segunda-feira, 6 de maio de 2019

Aleitamento Paterno

“Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; minha alma está como uma criança desmamada.” Sal 131;2

Duas situações podemos entender por desmamar; a mais usual é encerrar o ciclo de aleitamento em determinada idade do bebê; outra seria encerrar o ato de mamar por estar saciado, já.

O contexto sugere a segunda alternativa. Pois, anexa à situação, sossego, calmaria; coisa que não se verificaria necessariamente no encerramento do ciclo; mas, após mamar o suficiente os pequenos, geralmente, dormem.

Assim, o autor estaria dizendo que sua alma estava saciada no Senhor, como um bebê bem alimentado.

Calmaria derivada de duas coisas; reconhecimento dos próprios limites; “Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim.” v 1 E confiança irrestrita no Senhor; “Espere Israel no Senhor...” v 3

Reconhecimento dos próprios limites e atuação dentro deles parece lógico, mas infelizmente não é. Há muitos analfabetos bíblicos que invés de buscar aprender, perguntar para quem sabe, ousam, em pé de igualdade, quando não, de cima para baixo; orgulhosos da própria ignorância fazem bizarras afirmações sobre o que não entendem, como se, coisas pertinentes à Vida Eterna fossem meras questões de opiniões, como, as predileções esportivas ou, políticas. A falta de noção aqui não é estupidez apenas; é suicídio.

Se, o sossego de um Santo advém de sua confiança irrestrita no Senhor, esses nos atacam, ofendem por isso; como se, confiar cabalmente Naquele que tudo Criou e sobre tudo governa fosse uma insanidade.

Vejamos mais: “Assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria vossa força, mas não quisestes.” Is 30;15 Ou, como dissera Moisés: “Aquietai-vos! O Senhor pelejará por vós e vos calareis”.

Por outro lado, a inquietação é posta como subproduto da impiedade; “Mas os ímpios são como mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Quando citamos À Palavra, e sempre fazemos se, o assunto é espiritual, invés de redarguir com outra porção dela como fariam dois salvos, dirimindo dúvidas de interpretação de determinada passagem, partem para ataques pessoais; “Só vocês estão certos”, como se, os pontos bíblicos que realçamos fosse nossa reles opinião, não A Palavra de Deus.

Ora, a mesma Palavra se encarrega de circunscrever a Sabedoria em si; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

Perante Oseias O Senhor reiterou a denúncia de rejeição; “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

As consequências foram expostas pelo mesmo profeta para que se entenda que, essa rejeição não é uma coisa pueril como seria meu time perder um jogo, ou, o meu partido uma eleição; vejamos: “Meu povo foi ‘destruído’, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também me esquecerei de teus filhos.” Os 4;6

A rejeição de um sacerdócio que se esquecera de Deus, e de todos que a ele se submetiam.


Por isso, reitero a importância de cada um não se exercitar em coisas maiores que sua capacidade; de um Ministro que ensina deve fazê-lo segundo Deus, não segundo predileções, dogmas, ou opiniões; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

O ministério do ensino não deve ser buscado; o aprendizado sim; “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1 Todavia, quem pelo Senhor foi capacitado não pode se abster a pretexto de “humildade”; seria apenas, desobediência.

Enfim, triunfe o conhecimento de Deus! Encha a Terra! Esse é o plano! “Não se fará mal nem dano algum em todo meu Santo Monte, porque a Terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.” Is 11;9

Todavia, não pretenda lutar MMA quem ainda é de colo e carece mamar e descansar confiante nos braços do Santo; “Deixando, pois, toda a malícia, todo engano, fingimentos, invejas, todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 1 e 2


domingo, 5 de maio de 2019

A Dor da Salvação

“Vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6

Os que pregam facilidades em busca de adesões, invés, do Evangelho por conversões deveriam meditar um tanto no verso acima. Os salvos feitos imitadores dos apóstolos e de Cristo nas tribulações, inda que, na esfera espiritual fruíssem gozo.

Seria perverso e estúpido imaginar que eles teriam feito o “trabalho sujo;” para nós seria só alegria. Não há dois tipos de salvos; perseguidos e festivos; estamos todos no mesmo barco.

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...” I Ped 4;12 a 14 Primeiro a comunhão com os sofrimentos de Cristo; depois, com Sua Glória. O vinho melhor fica para o final.

Concorrem tribulações e gozo no Espírito Santo; a “contradição” é espelho das reações do inimigo, e de Deus, à nossa postura.

