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sábado, 10 de janeiro de 2015

Deus; liberdade de expressão e Charlie Hebdo



“Simeão os abençoou, e disse a Maria: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel; para sinal que é contraditado; (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2; 34 e 35  

Circula no You Tube um vídeo cujo alvo é o humor chamado, “O exterminador  do Passado”. Onde o herói viaja no tempo até os dias de Cristo e mata Judas antes que ele traia seu Mestre.  Embora seja apenas para rir, enseja refletir também. O que faríamos se, como Deus, conhecêssemos o futuro? 

O texto atribuído ao profeta Simeão apresenta a “contradição” a Jesus assumindo intensidade tal, que, uma espada transpassaria a alma de sua mãe, “para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Finaliza.

Não é forçar a barra, pois, concluir que Deus leva a liberdade de expressão às últimas consequências. Aliás, se alguém poderia dizer como Voltaire, “Não concordo com nada que dizes; mas, defenderei até à morte teu direito de dizeres o que pensas”;  esse, seria Jesus. 

A própria árvore proibida, aliás, outra coisa não era senão, um meio de propiciar liberdade de expressão, escolha. Se Deus é grave quanto às consequências, é vasto nas possibilidades; a nada força ninguém. Afinal, liberdade inconsequente, nem Ele possui; pois, ao dar plena liberdade ao ser humano, as consequências recaíram sobre Seu Filho Bendito.   

Embora seja tema sempre atual, sobretudo com os reiterados flertes ditatoriais do PT e sua tão sonhada pauta do “controle social da mídia” nome palatável que dá à censura  como vige na Venezuela, Cuba, China, Coreia do Norte, etc. a liberdade de expressão voltou à crista em face ao sangrento ataque sofrido pelo Jornal “Charlie Hebdo” na França; onde, dez jornalistas e dois policiais morreram.  A Al Qaeda do Iêmim teria assumido a paternidade da nojeira. 

O que mais espanta é que a maioria das vozes de protesto são tímidas; parece haver uma pressa coletiva de provar que o Islã é uma religião de paz. Ora, o Ocidente é majoritariamente “cristão” e com todos os defeitos do cristianismo professo, que requer o uso das aspas, não mata pessoas por discordar da fé, “chargear” a Jesus, ou um profeta qualquer. 

Se o Islã é mesmo da paz, que seus expoentes expliquem os atos da “Irmandade Muçulmana” no Egito; as barbáries do “Boko Haram” na Nigéria, as muitas decapitações de reféns pelo “Estado Islâmico na Síria, a recente chacina na França, etc.  

Que fé é essa que eles pregam que sonega o direito à dúvida, ou, à liberdade de divergir? Por que não interpretam entre as muitas “Suras” do Corão que isso ensinam, quais são metáforas e quais se deve tomar literalmente. Eu li o Corão, sei do quê falo.

Ah, mas não posso criticar, pois, corro risco de ser morto também; danem-se! Sei das barbáries que se fez na “Era das trevas” no mundo  ocidental blasfemando o Santo nome de Deus. Mas, a marcha civilizatória e a própria Bíblia, interpretada, não, manipulada, aos poucos colocou as coisas no lugar.   

Embora haja reiterados apelos para que se creia,  advertências quanto às consequências de se rejeitar ao bom caminho, todos são livres para recusar. Circulam em nosso meio filmes blasfemos como “A Última Tentação de Cristo”,  espetáculos como, “Jesus Cristo Super Star” e assemelhados, sem nenhuma violência contra seus idealizadores. Os pensamentos dos corações seguem se manifestando livremente.  

Ora, se o Eterno quisesse abafar todo o contraditório, tolher a liberdade na marra, bastaria ter criado o homem sem possibilidades, sem a árvore proibida; estaria programado um robô eternamente “obediente”. 

Não dou um passo, melhor, não digo uma palavra em defesa do Islã; seus defensores que o façam. Desgraçadamente o ódio parece atrair mais que o amor. Quantos ocidentais, Ingleses, americanos, e até brasileiros, deixam famílias para lutarem ao lado dos decapitadores do Estado Islâmico?

Se, em certos aspectos são os opostos que se atraem, nesse caso, são os semelhantes. Quem tem uma alma abostada, venera e segue a um líder igualmente abostado. E temos camarões de sobra para exportação. 

Urge que se acabe com esse cinismo covarde de tentar dourar  pílulas venenosas como se fossem de adoçante. Abre-se espaços amplos, para progressão do Islã em países cristãos, e eles seguem tratando assim, aos que discordam. Parecem ter braços diplomáticos para espalhar cinismo, e os práticos para fazer valer o que está escrito. 

