quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A casa em ordem



“Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede e orou ao Senhor. E disse: Ah, Senhor!  Peço, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade,  com coração perfeito; fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.” Is 38; 1 a 3 

Temos uma aparente discrepância entre o dito de Isaías e a oração de rei moribundo. O profeta exortara a por em ordem sua casa; ele disse que andara diante de Deus em verdade e com coração perfeito, em sua oração. 

Como O Eterno atendeu à sua humilde súplica, acrescentando-lhe mais quinze anos de vida é de se supor que foi verdadeiro o que disse do próprio caráter. Entretanto, sua casa estava em desordem? É. Foi o que denunciou o enviado de Senhor. 

Posso ser reto em minhas decisões pessoais,  meu caráter e, apesar disso, ainda estar em falta.  Integridade pessoal não equivale, necessariamente, à competência, tato, prudência administrativa. No caso dele, que era rei, certamente a “sombra” de sua casa abrigava muitas pessoas. 

Quando o Eterno o exortou a bem ordenar sua casa, requeria ações administrativas, como rei, marido, pai, talvez; tudo o que estava aos cuidados dele. 

Um pai omisso permite que seus filhos se percam; acaba perdendo até ofício para o qual foi comissionado, como foi no caso de Eli. Um marido fraco delega implicitamente o comando à esposa; herda como seus, erros eventuais, cometidos por ela; como fez Acabe, quando se fez mero fantoche da esposa ímpia, Jezabel. Um rei descuidado, negligente, torna-se culpado de muitas mortes;  dana, quando não, perde o próprio trono, como o insubmisso Saul. 

Muitos exemplos mais são encontráveis em quê, a má administração de uma “casa” fez com que ela ruísse. Os exemplos alistados trazem anexos à má condução, lapsos de caráter; o que, não era o caso de Ezequias. 

No exemplo de Jezabel, se, o fato de ser mais ativa, líder que seu marido pôs tudo a perder, não se deu por ser ela mulher; antes, por ser ímpia, idólatra, assassina. 

Das mulheres íntegras, a Palavra versa de modo encorajador, leiamos: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” Prov 14; 1 

O Capítulo final de Provérbios alista uma série de feitos dessa sábia, enquanto, seu marido, ao que tudo indica era um juiz na cidade. “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.” Prov 31; 16.  Administra mesmo as finanças da casa, enquanto seu cônjuge ocupa-se da justiça. “Seu marido é conhecido nas portas, assenta-se entre os anciãos da terra.” V 23 .

Se, por um lado, “Cada um dará contas de si mesmo a Deus.” Rom 14; 12 Por outro, quem administra vidas, instituições, dará conta disso tudo; como o mordomo infiel que foi chamado a prestar contas em determinada ocasião. 

Certa vez, Pedro chegou a cogitar que certas exortações eram apenas para a plebe; os discípulos estariam num patamar superior; O Senhor tratou de desfazer o engano; E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou, também a todos? E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” Luc 12; 41 a 43 

O assunto imediatamente anterior era vigilância. Então, devem os mordomos espirituais estar atentos; manter do mesmo modo toda a casa; ou seja: Sua área de influência. 

Na verdade, a exortação de Isaías aplica-se a cada um de nós.  “Põe em ordem a tua casa porque morrerás!”  Se, a ameaça de morte não é tão imediata como foi naquele caso, a Bíblia nos ensina a viver “Cada dia seu mal”;  não presumir do dia de amanhã como uma posse. “...não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece... devíeis dizer: Se o Senhor quiser, se vivermos, faremos isto ou aquilo.” Tg 4; 14 e 15  

Assim, se as individualidades,  o arbítrio devem ser respeitados, eventual má gestão do que nos cabe incidirá sobre nós. 

O mundo chama altos cargos administrativos de poder; Deus comissiona aos que escolhe, para o dever; Qualquer que seja o tamanho de nossa “casa”; nossas qualidades ou defeitos refletir-se-ão nela.  “A casa dos ímpios se desfará, mas a tenda dos retos florescerá.” Prov 14; 11

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As pirâmides e o Photoshop



Não podiam resistir à sabedoria, ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos, os escribas;  investindo contra ele, o arrebataram e levaram ao conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;” Atos 6; 10 a 13 

Lucas relata o gládio entre Estevão e os libertinos pondo em relevo faceta humana que convém estudar. 

