domingo, 7 de maio de 2017

Síndrome de Estocolmo

“O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;3

Humilhante situação, onde, seres humanos são sobrepujados por animais, na questão do entendimento. Vulgarmente se diz: “Gato escaldado tem medo de água fria”. Isso ilustra que, uma experiência infeliz basta para que o bicho mantenha distância daquilo que se lhe mostrou, danoso.

Entretanto, o homem não aprende com seus erros, tampouco, com os alheios, a evitar maus caminhos; quando neles envereda, avisado da má sorte de outrem nos mesmos, mente a si mesmo e acredita que consigo será diferente.

Se, somos o cume da “evolução” como, defendem alguns, essa faceta da vontade rebelde deixou de evoluir a muito.

A Palavra de Deus, que não pretende ser nenhuma teoria, antes, Revelação mesmo, apresenta uma inelutável má direção, desde a queda do homem. “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rom 8;7 e 8

Acontece que, a insurreição contra Deus e Sua Lei foi causa de todo drama humano. A sugestão do inimigo, “vós mesmo decidireis o bem e o mal”, encerrava um “Fora” ao Criador. Os animais, por serem instintivos, não, racionais, arbitrários, não “caíram” como nós; assim, preservaram seu “entendimento” a despeito de nosso desajuste espiritual suicida.

Muitos imaginam a conversão como algo superficial, mera mudança de opinião; de religião, de ambiente.

Se, a carne, nossa natureza, não pode sujeitar-se a Deus, precisa ser removida para que novo poder nos seja dado. Aqui entra a cruz. A carne nela é mortificada, para que, mediante “Novo nascimento” pelo Espírito Santo, possamos, enfim, agir outra vez, como filhos de Deus. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Assim, vera conversão, embora encerre mudança de mentalidade, ambiente, amizades, é muito mais radical que isso; é fonte sem água que passa a verter; vara morta que floresce; ossos secos que recebem O Espírito; o milagre da vida, no ambiente da morte. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Mediante a pregação da Palavra vêm as dores de parto; O Espírito Santo dá à luz; arrependimento dá uns tapinhas na bunda, para que o rebento chore, abrindo os canais da respiração; e o recém nascido descobre sem mais nem menos, apetite, até então, ausente, pela Palavra de Deus. “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

A consciência, que antes, cauterizada, ou, morta, é revivida, passa a mostrar coisas as quais, ignorava. Como Herodes sentindo seu reino ameaçado tentou assassinar ao menino Jesus, começam os conflitos entre duas naturezas, carne e espírito. A primeira quer voltar ao controle, O Segundo, manter o renascido em submissão ao Senhor.

Esse passa a ter mais entendimento, não apenas, que os animais, mas, que inimigos, mestres naturais, anciãos, que desconhecem ao Eterno. “Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois, estão sempre comigo. Tenho mais entendimento que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. Entendo mais que os antigos; porque guardo os teus preceitos.” Sal 119;98 a 100

Desse modo, além de guindar da morte à vida, a conversão encerra um “upgrade” intelectual, pois, a vontade enferma do pecador caído recusa-se a ver até o que está patente. A Criação mostra O Criador. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

Como Adão escondeu-se quando O Eterno o chamou, no Éden, esses disfarçam a ruptura com teorias inverossímeis, cobrem a vergonha de sua nudez com desculpas esfarrapadas, transferem culpas, como o primeiro casal, mas, seguem resilientes na sugestão do inimigo que os faz “deuses” mortos, onde deveriam ser filhos de Deus, redivivos. Gatos escaldados em busca de águas termais.

A vontade sequestra o entendimento; o resgate foi pago, mas, a vítima em sua doentia “Síndrome de Estocolmo”, afeiçoa-se ao algoz, mais que, ao Libertador. Os bichos fazem melhor que isso.

sábado, 6 de maio de 2017

Jesus não foi "O Cara"

“O nome de Arão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá uma vara.” Núm 17;3

O contexto era a disputa do sacerdócio, que fora entregue pelo Senhor aos levitas, e, rebeldes acusaram a Moisés de nepotismo, invés de reconhecer o mandado Divino.

O Eterno ordenou que se pusesse perante a Arca, uma vara para cada tribo; a que florescesse durante a noite, seria sinalizada como escolhida, coisa que, Moisés não poderia fazer; confirmando, assim, a origem Divina da escolha.

