domingo, 30 de junho de 2024

As ilhas


“... Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã, como o orvalho da madrugada, que cedo passa.” Os 6;4

A “veia obediente” daqueles era mui breve, durava um momento. Uma vez que nos chama à eternidade, pretende, O Eterno, que nossa relação seja perene; “Em todo tempo sejam alvas tuas roupas, nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

Não que O Senhor requeira, santidade full time. O que Ele espera é compromisso integral. Que, quando errarmos, tenhamos isso bem claro, não o façamos “sem culpa”, como fazíamos antes de termos relação com Ele; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 

Antes que alguém se apresse a defender as vantagens daquela “liberdade”, a questão: “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” V 21

Em Cristo somos livres para obedecer, andar conforme Sua Palavra, para o que, somos capacitados por Ele mesmo; “a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Fazer o que quiser não é ser livre, antes, ser servo dos desejos de inspiração maligna; nossa natureza caída se opõe a Deus e Sua vontade. A liberdade pressupõe limites, uma vez que, me restringe ao meu “quadrado”; no do semelhante, a gestão é dele. Como no trânsito, todos são livres para ir e vir, conforme as regras.

Então, mesmo que nossa retidão não consiga ser integral, dadas as más inclinações, nosso compromisso com O Senhor deve ser pleno; nossas vidas são Dele.

Eventualmente, um famoso, mais comprometido com álcool que com Deus, em meio ao show tem um insight; para suas canções animadoras dos vícios e profere três ou quatro frases com cacoetes espirituais, para delírio da galera que o aplaude efusivamente; essas gotas de orvalho não deveriam confundir ninguém. Guardar 23,59 horas do seu dia, para viver à sua ímpia maneira, depois, reservar um “ganchinho” para decorar a própria popularidade com um souvenir “espiritual” é hipocrisia.

Se falasse e vivesse algo, devidamente espiritual, provavelmente seria vaiado.
A vida com Deus não é a permissão religiosa para singrarmos num mar de lama, e oportunamente ancorarmos em ilhotas “espirituais” em demanda por aplauso dos colegas de navegação.

Antes, é coragem concedida pelo Senhor, de dizer não, a esse sistema falido, confrontando seus valores inversos, em defesa da imutável Palavra da Vida.

Quando fazemos isso, não eclodem assovios, aplausos, interjeições de admiração. No melhor cenário encontraremos compunção, tristeza; no pior, seremos vaiados, xingados, rejeitados. O aplauso do mundo é a exposição do mundano paladar, não, do Divino. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Isso, aos religiosos da época, que, naquela sociedade eram tidos como próceres espirituais.

Dizem que o avestruz é um animal tão estúpido que come qualquer coisa que achar, um relógio até, pode confundir com alimento. Se faz isso, não sei; mas A Palavra de Deus ensina que foi privado de sabedoria, incapaz de cuidar dos próprios ovos que bota;

“Ela deixa seus ovos na terra, os aquenta no pó, se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar. Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor, porque Deus a privou de sabedoria, não lhe deu entendimento.” Jó 39;14 a 17

Ao homem foi dada a capacidade de aprender; a estupidez que deriva da rejeição a Deus e Seus valores, não é uma ignorância inocente, antes uma escolha culpada. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Quisera, esses, quando aportam nas suas breves ilhotas, tivessem um lampejo de luz espiritual, para vislumbrarem deveras, como as coisas são! quão urgente é, abraçar à salvação! Mas, em geral sai o “sol”, o orvalho some.

A primeira coisa que precisa aprender, quem desejar excursionar nos domínios de Cristo, é que ser Dele é um desafiador compromisso, sem menor possibilidade de decorarmos vitrines para consumo externo.

Conversão nos leva a olharmos para dentro para nos lavarmos; a natureza joga para a “torcida” demandando aplausos. O primeiro passo é grave; “Negue a si mesmo;” o segundo, “suicida!” "Tome sua cruz e siga-me”.

Nenhum tipo de brilho foi posto na cruz; apenas vergonha. Porém, benditas consequências, uma vez recebida. “... a coroa da justiça... o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas a todos que amarem Sua vinda.” II Tim 4;8

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