sexta-feira, 7 de junho de 2024

Esse vampiro, o Estado



“Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo, da multidão de palavras.” Ecl 5;3

Agora que a estupidez perdeu a modéstia, tolos tem subido ousadamente aos pódios do alheio apreço; parece que, como dizia o humorista Batoré, alguns “pensam que é bonito ser feio.” Acham oportuno compartilhar aquilo que desconhecem, ou são incapazes de entender; quiçá, não são capazes de admitir isso, suas limitações e puxar o freio, antes de sair partilhando o que ignoram.

A tolice que começou a me encher o saco há uns três dias, e vi até alguns “cristãos” partilhando diz: “Quando tudo for privado, seremos privados de tudo.” Um joguinho de palavras criativo até, mas, totalmente desprovido de nexo.

O que chamamos de privado? Aquilo que pertence à iniciativa privada, em oposição ao que é estatal, ou seja, pertence ao Estado. Deveríamos, pois, combater à privatização como quem combate um câncer?

Pois, a “filosofia” subjacente à frase esposa a estatização; que tudo seja do Estado, como nas nações totalmente dominadas pelo comunismo; lá, a iniciativa privada é castrada; o Estado se apossa de tudo. Tolhe que o indivíduo ouse empreender, o que quer que seja. A nefasta castração dos empreendedores sempre fez a miséria das nações onde essa tolice foi tentada. Todos se tornam iguais, na miséria.

Sem o incentivo à prosperidade, com todos os meios de produção em mãos estatais, as coisas começam a sumir das prateleiras dos mercados, dado que, os “servidores” do Estado cumprem horários descompromissados, invés de estabelecer metas produtivas para crescer, como nos sistemas de economia liberal. Cuba e Venezuela que o digam.

Claro que, a iniciativa privada não dá nada a ninguém; produz e vende visando lucro, que é honesto e necessário; senão, qual a razão para se empreender?

Porém, que o Estado dá aos cidadãos? Rouba cinco meses de trabalho anual, em onerosos impostos, com uma contrapartida de serviços pífia que, com dez por cento do erário daria para bancar, se a honestidade habitasse onde os serviços públicos são administrados.

Em situações de catástrofes como a vivida no Rio Grande do Sul, O Estado se mostrou omisso, preocupado com uma boa imagem, mediante narrativas que a poderia obter de graça, sem censura, através de ação competente; mas, não fez.

Salvo coisas atinentes à coesão nacional, como segurança, educação, saúde, (educação dá para discutir) que devem ser geridas pelo Estado, o mais, fica muito melhor na mão da iniciativa privada. Administração é mais séria, feita por gente competente que deve produzir resultados, não por “cumpanheros” de partidos, que são colocados sem credenciais; meros ralos por onde a suja corrupção escoa; esses seriam fechados, com a redução da obesidade estatal.

Num sistema de incentivo ao privado, aumentaria a competição, baixando preços, pela lei da oferta e demanda. O Estado não existe para nos dar coisas; mas, para gerir as necessárias; embora se espraie em mil e uma áreas que não deveriam lhe dizer respeito; por ver nelas, fontes fáceis de corrupção, não por interesse em exercer uma proba gestão.

Quando tudo for estatal, também nós seremos propriedade do Leviatã, como são os chineses e norte-coreanos, por exemplo.

Vemos no atual embate sobre a questão do arroz, que as empresas que suprem o setor garantem não haver necessidade de importação. Mas, por razões políticas, a febre incurável do Estado, e quiçá para desviar alguns bilhões, nosso país se mete a importar, tendo outras frentes a atacar, várias coisas mais relevantes que são ignoradas; cuidar dos cidadãos, não é interesse do Estado, infelizmente.

É “preciso” um “Fundão eleitoral” de 5 bilhões, preço que o bichão cobra só em propaganda, dos seus “benfeitores”. Para esses que, deveriam mostrar o que são, atuando, imperam narrativas falaciosas pagas por nós, propagandeando.

O cidadão privado arca com aluguel, se carecer morar; passagens e estadias, se precisar viajar; paga pela publicidade, se necessitar anunciar; os do Estado, estão acima dessas coisas rasas, como se, fosse interesse do cidadão, contratar gente para que lhe roubasse.

Enfim, para alguém sujar suas páginas defendendo a quem o rouba, deve ser um amputado mental, um idiota útil, um cérebro ermo, que se faz caixa de ressonância a serviço dos próprios algozes.

Honestamente, atualmente, o Estado não serve para nada. No entanto, devo crer que, quando tudo for estatal, finalmente teremos meios para um digno viver? Carecemos predicados intelectuais e geométricos para acreditar nisso; digo, precisamos ser bestas quadradas.

Sou pela liberdade de expressão ao extremo. Que cada um seja livre para dizer o que pensa. Mas, se der para qualificar um tiquinho a arte de pensar, ou, houver certo pudor, para que a estupidez não saia nua, a vida ficará um pouco menos amarga.

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