sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Bênçãos
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1
Bem-aventurado significa, abençoado, feliz. Em geral vemos as bênçãos como intervenções Divinas graciosas em nosso favor.
Entretanto, o verso acima parece sugerir que as simples escolhas humanas, são coautoras de bênçãos. Devemos evitar três coisas. A) o conselho dos ímpios; b) a companhia dos maus; c) os ambientes dos zombadores.
Há bênçãos, não apenas em recebermos algo da parte do Senhor; porém, em evitarmos coisas de espúria origem, companhias e ambientes que fariam mal à sanidade das nossas almas.
Feitas essas coisas, “meditarmos na Lei do Senhor”. Não apenas fugirmos daquilo, cuja procedência é deletéria; antes, suprirmos nossos anelos espirituais bebendo da mais pura Fonte.
Ele garante, aliás, que Seu suprimento é inesgotável; “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14
A cruz
“Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.” Rom 6;10
A cruz nem sempre é entendida corretamente. O vulgo costuma chamar os problemas que enfrenta no viver, por esse nome. A cruz de Cristo não tem a ver, necessariamente, com dificuldades; antes, com a busca pela santidade.
Os pecados não desfilam como difíceis; geralmente, se apresentam mui deleitosos, fáceis de praticar. Logo, a cruz, uma vez que trata diretamente com eles, traz “dificuldades” de outra ordem; a renúncia das inclinações carnais. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24
Infelizmente muitos conseguem se mostrar valentes diante das lutas, das dificuldades, e covardes para enfrentar as seduções dos prazeres.
A eficácia da Cruz de Cristo, requer o concurso da nossa; o que a Palavra chama de, “andar em espírito.” “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1
O reino
“Desde então começou Jesus a pregar e dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.” Mat 3;17
Não que O Eterno tenha deixado de reinar. Todavia, como entregara o governo da Terra ao homem, e esse perdera pela desobediência, o que fora um belo projeto de vida tornara-se reino da morte. “... a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão...” Rom 5;14
Após a Lei, mediante Moisés, o peso do pecado passou a ser outro; “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.” V 13
Então, quando O Reino dos Céus chegou, não foi o governo, mas o convite ao homem para que mudasse, de modo a poder participar desse Reino. “Arrependei-vos”.
Abraão fora convidado a “uma terra que te mostrarei.” A todos que ouvem o Evangelho, o convite é ao Reino dos Céus.
Não carecemos migração; antes, deposição dum falso regente, o ego, que ocupa o trono do Rei; “Negue a si mesmo.”
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Obra acabada
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;7
Um dos textos favoritos em autos fúnebres. Embora, inegável valor e apropriação, nem sempre seu teor se revela veraz.
Pois, terminar é diferente de acabar. Término é o encerramento de algo. Isso pode ocorrer de modo abrupto, por uma interrupção qualquer. Enquanto, acabar sugere dar toques de acabamento. Encerrar no tempo oportuno, com os cuidados necessários.
Paulo estava condenado à morte, e viu nisso o acabamento do seu ministério. Nada mais apropriado, para quem escreveu: “Ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.” Fp 2;17 “Porque para mim viver é Cristo, e morrer é ganho.” Fp 1;21
Infelizmente nem sempre vemos as coisas com olhos espirituais. Acabar a carreira é fazê-lo dando contornos autênticos, no quesito da preservação da fé; não, lograr conquistas efêmeras.
Um vencedor em Cristo pode acabar martirizado; a carreira de um vitorioso espiritual não deve ser, necessariamente, longeva; antes, idônea.
Sobre montes
“Por que saltais, ó montes elevados? Este é o monte que Deus desejou para Sua habitação; O Senhor habitará nele eternamente." Sal 68;16
Simples entender que, “montes” aqui, é figura se referindo a governantes. Têm qualidades humanas. Saltam. O texto deixa implícito o motivo; em demanda do monte de Sião, onde está Jerusalém.
Qualquer semelhança com a geopolítica atual, onde, a capital israelense é desejada por muitos, não é coincidência; é cumprimento profético.
Isaías figurou as lideranças espirituais dos dias do Senhor, como montes que seriam aplanados. Isto é; colocados semelhantes aos lugares baixos, significando que receberiam o mesmo chamado ao arrependimento, que os rejeitados da sociedade. Os “vales”, prostitutas e publicanos, os baixos naqueles dias, teriam a mesma chance que os montes.
Até se avantajaram; O Salvador observou: “... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes, mas publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32
“Todo o vale será exaltado; todo monte e todo outeiro será abatido...” Is 40;4 os líderes religiosos se revelaram “montanhosos” demais, para se colocar ao mesmo nível dos outros pecadores; seu orgulho lhes fechou a porta.
Esse é, certamente, o maior “inconveniente” da doutrina de Cristo; não reconhece aos montes sociais; antes, tem especial afeto pelos pequenos; “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 28 e 29
Esse nivelamento no raso tolhe aos orgulhosos, porque os coloca ao lado dos que eles desprezam.
