segunda-feira, 3 de junho de 2024

Sal estragado


“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;8

O convertido foi algo ruim noutro tempo; não mais é, agora. “... noutro tempo éreis trevas...”

Nenhum problema, pois, termos passos ruins em nossos pretéritos. Todo o convertido tem um passado ruim; diferente dos ímpios que ainda têm um presente ruim, admitindo ou, não.

Paulo evocou os dias antigos, dos romanos, quando não tinham compromisso pra agir de modo justo. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 Ou seja: Antes de Cristo, podíeis fazer o que lhes dava vontade.

Mas, antes de alguém concluir que aquela “liberdade” era melhor, demandou pelos resultados daquele modo de vida: “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” V 21

Se, olhando de fora, aquele viver envergonhava, sendo, o fim do mesmo, a morte, certamente, não havia nenhum argumento que o justificasse.

Assim, pouco importa de onde viemos, o que fizemos em tempos idos. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos.” Sal 40;2
O que somos e o que fazemos agora é que conta, diante de Deus; “Mas agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus, tendes vosso fruto para santificação, e por fim, a vida eterna.” V 22

Gente que bate a porta na cara de alguém, agora, porque esse deu passos ruins em outros tempos, condena a si mesmo em sua rejeição. Pois, conta com o perdão Divino para os próprios pecados, embora, seja juiz severo dos alheios. “Com a mesma medida com que medirdes, tornarão a medir a vós.” Ensinou O Salvador.

“... andai como filhos da luz”, é o preceito para todos os que pretendem ter deixado as trevas espirituais, sedo agraciados com a iluminação do Senhor.

Como andam os filhos da luz? O salmo 15, diz: “... anda sinceramente, pratica a justiça, fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo; a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, contudo, não muda.” Vs 2 a 4

Infelizmente, no quesito, “Fala com dano seu, contudo, não muda”, é onde mais se identifica falhas entre os que se declaram cristãos. Vestem suas mudanças mesquinhas com desculpas esfarrapadas; coam moscas, (picuinhas ultrapassadas) e engolem camelos; dando um testemunho de gente indigna de confiança, malgrado, se pretendendo cristã. Spurgeon dizia: “Ninguém precisa se dizer um cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Aja como um.

Muitos, infelizmente, lembram a música “Metamorfose ambulante”, do Raul Seixas; dizia: “Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor, lhe tenho horror”.

Que ele, ímpio e drogado, vivesse dessa forma e ainda afirmasse em prosa e verso, vá lá. Mas, nós que fazemos menção do Santo Nome do Senhor, de nós, o esperável são coisas mais valiosas. “... de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação...” Heb 6;9

Paulo pontua a responsabilidade que incide sobre os que se dizem, de Cristo: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Esse sal insípido, que só serve para ser pisado pelos ímpios carece urgente entender o que está em jogo. Ninguém é obrigado a crer na Palavra de Deus, tampouco, fazer menção de porções dela; mas, se o fizer, tenha em mente que será responsabilizado por isso. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti?” Sal 50;16 e 17

Nossa pregação é uma coisa boa, quando, nosso modo de agir se faz uma testemunha da mensagem que pregamos; senão, como disse Jó aos tagarelas imprudentes que o cercavam, “Quem dera que vos calásseis de todo, pois, isso seria vossa sabedoria.” Jó 13;5

Muita vergonha grassa no seio de igreja, fruto de gente tíbia, sem coragem de se render a Cristo. Como terá autoridade para pregar à Palavra que transforma, aquele que ainda não exibe traços de que tenha sido transformado?

A timidez, não é inócua como pode parecer; “Mas, quanto aos tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, que se prostituem, feiticeiros, idólatras e todos os mentirosos, sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; a segunda morte.” Apoc 21;8

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