quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O fim dos dias


“... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” II Tim 3;1

O que são os últimos dias? Dependendo da perspectiva e do intento, os últimos dias podem sofrer apreciações diferentes. Quando Nabucodonosor sonhou com uma estátua de ouro, prata, bronze, ferro e barro, Daniel interpretou e resumiu, com as seguintes palavras: “Ele (Deus) fez saber ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias.” Dn 2;28

Naquele contexto, havia milênios ainda, ao dispor da humanidade; mas o epílogo da saga Divino-humana foi mostrado naquele sonho; certo que era uma mensagem atinente aos últimos dias. Eventualmente, usamos essa expressão com objetivo de apontar a um pretérito recente. “Nos últimos dias tem chovido muito; ou feito um calor intenso.” Significando, ultimamente.

Porém, quando a profecia aponta para os últimos dias, em geral entendemos como o fim do tempo da Graça Divina; os últimos dias para a humanidade reencontrar com O Criador; para reconciliação, ou, juízo.

Pedro também mencionou esse tempo e o que aconteceria nele: “... nos últimos dias virão escarnecedores andando segundo suas próprias concupiscências, dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3;3 e 4 Zombaria da fé, escárnio aos valores que abraçamos; deparamos com isso todos os dias.

No apreço de Paulo, os homens deste tempo seriam, talvez, a pior geração de todos os tempos, dadas as características que exibiriam; “porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;2 a 5

Assim, há sobejas as razões para a ira Divina que também se mostrará de modo inequívoco, justamente, nos últimos dias. “Não se desviará a Ira do Senhor, até que excute e cumpra os desígnios do Seu Coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;20

As grandes catástrofes que assolam à humanidade, que o vulgo chama de “fúria da natureza”, são amostras grátis do Juízo que se aproxima, contra uma geração que faz “mais” que descrer; se levanta contra os que creem visando tolher direitos, a fé, e escarnece do Todo Poderoso, como se, a longanimidade do Eterno equivalesse a fraqueza, ou, inexistência. Paulo adverte aos que assim agem: “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti, no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus.” Rom 2;5

Enfim, resta considerar que os últimos dias serão mesmo, os últimos dias. Vejamos como foi o primeiro: “A terra era sem forma e vazia, havia trevas sobre a face do abismo; O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas; e disse Deus: Haja Luz! E houve luz. Viu Deus que era boa a luz e fez separação entre a luz e as trevas. E chamou à luz, dia; e às trevas, noite. E foi a tarde e a manhã do primeiro dia.” Gn 1;2 a 5

Desde então, para efeito de contagem do tempo, nalgumas culturas de um pôr do sol ao outro, na nossa, da zero hora às 24, chamamos de dia. Embora esse período compreenda uma noite junto. A rigor o dia é quando incide a luz do sol, direta ou indiretamente espalhando sua claridade sobre o planeta.

Pois, num cenário de trevas como foi criado, o dia foi uma dádiva Divina especial. Porém, para o novo mundo, onde estarão os salvos com O Senhor, não haverá mais dias, como os conhecemos. Por isso, estamos rigorosamente vivendo os últimos dias.

A João foi mostrado como serão as coisas no Novo Céu e na Nova Terra: “Nela não vi templo, porque seu Templo É O Senhor Deus Todo-Poderoso, e O Cordeiro; a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a Glória de Deus a tem iluminado; O Cordeiro É a sua lâmpada; as nações dos salvos andarão à Sua Luz. Os reis da terra trarão para ela sua glória e honra, suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.” Apoc 21;22 a 25

O dia foi criado num cenário onde tudo era trevas, deixará de existir como o conhecemos, no venturoso reino da luz.

Por um lado, temos a promessa: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, frio e calor, verão e inverno, dia e noite não cessarão.” Gn 8;22

Entretanto, o fim dos dias está reservado à nova terra, afinal, disse O Senhor; “Passará os céus e a terra, mas Minhas Palavras não passarão.” Mat 24;35

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