medida que cresceu em sabedoria, diminuiu em presunção.

Não obstante, tenha recebido do Eterno, o dom do saber, exercitou-se nele na condição humana, sujeito às intempéries inerentes à cada etapa; essas deixaram algumas marcas em sua obra.

Quando aconselhou aos jovens a serem consequentes, de modo meio irônico, parecendo dizer o contrário, por certo lembrou de alguns tropeços da própria juventude de onde bebeu aprendizado; disse: “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9 Na linguagem de hoje diríamos: Faz o que der na telha; só que não.

Por essas e outras razões, acredito que Sophia escreve em nossas almas, com caracteres empíricos, em baixo relevo. Digo, experiências de vida nos iluminam, sobretudo; mesmo capacitados a entender as coisas de forma racional, são as decepções, as consequências dos maus passos, as melhores docentes.

O dom da sabedoria concorre possibilitando auferir as lições, o que dificilmente aconteceria sem ele. Entretanto, mesmo um hospedeiro desse nobre dom, ainda pode muito bem meter os pés pelas patas, e agir como tolo.

O vero saber além da luz intelectual traz anexo um teor moral, que, enquanto a punção de certas paixões não for diluída, mesmo sabendo o certo, podemos fazer o errado. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;6 e 7

Retidão é uma escolha moral atinente à nossa relação com Deus e com o semelhante; sinceridade, é a retidão antes de tudo, conosco mesmos. A honestidade intelectual.

Assim, não são pequenos os subterfúgios por onde a luz pode se perder; quando o que vemos não logra moldar o que fazemos, nossa “tela” se tornará inútil.

Mesmo a salvação operada por Cristo, embora graciosa, imerecida, só se mostrará eficaz, para aqueles que ousarem andar pelos caminhos, que, pela luz do Espírito Santo, lhes são mostrados. “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O mesmo Salomão admitiu o concurso de exemplos práticos para iluminarem sobre o valor da sabedoria: “Houve uma pequena cidade em que existia poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força.” Ecl 9;14 a 16 Sua participação naquele evento foi observar, aprender e reportar.

Assim, nós que cremos devemos ter o exemplo de Cristo como suprema luz; e agirmos de tal forma, que nossa ação seja um lumiar para quem precisa acessar a dimensão espiritual. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Claro que isso requer gradativo processo de aprendizado, como deixou escrito o mais sábio dentre os homens; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Devo orar pelo Lula?

 “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, estejam preparados para toda a boa obra;” Tt 3;1

Quanto aos cristãos, referente às leis e às autoridades, sempre foi ordenado a submissão, a obediência. Temos isso explícito em textos que, trazem implícitas as qualidades das autoridades que devem obedecer.

“Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, vingador para castigar ao que faz o mal.” Rom 13;3 e 4

Se, as autoridades punem apenas aos que fazem o mal, necessária a conclusão que essas são probas, e atuam de modo idôneo. Quando assim é, oramos por elas.

Deparei com um vídeo onde os evangélicos são acusados de não orar pelo Lula, como sendo isso um pecado. Aí me perguntei como agiam os profetas do Senhor, diante das injustiças dos governantes. Em breve pesquisa perguntei a alguns; alistei abaixo suas respostas.

Oséias denunciou: “... porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só permanecem o perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro. Por isso a terra se lamentará; qualquer que morar nela desfalecerá, com os animais do campo e as aves do céu; até os peixes do mar serão tirados.” Os 4;1 a 4 Ofereceu juízo invés de oração.

Sobre o STF daqueles dias Habacuque disparou: “... a lei se afrouxa, a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e justiça se manifesta distorcida... Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e Te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo que ele?” Hc 1;4 e 13 Reclamou porque O Eterno demorava em punir.

Naum sentenciou Nínive nesses termos: “Ai da cidade ensanguentada! Ela está toda cheia de mentiras e rapina; não se aparta dela o roubo.” Nm 3;1 Qualquer semelhança com Brasília será porque é mesmo, semelhante.

Isaías ensinou que injustiças e alienação do Santo ensejavam maldições disseminadas; “... a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6 etc.

Portanto, quem acha que o cristão deva ser um imbecil, tapado, incapaz de pensar, diferir o santo do profano, o justo do injusto, precisa rever seus conceitos. Talvez o imbecil seja ele.

Ante fraude eleitoral explícita, roubalheira a não mais poder, centenas de inocentes presos sem direito a defesa, dezenas de perseguidos apenas por razões ideológicas sem crimes, eu oraria para que Deus abençoasse um sistema assim??? Meu Deus teria vergonha de mim.

Ele falou seriamente contra o que se acumplicia aos maus atos, embora, citando Sua Lei. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal e a tua língua compõe engano.” Sal 50;16 a 19

Então, eu oro pedindo justiça; que, a rigor significa a soltura de todos os inocentes sentenciados pela quadrilha; exposição de toda fraude e corrupção, das três esferas do poder e grande parte da Imprensa, a venal; que receba, cada um, a merecida punição de forma exemplar.