Ezequiel também falou aos “montes” nos dias do seu ministério; “Montes de Israel, ouvi a Palavra do Senhor.” Ez 36;1 Tanto eram os montes literais, lugares onde eles cultuavam ídolos, quanto, os líderes, culpados pela apostasia.
Quando as pessoas pensam na “fé que remove montanhas” costumam promover seus problemas cotidianos, pequenos punhados de terra, ao status de grandezas. Muitos, não obtendo resposta se afastam ofendidos dizendo que a Palavra não se cumpre.
Não que O Eterno não possa remover isso. Mas, muitas vezes permite que pequenos incômodos concorram, quando pode usá-los para nosso aperfeiçoamento. Davi escreveu: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse Teus estatutos.” Sal 119;71
As melhores lições que nossas almas recebem são nela gravadas em baixo relevo; digo, são em momentos de dor, privações. “Melhor é ir à casa onde há luto, que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;2 e 3
Muitas vezes, nossas perdas são disfarces de ganhos; bens de valor eterno sendo forjados nas intempéries efêmeras que O Santo permite que nos toquem. Nossa finitude tende a inflacionar as coisas como se, minúcias efêmeras fossem uma cordilheira. Esses montes de enganos também, uma fé sadia no Senhor se encarrega de remover.
Se, nosso ego usurpador e doentio pretender reinar em lugar do Senhor, Certamente esse é o primeiro “monte” a dar trabalho para a fé, quando ela for veraz. “negue a si mesmo”. “... Ele remove reis e estabelece os reis; dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz.” Dn 2;21 e 22
Se, aos montes apreciados é possível saltar, desejar, se entristecer, prerrogativas humanas, os que são edificados de modo a desenvolver confiança irrestrita no Senhor, não hão de mudar por nada, quaisquer que sejam as circunstâncias pelas quais sua fé deva passar; evidenciarão uma qualidade dos montes reais, cuja perenidade é notória; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1
Todavia, o “monte” governante que escolhe a impiedade como modo de atuar, no tempo do juízo deixará de ser; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” v 3
Para sua perda, todos os “montes” da terra se unirão; “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido...” Sal 2;2 “Eu, porém, ungi meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.” V 6
Daniel completa a figura do fim dos governos ímpios e o reino global de Cristo; “... a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, encheu toda a terra.” Dn 2;35
As heresias
“Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem.” I Cor 11;19
Nada mais desafiador para um cristão sincero, que, identificar algo herético, espúrio, sendo ensinado em meio aos demais? Em tal contexto é inevitável sua manifestação em defesa da verdade.
No antigo pacto, cuja luta era contra carne e sangue pela “Terra Prometida” os omissos foram amaldiçoados, “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10
O que dizer dos omissos de agora, no ministério do Espírito? “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5
Heresias são ataques da oposição aos quais devemos rechaçar. A omissão, invés de tolerância é covardia. As coisas valiosas devem ser guardadas como tais.
Quem foi capacitado para tanto, esteja a postos; “... quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Js 6;7
Nada mais desafiador para um cristão sincero, que, identificar algo herético, espúrio, sendo ensinado em meio aos demais? Em tal contexto é inevitável sua manifestação em defesa da verdade.
No antigo pacto, cuja luta era contra carne e sangue pela “Terra Prometida” os omissos foram amaldiçoados, “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10
O que dizer dos omissos de agora, no ministério do Espírito? “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5
Heresias são ataques da oposição aos quais devemos rechaçar. A omissão, invés de tolerância é covardia. As coisas valiosas devem ser guardadas como tais.
Quem foi capacitado para tanto, esteja a postos; “... quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Js 6;7
Imitadores
“Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;5
Homens dos últimos dias, segundo Paulo. Por que alguém desejaria a aparência de algo, não sua eficácia? Apenas aparentar ser piedoso?
Encenar algo virtuoso costuma abrir portas na terra; viver, abre-as nos Céus. Como as cogitações desses não excedem à busca de “bens”, por aqui, não se ocupam com os de lá, malgrado, a bondade Divina os tenha feito acessíveis.
A eficácia da piedade não é pequena; “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;8
Embora, já tenha reflexos proveitosos na vida terrena, a tal exercício, num modo de vida probo que busca honrar ao Senhor, estão atreladas promessas de valor eterno, feitas por quem não pode, nem quer, mentir.
Inevitável que os homens dos últimos dias sejam como são; entretanto, podemos passar longe de seus exemplos, escolhendo padrões melhores para seguir. “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1
Encenar algo virtuoso costuma abrir portas na terra; viver, abre-as nos Céus. Como as cogitações desses não excedem à busca de “bens”, por aqui, não se ocupam com os de lá, malgrado, a bondade Divina os tenha feito acessíveis.
A eficácia da piedade não é pequena; “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;8
Embora, já tenha reflexos proveitosos na vida terrena, a tal exercício, num modo de vida probo que busca honrar ao Senhor, estão atreladas promessas de valor eterno, feitas por quem não pode, nem quer, mentir.
Inevitável que os homens dos últimos dias sejam como são; entretanto, podemos passar longe de seus exemplos, escolhendo padrões melhores para seguir. “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1
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