Mostrando postagens com marcador Deus não é tentado pelo mal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Deus não é tentado pelo mal. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Essa coisa antiga, o pecado

“Ninguém, sendo tentado, diga: Por Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e, a ninguém tenta.” Tg 1;13

Pra tentação ser real ela precisa, pelo menos, parecer desejável ao agente e ao paciente dela. No que tange a Deus, não é ludibriado por aparências. Assim, sendo o pecado uma desobediência à Sua Vontade, como, esse lhe pareceria desejável? O Santíssimo encerraria uma contradição? Ansiaria ser desobedecido? Logo, mesmo prescindindo das razões éticas, morais, da Santidade Divina, só pelas veredas da lógica, já vemos o pecado indesejável a Ele.

Todavia, incluindo esses aspectos mais elevados, o pecado desce ainda mais ante Seus Predicados; “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal; à opressão não podes contemplar...” Hc 1;13 Não apenas indesejar o pecado faz parte de Seu Ser; antes, contemplá-lo apenas já fere Sua Santidade.

“Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” V 14 prossegue Tiago.

Há dentro de mim, de você, uma inversão de valores após a queda, pela qual, deixamos de ser Imagem e Semelhança em submissão; pós o “sereis como Deus” praticado nos tornamos egoísmo e concorrência em perversão.

Esses “frutos” são filhos da morte espiritual que, após a queda contaminou toda a espécie humana. Paulo abordando isso não diz que herdamos a má inclinação, antes, herdamos a morte. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim também, a morte passou a todos os homens; por isso que todos pecaram.” Rom 5;12 Não morreram por que pecaram; pecaram porque estavam mortos.

Mesmo quem não transgredira uma ordem direta do Criador, como Adão, estava igualmente morto, por herança; “... a morte reinou desde Adão a Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão...” Rom 5;14

O Salvador disse que os que ouvissem Suas Palavras passariam da morte par a vida, e que, os mortos ouviriam Sua Voz. Pois, mesmo a promessa da oposição acenando com deidade alternativa, na prática, a submissão a ele forjou uma espécie de “Walking Dead”; vivos no prisma existencial, físico, e mortos no espiritual, separados de Deus.

Em Cristo somos desafiados a desobedecer o monstrengo forjado à imagem do tentador, o ego, “negue a si mesmo” para sermos, então, regenerados conforme o projeto original; o “Novo Nascimento”.

Desse modo, voltando a Tiago, quando adverte que, aquiescer ao pecado gerará a morte está falando, necessariamente, aos que foram redivivos em Cristo. Pois, não há risco de morrer para quem já está morto.

Inicialmente, o teste de obediência, a possibilidade de pecar era ímpar; determinada árvore vetada, apenas; agora, a coisa ainda pode ser unificada sob um signo, desobediência; mas, os desdobramentos são infinitos. Digamos que, o tentador e o tentado “trabalham” com matéria-prima mais abundante.

Todavia, o processo rumo à queda é o mesmo; Após sermos atraídos pelas nossas cobiças, “... tendo a concupiscência, concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera morte.” Tg 1;15 Com quem a cobiça “transa” para conceber e dar à luz o pecado? A cumplicidade entre tentador e tentado copulam “engravidando” a esse que, dando à luz o pecado sob auspícios da cobiça, “revive” a morte.

Eis o sentido da cruz! A de Cristo em nosso favor foi literal, injusta, dolorosa. A nossa é espiritual, graciosa, pois, não merecemos tal favor; e, bem menos dolorida que a do Salvador. 

Ele morreu; nós somos desafiados a considerar como mortas as más inclinações patrocinadoras das cobiças, andando após Cristo. “Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas, vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; tampouco, apresenteis vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas, apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos; vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.” Rom 6;10 a 13

Todo salvo traz em si a dupla natureza; a primeira, inclinada ao pecado acossada pela cobiça; e, o ser espiritual, renascido, que visa balizar os passos no “Caminho Estreito” dos ensinos de Cristo.

Quando meditei nas palavras: “O que é nascido de Deus não peca” deu um nó. Tinha nascido de novo, entretanto, pecava; ainda peco. Quando peco é minha natureza carnal que instiga, o homem espiritual é imagem e semelhança de Deus; não pode ser tentado pelo mal. Sempre que peco desobedeço; ando “na carne”. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1