Essa balela que trocamos Jesus por Bolsonaro é apenas falta de argumentos para falarem mal de nós. Defender o que é justo e censurar ao que não é, deve ser nossa posição sempre; “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro, são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

Não significa que os de direita são todos cristãos; apenas que defendem valores com quais, os cristãos se identificam, como liberdade de expressão, de crença, de escolha. A esquerda defensora do aborto, mestre na corrupção e na mentira, cuja “vitória” só é comemorada nos presídios, representa a que tipo de “cristãos”?

Que esses orem pelo Lula se o quiserem. Se Deus os ouvirá, ou não, não é problema meu.

A plena liberdade que O Senhor nos dá, traz junto a plena certeza de que devemos ser consequentes. E de acordo com os valores que escolhermos Ele nos retribuirá; “Com o benigno Te mostrarás benigno; com o homem sincero Te mostrarás sincero; com o puro Te mostrarás puro; e com o perverso Te mostrarás inflexível.” Sal 18;25 e 26

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Heranças e errâncias


“Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, a herança será nossa.” Mc 12;7

Fala atinente à decisão dos religiosos acerca da “necessidade” de matarem a Jesus; temendo perder seu domínio sobre o povo; isso ocorria, dada a popularidade Dele, e de Seus ensinos conflitarem com a hipocrisia deles.

Caifás disse: “... convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” Jo 11;50 A “nação” era o domínio do Sinédrio. Essa balela de se escudar no povo é mui antiga.

Em geral, uma herança é recebida quando alguém morre; legítimos sucessores são chamados a tomar posse dela. No entanto, quando se “apressa” a morte de alguém, de olho nos bens, a coisa assume contornos graves. Os que assim fazem, podem herdar o que não desejariam.

“A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.” Prov 20;21 Não menciona uma herança recebida; antes, adquirida às pressas, deixando nas entrelinhas que o curso normal foi alterado, arbitrariamente. Que uma morte foi apressada, para dar vez aos anseios de quem queria tomar posse dos bens.

Infelizmente, não poucos, de olho no que pode vir para suas mãos, permitem atos injustos, quando não, praticam. Os bens, mais que a justiça, pesam na escala de “valores” desses. O materialismo exacerbado sempre foi uma doença que colocou a perder valores maiores.

Se, para efeito do teatro da vida, a maioria entoa loas aos “bens que o dinheiro não compra”, no escopo das ações fazem tudo por ele, até ilícitos, mostrando de modo prático, a quem servem, deveras. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6;24

O Salvador ensinou qual deve ser a ordem, aos que professam servi-lo; “De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; (materiais) mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;32 e 33

Por uma injustiça ficar impune por muito tempo, não significa que foi “santificada” finalmente, aceita pelo Altíssimo. Saul em seus dias matou alguns gibeonitas, com os quais Josué pactuara a proteção da vida, em Nome do Senhor.

Muito tempo passou, Saul era morto já; então um estio atingiu a Israel, trazendo fome. Informado da causa Davi procurou aos ofendidos; “Disse, pois, Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? Que satisfação vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” Pediram a morte de sete descendentes de Saul. Como reparação ao sangue inocente derramado, e foram atendidos. Ver II Sam cap 21

Assim, a larga duração de um ato injusto não significa aprovação; antes, tem a ver com a longanimidade Divina, que espera que mudemos de atitude, nos arrependendo dos maus passos dados, buscando o perdão.

O mesmo Davi que vivenciou aquela punição tardia, escreveu: “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos: Ouvi pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que Eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.” Sal 50;21 e 22

Ninguém supera ao Eterno, em perdoar; Isaías ensina: “... torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar.” Is 55;7

Porém, quem desejar ser perdoado deve buscar por isso, reconhecendo suas culpas. Aliás, quando da consagração do primeiro templo, Salomão ao pedir que Deus fosse gracioso com os que buscassem perdão, colocou uma condição. “Toda a oração, e súplica, que qualquer homem fizer, ou todo o Teu povo Israel, conhecendo cada um a sua praga, e a sua dor, estendendo as suas mãos para esta casa, então, ouve Tu desde os Céus, do assento da Tua habitação, e perdoa...” II Cron 6;29 e 30

O pedido de perdão veraz, requer arrependimento genuíno, e confissão. Nos apropriarmos do que é indevido, e supormos que, o passar do tempo legitimará aquilo que é ilegítimo,; seria tão amaldiçoado quanto apressar-se a uma herança, ajudando na morte de alguém.

