quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Sem fermento

 “Nenhuma oferta de alimentos, que oferecerdes ao Senhor, se fará com fermento...” Lev 2;11 “Todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal...” Lev 2;13

Na simbologia bíblica, fermento tipifica corrupção, contaminação; O Senhor aconselhou e evitar o “fermento dos fariseus” aludindo às suas doutrinas; figurou Seus discípulos como “Sal da Terra”, ensinando a sobriedade, gravidade que devem ter, ao falar. “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal...” Col 4;6

Assim, ao servo de Deus, invés da lisonja bajuladora, da tentativa de motivação ao estilo coach, cabe ser prudente, sóbrio, veraz.

Sua fala precisa ser sem fermento, com sal. Cobrir ao ímpio de promessas, antes de ter sido resolvido o problema basilar, a regeneração da vida espiritual, via conversão, arrependimento, é contraproducente como maquiar um morto; dura um momento e se esvai.

O Evangelho que não começar pelo “arrependei-vos”, não começa nunca. Não é Evangelho. A Palavra ensina que “Deus não é Deus de mortos.”

Ministros que não anunciam seriamente a Palavra, também estão mortos; inútil esperar encontrar O Salvador entre eles. “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

A verdade

 “... fixando os olhos nele, viram seu rosto como o rosto de um anjo.” Atos 6;15

Viram e ouviram a Estêvão falar como um anjo. Fez um resumo de história, desde de Abraão, até aqueles dias.

Apresentou a Jesus como O Messias prometido; acusou seus algozes de resistir ao Espírito Santo, foi condenado, apedrejado, morto.

Nada adiantou o que viram e ouviram, embora verdadeiro. O ódio tem razões, diante das quais, a razão se envergonharia.

Acaso se ouve protestos, se envia “flotilhas humanitárias” em defesa dos cristãos massacradas na Nigéria? Não. Por quê? O ódio corrente é contra Israel. Não se trata de defesa humanitária. Antes, de atacá-los a qualquer preço.

Todos dizem, alguns, apenas quando lhes convém, que Deus É Amor. A Palavra corrobora isso. Se, o amor “não folga com a injustiça, mas com a verdade”, I Cor 13;6 podemos mudar ‘amor’ por Deus e teremos: “Deus não folga com a injustiça, mas com a verdade.”

Antes de nos ouriçarmos em defesa de algo, passemos pela “peneira da verdade”. Pois, “Ficarão de fora, cães, feiticeiros, prostitutos, homicidas, idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A fé dos ateus


“... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Vemos que, o relacionamento com Deus deve ser racional; isto é, calcado na razão. No entanto, essa, do ponto-de-vista humano, posa como mestra independente. Fonte autônoma.

A razão segundo Deus, requer mudança de mentalidade, firmada na obediência, a Ele. Na contramão das inclinações naturais. Chama primeiro por uma porta “irracional”, a da fé, para, depois, iluminar aos que creem. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

A chamada traz um jugo, além do estreito caminho; “apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo”; para a “matrícula” na faculdade eterna, pois, se requer ruptura com o modo corrente; “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”; uma vez admitidos, pouco a pouco passamos a conhecer as razões Divinas. “Porque Meus pensamentos não são os vossos...” Is 55;8

A “patrocinadora” do ateísmo é a moral, não o intelecto; a recusa em renunciar às inclinações carnais, o “sacrifício vivo” a cruz; fruto dum viés volitivo, não, intelectual.

A “distância segura” que alguns precisam manter em relação à luz, por causa dos hábitos que pretendem conservar, pode ser tudo, menos, racional. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

A aversão desses, invés de uma lacuna inteligível da parte de Deus, que seria aceitável, verte do anelo de se manter no escuro, temendo reprovação. De onde esses entendem que, se vistos plenamente, hão de ser reprovados? No fundo, sabem o que é probo e o que é réprobo. E a “visão” do invisível é prerrogativa da fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e a prova das que se não vê.” Heb 11;1

Tendo escolhido um modo de vida alheio à probidade, invés de buscar pela luz, que seria sensato, preferem buscar esconderijo, impunidade. É um rasgo de fé que os leva à negação do que conseguem entender.

Logo, o ateísmo é moral, não, intelectual; fruto de uma escolha consciente, invés da incapacidade de conhecer à luz. No início da epístola Paulo dissera: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;21

Ele toca na ferida rotulando-os como insensatos, não como ignorantes. Faltou-lhes bom senso, invés de entendimento.

Portanto, os “racionais” que apregoam urbe et orbe que a fé é cega, no fundo, estão apenas tentando camuflar suas cegueiras voluntárias. Ante O Eterno, aquele que nega o óbvio não é digno de atenção, antes, de desprezo. “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1

Além da obtusa posição, o concurso da corrupção, ações abomináveis, e uma decidida escolha pelo mal.

