quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Votos em branco



“Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26; 2 

O entrelaçamento de causa e consequência vem desde a criação. O Senhor advertiu a Adão que, se fizesse certa escolha, que lhe fora vetada, morreria. Ele pagou para ver, viu. Se, é natural  do trabalho, o devido fruto, também, a maldição, o juízo Divino, seguem à rebelião que afronta Sua vontade. 

Desse modo, O Salvador aconselhou que semeássemos boas sementes apenas. “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12 Paulo disse o mesmo, porém, com uma linguagem poética; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6; 7 

Não raro, somos demasiado superficiais para buscarmos sentido nas palavras; aliás, nem lhes impomos que transportem o sentido algum; antes, podem trafegar vazias, desde que encenem nossas conveniências; descansamos como tendo recebido o “frete”.  A futilidade como modo de ser espera que os convivas sejam igualmente fúteis, senão, eventual gravidade pode nos desalojar do conforto da manada.

Nessa época de fim de ano, as felicitações voam para todos os lados, buscando endereços certos e errados indiscriminadamente. Eu não quero que o desonesto, corrupto, ladrão mentiroso contumaz, tenha um feliz ano novo; antes, que colha as devidas consequências de seus atos aos olhos da Justiça. 

Se, uma vez corrigido aprender a lição, terá uma herança maravilhosa. “O juízo habitará no deserto, a justiça morará no campo fértil. O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 16 e 17 Contudo, se persistir, depois de punido, que seja infeliz por sua própria escolha. 

Por soturno e desmancha prazeres que pareça, a melhor maneira de desejar a outrem um ano de paz, é ensinando amar e praticar a justiça. Isso é tão precioso aos olhos Divinos que fará tais mestres, depositários de bênção eterna. “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento;  os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre, eternamente.” Dn 12; 3

Acontece que a posse da alegria baseada em valores adversos à justiça, embora possa ser a colheita de frutos do engano, também a ceifa é enganosa;  no fundo, o reiterar de um plantio que, no fim, redundará em maldição.  A prosperidade dos ímpios é circunstancial como a provação dos justos; um dia o Eterno atua. “O justo é libertado da angústia e vem o ímpio para  seu lugar.” Prov 11; 8   

Claro que entendo a boa intenção, a civilidade dos votos de pessoas que nos consideram; mas, estou tratando palavras como estudantes de medicina que esmiúçam  corpos mortos, para aprender como cuidar, depois, dos vivos. Não sou contra a civilidade, cordialidade; mas, a superfície das águas é mero reflexo, os peixes nadam mais fundo.  Assim, embora gostando de ver a superfície, às vezes ouso um mergulho. 

O “ponto fraco” das consequências é o tempo. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

Então, se, aos olhos Divinos dar tempo é manifestar paciência, longanimidade esperando que nos arrependamos; aos  de muitos insanos, a falta de juízo significa aprovação, ou, indiferença de Deus. Porém, Ele adverte que não é assim; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano.  Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te argüirei, as porei por ordem diante dos teus olhos; ouvi pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.” Sal 50; 16 a 22 Diatribe Divina contra um que toma Seu Nome, Sua aliança nos lábios, mas, age em oposição ao que diz.  Deus diz: Eu me calei, mas, agora estou denunciando. 

Não gosto do “Natal” sem Deus, nem, penso que devamos ponderar nossos passos a cada ano. A escalada do tempo por degraus é mero arranjo; as coisas dignas de levarmos  transcendem datas, agendas. Vigiai em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de ... estar em pé diante do Filho do homem.” Luc 21; 36

domingo, 21 de dezembro de 2014

Eu tenho a força!



“Bem aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Salm 84; 5 

A integridade desse venturoso é figurada como sendo um caminho plano; o método para chegar a isso, a dependência; força, em Deus.  Como a queda humana resultou após o brado de independência, “Vós mesmo sabereis o bem e o mal”, nada mais natural que a restauração comece aí. 

Se, é certo que somos extremamente frágeis, a ponto de um micróbio qualquer nos poder tirar a vida, somos presunçosos como se nossa força fosse imensa; na linguagem atual, diria que o ser humano é sem noção. Consideramos fortes as coisas imanentes, palpáveis, materiais... as espirituais, mera abstração, crendice; refúgio dos fracos. Esses “montes” desfiguram os caminhos da Sabedoria no coração humano.

Israel vivenciou na pele, quando, invés de confiar no Seu Deus, ante, iminente perigo buscou auxílio nos exércitos de Faraó. “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim;  que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado;  descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha; a confiança na sombra do Egito, confusão.” Is 30; 1 a 3 

A razão de ser insana tal busca, era, justo, por buscarem no domínio material o que reside na dimensão espiritual. “Porque os egípcios são homens, não Deus; os seus cavalos, carne, não espírito; quando o Senhor estender a sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto cairá o ajudado, todos juntamente serão consumidos.” Cap 31; 3 Parece perceptível que, a vera força reside na esfera espiritual. 