“Ai daquele que, para sua casa ajunta cobiçosamente bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto...” Hc 2;9

Cuidado você que repousa sobre bens mal adquiridos, sobretudo, na Obra de Deus. O Senhor que é dono da prata e do ouro não aprova nem compactua com injustiças. “As vossas riquezas estão apodrecidas, as vossas vestes estão comidas de traça. Vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne.” Tg 5;2 e 3

O Espírito de Profecia


“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas...” Atos 1;8

O Espírito Santo para sermos testemunhas de Jesus, é indispensável. Da Sua vinda O senhor disse: “Mas, quando vier o Consolador, que da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, Ele testificará de Mim. Vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.” Jo 15;26 e 27

Qualquer que recebe O Espírito Santo, é feito uma testemunha de Jesus. Tendo estado com Ele, como os apóstolos, ou sido transformado por Jesus, como os cristãos posteriores.

O conhecimento de Cristo foi privilégio dos primeiros, depois, passou a ser diferente; “Daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, agora já não O conhecemos assim.” II Cor 5;16

Tais testemunhas, mais que contar uma coisa que viram exibem as transformações, que Cristo operou; “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Os adventistas defendem que Ellen White teria o “Espírito de Profecia” deixado pelo Salvador, de forma ímpar.

A fonte: “Eu lancei-me aos seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.” Apoc 19;10

O anjo colocou-se como servo, semelhante a João e seus irmãos que, “têm o testemunho de Jesus.” Adiante explicou: “... o testemunho de Jesus, é o Espírito de Profecia”. Sendo esse, comum a todos os cristãos, os irmãos de João, não pode ser privilégio de uma pessoa, como sustentam os adventistas.

Todos os cristãos são chamados a serem testemunhas; aos renascidos, é dado o Espírito Santo. Embora sua teologia peculiar sustente que o “selo de Deus” seja a guarda do sábado, a Palavra ensina diferente: “... tendo nele também crido, fostes selados com O Espírito Santo...” Ef 1;13

Quando acusados os adventistas de colocarem os escritos de Ellen White em pé de igualdade com a Bíblia, se defendem dizendo não ser assim. Embora seus escritos sejam inspirados, dizem, a consideram uma “luz menor”.

Todos os escritores cristãos, embora difusores da luz que possuem, são luzes menores, no sentido que seus escritos não são canônicos. Portanto, devem ser criteriosamente analisados antes de aceitos; são passíveis de erros.

Se a sra. White está num patamar acima, deve ser inerrante em seus textos. Sendo assim, não pode ser uma “luz menor”.

Fazemos distinção na Palavra de Deus, entre profetas menores e maiores, não atinente à iluminação de uns e outros. Antes, o critério que os diferencia é o volume dos seus escritos. Os que legaram textos mais longos como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, são chamados maiores; os demais, cujos textos são mais breves dizemos, ser os menores. Mas, no prisma da inspiração estão todos no mesmo patamar.

Se. Ellen White foi inspirada, então não é possível que seja uma luz menor; teria O Espírito Santo, limitado Sua luz, dado revelação imperfeita?

Embora, houve concílios e disputas acerca do Canon sagrado nos primeiros séculos, a rigor, O Senhor o encerrou no Apocalipse. Vetando acréscimos e omissões.

Alguns acreditam se tratar apenas do Apocalipse; mas como ele resume o plano de Deus através das eras, seu veto deve ser entendido como cabal, como versa nos provérbios. “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Se ao Olhos Divinos a revelação parecesse incompleta, ele esperaria até meados do século XIX para acabá-la?

O que há de válido nos escritos de Ellen White já está na Bíblia; o que há de estranho não é necessário.

Portanto a pretensão exclusivista dos adventistas de serem “O remanescente fiel” é doentia. Eles seriam os únicos “... os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apoc 12;7 Cristo reduziu os mandamentos a dois e disse que é lícito fazer o bem no sábado.

Os “não exclusivistas” creem que há sinceros noutras denominações, que, ainda se tornarão adventistas para salvação; que, deixaria de estar numa pessoa para estar numa instituição.

“Ele (Cristo) é a pedra que foi rejeitada por vós, edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4;11 e 12 

Também, católicos, que acham que a igreja foi edificada sobre Pedro deveriam ouvir Pedro falando.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A colheita da apostasia



“Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a Mim, por causa do seu mal.” Jr 11;14

O Eterno a Jeremias; não ores por esse povo, porque será inútil. O profeta fora instruído acerca dos motivos da rejeição. Dissera: “... Dai ouvidos à Minha Voz. Mas não ouviram, nem inclinaram seus ouvidos, antes, andaram cada um conforme o propósito do seu coração malvado... Tornaram às maldades de seus primeiros pais, não quiseram ouvir Minhas Palavras;” vs 7, 8 e 10

Atitudes assim acontecem ainda; em tempos de calmaria, cada um anda como melhor lhe parece. Mas, surgindo dores, necessidades, então se “lembram” do Senhor. Por causa da Sua bondade e misericórdia, O Eterno socorre muitas vezes, mesmo assim; sobretudo, aos de fora. Para quem já tem luz acerca da Divina Vontade a situação estreita um pouco mais.

