quarta-feira, 19 de junho de 2024

Os perdoados

 “Bem aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, cujos pecados são cobertos.” Rom 4;7

Quem seriam os sortudos que receberiam essa graça da parte de Deus? Teria O Santo Seus favoritos, para os quais daria uma espécie de licença para pecar, faria vistas grossas?

O mesmo cuidado que teve Abraão, de não associar ao Senhor, a mínima injustiça, devemos ter; “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda terra?” Gn 18;25

O Eterno É Grandioso em perdoar, rico em misericórdia; mas, em momento algum, volta as costas para a justiça, que ama. Por isso a necessidade da cruz; para que o amor e a justiça obrassem em consórcio, para nossa salvação. Não que seja justo no tocante a nós o Feito de Cristo; é Maravilhosa Graça! Mas, a Justiça de Deus assim requereu, para que pudesse manifestar Seu Amor.

A quem O Senhor perdoa, cobre os pecados? Quando diz, Bem aventurados, não está essa declaração enfatizando um determinado grupo de pessoas, antes, a grandeza da bênção que é, receber tais favores, que estão ao alcance de todos. No tocante à remissão dos pecados, as condições são iguais.
“O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

A condição supra identifica aos que, recebem o perdão Divino, o sujeito é encontrado no predicado; digo, quem cumpre as condições recebe as dádivas referidas.

O problema do ser humano é que tende ele a manifestar escrúpulos quanto aos erros, quando está diante das consequências. O que não deriva, necessariamente, de arrependimento.
Qualquer interesseiro se “arrependeria” demandando perdão, num momento em que os erros se mostrassem como são, para depois, fazer tudo novamente. Mera repetição ritual, como faziam os que traziam um novo sacrifício a cada novo pecado, foi apreciado pela Palavra de modo nada elogioso; “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;3

Em Cristo somos desafiados ao sacrifício de nossas más inclinações, mudança de mentalidade em relação ao mundo, para, enfim, fruirmos a Divina vontade; “... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

A excelência do arrependimento, é nos entristecermos por termos entristecido ao Eterno, ter ficado aquém dos Seus justos preceitos. Como vimos, não basta mera confissão; “... o que confessa e deixa, (de pecar) alcança misericórdia.”

Não que possamos abandonar um hábito mau, de uma vez por todas. Mas, os verazmente arrependidos, não cometem mais o mesmo pecado, com a naturalidade de antes. Convertidos a Cristo, ainda falhamos, não mais, ser dor, “sem culpa”, como quando estávamos espiritualmente mortos. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20

“Livres”, no sentido de não sentirmos internamente uma denúncia por estar agindo de modo injusto. Não significa que, no fim da carreira não responderíamos pelas nossas escolhas errôneas.

Escrevendo aos cristãos coríntios, em dado momento Paulo diz: “nós temos a mente de Cristo.” Não é essa bênção uma herança automática; antes, somos desafiados a deixar nosso modo rasteiro de pensar, e paulatinamente substituí-los pelos Divinos pensares, que aprenderemos mediante À Palavra de Deus.
“Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são os Meus caminhos mais altos do que os vossos, e os Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;7 a 9

A letalidade do pecado não é percebida pelos olhos naturais. Certa vez, quatro homens levaram um paralítico ao Senhor, baixaram através do telhado devido à multidão que O rodeava. Invés de, compadecido da enfermidade Dele, O Salvador efetuar a cura, iniciou pelo mais importante: “... Homem, os teus pecados te são perdoados.” Luc 5;20

Se tivéssemos que escolher entre o perdão ou a saúde, qual seria a nossa opção? “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” Luc 12;4 e 5

Igrejas lotam se anunciarem suas, “campanhas de milagres.” No prisma dos valores espirituais, inda usamos diamantes em fundas.

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