Assim, quando Deus promete realizar algo nesse âmbito está usando o que de mais forte possui; “E respondeu-me, dizendo: ... Não por força nem por violência, mas, pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.” Zac 4; 6 e 7 O “monte grande” ante Zorobabel era oposição quando da reconstrução do Templo. 

Então, depender de Deus é mesmo refúgio de fracos; uma vez que esses têm Nele sua força; contudo, essa fraqueza abre caminho à operação do Todo Poderoso. “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12; 9 e 10 

A dependência confiante no Santo é que faz fortes seus servos. Alguns desajeitados com a interpretação bíblica afirmam que Sansão tinha força nos cabelos; quando, os cabelos intactos era apenas parte do pacto de nazireu que exigia consagração a Deus, para que Seu Espírito nele atuasse. Cortado o cabelo, rompido o pacto; feito isso, o Espírito de Deus o deixou só. “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. Despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, me sacudirei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele.” Jz 16; 20  Doentia presunção, seduzido pela ardilosa Dalila. 

Em suma, qualquer de nós que, presumir-se forte, no fundo, “corta os cabelos” e Deus se afasta. Quando protestava sua inocência, Jó esquivou-se de ter feito isso. E meu coração se deixou enganar em oculto, a minha boca beijou a minha mão, também isto seria delito à punição de juízes; pois assim negaria a Deus que está lá em cima.” Jó 31; 27 e 28. Forma poética de dizer: Se presumi que meus bens derivavam da força de meu braço invés da bondade de Deus. 

Ademais, enfraquecer a ponto de “negar a si mesmo”, demanda uma força que a maioria não possui. A que vale, nos domínios espirituais.

Embora todos digam por aí: “também sou filho de Deus”, isso demanda um poder que só Cristo dá. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1; 12 e 13 

Ponhamos um forte na carne num contexto que demande sabedoria e o deixemos atuar; fracasso. Um sábio em Deus, em qualquer contexto terá a força ao seu lado. “Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9; 18

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O peso das minhas sentenças



“Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como   tive misericórdia de ti? Indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se, de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.” Mat 18; 33 a 35 

Se esses três versículos podem ser resumidos numa palavra, a que melhor o faz é: Equidade. Embora seu tema central seja o perdão, o ensino é que, Deus nos tratará com equidade sobre isso; a forma que tratarmos nosso semelhante, pautará a maneira que seremos tratados. 

Isso é tão relevante que, quando os discípulos pediram que O Mestre os ensinasse a orar, em parte da oração ensinada temos: “... perdoa nossas ofensas assim como perdoamos nossos ofensores...”  Se não perdoarmos estaremos orando para que não sejamos perdoados também. 

Então, ao agirmos estamos traçando, querendo ou não, parâmetros de justiça. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também; porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12 Uma vez mais, igualdade de tratamento. 

Todavia, essa é uma palavrinha que a humanidade lida muito mal com ela. Com sua essência, digo; não meramente, a palavra. Onde deveria imperar equidade temos o incremento da parcialidade, do sentimento faccioso. Tiago se ocupou de desqualificar esse indigno. Quem dentre vós é sábio, entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas, é terrena, animal, diabólica.” Tg 3; 13 a 15 Junto com a inveja e a mentira, o sentimento faccioso foi predicado como “sabedoria diabólica”.

Contudo, basta olharmos por um instante nossos políticos para vermos as vastas digitais da iniquidade onde deveria imperar seu oposto. No rumoroso pleito entre Maria do Rosário e Jair Bolsonaro, ambos feriram o decoro; ela o ofendeu primeiro, depois, ele foi boçal; ele apenas está ameaçado de cassação; a ofensa da deputada passou “despercebida."

Mais; o pivô da altercação foi o relatório da “Comissão da Verdade”, onde, vergonhosamente, 119 assassinatos praticados pelos terroristas revolucionários foram omitidos, constando, apenas, crimes cometidos pelo Governo militar. 

Assim, tivemos uma grotesca afronta à verdade, aos fatos, à história, perpetrada pela Comissão da iniquidade. Quem não tem caráter suficiente para lidar com as próprias falhas, não tem autoridade moral para apontar alheias. Assim são os “canhotos” que gastaram tempo e dinheiro, às custas do Estado, para adubar interesses revanchistas, ideológicos que os sem vergonha apelidaram de “Verdade.”

Basta que vejamos o “Relatório” da CPMI da Petrobrás, produzido por Marco Maia, para ver com que esmero cuidam da verdade quando  lhes é desfavorável. 

Deus sempre se mostrou cioso da equidade, mesmo em coisas simples, como evitar submeter animais a um jugo desigual. “Com boi e com jumento não lavrarás juntamente.” Deut 22; 10A pior forma de desigualdade, - disse Aristóteles – é considerar iguais coisas que são diferentes”. 

O mestre advertiu quanto ao risco das palavras ociosas: Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” Mat 12; 36 Malaquias mostra como: “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu;  um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, para os que se lembraram do seu nome.” Mal 3; 16 Quando emitimos juízo sobre atos alheios criamos a jurisprudência para o julgamento dos nossos, segundo a equidade, que Deus ama. 