A excelência do relacionamento desejado por Deus é que lhe sejamos fiéis em épocas de paz. “Devemos consertar o telhado em dias de tempo bom.” B. Franklin. Da “Igreja” daqueles dias, disse: “Minha aliança com ele (com Levi) foi de vida e paz; Eu as dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do Meu Nome.” Ml 2;5

Deus dera vida e paz para Levi, a tribo sacerdotal do povo eleito e isso bastou. O Santo Nome do Senhor fora suficiente para que bem andassem em reverência e temor, sem necessitar calamidades, como “estímulos” à fé e obediência.

Aos rebeldes dos dias de Jeremias, Deus recordava mediante o profeta, que os chamara a um relacionamento, cujo contraponto à proteção Divina seria darem ouvidos às Palavras Dele. Todavia, cada um se curvara ao deus de sua predileção, imagens humanas em lugar do Eterno. “... a Mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Ninguém será forçado a servir ao Senhor; entretanto, aqueles que escolhem cultuar simulacros alternativos, perdem duas vezes.

Uma, por terem colocado confiança no que nada é; quando precisarem socorro, dessas fontes não receberão. “Então irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a quem eles queimaram incenso; estes, porém, de nenhum modo os livrarão do seu mal.” V;12

Outra, depois de vista a inutilidade dos bibelôs aos quais se curvaram, pensariam numa “conversão” utilitária indo apresentar súplicas ao Todo Poderoso; esperável qual seria a resposta; “... clamarão a Mim, mas Eu não os ouvirei.” V;11

Quem dentre nós, frágeis pecadores, seria de bom grado, o “plano B” de alguém com quem desejasse se relacionar baseado no amor? Pois, os que oferecem seus cultos às imagens que eles mesmos fazem, se apressam a essas inutilidades acreditando em seus próprios devaneios.

Qual a “vantagem” dum ídolo? Por ser mudo, inerte, amoral, se pode “servir” ao tal, conforme desejar o “servo”. Deus, por Ser Santo, coloca limites, ensina Seus Estatutos e demanda que andemos segundo eles, para que a relação se estabeleça. É mais difícil? É. Mas é o único culto que faz sentido. O resto é engano do canhoto.

Quando alguém coloca seus simulacros adiante, do Deus Vivo, Ele não socorre por uma razão simples; Sua ação misericordiosa seria atribuída aos bibelôs dos rebeldes; e O Eterno seria traído duas vezes; uma, porque preterido; outra, porque furtado. Ele diz: “Eu sou o Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Então, quando O Santo não nos ouve, por estarmos em falta perante Ele, não significa que nos esteja fazendo um mal; antes, está permitindo que nossas maldades tenham consequências, para que, quiçá, aprendamos com isso e as abandonemos em tempo.

A não resposta Divina, ou, a resposta sendo um não! tem a ver conosco, mais do que, com O Eterno. “Eis que a Mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Por isso, colocam o carro adiante dos bois os pregadores que se apressam a apresentar Deus como abençoador, antes de O reverenciarem com Senhor.

Quem ainda não teve a vida espiritual restaurada em Cristo, não tem urgência maior, por grande que pareça seu eventual problema.

O Deus vivo trata com a vida antes do fomento; mensageiros que priorizam bens, à salvação, estão mortos e pretendem reproduzir conforme sua espécie. O Anjo do Senhor pergunta: “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

domingo, 24 de agosto de 2025

Coração; duro de lavar


“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Simples assim? Sim, e não. O coração humano tem nuances que o fazem passar distante da simplicidade. Oculta a própria impureza, pela astúcia que lhe é própria; invés de lidar com suas sujeiras, camufla-as.

Seu dono é convidado a duvidar dele; quando, assim o fizer, o melindroso poderá se ofender. Auto ofendido não assumirá abertamente; antes, tenderá a insinuar que as coisas não são bem assim; que não se deve levar tudo em pontas de facas; se disfarçará de cético. Farei assim, mas quem não faz? Agora usará réguas horizontais, exemplos circunstantes, onde deveria suportar a vertical, do Senhor.

“Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no próprio entendimento... Não sejas sábio aos próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 e 7

Muitas vezes, os “olhos” que mensuram escolhas, valores, derivam dos anseios desse adoecido, o coração. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

Mera religiosidade não significa saúde espiritual. Podemos ser robustamente venenosos, orando. O Senhor citou um que orava assim: “... Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.” Luc 18;11 Acusação, presunção, desprezo, visíveis sem esforço, nesse fragmento.

Logo, vistos esses meandros, entendemos que a aparente simplicidade, lida com uma sutileza mui complexa.

Acerca do exercício do fé, O Salvador também deu uma receita mui “simples.” “... Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.” Mc 11;22 e 23

Não parece simples? Basta não duvidar. Adiante, o Senhor pontuou a necessidade da remoção de coisas que ensejam dúvidas. “Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus, perdoe vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos Céus, não perdoará vossas ofensas.” Vs 25 e 26

A existência de algumas reservas, atinentes ao próximo, testificarão da imperfeição do nosso amor; isso bastará para o advento da dúvida. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Se tivermos dores ainda não tratadas nos compartimentos mais íntimos do nossos ser, deveremos começar por elas, a busca pela cura; não, exercitar nossa fé alhures, como se em nosso âmago estivesse tudo bem.