Diz que os oponentes não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito de Estevão; então, buscaram reforços. Suborno, mentira, excitação, violência, falso testemunho; foram convocados para reforçar o exército. 

Embora se diga: “Se não podemos resistir um mal, devemos nos unir a ele”; eles, não podendo resistir ao “mal” das palavras que ouviam, arranjaram um jeito de enfrentar por meios torpes. 

Ora, a mentira, o subornos o falso testemunho, podem me enganar quando estão do outro lado; digo, quando atuam contra mim. Mas, se lanço mão dos seus serviços, estou plenamente ciente de minhas falhas; decidido a resistir em minha posição. Desse modo deixo claro que não dou a mínima para a verdade, tampouco, para razões do argumento oposto. Todo aquele que faz uso da mentira quando  convém, não tem o menor direito de se irritar, ou, mesmo reclamar se, vitimado por ela. Antes, deveria elogiar e respeitar quem o engana; por ser, tal, muito competente nos “valores” que o enganado advoga. 

Mas, nesse campo, o dos valores, parece que a sociedade presente forma uma pirâmide inversa. Quanto mais esclarecido, quanto maior posto ocupar, menos decência exibirá, mais fará uso da mentira, calúnia e assemelhados, salvas, raríssimas exceções.

Ontem a Fundação Getúlio Vargas publicou um estudo, onde, os de maior índice de escolaridade, mais facilmente acreditam que deve burlar as leis; o vergonhoso “jeitinho brasileiro”. 

A turma que nos governa, dado que nem todos têm lá um primor de instrução, mas, ocupam altos cargos, todo dia se encarrega de patentear sua falta de caráter seu apego sórdido à mentira. 

Outro dia, me opondo aos pleitos de um amigo virtual que defende a tudo o que se fez na última campanha eleitoral como sendo “do jogo”, disse-lhe: Quem dividiu o país em dois foi o PT; quem não venha agora com essa balela de “diálogo”, e “desmontar o palanque”; antes, se faça a melhor e mais incisiva oposição que eles já tiveram; que se fiscalize tudo,  em atenção aos muitos que votaram na oposição, e em repúdio aos meios torpes usados na campanha. 

Disse mais: Corto meu pinto se a Dilma cumprir seu arroubo: “Tolerância zero à corrupção”;  sabes, disse, que não serei mutilado. Ontem a “máquina” que está nas mãos do PT, obstruiu uma vez mais a CPI que investigaria aos roubos na Petrobrás. Como podemos ver, ficarei intacto. 

As palavras de campanha atribuíam a Aécio o aumento da taxa de juros, das tarifas,  combustíveis, dado que, ele seria o candidato da “zelite”. Duas semanas após a eleição, o Governo fez isso tudo, mas, segue sendo dos pobres, “popular”; francamente!

Aécio acenou com a necessidade de medidas amargas. Falou a verdade. O povo escolheu à mentira. Estevão falou tão somente a verdade, morreu apedrejado. Aécio não foi um santo, um apóstolo, mas, foi decente, ético no pleito e foi preterido. 

Chegaram a chamar um homem que tem 30 anos de vida pública de “playboy”; como se fosse mero filhinho de papai metido querendo brincar com o que não conhece.  

Assim, se no prisma dos valores a sociedade é uma pirâmide inversa, via marketing, mentira, conseguem “vira-la” como no Photoshop. A sobreposição do ser e do parecer faria uma espécie de “Estrela de Davi; duas pirâmides opostas entrecruzando-se. 

Na verdade, Estevão traz em si, no nome, digo, uma profecia: Significa: “Coroado”, que tem uma coroa. Os que falam; vivem a verdade, certamente terão um dia suas coroas.

Essa geração, em sentido amplo, cauterizou a consciência, desconhece valores, defende interesses. Às vezes pessoas decentes vociferam enfurecidas ante coisas imorais, e seu alvos os acusam de ódio; pois, sendo seres amorais, falta-lhes a noção do ridículo, motriz do brio que alimenta a indignação alheia. 

Quem consegue alocar um pelotão bastardo para aumentar seu poderio em detrimento da verdade desconhece outro bem que não seja, manutenção do poder a todo custo. 

