sábado, 30 de julho de 2022

De costas pra vida


“Quando um homem for limpo, não estiver em viajem e deixar de celebrar a páscoa, essa alma do seu povo será extirpada; porquanto não ofereceu a oferta do Senhor ao seu tempo determinado; esse homem levará seu pecado.” Núm 9;13

Duas situações permitiam não celebrar a páscoa; estar impuro, ou estar em viagem durante o período da mesma. Excetuando essas variáveis, deveria participar. A pena pela omissão seria a morte. Pois, invés de celebrar o memorial alusivo à libertação, preferiria virar as costas ao Eterno, em sinal de desprezo.

Tanto era grave participar estando fora do padrão, quanto, deixar de fazê-lo, sem motivo justo.

Isso dos que foram remidos da mão de Faraó; o que esse memorial lhes significava, libertação, Cristo significa para nós; Paulo exorta: “Alimpai-vos do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” I Cor 5;7

A celebração da Vitória de Cristo, como Ele mesmo ordenou, é a Santa Ceia; “... fazei isto em memória de Mim.” I Cor 11;24

A Palavra ensina que o serviço, rituais, ordenanças do antigo pacto eram tipos proféticos; “Sombras dos bens futuros”; a páscoa era uma “sombra” da Ceia. Não se trata de mudar as coisas, abandoná-las.

A revelação Divina é progressiva, conforme evolui a possibilidade do entendimento humano. Diverso do apregoado pela Teoria da Evolução, a criação é obra perfeita. Mas, a queda legou o domínio ao príncipe das trevas, aquele que cega entendimentos. O dano foi global.

O Criador enviou Seu Espírito atuando para reparar isso; “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu Conhecimento o Espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;17 e 18

Se, os entendimentos que foram gerados perfeitos careciam dessa “lente de aumento” é porque foram tornados obtusos pelo traíra. O que são os muitos deuses alternativos, os ídolos, senão, derivados de cegueira?

Àquelas “sombras” a Palavra chama de rudimentares; “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias, vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, não segundo Cristo;” Col 2;8

O Novo Testamento não traz uma “Evolução de Deus”; antes, evolução da revelação. Um tempo privilegiado, onde o que era promessa, profecia, se fez fato, é história. Cristo falou disso aos Seus ouvintes; “Pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não viram; ouvir o que ouvis e não o ouviram.” Luc 10;24

Alguns equacionam erroneamente a era da graça, como um “upgrade” de Deus. “Aquele do Antigo Testamento era violento; Jesus É Amor” dizem. Tanto é assim, que o mero descumprimento do mandado de celebrar a páscoa redundaria em morte.

Cristo citou inúmeras vezes o Antigo Testamento e não fez reparo nenhum; exceto, interpretar o espírito dos mandamentos, o que tornou a coisa mais rigorosa ainda; “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos Digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo...” Mat 5;21 e 22 “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos Digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat 5;27 e 28 etc.

A Graça fez o que a Lei não podia; abrir a porta à Salvação pelo Sangue de Cristo. Os que cumpriam àquela e ofereciam sangue de animais quando pecavam, assinavam um “cheque sem fundos”; ficavam em “stand by” até que Cristo resolveu na Cruz. “Não aniquilo a Graça de Deus; porque, se a justiça provém da Lei, segue-se que Cristo morreu debalde.” Gál 2;21

Quem se atém a guardar o sábado, não comer determinados alimentos inda não entendeu O Sacerdócio de Cristo; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da Lei... desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.” Heb 7;12 e 19

Como o espírito dos mandamentos visto a fundo aumenta o rigor, também o descaso com as coisas santas.

Só um imbecil com tendências suicidas acharia que, dado ser a era da graça temos licença para agir de modo profano. “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais será julgado merecedor aquele que pisar O Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Desprezar a Deus não requer punição com morte; quem assim age já está morto.

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