Podemos, a uma análise no atacado, presumir que nossos corações estão limpos, uma vez que não desejamos a morte de ninguém. Porém, ousando buscar lêndeas com pente fino, as coisas mudarão, por certo.

Aquele sarcasmo incontido acerca da má sorte dum desafeto; o esforço teatral para encenar empatia ante a dor d’outro; a necessidade de mencionar o defeito de terceiro, para “pedir oração” em seu favor... ante uma análise honesta, nossos corações “limpos” poderão encontrar mais bichos que o faraó em seu leito, durante a praga das rãs.

A maior dificuldade para o nosso coração ser limpo, pois, é que invés de acusar seus nichos sujos, ele busca escondê-los.

Todas as vezes que A Palavra de Deus exorta que o homem não seja “sábio aos próprios olhos”, está tentando nos proteger da maldade desse infiltrado contra a verdade; ele nos levaria a perder, jurando que nos está defendendo. Como certos “defensores da democracia” do nosso país. Assim se porta o coração adoecido; adota a postura mais nociva possível, e mascara-a com rótulos de probidade.

Então, quando O Senhor reivindica o leme dos nossos barcos, não o faz, para mostrar que é Ele que manda; antes, porque tenciona nos levar a alturas espirituais que passam longe dos melhores devaneios dos nossos corações. “Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, são Meus caminhos mais altos que os vossos; e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;9

Às vezes grandes males precisam vir à luz pelas nossas “santas mãos” para que sejamos purgados das nossas ilusões. Quando isso acontecer, bem faremos em imitar Davi: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da Tua presença, e não retires de mim Teu Espírito Santo.” Sal 51;10 e 11

Feito isso, O Eterno nos atenderá; “Dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra e vos darei um coração de carne.” Ez 36;26

sábado, 23 de agosto de 2025

Seria mesmo, adultização?


“Porque vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais também.” Jo 13;15

Um exemplo é um parâmetro comportamental que deveria servir de modelo para quem o observa, tanto que se veja instigado a imitar.

Tende o homem a imitar aquilo com o que se identifica; e se identificar com o que apraz, a despeito das consequências. Assim, quem dá maus exemplos, vira estímulo para que a maldade alheia saia à luz.

Um mau, famoso, “embeleza” à maldade camuflando-a com o verniz da fama. Quanto mais alto alguém está, tanto maior deve ser a responsabilidade sobre os valores que difunde, os exemplos que dissemina.

Quem acostumar a agir de determinado modo, mesmo que réprobo, tal modo passará a ser seu “normal”, tanto pela prática disseminada, quanto, pela eventual ausência de exemplos contraditórios, que estimulem noutra direção. Jeremias denunciou: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23 Um exemplo é a mais eloquente forma de ensino.

Surgiu a expressão, “adultização precoce” dada a denúncia do influencer Felca, que, mostrou inúmeras cenas de erotização de adolescentes e até crianças, onde as perversões morais tinham livre curso, nalguns casos, apoiadas pelos “responsáveis”, até.

O que patrocinou tal “rótulo” é que essas crianças e adolescentes foram estimuladas a agir como adultas antes do tempo. Será? Digo, aquilo que foi mostrado é o normal do comportamento adulto? Onde?

Ora, o que se viu na denúncia foi uma mescla de pornografia, putaria e pedofilia. É atuar assim, que significa ser adulto? Isso é o normal de gente devassa. A expressão “adulto” não é adjetivo para tal tipo de postura. Portanto, prostituição precoce, promiscuidade adolescente estimulada, fica mais adequado.

Infelizmente, numa sociedade que cultiva como heroínas, nulidades cujo único talento é exibir nudez, enquanto “cantam”, e traz nas redes sociais, dezenas de “artistas” cujos “talentos” exibidos é fotografarem seminuas, a ideia do que significa ser adulto, infelizmente está poluída. Muitos homens também entram nessa, pelos mesmos motivos; com a mesma ausência de predicados dignos. O corpo é cultuado, a alma erra na sarjeta.

Sei dos riscos de receber rótulos como “moralismo”, “radicalismo”, “hipocrisia” e similares por tomar posição. A maturidade permite colocar aplausos e vaias na mesma bandeja, e entender que as doenças alheias dizem respeitos aos tais, não a nós, necessariamente. O oxigênio moral acaba sendo um estranho numa geração anaeróbica como essa. Como num campo de nudismo, o transgressor será quem estiver vestido.