Na “sala de testes” o inimigo força-nos para ver se nos derruba; Deus permite tentações para acrescer têmpera à nossa fé, mas ajuda-nos. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

O que seria o gozo espiritual em meio às tribulações, senão, o selo da aprovação de Deus quando damos passos certos, mesmo atacados?

Paulo ilustrou as tribulações como sendo um fogo; a essência da fé de cada um comparou com materiais; combustíveis, ou, não; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

Os anjos que assistem diariamente cristãos perdendo a vida nas mãos de islâmicos por não negarem sua fé devem ficar perplexos ao nosso respeito, quando, uma contrariedade mínima basta para nos aborrecer e afastar de Deus.

Uma hora, eles lidam com essências áureas dos que apostam as próprias vidas na Integridade e Fidelidade Divinas; outra, têm seu trabalho multiplicado por ter que ministrar a favor de melindrosos mimados que não sabem avaliar direito o que está em jogo, imaginando que a vida eterna seja um direito, não, uma conquista mediante esforço e o concurso de perseguições.

A Graça significa que O Salvador fez por nós o que nos era impossível e imerecido; não, que não tenhamos que pagar um preço também; o que significa tomar a cruz? Paulo ensina: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O gozo do Espírito não acompanha a covardia; pois, “... Deus não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7

Desse modo, as tribulações advindas porque incomodamos ao inimigo são luzes no painel indicando que estamos firmes no bom combate; são oportunidades de honrarmos a Deus mantendo nossa firmeza, mesmo que tudo ao redor desmorone como disse Jó: “Ainda que me mate, Nele esperarei...”

Contudo, uma distinção é necessária: Há “tribulações” que são as consequências das más escolhas; são apenas uma colheita; nesses casos, estar atribulado não é sinônimo de ser perseguido, mas de ter sido inconsequente; as que derivam de nossa firmeza e fidelidade em Cristo são um plantio, cuja colheita será na Glória.

O “Tesouro no Céu,” não raro, deposita-se na Terra em sangue. Depois a “Casa de Câmbio” Celeste converte em vida e honra.

Como Édipo o Rei, que, tentando fugir de sombria sina foi ao seu encontro, os que evitam Cristo, temendo a cruz, armazenam para si dores eternas.

Nos dois lados há sofrimento; a diferença é que sofrer Em Cristo é por um tempo, assistidos pelo Espírito Santo, com recompensa duradoura.

Do outro lado é breve a possibilidade de fuga, infinda a perdição. Enfim, a conversão que abdica prazeres pecaminosos é, acima de tudo, um ato de sabedoria, como disse Jim Elliot: “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter, em troca de algo que não pode perder.”

sábado, 4 de maio de 2019

De volta ao "Plano A"

“O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono... meu povo não entende.” Is 1;3

Na distinção entre homens e animais a balança sempre pende para nosso lado no quesito inteligência; eles são instintivos, nós racionais. Isso nos permite manipular abstrações, inferir, cogitar, criar, “viajar” no tempo palpando passado ou futuro, etc.

Bichos vivem monótonos; satisfeitas as necessidades de subsistência e procriação nada lhes falta; devidamente treinados muitos conseguem ainda, algumas proezas inteligentes.

Entretanto, Deus queixou-se do Seu povo dizendo que entendia menos que bois ou jumentos.

Salomão deixara empate; “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

O nivelamento nosso com os bichos se dá quando o homem está em si mesmo, isto é: Alienado de Deus.

O orgulho humano resiste em admitir que não há uma neutralidade possível, dada a dualidade após a queda; necessariamente seremos consortes espirituais da força que nossa inclinação escolher. Deus, ou o inimigo.

Quando o tentador sugeriu a ruptura dizendo que as humanas decisões poderiam ser tomadas em si mesmos, ao aceitar isso nosso pai primeiro deixou a comunhão com Deus pela associação com o maligno.

O homem natural não é estritamente um “ser em si” como diriam os filósofos; antes, refém de uma vontade enferma que luta contra o entendimento. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;6 e 7

Antes da conclusão Paulo expusera o conflito; “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não aprovo; o que quero isso não faço, mas o que aborreço faço. Se, faço o que não quero consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;14 a 21

Notemos que há uma distinção entre o “Eu” verdadeiro e seu raptor; “... não sou eu que faço, mas o pecado que habita em mim...” Logo, o homem sem Deus não é apenas pecador como devaneiam os românticos; é pecado.

