quarta-feira, 27 de julho de 2022

Doces vigaristas


“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem ao nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.” Rom 16;17 e 18

Pessoas infiltradas com pretextos espirituais para enganar aos descuidados em busca do interesse próprio. Seu meio de convencer: Lisonjas. Nada mais facilmente manipulável que um consumidor de bajulações.

Isso foi cantado em prosa e verso numa antiga canção: “... mente pra mim, mas diz coisas bonitas...” (Agnaldo Timóteo) Danem-se os valores! Viva as sensações, mesmo enganosas! Ocorre-me uma quadra de Fernando Pessoa: “Tens um anel imitado e vais contente de o ter; que importa o falsificado, se é verdadeiro o prazer?”

Desde sempre, A Palavra de Deus denuncia a aversão a ela pelos ímpios; “Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos. Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que o Santo de Israel cesse de estar perante nós.” Is 30;10 e 11 

Hoje basta compartilhar, “receber” digitar “amém”, para a coisa acontecer; o engano, claro!

Demandas do Santo exigem temor, reverência; enquanto as falas doces dos bajuladores fazem os maus se sentirem bons, merecedores.

Por isso, frontal rejeição ao Salvador; pela forma transparente que as almas ficavam ante Ele; não queriam que fosse assim. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21

As redes sociais trazem miríades de patifes com pretensões de profetas, mestres na arte de fazer parecer que O Todo Poderoso, O Santíssimo, está ao alcance dos desejos mais rasos e sucumbe aos ridículos truques desses vigaristas espirituais.

Traficantes de mentiras alimentando uma geração majoritariamente viciada em engano, incauta, traidora de si mesma.

Sobriedade reverente, invés da “doçura” irresponsável foi sinalizada desde dias antigos. “Nenhuma oferta de alimentos que oferecerdes ao Senhor se fará com fermento; porque de nenhum fermento, nem de mel algum, oferecereis oferta queimada ao Senhor... Todas tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da Aliança do teu Deus; em todas tuas ofertas oferecerás sal.” Lev 2;11 e 13

O mandado ao homem após a queda foi: “Do suor do teu rosto comerás teu pão;” no entanto, esses salafrários avessos ao trabalho ressignificam como fosse: “Das falácias e artimanhas, produzirás teu alimento.”

O Espírito Santo entre nós veio pra mostrar um monte de coisas duras, mas verdadeiras; “Quando Ele Vier, Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em Mim; da justiça, porque Vou para Meu Pai e não me vereis mais; do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16;8 a 11

A mensagem que visa convencer do pecado não apela ao sabor; mas, à verdade. Quem não aprender a lidar com ela, nem gaste seu tempo com as demais facetas da Obra de Deus; “Porque do Céu se manifesta a Ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.” Rom 1;18 “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Por mais ornamentada que seja, em seu desfile; agradável ao “skanner” do paladar, a lisonja não passa duma mentira envernizada; um frasco de veneno com vistoso rótulo de mel.

Dizem que a mentira circunda o planeta, antes que a verdade consiga vestir as calças. Uma hipérbole bem humorada que realça esse paladar estragado da humanidade, apressado, 
sequioso por enganos e refratário à verdade.

A mentira é grave em qualquer circunstância; mas, quando desfila em paragens religiosas é mais; torna-se profana. Ao bajulador assim, não basta sujar as mãos no carvão das próprias misérias; também precisa sujar O Nome Santo.

“Mas ao ímpio Diz Deus: Que fazes tu em recitar os Meus Estatutos, e em tomar a Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção e lanças Minhas Palavras para detrás de ti?” Sal 50;16 e 17

Nada errado com as boas sensações, os elogios verazes. Mas, ao homem prudente deve contar mais a chegada que a travessia; digo, onde determinado caminho leva, mais que eventual facilidade que se assanhe propondo atenuar a caminhada; pois, “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

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