A vara de Aarão não levaria seu nome, antes, o do patriarca da tribo escolhida, Levi. Esse viés de sermos partículas de um coletivo que representamos, sempre foi normal na cultura hebraica. Mesmo O Senhor, foi chamado Filho de Davi, ancestral distante. O indivíduo era expoente de uma tribo, família. Assim, Aarão não era o irmão de Moisés, estritamente, antes, era Levi.

Esse prisma, porém, em nosso tempo de individualismo, onde, pessoas precisam de muitos “amigos” virtuais, para postarem seus desaforos dizendo que não precisam de ninguém; esses títeres imaginários para os quais postamos tantos conselhos, frases filosóficas, religiosas, para depois, lhes dizermos que não se metam com nossas vidas; enfim, a idéia do indivíduo ser parte de um corpo maior, funciona, se, esse corpo for de admiradores, “seguidores”, senão, “não rola”.

Não que sejamos ermitões que não gostam da companhia de outros, antes, somos orgulhosos demais para admitirmos falhas, imperfeições, e, feito isso, crescermos juntos, com tropeços, acertos, incentivos, correções mútuas.

Outro dia uma “amiga” postou uma frase onde dizia que se a base for, Deus, “nada é possível”; tinha umas dezenas de “curtidas” já, pois, junto postara uma foto sensual; eu, Ingenuildo de Oliveira tentei ajudar. Avisei de seu equívoco dizendo pensar que ela quisera dizer, “Impossível”; ela corrigiu e apagou meu comentário para que ninguém visse que não é perfeita. Poderia ter dito, valeu. Seria educada e humana, mas, quem quer ser humano se a Net pode fazer deuses? Pois é. Para certas pessoas só um “comentário” é aceito: “Lindaaaa!!” Eu com minha doentia e ultrapassada mania de tribo. Cáspita!

São inegáveis os benefícios do domínio tecnológico; porém, tem malefícios também. O fato de podermos “interagir” com tantos, sem precisar ninguém por perto, nos desumaniza, automatiza, perdemos o jeito para lidar com pessoas reais, de imperfeições e méritos.

Interessante que a imensa maioria desses intocáveis, são “cristãos” pelos muitos textos bíblicos que postam, compartilham. Entretanto, os cristãos são desafiados à entrega do Ego, “Negue a si mesmo”, esse demônio num corpo, vampiro de almas alheias, incapaz de gestos de empatia.

Devemos nos presumir membros de um corpo, com inter-relação tal, que as emoções de outrem, sejam, em parte, nossas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham, os membros, igual cuidado, uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

Porém, essa coisa de iteração real, é muita “babação”, não viemos a esse mundo maravilhoso para ter pena de coitados, auxiliarmos aos fracos; gostamos mesmo é dos “feras”, basta ver nossos heróis, quais são. Os que se destacam pelo talento, mesmo que, sem caráter; podem bater no peito dizendo, “Esse cara sou eu”, nós curtimos, adoramos aos tais.

Tapetes vermelhos para atletas de vida promíscua, Mcs que vendem pornô music, BBBs craques em intrigas, sacanagens; a fama é uma deusa que “canoniza” tudo. Tiramos Selfies com o Goleiro Bruno, ou, Suzanne Von Richtoffen; afinal, são famosos, por isso, devem estar certos.

Nesse prisma, egoísta, alienado, lamento dizer, mas, Jesus não foi “O Cara”. Sempre se importou com dores alheias, nunca deixou de por o dedo na ferida dos hipócritas; nunca curtiu um “post” fora da casinha para manter amizades, e mais, atribuiu Sua Missão, a Outro Nome: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis.” Jo 5;43

Enfim, não nos enganemos; não há lugar para a humildade de Cristo, o “manso e humilde” e o pavão, do si mesmo, na mesma alma. São coisas excludentes. 

Os que são refratários a eventuais, ensinos, podem postar uma página bíblica por dia, seguem espiritualmente mortos, adormecidos. Quando identificou alguns assim, em seus dias, Paulo “deu um soco na mesa”: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Quando O Santo confirma, até vara morta revive e floresce, como fez com Aarão; senão, ainda que tragam a pompa dos jardins suspensos da Babilônia, não passam de flores mortas. Quem não “curtir” à cruz, por doces que sejam seus comentários, Deus o excluirá.

domingo, 30 de abril de 2017

Jó diante do Trono

“Ah, se eu soubesse onde O poderia achar! Então, chegaria ao seu tribunal. Exporia ante Ele minha causa, e, minha boca encheria de argumentos.” Jó 23;3 e 4
Temos Jó, no auge de sua amargura, desejando depor no Tribunal de Deus. Tal era a confiança em sua integridade que não temia diante de uma situação que assustaria a imensa maioria dos viventes; aliás, desejava-a.