Mas, os algozes caíram no esquecimento; Paulo que os liderava caiu do cavalo para arrependimento; Estevão morreu mas, antes, viu o Rei dos Reis em pé, assistindo sua vitória. 

Não fosse Aquele Juiz e Seu Tribunal,  a justiça seria uma palavra sem sentido. Mas, Ele, a Seu tempo, colocará as pirâmides no devido lugar.

domingo, 9 de novembro de 2014

Deus. Freud não explica



“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2; 14 e 15   

Interessante figura do homem espiritual!  Uma espécie de “Homem invisível”; está em determinado ambiente, vê e não é visto.  Claro que esse “ambiente” é espiritual, pois, no prisma físico ninguém é mais visto que ele. Tanto que, às vezes, até o que não faz, os binóculos da calúnia “Veem”.

Sem pretender ser superior a ninguém, pois, o homem espiritual está nesse “mirante” pela graça de Deus que o guindou acima da natureza. 

Assim, objeções de ateus, e ramos  científicos igualmente gerados por incréus não estão em pé de igualdade. “O homem natural não compreende...”  Isso vai ferir seu orgulho? Possivelmente. Se tivessem nascido de novo o orgulho teria morrido. Como não conseguem ascender ao domínio do Espírito, tais, tentam nos trazer para o nível natural. 

Os atos do Salvador mostram algumas discrepâncias da visão natural e da espiritual. Quando falou do novo nascimento, espiritual, por exemplo, o príncipe Nicodemos interpretou com a ótica da Terra; “...Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” Jo 3; 4  

Ou, noutra parte, quando o Mestre falou que seria entregue aos gentios e morto, Pedro apressou-se: “De maneira nenhuma te acontecerá isso.” O Senhor foi enérgico e identificou presto a fonte da inspiração de Pedro; disse: “Afasta-te satanás, pois, não cogitas das coisas de Deus, senão, dos homens.” 

Aqui, a diferença crucial entre homem espiritual, e natural. Enquanto esse não consegue elevar suas cogitações acima das conveniências terrenas, aquele é capacitado pelo Espírito Santo a entender coisas de Deus. “como está escrito: As coisas que o olho não viu, o ouvido não ouviu, não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou, pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” I Cor 2; 9 e 10 

Acontece que a sabedoria espiritual tem um “plus” especial mui além dum intelecto desenvolvido. Retidão. Isso aos olhos de Deus é mais que moralismo raso, antes, submissão a Ele. 

Deus não revela Suas coisas para ímpios, pois, certamente fariam mau uso disso; então: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2; 7 

A Palavra  de Deus é completa, tem remédio para a plenitude do ser que criou; Pedro ensina: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade...” II Ped 1; 3 Assim, à revelação não cabem complementaridades oriundas de homens não renascidos. A Palavra se basta.

Tiago também expressa claramente a distinção entre sabedoria espiritual e terrena. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é sabedoria que vem do alto; é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas, a sabedoria que do alto vem é; primeiramente, pura; depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3; 13 a 17  

A suma do que estou dizendo é: Acho uma  tremenda insensatez tentarem, alguns, “ler” a Palavra à “luz” de Darwin, Freud e assemelhados; pois, aos olhos de Deus, ateus não possuem luz espiritual nenhuma. 

Todo homem, por sábio que seja em seu meio, para entrar no Reino, necessita passar pela cruz; lá seu ego é crucificado, morto. O novo homem nascerá despido de pretensões do antigo. “Deixando, pois, toda a malícia,  todo o engano,  fingimentos,  invejas,  todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2; 1 e 2 

Claro que, se o preceito para todos os postulantes ao Reino é o mesmo, “Negue a si mesmo”, quanto maior for esse “si”, maiores os obstáculos à conversão. Mas, como o Eterno não usará nada da velha natureza, antes, fará tudo novo, qualquer um, entendido, ou, simplório, serve.

