sábado, 23 de novembro de 2024

A cura dos cegos


“Mas, se ainda nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais, o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que É A Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Como escuras nuvens que anunciam tempestade, cobrindo o sol e turvando o dia, assim a ação do inimigo visando bloquear o Evangelho. Suas vítimas são os que se perdem; a característica espiritual dos tais, incrédulos; a condição ante à verdade, cegos.

A cegueira física pode ser suprida, em parte, por um tato refinado, uma audição apurada. A de entendimento carece a inefável ajuda do Espírito Santo, para aquecer os corações, quando a verdade é anunciada; convencer do pecado, da justiça e do juízo, como aconteceu com dois discípulos a caminho de Emaús. O Senhor ressurreto lhes falou e não O reconheceram. “...porventura não ardia nosso coração, quando, pelo caminho nos falava e quando nos abria as Escrituras?” Luc 24;32 Cegar entendimentos é obra da oposição; abrir pela Palavra, do Senhor.

Aqueles foram tidos como “néscios e tardos de coração,” pois, as Escrituras previam que as coisas deveriam acontecer exatamente como aconteceram. Logo, deveriam estar radiantes de esperança, e não desolados como estavam. A primeira consequência da cegueira espiritual, pois, é sermos feridos na esperança, reduzidos a um estado espiritual tímido, acabrunhado, medroso. Salomão associou o medo à impiedade; “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

Quem se exaspera por causa dos escândalos no meio religioso e abandona a fé, age como aqueles dois. Desesperaram porque as coisas acontecem exatamente como foi predito que aconteceriam. Acaso, caro desigrejado ferido, não está escrito que nos últimos dias os tempos seriam trabalhosos, por causa da maldade humana, incluindo a hipocrisia no meio espiritual? Ó néscios, e tardos de coração!

Pois, assim como O Espírito Santo em consórcio com a Palavra de Deus nos pode levar à fé, a carne em sua inclinação ao mal, associa-se ao pai da mentira e deriva para a incredulidade. Se as conveniências ímpias precisam da arena religiosa para se exercitar, natural o advento dos que “tendo aparência de piedade, neguem sua eficácia.”

Essa é a batalha espiritual que se trava em cada um, na qual, os que foram armados com dons, discernimento, pelo Eterno, devem empreender esforços para destruir a mentira e seus satélites, deixando evidente a verdade. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

O fato que o entendimento deve estar “cativo à obediência”, o chamado “jugo de Cristo”, é que faz impossível ao homem natural agradar a Deus; a orgulhosa altivez lhe soa muito mais atraente que a humilde obediência. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à Sua Lei, nem pode ser.” Rom 8;7

Nos que ouvem o chamado à salvação, e recebem a Jesus Cristo como Senhor, Ele regenera o espírito, antes morto, alienado do Eterno, via “novo nascimento”; a obediência que era impossível, deixa de ser; basta que O espírito do homem, então, vivificado, seja ouvido e seguido. “Portanto, agora, nenhuma condenação há, para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.” Rom 8;1

Quem pecava sem dor, por ter a consciência cauterizada, passa a ouvir as repreensões dela, sempre que erra. Querendo acertar, é fortalecido o necessário para isso. “A todos que O receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus. Aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12

O que cega só pode fazer seu serviço sujo em consórcio com os incrédulos. Os que creem recebem luz. Antes erravam sem perceber, até; “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19

Tendo estabelecido uma relação com Cristo, a justiça Dele lhes é imputada; passam a ser tidos por justos; e “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Não erramos mais por cegueira. Ainda podemos errar, agora, por desobediência; pois, a luz faculta ver, a vontade é que precisa ser submissa ao Senhor, para que O obedeçamos e recebamos a eficácia da Sua remissão. “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;7

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