Há dois prismas em que nossa pretensa justiça pode ser mensurada; no horizontal, nossa relação interpessoal, e, no vertical, diante do Senhor do Universo. Se, no primeiro caso, alguém íntegro como Jó poderia estar mesmo, confiante, no segundo, quem?

Quando, por fim, O Eterno concedeu a anelada oitiva, fez umas dezenas de perguntas sobre as obras da criação, e demandou do infeliz patriarca, onde ele estava quando tudo fora feito. Falando do cavalo, perguntou por que aquele não teme a morte, antes vai a um combate como se, a uma festa; “Escava a terra, folga na sua força, sai ao encontro dos armados. Ri-se do temor, não se espanta; não torna atrás por causa da espada” Cap 39;21 e 22

Ou, quis saber quem ensina o melhor habitat para as aves, por exemplo; “Voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul? Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?” VS 26 e 27 Mencionando a imponência do crocodilo, lembrou: “Brincarás com ele, como se fosse um passarinho, o prenderás para tuas meninas?... Ninguém há tão atrevido, que despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?” Cap 40; 4 e 10

Não estava, O Senhor, acusando Jó de impiedade, antes, de temeridade; de, sendo criatura finita, mortal, estar questionando os juízos do Eterno. Aliás, quando foi chamada a “senha” de Jó, perante O Santo Juiz, O Meritíssimo apresentou como acusação, ignorância. “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” cap 38;2

Assim, por melhores que sejam nossos caracteres, mais relevantes nossas boas obras, ainda resta uma separação abissal, entre a criatura inclinada a pecar, e O Criador, “Tão puro de olhos, que não pode contemplar o mal.” Hc 1;13

Esse abismo moral, não só desqualifica nossas obras como meio de salvação, como, declara inútil qualquer sacerdócio praticado por homens, presos no mesmo vale que nós.

Por isso, o Amor de Deus não fez menos que o necessário para colocar a Salvação ao nosso alcance, Jesus Cristo. “Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha, tal, Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos Pecadores, feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes, homens fracos, mas, a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” Heb 7;24 a 28

Óbvio que, quando diz que Cristo éSeparado dos pecadores” refere-se ao Seu Ser, Sua Santidade; entretanto, como Sacrifício substituto, deu-se por nós; como Mestre, comeu, andou, com pecadores, socorreu-os; como Sumo Sacerdote Eterno intercede por aqueles que Nele confiam. Sua Intercessão filha do Seu amor atribui aos arrependidos, pureza, inocência que só Ele tem. 

Daí que, fraquejando nossas justiças, por melhores que sejam, como era a de Jó, resta o socorro do Senhor, Justiça Nossa. “Nos seus dias Judá será salvo, Israel habitará seguro; este será o Seu Nome, com o qual Deus o chamará: O Senhor Justiça Nossa.” Jr 23;6

Se, boas obras, contudo, são irrelevantes para a salvação, não significa que sejam más; apenas, insuficientes. Uma vez que, sem Cristo seriam praticadas por pessoas espiritualmente mortas; o que faria, delas, igualmente, mortas. Por isso, a primeira “Obra” que o Eterno requer, é operada pela fé. “Jesus respondendo disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29

Feito isso, os crentes “nascem de novo” pela fé, então, obras derivadas daí, como frutos da salvação, serão aceitas como “cheiro suave ao Senhor.” “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

sábado, 29 de abril de 2017

"Greve Geral", manipulação parcial

“Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

O sonho de consumo de tantos políticos, o “exercício do pudê” deplorado nas falas de Salomão, como uma desgraça.

Usando redes sociais, telefone e outros meios de comunicação, pressionamos, e o projeto da Lei de Abuso de Autoridade, que foi feito para proteger corruptos, não foi aprovado de modo a intimidar investigadores, como queriam seus proponentes. Reivindicação dos brasileiros que, usam verde e amarelo, quando se manifestam, e não incendeiam nada.