Quando João Batista apresentou O Cordeiro de Deus predicou como Aquele “que tira o pecado do mundo”. Não disse “Os pecados” uma vez que são tantos que cometemos, mas, “O pecado”. Aquele da ruptura inicial que fez o homem divorciar-se do Criador e casar com a oposição.

A rigor a crise humana não é de entendimento das coisas espirituais, mas, afeto por elas, uma vez que, por habituado desde sempre ao consórcio com o pecado, a liberdade oferecida em Cristo soa-lhe mais como uma ameaça, que, regeneração. Preferem perseverar nos prazeres da condenação. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Os que vivem soltando os bichos não passam de fugitivos do amor do Criador que os busca tencionando regenerar. Se isso não for possível Ele, detentor dos “direitos autorais,” contra Sua Santa Vontade terá que julgar.

A arma do inimigo são os conselhos da cegueira que deixa seus reféns irracionais; “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se, a regeneração implica em obediência a Cristo, necessária a conclusão que a desobediência é “plano B”.

O Pródigo alienado do pai esbaldando-se em si mesmo acabou faminto entre porcos, assim somos todos; todavia, quem volta ao Pai arrependido encontra perdão, vestes novas; uma casa em festa. Não teremos mais a cegueira de estar em nós mesmos; pela Palavra, será nossa “A Mente de Cristo”. Aí o “Bicho” é outro; O Leão da Tribo de Judá.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Atrás da Rocha

“Nada façais por contenda ou vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Fp 2;3

Não raro deparo com postagens “cristãs” que fazem pensar que eles não entenderam nada; ”Seja a melhor versão de si mesmo”; “Não se rebaixe! Ninguém é mais que você”! “Só dê palpites na minha vida quando pagares minhas contas”, etc.

Na Palavra encontramos receitas como: “Negue a si mesmo...”; “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”; “considere os outros superiores...” “Comunicai com os santos nas suas necessidades... Sois membros uns dos outros.” Etc.

Além dessas pérolas de vez em quando uma diatribe de gente santa aos próprios olhos acusando-nos de “se esconder atrás da Bíblia”; Além dos vícios óbvios, egoísmo e orgulho, crassa ignorância.

A Palavra aconselha a nos escondermos em Deus: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91;1 Se esconder Nele, necessariamente demanda o conhecimento e cumprimento da Sua Palavra; ou a coisa se dá nos Seus termos , ou é falsa. “Lâmpada para meus pés é Tua Palavra; luz para o meu caminho” Sal 110;105 “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Uma hora, lhes parecemos arrogantes por apresentar sem concessões, rigorosamente, os juízos do Senhor; somos “donos da verdade”; outra, somos tachados covardes escondidos atrás de algo por falta de coragem pra vida.

Fico em dúvida sem saber se sou arrogante ou covarde.

Apresentar sem omissões nem concessões, o Juízo Divino é o que se espera de quem deve negar-se, incluindo abdicar dos seus pensamentos em prol dos Divinos; “Deixe o ímpio... seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Onde veem pretensão reside apenas coerência; se, são deveras, mais corajosos, por que, lhes falta ousadia para enfrentar a si mesmos, tomando também a cruz?

Deus não faz nenhum carinho no ego dos ímpios; nivela a todos por baixo; pecadores; nenhuma concessão às religiões; declara todos os deuses delas vãos; “Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade; suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; suas próprias testemunhas, nada veem nem entendem para que sejam envergonhados.” Is 44;9

Sua Palavra é eterna; “Passará o Céu e a Terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Nela antecipa-se o Juízo; “Quem me rejeitar e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado essa o há de julgar no último dia. Porque não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, me deu mandamento sobre o que hei de dizer...” Jo 12;48 e 49

E chama de bastardos aos que rejeitam à disciplina: “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;7 e 8

Portanto, essa balela de “Deus como você concebe”; “sirvo a Deus do meu jeito, não preciso Bíblia nem de igreja” é só o conselho do Capeta remasterizado; pois, disse que Adão e Eva se bastavam e não precisavam da Palavra de Deus.

O simples desprezar à mesma deixa evidente já, qual espírito anima aos que assim fazem; o mesmo de sempre.

Se, a queda deu-se pelo abrigo do orgulho independente, anseio de autonomia no humano coração, a regeneração necessariamente deve começar pela antítese; humildade e submissão de quem reconhece suas culpas e delas se arrepende.