Mas, dirá alguém: Há muitos ateus que vivem vidas moralmente retas. Os fariseus também viviam; “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer a própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Rom 10;3

A pretensão de justiça própria em lugar da de Deus é arrogância, orgulho; a recusa em crer na Divina revelação, é blasfêmia; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus, de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Parece chique, notórios ateus discursando em auditórios de universidades, usando sua luz para cegar seus pupilos. Se, o “sine qua non” da razão espiritual é se desvincular do modo mundano de pensar e agir, e esses produzem falácias segundo os as vulgares inclinações, fecham-se à luz, tolhendo aos que lhes escutam. Mas, o que ouvem esses, no recôndito das suas almas, quando repousam a cabeça nos travesseiros?

Usar o talento do discurso para produzir objeções vazias, é transformar a própria luz em trevas. O Salvador advertiu: “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Enfim, o ateísmo não é fruto duma impossibilidade; eventual cegueira, honesta; antes, é uma escolha; um desvio inconsequente. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança e estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Os despenseiros

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Os líderes espirituais deveriam ser depositários dos Divinos conselhos, como disse Malaquias: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Quando O Eterno precisa despertar um profeta para profetizar contra os “profissionais”, “contra os pastores”, isso evidencia a necessária interferência duma supervisão, porque os comissionados abandonaram à comissão.

O obreiro merece estar em consideração perante os homens; “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus.” I Cor 4;1 Porém, não deve perder de vista que está desnudo diante do Eterno; daí, “... requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” V 2

Se assim não fizermos, Deus sempre terá um “Ezequiel” a Seu serviço para nos denunciar.

Parceria

“... esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque Eu Sou convosco, diz O Senhor dos Exércitos.” Ag 2;4

O fato do Eterno ser conosco não significa vida fácil. Antes, requer esforço de nossa parte, uma vez que O Santo não fará por nós, aquilo que podemos.

“Eu Sou convosco;” isso é selo de uma parceria confiável; “esforça-te” a necessidade humana, para que essa, seja bem sucedida.

Nosso amor por Deus requer uma demonstração prática, não, verbal. “Se Me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14;15

O Seu amor inefável por nós foi demonstrado na cruz; nossa correspondência, que espera, requer que tomemos nossas cruzes diariamente, para vivermos de um modo que lhe seja agradável.

“De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rm 6;4 

Estando O Senhor conosco, isso é possível; e Ele está. Esforçai-vos!

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Livres pra obedecer

 

“... vai e não peques mais.” Jo 8;11

 O Salvador depois de perdoar à mulher adúltera despediu-a com esse dito.

Quão diferente das abordagens legalistas! Alguns se dão ao direito de abrir essa porta, fechar aquela; isso pode, aquilo não pode. Tais, tentam ocupar o lugar do Espírito Santo nas vidas que pretendem dominar.

O Senhor partiu da suposição que a pessoa poderia ir, livremente, sem necessidade de um tutor humano, e que, ante eventual tentação teria condições de saber o que era pecado e o que não.

A falta de edificação das vidas e compreensão, do que seja “andar em espírito”, é que dá margem pra que alguns saiam carimbando tudo; o que é lícito e o que não. Agem como se a igreja lhes pertencesse, não, ao Senhor. “Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.” Rom 14;4

 A edificação mediante ensino é muito importante. Mas, a tentativa de ter domínio sobre outrem, é nuance própria de líderes que, desconhecem a suficiência do Espírito Santo.

Autoridades

“Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?” Atos 23;2 e 3

Paulo estaria “injuriando” ao Sumo Sacerdote. Ora, “parede branqueada” é figura de linguagem que, significa hipócrita. Quem pretende punir um suposto fora-da-lei, usando métodos ilícitos, age, precisamente, assim.

Ser o Sumo Sacerdote, invés de o fazer inatacável, o fazia ainda mais culpado. Quem melhor que ele deveria conhecer à Lei que dizia representar?

Nada mais deprimente que, ver alguém indigno num posto nobre. Seguido ouvimos políticos chamando um ao outro de “Vossa Excelência” por causa do posto, e “safado, ladrão!” por causa do caráter.

O Senhor não guinda a assentos nobres, aos que manifestam índoles vis. Logo, antes do aprumo exterior, a “parede”, devemos permitir que O Senhor nos purifique as almas.

Daí, invés de contradições, produziremos coerência; antes das cobranças, ofereceremos exemplo.

Eventual investidura não é biombo para ocultar falhas; antes, dever de evidenciar Cristo. “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14