sexta-feira, 22 de julho de 2022

Racionais sem Razão


“Quanto ao trato dos homens, pela Palavra dos Teus Lábios me guardei das veredas do destruidor” Sal 17;4

O contexto imediato esclarece que a Palavra citada é a de Deus. Uma barreira protetora; mas, o fato mais alarmante nesse verso é que nosso trato com os homens é uma ameaça que nos pode levar às veredas da destruição.

Assim como a difusão do Evangelho ocorre mediante homens que temem a Deus, os caminhos do destruidor vêm até nós através de outros que se identificam com o maligno em sua desobediência.

“Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis... ?” Rom 6;16

O fato de o homem ser inteligente, capaz de fazer uso da razão, não significa que agirá necessariamente desse modo. Isaías apresentou a uns, inferiorizados ante os animais; “O boi conhece seu possuidor; o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, Meu povo não entende.” Is 1;3

Na escravidão voluntária ao pecado, o homem se dobra à vontade; e entre o que sabe e o que quer, acaba capitulando a esse, embora sabendo que labora em erro.

O conhecimento de Deus, essa dádiva tão nobre e vital foi desprezada por homens de vontade enferma, em consórcio suicida com a oposição. “Porque do Céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;18 a 21

Embora os ímpios opositores da fé tentem taxá-la de obscurantista, são eles os reféns de corações obscuros; pois, a Luz de Cristo para os tais é luminosa demais; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21

Como um abismo chama outro, os que se recusaram a crer e mudar de vida, embora entendendo claramente as implicações, ganharam um “upgrade” na escuridão, por obra do inimigo que, deles finge ser amigo. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

A luz espiritual não é uma placa em neon, em lugar fixo, a anunciar determinado comércio, instituição, produto... é um desafio a caminharmos doravante, segundo Deus. Só assim fruiremos a eficácia do que Cristo Fez por nós; “Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;6 e 7

Assim, no trato com homens, amigos até, se nossas decisões não forem alinhadas aos valores Divinos expressos na Sua Palavra, cairemos na insensatez que sermos cordatos, agradáveis, mais que verdadeiros, e deixaremos a vereda da vida, pelos descaminhos do destruidor.

À medida que o mundo “evolui” tende a se afastar cada vez mais do Criador. Então, os que seguirem leais a Ele, segundo as “veredas antigas” estarão expostos a escárnios, perseguições, motejos vários.

O Salvador preveniu aos Seus: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes Eu vos Escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que seu Senhor. Se a mim perseguiram, também perseguirão a vós; se guardaram Minha Palavra, também guardarão a vossa.” Jo 15;19 e 20

Para os “racionais” reféns dos instintos, a meta é seguir o som do berrante, junto à manada; a razão submissa ao Espírito nos leva a romper com o “modus vivendi” mundano, em busca da Vontade Divina. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

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