quinta-feira, 28 de julho de 2022

Os incrédulos


“Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás nossa alma suspensa? Se tu És O Cristo, dize-nos abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vos tenho dito e não credes. As obras que Faço, em Nome do Meu Pai, essas testificam de Mim.” Jo 10;24 e 25

O Senhor estaria fazendo suspense acerca de si mesmo? “se tu És O Cristo...” O “se” é inevitável em caso de dúvidas; mas, nos domínios da fé é a negação dela. Esse “prefácio” traz o carimbo com o selo da descrença. “Já vos tenho dito e não credes.”

Quando O Salvador andou sobre as águas, a reação dos discípulos fora de medo. Sabedor disso O Senhor tranquilizou-os: “Não temais, Sou Eu”. Então, o intrépido Pedro mostrou sua “fé”; “Respondeu-lhe Pedro: Senhor, se És Tu, manda-me ir ter Contigo por cima das águas.” Mat 14;28

O Senhor disse: “Vem”; ele deu alguns passos. Todavia, começou afundar e rogou auxílio; depois ouviu: “... Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Embora o texto mencione que ele se assustou com ventos fortes, ele não duvidou depois de estar andando sobre as águas; o fez antes, ao usar o “se” quando O Senhor se identificara; “se És Tu...”

Jesus não apenas dissera claramente em Seus Ensinos, quem Era, como, a todo momento apresentava “testemunhas” que confirmavam: “As Obras que Faço em Nome de Meu Pai, essas testificam de Mim.”

Quem desejar se lavar com água suja sempre terá um recipiente cuidadosamente preparado pelo inimigo; esse ilusionista perito na arte de fazer parecer coisas, ao seu bel prazer, ante os olhos que ofusca, enquanto desvia a atenção. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é A Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Não devemos gastar muito latim com gente ruim de ouvidos e rápida de lábios; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido e peca; estando já, em si mesmo, condenado.” Tt 3;10 e 11

Pela incredulidade daqueles, a “culpa” era do Salvador que não estava sendo suficientemente claro; quando, O Criador falou desde os Céus, à ressurreição de Lázaro, disseram os incrédulos que fora um trovão; quando Jesus curara um cego de nascença acusaram de agir pelo poder maligno; a incredulidade sempre tem um “argumento” para desfazer dos fatos que apontam para a vereda da fé.

Nos caminhos da filosofia, onde a verdade deve ser descoberta paulatinamente, fruto de uma investigação séria, o processo comporta toda sorte de dúvidas honestas, questionamentos; no caso da verdade revelada, a dúvida deixa de ser uma faceta plausível e joga na oposição.

Como essa “oponente”, a verdade, é imbatível “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8 resta aos incrédulos lançarem mão da desonestidade intelectual; transferência de culpa, perversão dos fatos, atribuição gratuita de motivos no fajuto exercício dos sofismas.

Isso só confirma que, a barreira à salvação é na área da vontade, não do entendimento. Quando homens maus entendem que Deus os ama, mas chama-os a uma mudança de vida, arrependimento para que andem Consigo, incapazes de ousar esse passo, dado que reféns da maldade, produzem toda sorte de monstrengos “lógicos” segundo artifícios que vimos; recusam a produzir a única coisa que os levaria rumo à salvação; “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Mat 3;8

A Palavra não desculpa quem se recusa a aceder ao que foi revelado. Deixa patente quem Jesus É: “O Qual, sendo o Resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa..." (de Deus); pontua também como reagiram à revelação os incrédulos; “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou... Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 e 21

Eles não tinham razões lógicas para descrer, como pretendiam encenar; optaram pelas trevas, no lado oposto aos apontes do próprio bom senso; “seu coração insensato se obscureceu.”

Pois, diferente da luz física, a espiritual demanda andar conforme; “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

A incredulidade como ponto de partida tende a afundar seus passageiros na via das trevas; os que creem são justificados em Cristo, reputados justos; tendo enxergado o básico para iniciar a peregrinação, são enriquecidos cada dia; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

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