quinta-feira, 27 de junho de 2024

As Alianças


“Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei.” Gn 12;1
“... Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.” Mat 3;2

Na primeira abordagem, a chamada a Abrão, para que deixasse tudo, indo após Deus, a uma terra que Ele lhe mostraria. Embora, fosse O Eterno a chamar, se tratava de assuntos da terra. O Criador anelava criar aqui, um povo para Si que lhe fosse propriedade peculiar, e O representasse diante dos demais. “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda Terra é Minha.” Ex 19;5

Isso foi dito algumas gerações adiante ao povo que derivara da promessa Divina a Abrão, que teve seu nome mudado para Abraão, porque, vocacionado em Deus, e ser pai de muitos povos.

Mateus apresentou um rol de gerações dede Abraão, até chegar a José, pai adotivo de Jesus Cristo. Resumiu sua lista assim: “De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; de Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; da deportação para Babilônia até Cristo, catorze gerações.” Mat 1;17

Através de Jesus Cristo, enfim, foi cumprida a promessa de muitos povos descendendo de Abraão. Uma descendência, agora, espiritual. Paulo ensina: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o Evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gál 3;8 e 9

Adiante, explica: “As promessas foram feitas a Abraão e sua descendência. Não diz: Às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: À tua descendência, que é Cristo.” V 16

Se, a chamada a Abrão, atinava a estabelecer uma nação sobre a terra, a mensagem de Cristo, desde Seu precursor, João Batista, atina para um alvo mais alto; “Arrependei-vos porque é chegado O Reino dos Céus!”

O povo eleito recusou-se a produzir os frutos que O Eterno desejava. Isaías alegorizou: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu não tenha feito? Por que, esperando que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?” Is 5;4

Depois, explicou: “A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” V 7

Certamente, num contraponto Divino à videira degenerada, O Salvador disse: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É O Lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais.” Jo 15;1 e 2

Inegável que, o “povo eleito”, são os hebreus, descendentes de Abraão. Mas, ante a superioridade do elo espiritual sobre o carnal, esse, perde relevância em função daquele, como disse com duro linguajar, João Batista: “Não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque Eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;9

Se eles, na Antiga Aliança tiveram o privilégio e a reponsabilidade de representar Deus, em Cristo, essas coisas pertencem a todos. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz; vós, que noutro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” I Ped 2;9 e 10

Se aqueles, produzindo frutos indesejáveis a Deus, foram rejeitados, mesmo como menos informações, e sem o auxílio do Espírito Santo, que temos, como será conosco, caso, caiamos no mesmo erro? “Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada. Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.” Heb 6;7 a 9

A questão à qual devemos responder, inquieta: “Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que ouviram?” Heb 2;2 e 3

“Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos Daquele que É dos Céus;” Heb 12;25

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