Se já deprecio ao cubo a hipocrisia cristã, por que seria diferente com os tais? Aliás, voltando ao começo, se pudéssemos conhecer um pouco o futuro, digo, onde essa doentia condescendência nos vai levar, não viajaríamos no tempo; mas, talvez parássemos de viajar na maionese.

sábado, 27 de setembro de 2014

Dilma me envergonhou



“Quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza que eu me não abrase?” II Cor 11; 29  

Cotejando sua trajetória com a de certos “apóstolos” que desfilaram em Corinto na sua ausência, Paulo, expõe parte de sua biografia pós conversão, eivada de toda sorte de sofrimentos. 

Além de privações várias, castigos físicos, acrescentou algo, que, hoje, chamamos de “vergonha alheia.” “Quem se escandaliza que eu não me abrase”? Perguntou. Óbvio que, escândalos que o atingiam, necessariamente, eram vertidos no seio da igreja, reduto dos salvos. 

Outro dia, uma pessoa de minha relação tentando justificar ações de má fama usou um jargão comum. “Ninguém paga minhas contas.” Noutras palavras: Faço o que me aprouver; ninguém tem nada com isso. Essa “filosofia”, aliás, é cantada em prosa e verso. Há uma canção que me ocorre agora, cujo refrão é: “E se eu bebo, é problema meu.” 

Embora, grosso modo pareça muito libertária a postura, no fundo, é imbecil. Todo o verdadeiro servo de Deus sabe que, quando algo escandaloso tem origem na professa igreja, invariavelmente a coisa nos envergonha, por distante que tenha se dado.

Respondi objetando a aludida pessoa que, também eu não pago as contas de ninguém, contudo, se outrem praticar coisas escandalosas diante de meus olhos, provavelmente acabarei comentado com outros, e, eventualmente, usando como exemplo negativo quando couber. 

Outro dia nossa Presidente discursou na ONU; entre outras coisas que seriam muito mais para consumo interno que aquela tribuna, condenou o ataque aos terroristas do dito “Estado Islâmico” que degola  reféns e posta os vídeos na NET, além de fuzilamentos em massa, dos concidadãos dissidentes de sua “fé”. 

Disse que a ONU deveria dialogar com os tais. Experimente sugerir a um de seus Ministros para que vá lá começar o “diálogo”!  Ora, aquela gente só conhece o “argumento” da violência, infelizmente. 

Aliás, os que advogam que o Islamismo é uma religião de paz deveriam ler com atenção o Corão antes de sair afirmando isso. A prescrição de matar “infiéis” se acha em várias passagens, de modo que, os que isso fazem são os mais ortodoxos. 

Mas, voltando ao fio da meada, dado que ela é Presidente do Brasil, me envergonhei por causa do que disse, também, “em meu nome”. 

Se a abrangência social de uma postura, comportamento, não importa, é cada um por si, o próprio conceito de sociedade perde o sentido. 

Ciente que os atos têm incidência horizontal no teatro social, o Salvador nos exortou a agirmos de modo que esses reflexos sejam bons, edificantes. “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 15 e 16  

Assim, os direitos individuais em privado não são, necessariamente os mesmos em âmbito público. O que posso fazer sem pudor algum entre quatro paredes, por exemplo, se  fizer em aberto pode acarretar a prisão, sob acusação de atos obscenos. 

Então, projetar hábitos individuais sobre o tecido social pode ensejar rejeições, uma vez que o mosaico social é composto de uma gama diversa de indivíduos.  Desse modo, a massificação sempre tolherá uns e promoverá a outros de modo injusto. Pois, regras e convenções sociais pressupõem universalidade, coerência; individualidades têm seu âmbito de expressão mais restrito. 

Isso vale para opção sexual, modo de falar, vestir, crer,... cada contexto pressupõe um jeito de ser e agir.  Posso crer em Alá, como os islâmicos, mas, matar a quem não crê não é  exercício de minha fé; antes, meu suposto direito de punir a descrença alheia.

Igualmente, qualquer um pode ser homossexual se desejar; agora, exigir leis específicas que lhe garantem privilégios é impor ao todo uma superioridade que sua postura não possui.

Pois, se é pacífica a aceitação do modo de agir assim e ter mantidos seus direitos de cidadão; propriedade, vida, liberdade, ir e vir, etc. Também é que, tão ou mais representativa parcela da sociedade tem um modo diverso de ver a vida e o comportamento.

Nem religiosos podem impor sua fé aos gays, nem esses seu agir àqueles. Esse truque canalha de chamar divergência de intolerância não cola. 

Tolerância é coexistência pacífica; divergência é reflexo de mera crítica. Até Deus se expõe à crítica, quando, ordena que se fiscalize o cumprimento de Suas palavras. “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará...” Is 34; 16 

Em suma, se alguém pensa que pode fazer o que quiser publicamente por que ninguém “paga suas contas”, tal, nos força a pagar por sua falta de vergonha, envergonhando-nos.