Até prefere aos ruins, aliás. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1; 27 

Enfim, sabedoria espiritual não se adquire nos bancos universitários; se busca na faculdade do Espírito; a matrícula é a cruz. Mãos à obra!

sábado, 8 de novembro de 2014

Tendência suicida



“Então disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada, atravessa-me com ela; para que porventura não venham estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não quis, porque temia muito; então tomou Saul a espada e se lançou sobre ela.” I Crôn 10; 4

Diverso do que ensinam certos psicólogos e alguns pastores “psicologizados”, nossa carência não é de auto-estima. Embora esse nome composto soe até bonitinho é mero disfarce de outro nem tão belo, o orgulho.

O incidente supra, mostra Saul derrotado, diante de si, apenas a morte; mas, uma vez que seu escudeiro recusou a matá-lo, lançou-se sobre a própria espada, para não dar aos inimigos o gosto de zombarem dele.

Isso é nobre, corajoso, vil? Não sei. Por ora me interessa a constatação que, a vida estava perdida, o orgulho seguia intacto, vivinho. Se nem mesmo um revés que nos priva da vida é capaz de nos induzir à humildade, então, essa é nossa maior carência. 

Claro que não esposo a postura covarde que suplica desesperadamente pela própria vida, invés de aceitar a derrota e morrer com dignidade. Assim fez O Salvador; igualmente Estevão, posto que, suas “derrotas” eram grandes vitórias. Teriam maculado-as, se morressem como covardes. 

Mas, da sobrevida do orgulho temos ainda o exemplo de um dos ladrões crucificados. Enquanto seu cúmplice arrependido suplicou e obteve perdão, ele, no uso do único membro livre que tinha, a língua, blasfemava do Mestre.

Ora, o hábito milenar de transferência de culpa, outra coisa não é, senão, decorrência do orgulho. Primeiro afrontamos à Palavra de Deus; depois justificamo-nos transferindo a culpa às circunstâncias, necessidade; quando não, a outras pessoas. 

Se imaginamos a cena de alguém se arremessando contra uma espada fazemos caretas, como que sentindo um pouco da dor. Entretanto, por nossa parte fazemos o mesmo sem dor nenhuma. Como assim? A Bíblia mesmo ilustra a Palavra de Deus como uma espada; “Tomai também o capacete da salvação,  a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;” Ef 6; 17 Assim, cada vez que  desobedecemos, afrontamos, arremessamos nossas vidas contra a Espada. 

A “nosso favor” temos o fato que a morte não é imediata como foi a de Saul. Abusamos da longanimidade de Deus; quando se torna hábito é mais difícil erradicar que um erro eventual. Salomão identificou essa postura “espaçosa” do ser humano no “vácuo” da paciência Divina. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

A morte de Adão e Eva não decorreu justo, disso? Arremeterem ambos contra a Espada? Naquele evento fora prometido ao primeiro casal a substituição da dependência pela autonomia; essa, é a mãe do orgulho, sendo pai, o velho ego. 

O hábito, como a palavra sugere, é algo que habita em nós; desse modo, os maus hábitos nunca são de fácil remoção. Quando ilustra o que Cristo viria fazer, mediante Ezequiel, Deus usa a figura de um transplante de órgãos, para ser devidamente expressivo acerca do que estava em jogo. “E dar-vos-ei um coração novo,  porei dentro de vós um espírito novo;  tirarei da vossa carne o coração de pedra,  vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36; 26 e 27. 

Esse novo coração, como vemos, não bombeia sangue, antes, seu “combustível” é o Espírito de Deus. Quando disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração...” O Dr. Jesus estava já “anestesiando” pacientes para a devida cirurgia. 

Se, o que Ele fez, entre outras coisas, nos livra de um mal mais resistente que a morte, isso não deve alimentar pretensa auto-estima; ( o negue a si mesmo desmonta nosso auto )  antes, aumentar a estima pelo Salvador.

Assim como o escudeiro de Saul recusou matá-lo, ninguém faz isso conosco no domínio espiritual; o arbítrio é nosso, a decisão também. 

Embora aos críticos a conversão pareça decisão de fracos refugiados atrás da Bíblia, a coisa não é bem assim. A cirurgia da auto-negação é dolorosa, quem tomou a cruz  sabe bem. E isso requer certo brio, mesmo que, despido de orgulho. “  Melhor é... o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16; 32 

Removido o velho coração, junto saem aos poucos, hábitos ligados a ele. E o novo implanta novos valores restaurando a dependência em lugar da suicida autonomia. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17