Ontem, porém, eram os sindicalizados, os vermelhos, que obstruem o direito de ir e vir dos cidadãos, minorias que se apossam do todo, e incendeiam pneus, veículos de transporte em defesa dos “direitos dos trabalhadores”. Fui parado num bloqueio desses, entre Tio Hugo e Soledade, e pelo perfil da maioria dos “manifestantes” se via tratar-se de incautos manipulados carregando bandeiras de seus donos, e gritando mantras, sentindo-se cidadãos engajados.

Sou trabalhador, e 90% do que foi proposto nas reformas trabalhistas tem meu apoio, apesar de não morrer de amores pelo Governo Temer. Principalmente, o fim do imposto sindical. Mas, pergunte- aos manifestantes de ontem, contra qual aspecto estavam protestando, e sequer saberia dizer exatamente contra o quê, era, exceto, que era pelos “dereitos, e contra o Governo golpista”.

Todos temos direito, de ser contra, ou, a favor disso, ou, daquilo. Em geral, a reforma proposta é boa. Se, alguns pontos são controversos, podemos usar os mesmos mecanismos de pressão que usamos contra a lei do “Abuso de Autoridade”, para fazermos valer nossa cidadania, sem interferirmos nos direitos inalienáveis de nossos semelhantes.

Tinha dois tipos de pessoas nas manifestações: Os manipuladores, os que tocam o berrante, e os incautos manipulados que recitam seus mantras, e a pretexto de construírem um país melhor, ajudam a destruir parte, do que existe. Temos desemprego como nunca, e só um imbecil pensaria combater isso olhando apenas pelo prisma dos possíveis empregados, não dos empregadores. Certas leis abusivas que inibem a livre iniciativa tolhem novos postos de trabalho, mais, que preservar direitos.

Estrondoso silêncio se ouviu contra o câncer nacional, a corrupção; tampouco, menções de apoio à Lava Jato que tanto tem feito para punir culpados; então, fica fácil perceber, que tipo de forças estava trancando ruas, ontem.

O lixo residual de um sindicalismo corrupto, desviado dos fins a serviço de partidos de esquerda, invés de classes trabalhistas, como deveria ser; um estigma social, “Walking Dead” carrapatos no couro do Brasil pretextando cidadania, e buscando a vida fácil dos desocupados fartos, mascarados atrás de pretextos legítimos.

Reitero, não acho O Governo Temer, grande coisa, é resto do Governo Dilma, eleito pelos mesmos que protestaram ontem, mas, salvos alguns pontos mais sensíveis, as reformas são boas e necessárias; pergunte-se a um trabalhador mesmo, não um sindicalista safado, se ele prefere ser um desempregado com “direitos” ou, ter uma fonte digna de renda.

Odeio mentira e injustiça. Uma década depois de estarem no poder, os canhotos ainda atribuiam certos males a FHC que os deixara. Agora, são oposição há poucos meses, de seu próprio vice, e não têm mais culpa das dívidas, crise, corrupção, desemprego, tudo voltou a ser culpa “das elites”; canalhas, assassinos dos fatos, inimigos da verdade! Até quando seremos tolerantes com essa safadeza sem limites?

Claro que os professores, policiais, e demais servidores têm direito de receber em dia, e a reforma da previdência como tem sido proposta precisa ser combatida, rejeitada; mas, isso, podemos fazer via mandatários que elegemos, pressionando-os para que nos representem, sem precisar da violência invasiva que foi cometida ontem. Se, vista pelo prisma do dano, a coisa foi vultosa; pelo de pessoas aderindo, pífia. Minorias de tranca-ruas, violentos, em defesa de seus umbigos gordos, disfarçados de cidadãos.

Alguém sabe dizer por que, após treze anos no poder, o partido dos Trabalhadores, que era a favor da Reforma Agrária ainda tem os Sem Terra? Porque são vagabundos profissionais, milícias de aluguel, que não querem trabalhar, baderneiros profissionais a serviço do PT. Num país sério estariam presos.

Com o incremento das redes sociais, o conto da carochinha socialista não cola mais. Aqueles que mandavam prender e soltar, eram donos das ruas do Brasil, hoje são uma súcia ridícula, sem crédito, que causa asco, invés de admiração, estão nus e ainda não perceberam.