Sobre perdão, porém, uma coisinha mais precisa ser dita: Aquele que errou carece assumir, arrepender-se e pedir perdão. Nesse caso, até “setenta vezes sete.” Contudo, muito ferem, quais, incisões de lâminas; depois que “cai a ficha”, invés de admitirem seu erro e buscarem perdão, passam a bajular ao, antes, ofendido, como se, isso fosse um substituto ao pedido de perdão. Essa “esperteza” ofende a dignidade e a inteligência da pessoa. 

Quem sabe ser ousado, atrevido para ferir, que saiba ser decente e honesto para assumir as consequências de sua ação. Quem me ofendeu, eventualmente, se tentar me agradar, passar panos quentes invés de tocar o dedo na ferida, se faz mais desprezível pela segunda ação, que pela primeira. 

Não se cura câncer com aspirina, nem se remove mágoa com lisonja! Isso lembra o gato que faz a coisa e enterra depois; ( estragam meus canteiros fazendo isso. )  A Palavra é clara contra esse encobrir. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas, o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28; 13

domingo, 14 de dezembro de 2014

Perdidos na mata



“Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14; 12 

Não podemos imaginar, de maneira honesta que os caminhos da morte pareçam direitos. Tanto que a sentença tem um “mas” no meio para destacar um futuro adverso do que parece agora, o caminho escolhido. 

Uma qualidade é presente; “parece direito”. A essência se revela depois; “o fim dele”. Não é nenhuma revelação, antes, a ordem natural das coisas, entendermos que as escolhas de agora têm consequências futuras. Como plantio e  colheita. 

Nosso futuro é uma “floresta virgem” da qual, desconhecemos os frutos, os perigos. Como lidar com ele? “O homem avisado, observando  erros alheios corrige os seus”; disse o sanitarista Oswaldo Cruz. Assim, observando as consequências das escolhas de outros que foram antes de nós, podemos “prever” em parte, o futuro. Não precisamos balizar nossas escolhas meramente no que se parecem, as opções, à vista. 

Quantos pioneiros lidaram com terras desconhecidas, inexploradas;  tiveram que se expor aos seus riscos! Plantas venenosas, feras, aborígenes, acidentes geográficos, etc. coisas que ceifaram muitas vidas. 

Se, tivéssemos que escolher entre uma “mata” assim, e outra, explorada, com suas características devidamente assinaladas num mapa, qual seria a melhor escolha; ou, a caminhada mais segura? Claro que, essa, que previne via conhecimento, dos riscos, bem como, aponta aonde se chega trilhando por ela. 

Entretanto, quem  explorou o futuro, estando, assim, apto a mapeá-lo para eventuais caminhantes na senda do tempo? “Assim diz o Senhor, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos,  acerca da obra das minhas mãos.” Is 45; 11 Sim, somente um Ser Eterno pode conhecer o porvir, tal qual, conhece o passado, pois, o tempo não é limite para Ele. 

Ironicamente, pessoas que se movem estritamente no âmbito natural tacham à fé de cega, uma vez que essa tem seu objeto além das aparências. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não vêem.” Heb 11; 1 Contudo, eles mesmo uma vez vitimados pelos logros da vista filosofam: “As aparências enganam.” Quem vê melhor? Os olhos naturais, reféns da aparência; ou, os espirituais, que apostam suas fichas “no escuro”, baseados na integridade de Deus? 

Os que nasceram de novo, foram guindados a um padrão de vida espiritual têm algo melhor que a visão sensorial para fazer suas escolhas. “Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação... Lâmpada para os meus pés é tua palavra, luz para o meu caminho.” Sal 119; 99 e 105 

Acontece que o “Mapa do Tesouro” de Deus se desenha no caráter, não no intelecto. Uma pessoa pode ser brilhante intelectualmente, ainda assim, ser bisonha espiritual; por outro lado, pode ser analfabeta e desfrutar a necessária luz para caminhar bem, aos olhos Divinos. 

Salomão, o mais sábio dos homens disse que o dom do saber liga-se à retidão, não aos neurônios ágeis. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2; 7 e 8 Mais adiante coteja dois caminhantes, um tropeçando no escuro, outro, progredindo na iluminação, e, adivinhe; aquele é ímpio, esse, justo. “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4; 18 e 19  

O problema é que, por a morte esperar aos errados apenas no fim do caminho, isso dá asas à presunção humana, que, mesmo temendo-a, acredita que pode desfrutar dos prazeres pecaminosos e acertar as coisas depois, perto do fim. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

Entretanto, cheios estão os noticiários de relatos de mortes que todos os dias acontecem “antes do fim”. Do fim imaginado pelas vítimas, claro! Por isso, oportunas são duas advertências: Uma, sobre a fragilidade da vida; “...Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.” Tg 5; 14 Outra, sobre a urgência da salvação; “Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.” Heb 4; 7 

A maioria das vezes não são as aparências que enganam; antes, a deformação do paladar daqueles que dizem: “Me engana que eu gosto.”