Não só preciso de Igreja para congregar, aprender, como da Bíblia para, paulatinamente trocar meus pensares pecaminosos pelos pensamentos Santos de Deus. Preciso ainda, perdão para meus recorrentes erros, e conselhos de quem sabe mais que eu nas coisas pertinentes à vida.

Sou, pois, muito mais fraco que presumem os que me desprezam por isso. Mas, essa fraqueza reconhecida me faz abrigar à sombra de um que pode tanto, que Nele, nenhum mal me assusta. Nem mesmo a morte, pois, até a ela meu Senhor venceu. Deveria me envergonhar de ser protegido por Alguém assim?

Aos que se bastam a Palavra apresenta de modo não muito elogioso; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12

Como Davi em Adulão, estamos escondidos, sim; mas não atrás da Bíblia; antes, na Rocha Eterna, em Deus. “Porque a sua rocha não é como Nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;31

terça-feira, 30 de abril de 2019

Nossa Mascarada Maldade

“Disse-lhes Pilatos: Levai-o e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não é lícito matar pessoa alguma.” Jo 18;31

Duas coisas saltam aos olhos. Primeiro; mentira. A Lei facultava que se matasse aos adúlteros, feiticeiros, blasfemos... Quem conhece o Velho Testamento sabe que muitas vezes sentenças assim foram aplicadas. Portanto, dizer que não poderiam julgar segundo sua Lei porque essa vetava pena de morte era uma grosseira mentira.

Aliás, alguns dias após O Calvário mataram também a Estevão apedrejado; talvez, a Lei tenha mudado e as pessoas nem se deram conta.

Segundo; o pré-julgamento. Não iriam averiguar possíveis crimes dos quais alguns acusavam Jesus; trouxeram nos lábios uma sentença já; a morte. Foi como se, o Sinédrio pedisse a Pilatos: Mate Ele para nós, por favor!

O fato é que homens com consciências cauterizadas superam aos próprios demônios em maldade e cegueira.

Quem achar que essa é uma afirmação exagerada leia o episódio do endemoninhado gadareno; Verá demônios pedindo um favor ao Senhor, que não os mandasse de volta ao abismo, mas permitisse entrar em porcos circunstantes; e os homens, depois de contemplar à libertação do infeliz, pedindo ao Senhor que fosse embora. O diabo pediu uma bênção a Jesus; os homens pediram distância. Ver Mc; cap 5

Em outro incidente alguns bobo-alegres sem noção meteram-se a exorcistas; o capeta mostrou reverência e conhecimento dos santos e desprezo pelos falsos, coisa que muitos humanos não sabem; “Alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E saltando neles o homem que tinha o espírito maligno assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.” Atos 19;13 a 16

Não se trata de inocentar o canhoto; toda maldade tem seu patrocínio; quando não na ação estrita, no conselho de ruptura e autonomia blasfema e insana dos ímpios, na qual, muitas fazem coisas com as quais até o capeta aprende maldades novas; melhora suas diabruras calcado nas lições de vida; digo de morte, que aprende.

O melhor de nós é muito pior do que ele mesmo pensa em seus melhores momentos; e o melhor momento de um pecador é quando está contrito, arrependido, confesso dos seus deslizes perante O Santo.

Spurgeon dizia que lidamos com nossos pecados como um fruticultor lida com o seu produto. Aquele escolhe os frutos mais vistosos e coloca em realce na feira, mas no seu pomar inda tem infinitamente mais; igualmente, expomos nossos pecados mais graúdos, nossas maldades mais patentes; contudo, muitas outras subjacentes inda palpitam em nossa natureza perversa e revés para com a Lei Divina. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, e nem pode ser.” Rom 8;7

Desse modo, fazemos bem quando aprendemos com Davi a pedir a remoção, também, desse lixo espiritual que, eventualmente escapa das nossas pesadas vistas. “Quem pode entender seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.” Sal 19;12

Tem gente sem noção que se presume contrito dizendo platitudes tipo: “Pai perdoa-me por que eu sou um pecador”. Lembrei de “Deus” (Morgan Freeman) Avaliando uma “oração” de Bruce Noland (Jim Carrey) no filme O Todo Poderoso. Que tal? Perguntou o “fervoroso” orador; “Muito boa para concorrer a Miss América foi a resposta sarcástica de “Deus”.