Muitos se exasperam contra a ideia das escolas cívico militares, onde impera respeito, valores, disciplina; que atrevimento mais reacionário, que viés mais conservador! o negócio são as “escolas” onde se ensina dancinhas sensuais, que a galera curte. Na falta da ideologia de gênero, (em muitos lugares viceja) sexualização precoce, difusão da ausência de limites, escrúpulos, basta a esses nefastos destruidores das famílias.

Desgraçadamente, onde deveria ser celeiro de exemplos probos, a igreja, muitos entram lá apenas fisicamente; usam indevidamente a pose de cristãos, e ensejam escândalos grotescos. Malgrado, tomem para si O Santo Nome de Cristo, ainda fervilham em suas paixões carnais, no caldeirão do diabo. E, há muitos que desejam “editar” à Palavra de Deus, para caber menos cruz e mais carne, nos ambientes espirituais. “Pastores” que defendem isso também estão de calcinhas.

Se, quem tem um bom porte em Cristo apenas se entristece e envergonha vendo essas coisas saírem à luz, quem cultiva a má índole, se sente justificado fazendo o que faz; pacifica eventuais escrúpulos íntimos, vendo nessas coisas o estímulo aos seus descaminhos. O Salvador advertiu: “... ai daquele homem por quem o escândalo vem!” Mat 18;7

Na verdade, a “paz” de quem pratica a impiedade é apenas uma mordaça na consciência; um disfarce para o teatro onde encena.

Uma geração como a atual, avessa ao trabalho, ao aprendizado, ao aperfeiçoamento cultural, intelectual, por que seria afeita aos valores, aos bons costumes?

Não é que faltem bons referenciais apenas. A maioria escolheu à maldade com convicção tal, que apedreja quem prefere um caminho diverso. Desses também, A Palavra Divina fala: “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Infelizmente alguns “cristãos” tímidos inda se escondem sob uma falsa humildade; “não olhe para o homem, olhe para Jesus”. Ora!! Jesus está entre nós em espírito; carece ser visto em nossas vidas!! “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1

Se, por um lado vimos infantes se apressando aos vícios adultos, por outro, há adultos omissos, desejando mimos infantis. “Porque, devendo já ser mestres... vos haveis feito tais que necessitais de leite...” Heb 5;12

A higiene necessária



“Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.” Jo 19;7

Os do Sinédrio, altercando com Pilatos e pedindo a ele a morte de Jesus. Segundo a acusação, teria Ele cometido o crime de blasfêmia, que requeria pena de morte, de acordo com a Lei.

Todavia, um pouco antes, tentando evadir-se àquele incômodo, o regente pedira que os judeus julgassem ao acusado segundo suas Leis; porém, eles recusaram: “Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não é lícito matar pessoa alguma.” Cap 18;31

Nesses dois fragmentos, pois, se pode ver a “lógica” da impiedade. Primeiro, segundo a Lei, Cristo deveria morrer. Depois, pediam a Pilatos a condenação, pois, sua Lei não lhes permitia matar. Afinal, a Lei deles contemplava a pena de morte, ou não? Disseram uma coisa e seu oposto, em breve intervalo de tempo, os “Mestres” da justiça.

A Palavra ensina que Deus apanha aos sábios na sua própria astúcia. I Cor 3;19 Aqueles, queriam fazer o que estavam decididos, porém, terceirizando o trabalho sujo, para que parecesse ao vulgo, que fora um ato do Império Romano, não deles. Seu domínio espiritual e sua “santidade” careciam ser preservados “sem máculas”.

Assim, figuradamente o Sinédrio também “lavava as mãos” como literalmente o fez, Pilatos, quando permitiu que levassem a efeito seu intento assassino. Quando todos precisam se lavar é porque sabem que estão sujos.

Qualquer coisa que eu deseje fazer, mas necessite colocar na conta de outrem, isso já é no íntimo, uma inglória tentativa de fuga. Sem nenhuma força policial a perseguir, eis-me, fugitivo! Se, preciso maquiar escolhas, fazer com que pareçam melhores que são, não passo de um trânsfuga, ante a lei interior que denuncia os rumos errados.

O mínimo rasgo de desonestidade intelectual que se apresentar como “necessário”, já será uma oblíqua testemunha contra o descaminho. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

A ousadia dos justos testifica que ocupam devidamente o nicho para o qual foram criados; atuar em justiça. Por outro lado, a certeza que estão fora do lugar, é o fomento que enseja perturbação nas almas ímpias. “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

O Evangelho de Cristo ao trazer a justificação em favor dos que se arrependem e creem, traz anexo a paz com Deus. A boa nova é de paz. “Vindo Ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;” Ef 2;17

Essa paz, atina ao relacionamento com Deus que estava em inimizade, entre os que viviam às suas maneiras. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós A Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Como os ímpios daqueles dias, os de hoje atuam. Sempre tentam transferir culpas, diluir medos, se justificarem nos descaminhos para fugir do chamado ao caminho estreito.

