segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Primeiro vida; economia depois


“... Não posso andar com isto, pois nunca experimentei. Davi tirou aquilo de sobre si. Tomou seu cajado na mão, escolheu para si cinco seixos do ribeiro e pôs no alforje de pastor que trazia, a saber, no surrão; lançou mão da sua funda e foi aproximando-se do filisteu.”

Invés de paramentar-se como soldado da época, com espada e armadura, Davi foi ao combate contra o gigante munido apenas daquilo que estava acostumado a usar; sua funda.

Malgrado parecesse prudente aquilo, empunhar alguém, armas que não sabe manejar é insano; embora tenha ido à luta confiado no Senhor, a sua parte deveria fazer com aquilo que dominava.

Sabemos o fim da história; O Eterno deu vitória a Israel mediante o jovem ousado que confiou Nele.

De certa forma, a salvação é um embate onde somos desafiados a enfrentar alguém mais forte que nós, um gigante, confiando no livramento do Senhor.

O grandão, dessa vez, chama-se ego; traz a carne pecaminosa como pajem e Satanás como mentor. Foi ele que o gerou, aliás; quando disse ao homem que poderia romper com Deus decidindo as coisas por si mesmo, segundo suas escolhas.

Se, não temos que lutar contra carne e sangue, o semelhante, temos que crucificar, (mortificar) nossa própria carne; diferente de Davi que escolheu para ir à luta as coisas com as quais estava a costumado, agora, como a demanda inicial é “negue a si mesmo”, os artefatos de nosso costume atrapalham. Urge aprendermos o manejo de armas espirituais.

Precisamos renunciar ao antigo modo de pensar pela Mente de Cristo; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos; nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor.” Is 55;7 e 8

Esse novo modo de pensar é mais que isso; digo, vai além de mero pensar; reflete-se no agir; tanto que, nos indispõe com o modo mundano de ser, facultando experiências com Deus; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Muitos perdem a luta por covardia; medo do devido enfrentamento como o trêmulo exército de Saul.

Até começam bem; mas, como a mulher de Jó, na hora da crise fogem; “amaldiçoa a Deus e morre;” dissera aquela.

Comum o erro de perspectiva encorajado por falsos obreiros que acenam a incautos com facilidades ausentes nas promessas Divinas, aos servos de Cristo.

Então, invés de resistir até o sangue contra o pecado, como ensina A Palavra, começam a resistir aos ministros idôneos, embriagados pela cobiças do “finado” ego, que neles continua no comando.

Enquanto a sobriedade espiritual paga o devido preço suportando aflições, os embriagados por cobiças se fazem presas fáceis de obreiros mercenários.

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Pessoas sóbrias, ouvindo certas blasfêmias ensinadas por pregadores de renome na TV, encorajando a dizer arrogâncias ao Todo Poderoso, chamando de “oração”, sentem ante isso o mesmo desconforto que sentiu Davi quando se lhe puseram a armadura de Saul; “não posso andar com isso”.

Quando o ensino for algo fora da casinha é saudável que não consigamos; pois, a fé é uma dádiva Divina, não para que conquistemos coisas que a carne quer; antes, para que por ela aprendamos viver do modo que Deus quer.

Nesse caso sim, “Primeiro a vida; a economia a gente vê depois.” Ou, “buscai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça; as demais coisas (necessárias) vos serão acrescentadas.”

Quando tudo ao redor parecer fracassar, se nossa fé se mantiver, será um golpe certeiro na fronte do “Golias”, uma postura de vencedor mesmo com todas as circunstâncias ameaçando derrota. “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Não há nada de errado em buscar cada um, o melhor para si; o normal duma alma psicologicamente sadia; o truque com o qual o inimigo cega incautos é fazer perecer que devemos lidar com manufaturados, quando Deus anseia que cultivemos sementes.

Alegria está reservada aos vencedores com O Senhor; no devido tempo. “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Sal 126;5 e 6

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