domingo, 3 de julho de 2022

Perigo democrático


“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da Palavra do Senhor, a qual não havia guardado; também porque buscou a adivinhadora para consultar.” I Cr 10;13

A Palavra ensina que um abismo chama outro; pois, vemos essa sequência decadente na desastrosa sina de Saul.

Transgrediu atrevendo-se ao sacerdócio, função que não lhe cabia, na demora de Samuel; não guardou A Palavra do Senhor quando Ele interditou o despojo dos amalequitas; por fim, tendo Deus se afastado dele, partiu para um plano B; uma feiticeira. Se, Deus não mais fala comigo - pensou - buscarei uma adivinhadora.

Encontramos uma exortação para crescermos progressivamente no conhecimento de Deus, (... conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; Os 6;3) O insensato rei fez o contrário. Desconheceu, ignorou e prossegui desconhecendo ao Senhor; a ponto de considerar A Palavra Dele, semelhante à de uma pitonisa qualquer.

Infelizmente, nem sua entrada tampouco, saída do reino foram abençoadas. Quando o ministério de Samuel fora rejeitado por desejaram os israelitas, um rei, Deus sentiu-se preterido; pois, O Eterno governava através do juiz que escolhera; disse: “... Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não têm rejeitado a ti, antes a Mim, para Eu não reinar sobre eles.” I Sam 8;7

A coroação de Saul derivou de uma rejeição a Deus, por parte do povo; um pleito democrático, portanto; a destituição e depois morte ocorreu por ter ele próprio, rejeitado ao Senhor. Mais tarde O Eterno resumiu ambos os eventos e suas consequências numa sentença: “Dei-te um rei na Minha ira, e tirei-o no Meu furor.” Os 13;11

Aqueles que concentram seus ensinos em como ter as orações respondidas poderiam meditar sobre nisso. Deus deu o que o povo pedira, um rei de grande estatura; porém, não como bênção, mas, sentindo ira. Uma espécie de juízo.

Ele advertiu das consequências da “democracia”; “Este será o costume do rei que reinará sobre vós; ele tomará vossos filhos e os empregará nos seus carros, como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. Os porá por chefes de mil, de cinquenta; e para que lavrem sua lavoura, façam sua sega, fabriquem suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. Tomará vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará o melhor das vossas terras, das vossas vinhas e olivais...” I Sam 8;11 a 14 Pesados impostos.

Diante disso, alguns se arrependeriam e se voltariam a Deus; “Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá.” v 18 As escolhas trazem consequências; liberdade deve ser exercida com a tutela da responsabilidade.

Então, mais que obtermos respostas de Deus, deveríamos temer; viver de modo que, nossa obediência e fidelidade cheguem a Ele como respostas correspondentes, ao Seu Amor manifestado em Cristo.

Fé não é uma chave para obter coisas, uma “senha” que nos abre portas; antes, uma possibilidade de agradarmos a Quem nos ama, e preside sobre todas as coisas, honrando-o com confiança irrestrita, não obstantes, eventuais circunstâncias adversas. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Se eu soubesse que, mediante reiterada insistência receberia algo do Eterno, embora causando-lhe ira, deixaria de querer aquilo; pois, relacionamento sadio é mais importante que eventual suprimento de anseios duvidosos.

Não significa que um servo de Deus viva de brisa, como se diz; antes, que a fé prioriza o que é mais importante na relação com O Pai; certa da Sabedoria e fiada na Integridade Dele; “... De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;32 e 33

Quem acha que pode ser suplementada A Santa Palavra, seja via caminhos “inclusivos”, seja via ecumenismo, de certa forma também vai a “En-dor” em busca da feiticeira; deixa de lado A Santidade de Deus, e ancorado em pretextos doentios usa doutrinas espúrias como se fosse tudo igual.

Saul viu a própria derrota antes de morrer; foi vencido pelos filisteus, e suicidou-se para não cair prisioneiro deles e ser escarnecido.

Toda rebeldia contra O Eterno, de certa forma é um suicídio; enquanto a vida inda pulsa sempre existe possibilidade de arrependimento, mudança.

Como nossa vida é mui efêmera, (... que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14) é temerário brincarmos com decisões suicidas achando que, as poderemos reverter. “... hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais vossos corações.” Heb 3;15

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