quarta-feira, 30 de março de 2022

Top Trash


“Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus...” Ef 3;7

Fui feito ministro; Paulo sabia quais eram suas inclinações religiosas. Noutra parte testificou: “Não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui à Igreja de Deus.”

A primeira coisa que um salvo deve ter são dois quadros pendurados na parede da memória; um “antes” e um “depois”; deve lembrar como era o charco de lodo, antes da Rocha.

Deus não nos chama porque somos bons, estamos vendendo saúde espiritual, em circunstâncias ditosas; antes, apesar das nossas ruindades e ambientes, investe Seu Amor e misericórdia; “Eu te conheci no deserto, terra muito seca.” Os 13;5

Paulo fora adversário da Divina Obra; porém, em Cristo, foi feito diferente.

Abstraídas as peculiaridades de cada caso em particular, o mesmo acontece com todos. Malgrado, religiosos, zelosos, tendemos a ser obstáculos, mais que ajudadores, sem a bendita intervenção transformadora de Cristo. Sempre que o ‘eu’ estiver no trono, Cristo não estará; daí o indispensável, “Negue a si mesmo”, coisa que muitos, “cristãos” se recusam a fazer.

Lembro minha falta de jeito com música; tenho um irmão que é músico; ele tentou algumas vezes fazer com que eu estudasse escalas; cansativas repetições até fixá-las em minha alma e nunca conseguiu um aluno dedicado o bastante para tais exercícios.

Preferia pegar revistas que traziam os desenhos de pequenos trechos, que, repetindo-os, fazia alguns solados até; não passava disto. Terminada a sequência colada, acabava o “músico”. Nunca levei jeito. Meu “talento musical” era semelhante ao da Anitta; sem apelações.

Pois, na Obra de Deus, muitos “obreiros” agem assim; decoram três ou quatro cacoetes sem nenhuma base sólida e só.

Primeiro, que um obreiro aprovado não se forma por suas habilidades, sejam quais forem. Todo ministro idôneo deve dizer como Paulo: “Fui feito ministro.”

A parte humana demanda esforço em aprendizado, renúncia, obediência, santificação; essas coisas são indispensáveis; mas, não bastam. “Ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.” Heb 5;4

O contexto alude ao Sacerdócio de Cristo, comparado com o de Arão. Mas, se O Dele, Eterno Sumo Sacerdote veio ancorado em honra e chamado, por quê a busca de eventuais servidores seria diferente? 

Dos Seus, independente de ministérios é requerida identidade sentimental, ética e espiritual; “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;5 “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou.” I Jo 2;6 “... Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Depois dessa mudança de vida aos padrões santos, Ele enriquece aos que escolhe com dons; seremos feitos ministros probos, apenas depois de purificados das nossas carnalidades, às quais, sacrificando seremos levados a conhecer a Vontade do Eterno. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

As “escalas da música celeste” também demandam repetições demoradas, renúncia, obediência, santificação, estudo...

Aprender uns cacoetes e criar uma página de “revelações” onde um olho mira a câmera, outro as “curtidas”, qualquer pilantra faz; as redes sociais estão eivadas desses.

Agora, enfrentar a si mesmo, lutar diuturnamente contra más inclinações, até vê-las crucificadas, suportar o deserto do desprezo por vasto tempo, meditar na Palavra dia e noite para aprendê-la melhor, e não se impor a nada; aguardar O Chamado Divino se ele vier; senão, mesmo assim saber-se chamado para ser santo, aí é para poucos.

Esses ditosos raros são instrumentos pelos quais, Os Céus fazem diferença. Não são aves de bandos; mas, quando falam são medicinais suas palavras, porque derivam estritamente da Palavra do Eterno.

A “cantora” aquela abusa de apelações pornográficas para estar nos tops isso e aquilo; ora, um caminhão de lixo no topo do Everest segue sendo lixo, e ainda polui o ambiente.

Infelizmente, está cheio de ministros “Anittos” por aí; que por falta de “talento” (credenciais vistas acima) partem para a apelação das “revelações” “Deus disse isso, aquilo...” coisas sempre brotadas de suas almas doentias, não, da inefável Palavra de Deus, que está escrita.

Não lhes basta a canalhice de ser mentirosos; precisam acrescentar a culpa da profanação; de mentir envolvendo O Santo Nome do Eterno. Eles também têm seu “envolver”, pois.

Antes do Santo Nome de Jesus abrir portas, Ele fecha aquelas nas quais seria indigno um servo Dele entrar. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

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