Que todos somos pecadores e não há um justo sequer é o ponto de partida. Só me arrependo quando um mal que faço me incomoda a consciência. Como me livraria de um incômodo passando por alto como se nem incomodasse deveras?

Quando da consagração do Templo, Salomão orou para que O Eterno fosse Propício aos sinceros que conhecem e, (obvio) assumem suas culpas; “Toda oração, toda súplica, que qualquer homem fizer, ou todo o teu povo Israel, conhecendo cada um a sua praga, a sua dor, e estendendo as suas mãos para esta casa, então, ouve Tu desde os Céus, do Assento da Tua Habitação e perdoa...” II Crôn 6;29 e 30

Enfim, ou damos vazão aos maus instintos traindo novamente Jesus acenando novas perspectivas de maldade ao Capiroto, ou, aprendemos de vez, fidelidade irrestrita, para que pelo nosso exemplo de firmeza na adversidade façamos potestades celestes comprovarem “in loco” as mentiras do comerciante que enganou um terço dos anjos.

“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus...” Ef 3;10

domingo, 28 de abril de 2019

A Fraqueza de Deus

“Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu...” Tt 1;2

Parece antagônico lermos À Palavra do Todo-Poderoso e descobrir algo que Ele “não pode”. “Deus... não pode mentir...”

Há mais coisas que Ele assumidamente “não pode”; condescender com a hipocrisia religiosa, por exemplo; “Não continueis a trazer ofertas vãs; incenso é para mim abominação; luas novas, sábados e a convocação das assembleias; ‘não posso’ suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1;13 “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; 'não pode' negar a si mesmo.” II Tim 2;13 Nessa linha há mais variáveis que, O Santo “não pode”.

Conhecedores da “Fraqueza” Divina fica fácil a cada um dos Seus filhos tomar uma decisão em caso de dúvidas; “... sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.” Rom 3;4

Nada foi mais combatido pelo Salvador nos dias da Sua Carne, que a hipocrisia religiosa; o que é essa, senão, a verdade nos lábios, não, nas atitudes? Deus abomina a todas as formas de mentira.

Quando Ele quis julgar Acabe mostrou a Micaías o profeta a visão de um concílio celeste onde deu a palavra a uma assembléia de anjos facultando-lhes sugerir a forma da execução do já condenado rei. Um deles se propôs ser um espírito de mentira nos lábios dos falsos profetas dele. O Eterno concordou com esse uso eventual da mentira; mas, paralelo enviou Micaías a dizer a verdade. O Rei fez sua escolha como sempre.

Havia ali um duplo juízo; a morte pela apostasia e ainda “patrocinada” pelos falsos profetas, frutos dessa alienação apóstata. Amara a mentira em sua vida; que a mesma o acompanhasse até à morte.

Atualmente O Eterno está julgando outra vez dessa forma. Invés da aferição dos valores espirituais ser um cotejo entre verdade e mentira, como convém, isso, conforme A Sagrada Escritura, na maioria dos casos o misticismo que opera sinais, conveniências políticas e, afrouxamento moral condescendente, que alargam a “porta estreita” têm usurpado À Palavra e enchido o redil das ovelhas de toda sorte de bichos espúrios.

Uma vez mais, O Deus que ama à verdade farta aos mentirosos dos seus próprios caminhos, como disse mediante Ezequiel certa vez, “... Eu julgarei cada um de acordo com seus próprios caminhos".Ez 33;20

Assim, quando um ministro, ou, ministério cujas diretrizes não derivarem estritamente da Verdade, A Palavra de Deus, exibir qualquer indício de poder espiritual deve ser entendido, antes, como juízo do Deus da verdade, que, como Sua Operação.

O Pai da mentira vai encenar num teatro global seu poder nas pessoas do Anticristo e do falso profeta; essa ascensão miraculosa será juízo e galardão dos que se recusam a amar a verdade. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

Nesses dias líquidos onde tudo é “inclusivo,” negociável, quem ama à Verdade é acusado de dono da mesma, fundamentalista, radical. Ora, quando me recuso a crer diverso, afastar-me, não tem a ver com o que sou; antes, com o que a Verdade É.

É a “fraqueza” do Deus que não pode mentir; a “loucura” do Santíssimo ao buscar amoroso, por ímpios, que, O Faz infinitamente mais forte que tudo e todos; “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;25

Logo, veta-se a um profeta idôneo que faça concessões em algo que lhe não pertence. A mudança deve ocorrer em quem está do outro lado, para sua salvação. “Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei; estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás como a Minha Boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles.” Jr 15;19

Jeremias estava ”jogando a toalha” por descrer de um ministério verdadeiro num contexto de afeição pela mentira.