Avisa lá que a farra das urnas eletrônicas acabou; que a mamata do imposto sindical também; que está mais que na hora desses “trabalhadores” aprenderem a trabalhar. Direitos legítimos devem ser preservados, lutaremos por eles; mas, para isso, não carecemos “representantes” ilegítimos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Esquerdismo:Hemiplegia moral

“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.” Eça de Queiroz

A política, de viés direitista, moderado, esquerdista, tem lá suas mazelas sempre, em maior ou, menor grau, dependendo dos valores de um povo, onde é exercida. A vantagem do sistema democrático é a alternância de poder; tende a oxigenar um pouco o ambiente. O Brasil, porém, ficou dezesseis anos sem "trocar as fraldas”, não é de estranhar que esteja cheirando tão mal.

A Esquerda assumiu acenando ética, combate à corrupção, inclusão social, e, deu no que deu. Há “vantagens” de ser de esquerda. A maior de todas, é que a mentira é instrumento válido de luta; seus fins são tão “nobres” que todos os meios são justos.

Em nome da causa podemos dizer que Cuba e Venezuela são democracias; que impeachment é golpe; que vagabundos do MST que nunca trabalharam, farão greve; que chamar corruptos a responderem pelos atos nos ditames da Lei é abuso de autoridade; que mudando a definição da classe média, de uma renda per capita de pouco mais de mil para 391, num passe de mágica, um governo “socialista” eleva milhões de pessoas da pobreza à dita classe;

E, quando a uma década no poder, determinado lapso era apontado, presto diziam que a culpa era do FHC, “herança maldita”, não deles; agora, a uns três ou quatro meses na oposição, acusam que todas as mazelas que produziram em quatro mandatos, roubo, corrupção, incompetência, é culpa do “Governo golpista”, não, deles;

Temer é da Elite se, Presidente, se, vice deles, é legítimo representante dos desfavorecidos. Aí, há uma reforma da Previdência em curso, iníqua, que todo cidadão decente deve opor-se, porém, pegam carona na coisa e querem que os contrários à dita reforma sejam também pacientes das suas doenças, e vociferem contra o “golpe”;

dia 28, sindicalecos pelegos em defesa do maior ladrão da história do Brasil, querem promover greve geral, misturando tudo, dizendo que é pelos direitos dos trabalhadores, quando, querem aproveitar nossa boa fé e defender corruptos. Assim, até nas frentes que seria lícito lutar contra, eles atrapalham, de tanto que “defendem aos pobres”.

Todos eram peões no começo de seu partido, agora, Dirceu, Palocci, André Vargas, Pimentel, Lula e família são milionários. Mas, se os delatores acusam, defendem-se querendo provas. Como tudo foi feito ao arrepio da Lei, óbvio que, documentos que serviriam como prova não existem. Mas, bastaria demandar deles, a origem de seus patrimônios, se não puderem explicar convincentemente, estará provado o roubo, duvido que consigam!

Há ladrões de direita, centro, também, eu sei. Mas, esses, como Renan, Jucá, Eunício, Lobão, Sarney, Requião, etc. são apenas ladrões por conta própria, não são “guerreiros do povo brasileiro” tampouco, têm milícias de aluguel para cantar: “Fulano é meu amigo! Mexeu com ele, mexeu comigo!” Carece certa honestidade essa sujeira toda, no encontro do nome com os bois.

O PT cresceu tumultuando, promovendo greves, piquetes, acenando ética na política. A Imprensa foi relevante em seu crescimento com a cobertura que fazia. Agora que os fatos lhes são desfavoráveis, a mídia é manipuladora, golpista, elitista.

Tem abostados ainda, li hoje um, que diz que o PT permitiu que viessem à luz escândalos de corrupção, que antes eram abafados. Se tivessem o poder desejado, calariam a Lava Jato, estão tentando, aliás; Lula prometeu que se ganhar em 2018 acabará com “essa palhaçada”.

Ser de esquerda, pois, é odiar aos que aplicam a Lei, esposam valores republicanos; defender larápios que locupletam-se do erário com máscaras de protetores dos pobres.

Pior de tudo é que nós, que não somos canhotos argumentamos baseando nossas diatribes em conceitos como, lógica, moral, verdade, coisas que não valem nada para eles. Um esquerdista fanático é como um touro na arena; não importa a posição do toureiro, nem os milhares de expectadores vendo tudo; apenas vê certo pano vermelho, e morre batendo cabeça por aquilo, vazio, e estúpido.

Em suma, ladrões de esquerda, não são estritamente ladrões; são combatentes libertários da causa dos pobres. Só que esses Robin hoods do avesso, não tiram dos ricos para darem aos pobres, antes, tiram dos pobres e fazem ricos a si mesmos. A cada contrato superfaturado, com fizeram milhares com a Odebrecht, roubam duas vezes, para o empresário fraudulento, e para o partido corrupto e corruptor.