Ora, porque acontecem escândalos na igreja; outra, porque “pastores são ladrões”; ou, tenho minha religião, não vejo por que mudar; etc. logo quem quiser se “lavar com água suja”, encontrará em abundância.

Porém, quem desejar ser limpo, no íntimo, para a própria salvação, precisa ousar tomar um banho melhor. “... Cristo amou a igreja, e a Si mesmo entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” Ef 5;25 a 27

Vemos que a regeneração e purificação são obradas mediante À Palavra de Deus, não por uma religião, seja essa, qual for. Os que pretendem anexar seus dogmas, tradições, ou escritos alternativos com tantos fazem, ou mesmo ressignificar porções da Palavra, já não lidam com a água pura.

Nada vai adiantar, na hora do juízo, tentarmos lançar as culpas por escolhas que foram nossas, no colo de outrem. Podemos “lavar as mãos” teatralmente ante aqueles que pretendermos fazer boa figura. Mas nada mudará, enquanto seguirmos na impiedade. “Mas, segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

A entrega submissa a Jesus Cristo, lava muito mais que nossas mãos; purifica nossas almas de qualquer sujeira que tenhamos feito. Uma vez limpos por dentro, somos ensinados e capacitados a preservar a higiene espiritual. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O "Evangelho" festeiro de Kivitz


“... Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito...” Ez 13;3

Há pouco ouvi, de Ed Rene Kivitz: “Não creio num Deus que é um fogo consumidor! Creio num que se assenta à mesa com pecadores.”
“Já pensou, um pai chegar em casa e ralhar com seu filho: Por que você comeu o Danoninho que sua mãe proibiu? Por isso, jogasse seu filho no forno deixando-o lá para sempre.”
Ilustrou.

Bem, gostar ou não do que está revelado é direito de cada um; alterar, negar, é temerário.

Que Deus é um fogo consumidor está na Palavra. Heb 12;29 Qual seja a natureza do “fogo do Inferno”, é discutível; já abordei noutro escrito. Mas, que é para lá que irão os que se recusarem ao convite do Salvador, isso é inegociável. Quem não gosta da ideia mas, prefere seguir vivendo alheio, como se isso o fosse livrar, é apenas um estúpido que trai a si mesmo.

Jesus se assentou à mesa com pecadores; Seus servos ainda o fazem; todavia, a conclusão derivada disso precisa um mínimo de seriedade. O Senhor andou com Judas uns três anos, nem por isso é um traidor.

Ele não se assentou à mesa com pecadores para validar o comportamento deles; antes, para chamá-los ao arrependimento. A cada um que perdoava dizia: “Vá e não peques mais.” Portanto, tentar equacionar o amor inclusivo, à permissividade moral, é estúpido e blasfemo.

A ilustração de um pai cruel que assa um filho por causa dum iogurte vetado pela mãe, é uma caricatura ridícula.

Primeiro: nossas desobediências são como as estrelas; incontáveis. Não se trata de um erro apenas. Foi uma, a primeira desobediência que ensejou a morte física e espiritual; alienação do Criador. Nossas falhas cresceram como ervas daninhas. Contudo, mesmo após inúmeras delas, somos chamados ao arrependimento; quem ouvir e mudar será perdoado.

Segundo: não desobedecemos a ordens indiretas duma suposta mãe; antes, em nossas consciências somos informados sobre o que é probo e o que não; quando agimos errado, mesmo assim, afrontamos ao Pai dos Espíritos que nos formatou arbitrários e livres.

Terceiro: Deus não nos envia para o inferno, porque não precisaria; sem Cristo, já estamos na antessala aguardando nossa senha ser chamada.

Mas, nosso Amoroso Pai, enviou Seu Filho a pagar inefável preço, para que possamos sair. O Salvador deixou claro que sua mensagem falava com mortos espirituais. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

As pessoas equacionam erradamente, existência com vida. Quando da queda a vida espiritual se perdeu; desde então o homem passou a se esconder, com medo de Deus. Portanto, O Salvador não envia uns para o inferno e salva outros; antes, ensina que estão todos mortos sem Ele; convida-os ao arrependimento para salvação.

Os que se perdem pelas suas obstinadas escolhas, não são filhos de Deus. São meras criaturas. Desde o abandono da comunhão em obediência, essa bendita posição foi perdida. Mas é restaurada em Cristo, para os que Nele creem; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

É fácil à velhacaria humana em consórcio com o canhoto, criar um deus que soe palatável às almas ímpias. Mensagens dessa estripe encherão ambientes, com pessoas que preferem panos quentes sobre suas escolhas pecaminosas, invés de ouvirem sobre a cruz.

Alguém ironizou sobre política, que, a excelência nessa arte seria alimentar a onça mantendo o cordeiro vivo. Significando que, quem tiver o poder deve se locupletar, porém deixar algumas migalhas à oposição.

Parece que criaram um “Evangelho” semelhante; onde se pode alimentar carnalidade e impiedade, e ainda assim dormir com a ilusão que ser ovelhas do Senhor.