Não havia nenhum resquício de aclimação espiritual, “inclusão” ou coisas assim; antes, tratava-se de ruptura mesmo; “... se apartares o precioso do vil serás como Minha Boca...”

Urge que, nós que pregamos as coisas Divinas padeçamos da mesma “fraqueza” que O Pai, “... minha graça te basta, porque Meu Poder se aperfeiçoa na fraqueza... quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;9 e 10

sábado, 27 de abril de 2019

Inclusões Espúrias do Papa Francisco

“Os levitas se purificaram... para exercerem seu ministério...” Nm 8;21 e 22

Em matemática e “filosofias de boteco” se diz que, a ordem dos fatores não altera o produto. Todavia, tratando-se das coisas espirituais, com eternas riquezas envolvidas, aí, alterações de cunho humano, inversões, etc. não são irrelevâncias assimiláveis sem maiores danos. Então era: Purifiquem-se e sirvam!

O ritual era para adoração ao Senhor nos moldes do Velho Testamento sob o sacerdócio levítico; Se, aquele foi suplantado pelo Sumo Sacerdócio Eterno de Cristo, serviu como “sombra dos bens futuros” também apontava, com soturna ênfase, para a pureza devida no nosso culto ao Senhor.

Pois, se naquele que era imperfeito exigia-se a purificação possível dos envolvidos antes de servir, como não seria mais santo, solene, rigoroso o sacerdócio presidido por alguém “Mais sublime que os Céus”?

“Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo, cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

A distinção entre Lei e Graça normalmente se faz no sentido de afrouxamento, permissividade, quando, é exatamente o inverso. Lá a “purificação” era exterior, meramente ritual; Agora requer honestidade intelectual, pureza de consciência; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, santifica-os, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

Não significa que a Lei Caducou; antes que agora pode ser entendida no sentido Pleno, espiritual; pois, escrita em “pedras” mais eloquentes. “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei Minhas Leis em seus corações” Heb 10;16

A Lei não salva; conduz ao Salvador; ilumina nossas consciências culpadas e clama pela presença do Único que purifica. Como disse Ele a Pedro: “Se Eu não te lavar não tens parte comigo”, o mesmo diz a cada um de nós; somos todos pecadores.

Não significa que os ministros do Novo Pacto sejam homens perfeitos; mas, “... sejam primeiro provados, depois sirvam...” I Tim 3;10 Essa recomendação de cautela com a escolha por parte de Paulo referia-se aos diáconos; meros servidores da obra, normalmente nem usados no exercício da Palavra.

Uns foram escolhidos para garçons, enquanto os apóstolos ensinavam; as credenciais requeridas, então, desqualificariam muitos “apóstolos” modernos; “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Atos 6;3

Boa reputação; integridade visível; Cheios do Espírito Santo; aprovados por Deus; sabedoria; capacitados para o ministério.

Não me refiro aos pregadores de “moedas”; esses não são ministros réprobos, apenas; são expoentes de ministérios reprovados, cães que voltaram ao vômito, porcas lavadas de volta à lama, como denunciou Pedro.

Aludo, antes, aos da frouxidão moral que, por prezarem mais a aceitação humana que a Divina condescendem com imoralidades em evasivas, tipo: “Quem sou eu para julgar?” Sobretudo, o famigerado ecumenista auto-apelidado de Francisco. Se fosse deveras um ministro idôneo apresentaria o Juízo de Deus expresso em Sua Palavra.

Ela não é de “inclusão” no erro; mas de separação entre o erro e virtude mediante arrependimento; só depois, a inclusão dos arrependidos, nos Divinos parâmetros; simples e sério assim; “... que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei Seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei.” II Cor 6;4 a 17

Mesmo pretendendo-se o expoente máximo do cristianismo na Terra, o dito líder condescende com imoralidade sexual; sai beijando mãos islâmicas e comunistas mundo afora; as mesmas que estão manchadas de sangue cristão.

Ecumenismo a glória da mistura do lixo global, aos olhos do Santo é só um motim contra Cristo. “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido...”? Sal 2; 1 e 2

Deus requer purificação; ao diabo mera adesão basta. Errados de espírito compram ingresso pro inferno devaneando com o Céu...