Outro dia ouvi uma frase de um venezuelano que me pareceu cabal: “No capitalismo, se você trabalha, você come; no socialismo, se você obedece, você come”. Denunciando falta de tudo por lá, e depósitos exclusivos de alimento para as milícias do Maduro. Sou liberal porque sou homem, cidadão, não gado de déspotas assassinos, ladrões e corruptos! Explodam todos os tiranos do mundo!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Ouço vozes

“Há tanta espécie de vozes no mundo, e, nenhuma delas é sem significação.” I Cor 14;10

Embora, o contexto refira-se à disciplina no exercício do dom de línguas, pretendo olhá-la sobre outro escopo: A variedade de vozes e seus significados.

A profusão de idiomas, que seria impossível se tivéssemos evoluído dos animais, como postulam alguns, significa algo também. Segundo a Bíblia, O Criador tencionava que os homens habitassem todo o planeta; “multiplicai-vos, enchei a Terra”. Porém, em Babel, decidiram construir uma torre, que servisse como referencial geográfico, para que não se espalhassem, descumprindo o mandado do Eterno.

Por isso, O Senhor confundiu as línguas, forçando a dispersão por todo o globo. Assim, a diversidade de “vozes” inicialmente significa que o homem é inclinado à desobediência, de modo que, certas coisas, só faz, compulsoriamente. “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Mesmo não sendo intenção do Pai, que gostaria de conduzir apenas com Sua Palavra, Seu Conselho, se, necessário, assim o faz. “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa cabresto e freio...” Sal 32;8 e 9

Tendo O Criador nos dado entendimento, inteligência, podemos, mesmo nos coisas inanimadas, identificar certa voz, que aponta para Si, não, para improvável perfeição casual. “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, claramente se vêem pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Paulo apelou ao entendimento, porém, Davi louvara a beleza da Criação, usando a figura da voz, não audível, contudo, perceptível: “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a Obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala... A sua linha se estende por toda a terra, suas palavras até ao fim do mundo...” Sal 19;1 a 4

A galeria dos “Heróis da Fé” de Hebreus 11, de certa forma é um compêndio de vozes. O testemunho de bravura daqueles, deve ser um incentivador a nós outros, que, ainda “não resistimos até ao sangue, combatendo contra o pecado” Heb 12;4 A Fé que manifestaram, deve falar conosco, como se diz de Abel, por exemplo: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons; por ela, depois de morto, ainda fala.” Hem 11;4

Quando O Salvador entrou ovacionado em Jerusalém, os religiosos com inveja rogaram que Ele silenciasse Seus seguidores, porém, disse: “Se esses calarem, as próprias pedras clamarão”.

Embora, sempre se interprete como figura de linguagem, há um quê de literal nisso, uma vez que, foi em tábuas de pedra que Deus deu Sua Lei a Moisés. Esse, quando transferia o governo a Josué, mandou que na Terra Prometida, erguesse um padrão e gravasse todas as ordenanças para que não fossem esquecidas. “Será, pois, que, no dia em que passares o Jordão à terra que te der o Senhor teu Deus, levantarás umas pedras grandes, as caiarás. Escreverás nelas todas as palavras desta lei, para entrares na terra que te der o Senhor teu Deus, terra que mana leite e mel, como te falou o Senhor Deus de teus pais.” Deut 27;2 e 3

Malgrado, se diga que a voz do povo é a Voz de Deus, O Eterno tem um falar “um pouco” distinto: “A voz do Senhor ouve-se sobre as suas águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.” Salm 29;3 a 5

Entretanto, como aprendeu Elias na caverna, muitas vezes, é num fruir manso, suave, não em manifestações espetaculosas, que privamos Santa Intimidade, e ouvimos a Voz de Deus.

A maioria dos pecados que cometemos demandam assessoria da voz, em mau uso. Assim, mentira, maledicência, falso testemunho, calúnias, manipulações, etc. Tiago pôs o dedo na ferida: “Nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” Tg 3;8 e 9

Um ditado hindu diz: “Quando falares, cuida, para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio”. E, Salomão ilustrou quão melhores podem ser: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Prov 25;11

domingo, 23 de abril de 2017

A cereja da torta

“... Se este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30 “...Dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.” V 38

Quando Pilatos demandou a razão de terem trazido-lhe, Jesus, os acusadores não apresentaram como motivo, eventual culpa do acusado, antes, evocaram sua pretensa integridade como avalista; “Se não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Contudo, falando com O Senhor, o governador formou seu próprio juízo. “Não acho nele crime algum.”

