domingo, 13 de março de 2022

Fontes sem água


“Derrubarão, a ti e teus filhos que dentro de ti estiverem; não deixarão em ti pedra sobre pedra; pois, não conheceste o tempo da tua visitação.” Luc 19;44

O Salvador chorando sobre Jerusalém, fadada à destruição, porque não conhecera seu tempo.

Diferem, saber e conhecer. Por exemplo: Sei que a capital da Noruega é Oslo; porém, não conheço, nunca estive lá. Saber é possuir informação; conhecer demanda intimidade, aproximação.

O Senhor disse que Jerusalém não O conhecera; não, que não sabia o tempo em que seria visitada.

As Escrituras eram precisas sobre o tempo. “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas e sessenta e duas semanas...” Dn 9;25 Sete mais sessenta e duas somadas dão sessenta e nove semanas de anos, ou seja: 483 anos, a partir da ordem para restaurar Jerusalém. Não era difícil para os mestres saberem o tempo.

Eles tinham essa informação, tanto que, quando foram a João Batista, pensaram ser ele; “Estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria O Cristo...” Luc 3;15

João fez questão de dizer que era apenas “amigo do Noivo” que viria após ele. Logo, informações sobre a identidade e o tempo da vinda do Príncipe, não faltavam.

Por que não O conheceram, então? Nossa natureza caída está sempre pronta aos aplausos de quem nos cerca, como se fôssemos todos, arte-final; coisas acabadas com esmero, não, caídos imperfeitos.

As redes sociais retratam isso. Ousemos discordar de uma postagem qualquer, acrescentar uma observação de um detalhe que faltou, e presto as armas dos porcos-espinhos assomam. Mesmo os que se dizem ovelhas.

Recebemos uma resposta atrevida, agressiva, quando não, somos excluídos pela falta de bom senso de não elogiar a vitrine alheia.

O Salvador, mesmo vindo no tempo certo ao lugar prometido, ousou não dizer as “coisas certas”. Invés de tributar elogios às “postagens” do “establishment” religioso de então, ousou dizer que sua pretensa honra a Deus era coisa vazia, brotada dos lábios, não do coração.

Pior; em dado momento chamou-os de sepulcros caiados, bonitos por fora e podres por dentro; quem suportaria um comentário desses sem excluir ao “atrevido comentarista”?

Malaquias fora usado para advertir que Sua vinda seria insuportável à falsidade, e à hipocrisia. “... de repente virá ao Seu Templo O Senhor, a quem vós buscais; O Mensageiro da Aliança, a Quem vós desejais, eis que Ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da Sua vinda? Quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Será como fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros.” Mal 3;1 e 2

O erro de então, derivado do egoísmo sem noção, dos que, carecendo desesperadamente perdão e regeneração, desejam aplausos, é atual.

Porque aprenderam colar banners de alheia autoria, todo mundo se sente mestre, fonte de sabedoria, que tem para dar e vender, não carece aprender mais nada.

Danem-se a dedicação e esforços dos que, a serviço do Eterno, tentam ser condutores de gotículas da Água da Vida!

Suas “purezas” derivam da cegueira egoísta, pois, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4 Então, “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Como aqueles mentores da cruz, sabiam, mas não conheceram; também esses, estão plenos de informações, sem a menor intimidade, sem conhecimento do Senhor, sobre O Qual falam como papagaios.

Não temos a mesma precisão para Sua volta, quanto, tinham aqueles para Sua Vinda; todavia, os sinais falam de apostasia, progresso tecnológico, governo global, imposição de uma fé ecumênica, esfriamento do amor, multiplicação da iniquidade... coisas que saltam aos olhos sem o olharmos mui distante.

O santo e o profano andam de mãos dadas nas coisas que se publicam; ora, uma advertência sobre a Volta do Messias; outra, uma postagem pornográfica, uma música chula;

uma diatribe contra as guerras em “solidariedade” aos ucranianos; depois, uma foto bebendo champanha perto de uma churrasqueira mostrando o quanto é feliz... Cáspita!! Que gente mais amoral, indiferente, vazia de cérebros, cheia de pretensão!!

Em dois milênios de clamor Divino mediante O Evangelho ainda O recusamos conhecer, O Eterno começa a desistir; enquanto apostatamos, dará nova chance a Jerusalém; “Porque eis que as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e Sua glória se verá sobre ti.” Is 60;2

Infelizmente, uma parte triste da história se repetirá. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

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