“... a adúltera anda à caça da alma preciosa.” Prov 6;26
Se for mudado para o adúltero, não sofrerá nenhum prejuízo; pois, a gravidade é igual, bem como, a sentença. “... os que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus julgará.” Heb 13;4
“... a adúltera...” não se trata de mero tropeço. Se a mulher é assim nominada, significa que esse é seu “normal”. A palavra define seu caráter. Alguém pode tropeçar e reconsiderar, se arrepender e não reincidir. O mau passo segue sendo mau. Porém, não é suficiente para definir o ser de alguém, como são os maus passos, reiterados.
Grassa, até entre alguns que se dizem cristãos, a “moral” do “permita-se.” Viva novas experiências sejam quais forem, a despeito das alheias opiniões. O mesmo que o Capeta disse a Eva. Permita-se! Você só tem a ganhar.
“... anda a caça...” as pessoas que vegetam na escravidão ao pecado, entre outras mazelas padecem de cegueira; agem a serviço de interesses alheios, sem perceber. A Palavra ensina: “... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo que É a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
Embora trabalhem para quem as cegou, a rigor não pensam assim. Acreditam estar apenas em busca de prazeres que “merecem”, para os quais se paramentam, preparam, quais caçadores a espera das presas.
Aquilo que é menos numa relação assim, dada a ilicitude por ferir o direito de outra pessoa, fazem parecer que é mais, nas “iscas” que espalham em busca de vítimas. “As águas roubadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável.” Prov 9;17
O único “algo mais” que há numa loucura assim, é o deleite satânico de furtar, como se, um erro crasso fosse uma conquista, uma esperteza. A Palavra de Deus é categórica: “Não furtarás!” isso inclui, por certo, afetos alheios.
Aos prudentes, o conselho: “Bebe água da tua fonte, das correntes do teu poço; derramar-se-iam tuas fontes por fora, pelas ruas os ribeiros de água? Sejam para ti só e não para estranhos contigo; seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.” Prov 5;15 a 18
Sacia-te teu com teu cônjuge apenas, e isso baste. Seja mulher, seja homem, o propenso ao erro do adultério, o conselho é o mesmo: Evita.
Embora ao desavisado a aventura acene suas vistosas bandeirolas de prazeres, a realidade é bem mais trágica do que parece. Do jovem que se deixa seduzir por uma mulher adúltera está dito: “... ele logo a segue com um boi que vai ao matadouro... porque muitos são os feridos que derrubou, são muitíssimos os que por ela foram mortos; sua casa é o caminho do inferno que desce para as câmaras da morte.” Prov 7;22, 26 e 27
“A adúltera anda à caça da alma preciosa.” Sim, as almas que se deixam capitular por seduções desse tipo, perdem-se. Embora possa concorrer eventual prazer, no momento, no fim da linha o desembarque não será venturoso; “Há um caminho que ao homem parece direito; mas no fim dele, são os caminhos da morte.” Prov 14;12
Quando refere a alma como preciosa, isto é, de alto preço, a sentença evoca um ensino de Cristo: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma? Ou, o que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mat 16;26
Pode parecer libertadora a sentença, “permita-se!” mas, a rigor é um traço da escravidão ao pecado inda pujante. No fundo, a consciência tenta valorar segundo Deus, mas a força do pecado a suplanta, nos que ainda não renasceram em Cristo; “... o que faço não aprovo, o que quero, não faço, mas o que aborreço faço... de maneira que não sou eu que faço isso, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 e 17
O Senhor condicionou a libertação dos pecadores, à permanência na Sua Doutrina; o que demanda alguns “nãos” à própria natureza, “negue a si mesmo”, e um sim ao Salvador; então, não mais seremos escravos, nem cegos. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32
No episódio da mulher adúltera narrado por João, Jesus manifesta sua disposição em perdoar; rejeita a hipocrisia e parcialidade dos religiosos da época.
Sua bondade não validou ao adultério, antes ordenou: “Vá e não peques mais.” O arrependimento não é mero peso de culpa, isso é remorso. O vero arrependimento é um divisor de águas, que faculta a mudança de vida nos que se arrependem.
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