Muitas vezes conflitamos conosco mesmo, para estarmos em paz com os circunstantes; ignoramos o que sabemos, no íntimo, para fazermos o que desejam aqueles que nos cercam. Essa auto traição possa acomodar as coisas, mas, o pior tipo de traidor é aquele que trai a si mesmo. 

Trair a qualquer um é grave, contudo, inda resta a atenuante de que, nosso amor próprio foi mais forte, e pensamos nas conveniências egoístas, mais, que nas consequências sobre a vítima. Porém, quem trai a si mesmo, atenua como? Talvez diga que, quis evitar a mal maior, vendo no comodismo, bem, mais valioso que honestidade. Dessa “matéria-prima” se faz hipócritas.

“Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena-se naquilo que aprova.” Rom 14;22 O contexto é atinente às coisas que causam escândalo, mas, a ideia de não condenar a si mesmo pelas más escolhas, é igual.

Acho tragicômico pessoas usarem as redes sociais para reafirmarem idiossincrasías, isolacionismo público, sua redoma psíquica onde só é permitido curtir ou, grafar, “linda(o)”; seus, “sou assim mesmo, ninguém tem nada com isso”, “só aponte a mão para mim quando a sua estiver limpa”; “já que não pagas minhas contas, não dê palpites”, etc. Cada um dizendo para todos que não precisa ninguém. Se assim é, exclua todos, feche essa bosta de uma vez por todas.

Eu permito que me corrijam se constatarem que estou errado; concordo que discordem, observado o devido respeito; que me aconselhem se têm coisas uteis a dizer; que brinquem comigo falando bobagens; que zoem se o inter ganhar, etc. Preciso que leiam o que escrevo, para que, meu labor faça sentido...

Sonegar essas coisas que são verdadeiras seria mentir, trair a mim mesmo. Embora sejamos ímpares, indivisíveis, donde vem, indivíduo, temos dificuldade de lidar com nossa individualidade. Nossas digitais não coincidem com as de ninguém, entre sete bilhões de terráqueos, tal, a singularidade que implantou em nós, O Criador. Então, embora seja desejável, salutar o convívio, malgrado, eventuais diferenças, devemos seguir sendo nós mesmos, de almas saudáveis, postura sincera, não abdicando do eu, para ser fragmento de massa.

“Toda unanimidade é burra.
Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar.”
Nélson Rodrigues “Não espere unanimidade ao pedir que coloquem a mão na massa. Você só consegue essa unanimidade se fizer o convite pra ficar de pernas para o ar.” Eduardo Colamego

Assim, nossa decisão em relação a Cristo deve vir de conhecimento pessoal dele, como fez pilatos. Certa feita O Senhor perguntou aos seus, o que a “galera” falava sobre Ele. Uns, diziam ser Elias, um outro profeta, até, João Batista redivivo...então, perguntou-lhes novamente: “E vós, quem dizeis que eu sou?”

Não significa, isso, que Ele, ou, qualquer um de nós, seja o que as pessoas dizem; antes, o que dizem sobre nós, na maioria das vezes mostra o que as pessoas são, invés de evidenciar quem somos. Aí, quando Pedro disse que Ele era O Messias, O Filho de Deus, O Senhor lembrou que Pedro era um Iluminado pois, Deus lhe mostrara a verdade.

Por fim, para completa saúde da alma, não basta que sejamos honestos conosco mesmo, e que possamos discernir as coisas como são; a cereja da torta é que atuemos em conformidade com o que somos e sabemos, senão, nossa luz vira trevas. Pilatos reconheceu anunciou a inocência do Senhor várias vezes, entretanto, O entregou para que fosse morto. Sua luz, seu discernimento nada serviram para direcionar seus atos.

Lampejos eventuais de discernimento que não moldam o caráter. Tiago assemelhou ao cara suja que olha-se no espelho, sai de diante dele e esquece como era sua fisionomia.

A Luz de Cristo, necessariamente molda o andar dos Seus, os coloca em harmonia com iguais, e com Deus, como ensinou João: “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;6 e 7

Decida por si mesmo, em relação a Jesus; é sua vida, não a de terceiros que está em suas mãos.