quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Nossas escolhas refletem-nos


“O que anda com sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído.” Prov 13;2

Duas parcerias possíveis; andar com sábios ou com tolos; no primeiro caso resulta uma aquisição dos valores com os quais se identifica; “ficará sábio”. No segundo, apenas a herança do juízo preparado contra tolos; “será destruído”.

Algumas cogitações são possíveis sobre essas duas escolhas antagônicas; quem admira um sábio a ponto de querer andar com ele, vê nos dons dele, uma espécie de ideal; “o que quer ser quando crescer”. No entanto, quem opta pela companhia dos tolos não precisará crescer nada para ser como os tais; já tem a “estatura” exata dos seus mestres.

Quiçá, possa ser por isso que o tal prefere as companhias mais rasas; invés de vislumbrar na luz de outrem uma dádiva a ser buscada, vê apenas uma ameaça ao seu “conforto” como alguns que rejeitaram pessoalmente ao Salvador. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Quem anela andar com os sábios visando ser como os tais, de certa forma já é; se, não no conteúdo, pelo menos, na escolha. São esses “sábios” que A Palavra encoraja a instruir, uma vez que a instrução não atuará no vazio; “Dá instrução ao sábio, ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;9

Por isso Paulo advertiu que não se gaste muito latim com o adepto de heresias; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” Tt 3;10 e 11 Não sei o que é pior; se, a companhia dos tolos ou, ser sábio aos próprios olhos; repousar “seguro” na ignorada ignorância.

Profuso o hábito dos “descobridores” de doutrinas novas, ou erros do “sistema religioso” que saem por aí “reformando” a todos que não se encaixem em suas doentias e fanáticas idiossincrasias.

Um “sábio” espiritual, sabe primeiramente de sua ignorância e limitação; mais; que “Nenhuma profecia Bíblica é de particular interpretação”; podendo o tal, laborar em equívoco; quanto à pouca luz que possui será sempre devedor ao Bendito Espírito Santo.

Estará sempre pronto a mudar, crescer, aperfeiçoar-se, desde que, convencido por melhor luz do que a sua.

Há pouco deparei com um comentário que citava uns quatro versos bíblicos atacando a quem denuncia como um erro o homossexualismo; não julgueis, o cisco e a trave, a hipocrisia, que, não sendo observados têm feito muitos se dizentes cristãos, a agir com “preconceito”.

Embora não pretenda eu ser sábio pelo conteúdo, tenho por sábia toda escolha semelhante, de quem aproxima-se de outrem que sabe, para aprender mais. No caso, de Cristo.

Porém, há uma diferença diametral entre aproximar-se do Senhor com anseio de aprender, e decorar meia dúzia de versos conforme interesses e jogar os tais contra o vento, como se, esses fossem testemunhas de alguma insensatez Divina; ou, como se, O Santo edificasse ao que destruiu, como disse Paulo.
Que tipo de pessoa tentaria usar à Palavra de Deus contra Deus? Um sábio, ou um tolo? “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

A Palavra de Deus, buscada na motivação correta, apreendida, vivida é Fonte da Água da Vida; não entendo por que, tantos mortos dela se aproximam se, não têm intenção de beber para ser ressuscitados. 

Usam porções escolhidas a dedo, como se, a dádiva que labora para dar vida, de repente adoecesse e passasse a corroborar escolhas mortas. “O mandamento do Senhor é puro, ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo...” Sal 19;8 e 9

O Eterno nunca força ninguém a nada; propõe dois caminhos, adverte da chegada de cada um e permite escolhas; a quem O escolhe, protege, ensina, disciplina e abençoa; quem preferir à oposição que o faça; todavia não profane ao Santo misturando-O com o que Ele abomina. “... assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a mim não me quereis ouvir; mas não profaneis mais o meu santo nome com as vossas dádivas e com os vossos ídolos.” Ez 20;39

Embora não tenha na Bíblia o “Diga-me com quem andas e direi quem és”, o que somos influencia, direciona nossas escolhas; se somos de Cristo escolhamos ao que Ele aprova; senão, qual sentido de mencionarmos Sua Palavra?

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