Vital um mensageiro ousado que dê um soco na mesa, em ambientes assim. Paulo o fez com maestria: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Gostando disso, o carnal, ou não, A Palavra da Vida é categórica: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14

Pois, uma coisa é nos assentarmos à mesa com pecadores para testificar de Cristo, O Salvador; outra, fazê-lo por compactuar com seus erros, seu “cristianismo” de fachada. “... não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou roubador; com o tal nem ainda comais.” I Cor 5;11

O ilustre pastor disse não gostar de uma fé que segrega; pois, foi a primeira coisa que O Criador fez: Separar a luz das trevas.

O fim do mundo

“... nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3;3 e 4

Deparei com um vídeo de um desses escarnecedores. Um “filósofo” a dizer que, a ideia de fim de mundo, juízo final, são velhacarias exclusivas do cristianismo, que, com isso semeia o medo, gera dependência, submissão, e perpetua seu controle sobre a sociedade. Seu alvo seria o domínio, apenas.

Apresentou previsões fracassadas da Volta do Senhor, dos Testemunhas de Jeová, Adventistas, como provas que tudo não passa de fraude; a cada predição furada, mudariam a data e seguiriam enganando. Em linhas gerais foi isso que o “filósofo” falou.

Citou o Apocalipse como literatura essencial para isso. Como filósofo, por certo o sujeito deve ter um mínimo de informações. Saber que o Apocalipse foi escrito por um prisioneiro, no ano 96 da nossa era. Alguém nessa situação, como João em Patmos, teria aspirações de domínio? Ser mantido vivo naquele contexto, bastava.

O que Cristo falou sobre o fim, nos Evangelhos, ele disse que foi tirado do contexto ou, interpretado literalmente, um símbolo; sem, contudo, ensinar qual o contexto veraz, e qual o significado do suposto símbolo. Esse tipo de “refutação” não é digno de um filósofo.

Que esse ensino seja exclusivo dos cristãos, as demais culturas sigam alheias a isso, segundo suas inclinações naturais é o esperável. O Cristianismo não tem condição de ser “normal”, dada sua origem. O Deus dos cristãos declara falsos todos os demais deuses; Jesus Cristo, O Salvador, apresentou-se com O Único caminho até Ele; “... ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 Portanto, a rejeição do que é ímpar, por falta de pares, também é uma estupidez.

Que o cristianismo é diferente das demais culturas, de acordo. Daí a ser falso são outros quinhentos. 

Usar o argumento da dominação política, como faz o catolicismo, é ignorar o ensino do Salvador, como a referida igreja faz; a Igreja de Cristo não tem chefe humano, é O Espírito Santo; o papado é uma farsa; Cristo disse: “... Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, seus grandes usam de autoridade sobre eles; mas entre vós não será assim...” Mc 10;42 e 43

As falsas profecias e datas fajutas, como certas seitas “cristãs” marcaram, usadas como argumento para rejeição do cristianismo é ridículo. Seria como negar a essência do trigo por causa da existência do joio.

Os verdadeiros cristãos, os que seguem à Palavra de Deus sem acréscimos nem omissões, não pretendem dominar nada. Só um completo estúpido pensaria isso. Ensinam a quem quiser aprender, que se submeta ao Senhor, não, aos homens.

Mercenários que usam rótulos cristãos para manipular, ganhar dinheiro, empresários disfarçados de bispos, pastores, missionários e apóstolos, estão a anos-luz de ser representantes de Cristo. Porém, nosso “filósofo” parece ser do tipo que afunda ao navio para apagar o incêndio. Cristo advertiu que seria assim; os Seus deveriam vencer, apesar dessas falsificações todas.

Ademais, o fim do mundo não é exatamente o que o vulgo usa pensar, como se tudo fosse explodir, terminar em poeira cósmica.

A Palavra ensina: “A voz do qual moveu então a Terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

A destruição das coisas humanas feitas em impiedade, alienados do Criador. O fim de todos os domínios ímpios e finalmente, o Reino submisso ao Digno Rei dos Reis. Será o fim desse mundo ímpio; o começo de outro, justo.

Assim como um convertido depois de Cristo passa a ser “nova criatura”, pela purificação que O Senhor opera nele, o planeta, após as catástrofes previstas no Apocalipse, será purificado e refeito. Os “novos Céus e nova Terra”, serão os mesmos, depois de purificados. O Criador não prometeu fazer tudo de novo, antes, renovar tudo. “... Eis que faço novas todas as coisas...” Apoc 21;5

Entre as coisas que não podem ser removidas, nem nas catástrofes finais, está a convicção daquele que, deveras, se rende ao Senhor. “Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;” Heb 12;28

Oportuno citar McCandlish Philips, mais uma vez, acerca dos céticos; ele disse: “Você não pode colocar o verdadeiro Evangelho fora de combate com duas ou três perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões é que irão ruir, destacando mais claramente a verdade.”