sábado, 15 de maio de 2021

Os salvos em termos


"Este é o ofício dos levitas: Da idade de vinte e cinco anos para cima entrarão, para o ministério da tenda da congregação; mas na idade de cinquenta anos sairão do serviço deste ministério, nunca mais servirão; porém com os seus irmãos servirão na tenda da congregação, para terem cuidado da guarda; o ministério não exercerão ...” Nm 8;24 a 26

Instruções do Senhor, sobre o serviço santo. Aos levitas, de 25 a 50 anos, ministério; após isso, cooperação na guarda, apenas.

Algumas coisas podemos aprender; primeira: Deus coloca termos ao que quer; desses não se deve passar; Ele É Senhor; nós, servos.

Segunda: Se, nossas aptidões já não combinam com determinada função, Ele tem outro “nicho” onde cabemos e podemos seguir servindo-o.

Terceira: O Ministério na Sua Presença deve ser exercido na plenitude do vigor.

Mas, isso foi no Velho Testamento; o que teria a ver conosco atualmente?

Ora, sendo pacífico que Deus não muda e as regras antigas são, “Sombras dos bens futuros”, algo podemos aprender meditando nelas.

Ou, na era da graça, em Cristo, o servir deixou de ter limites precisos aos quais não convém ultrapassar? O simples ir além da Doutrina que Ele Ensinou nos colocaria sob maldição; “... Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes seja anátema.” Gl 1;9

Algo soar parecido com certos cacoetes “góspeis” não significa que seja Evangelho; há muita resistência pela imitação, como fizeram ao magos de Faraó; “Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.” I Tim 3;8

Os termos foram ultrapassados; “Corrupto” significa literalmente, o que rompe com; assim como o que pilota com, é copiloto; atua com, coautor, romper com, é ser corrupto. Se alguém rompeu uma cerca, norma ou limite, em consórcio com outro, ambos são corruptos, pois.

Não basta que determinado texto esteja na Bíblia; é preciso que seu manuseio seja honesto também; “Sabemos que a lei é boa se alguém dela usa legitimamente;” I Tim 1;8

Cheio está, infelizmente, o meio eclesiástico de orangotangos góspeis, imitadores de homens santos, que sabem alguns trejeitos, mas o viver destoa, os “réprobos quanto à fé.”

Não se requer dos salvos que saibam tudo; mas, que vivam segundo o que sabem ser A Vontade de Deus para eles, o “andar na luz”; "Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Quanto às aptidões, a Parábola dos talentos deixa patente que há diversidade de capacitações; um, dois, cinco talentos.

Cada um é responsável por atuar de modo digno segundo os dons que recebeu; Deus não espera que façamos coisas para as quais não fomos capacitados.

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia seja segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; o que exorta, use o dom para exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” Rom 12;6 a 8

Por fim, ministrarmos no auge do vigor. Sendo a era do Espírito, natural esperar que o vigor seja espiritual, não físico; assim, a “senilidade” derivaria do pecado, não da idade; 

o desleixo para com a devida santidade no “Corpo de Cristo” foi posto como feitor da fraqueza que desqualifica; “Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes; muitos que dormem. (morrem) Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;30 e 31

Quando Paulo disse que estando fraco estava forte, ensinou que devemos não confiar em nossas forças, mas na Graça de Deus que nos fortalece; releitura do “Maldito homem que confia no homem ...” ou, “negue a si mesmo.”

Aos que chama O Senhor Justifica, se, preservarem o devido temor e obediência fortalece, a despeito do vigor físico; mesmo idosos podem ser robustos; “O justo florescerá como a palmeira; crescerá como cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é minha rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;12 a 15

Em suma, nem todos são chamados a ser “levitas”, ou obreiros na Casa do Santo; mas, todos que O Invocam como Senhor têm obediência aos termos como necessidade; santificação como modo de conduta a buscar; e edificação à Estatura de Cristo, como “Teto”;

“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 Ouvidos à Obra!

domingo, 9 de maio de 2021

As dores necessárias e só


“Botas... as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.” Machado de Assis

Certamente usou aqui de uma ironia; afinal, produzir a dor para fruir o “prazer” de parar de senti-la assemelha-se a um vício político dos safados que, criam “problemas” para vender soluções.

Os que assim agiam, há algum tempo criaram a obrigatoriedade de certo kit de socorros em automóveis; a tomada de três pinos; mais recentemente a placa do Mercosul, com seus detalhes caros, exclusivos e desnecessários, que o atual governo já corrigiu; etc.

Sempre um safado com a caneta do poder; um “amigo” empresário avisado de antemão para obter a exclusividade e gerar o “alívio” social descalçando a “bota” que a lei casuística decretada calçou. Essa gente sempre se esforça pra “cuidar do povo”.

Se, “um elefante incomoda muita gente”, um homem honesto em posição chave, como Bolsonaro, enseja um incômodo que faria o dito bicho parecer um hamster.

Desde que assumiu o poder, a famigerada “Lei Rouanet” deixou de ser uma mãezona que dava vida fácil a vagabundos;

o Ministério das Comunicações, parou de frequentar o lupanar de “Dona Prensa;” não se compra mais “jornalismo”;

“Governabilidade” nome pomposo que, outrora se dava à partilha do erário pela quadrilha também foi pras cucuias;

assim, os Ministérios puderam ser reduzidos sem cumprirem a finalidade “democrática” de fazer onerosíssima coisa nenhuma, em troca de “apoio” político; extintos os Ministérios da pesca em aquários, os “pescadores” terão que botar o peito n’água, doravante; para “piorar” nosso “Elefante” conta com estrondoso apoio popular, como se viu no primeiro de Maio, último.

Apesar do estrondoso “Ele não” pois, seria ditador, algumas dezenas de atos ditatoriais, contra liberdade de expressão, direito de ir e vir, foram tomados pelo STF que, invés de Guardião da Constituição, que seria seu papel, invade competências dos outros poderes, faz leis, ordena CPIs, exige Censo; o diabo a quatro.

Tolheu, contra a lei, a autoridade do Presidente legando-a aos governadores e prefeitos, ensejando, como disse o Presidente, “os decretos subalternos”; mas, como tudo tem limite, o “Fascista” ameaçou usar as forças armadas nas ruas, para preservar os direitos civis prescritos no artigo quinto da constituição. Pasmem!

O “Ditador” ameaça usar a força, pelo cumprimento da constituição; pela preservação da liberdade civil. O STF tem se tornado onze botas apartadíssimas que o Brasil decente descalçaria com todo prazer.

Então, agoniza a precária situação dos fabricantes de problemas e soluções; nenhum nome que tentaram criar como “presidenciável” no ano que vem, surgiu com alguma relevância; finado Moro, Amoedo, Huck, Mandetta, Ciro, Aécio, Marina, juntos não dão caldo nenhum; restou buscar o antigo “campeão de votos” o presidiário multi-condenado, Lula.

Assim do nada, tudo o que foi feito pela Lava-Jato pereceu; hackers “descobriram" que Moro falava com os procuradores invés de se comunicar em LIBRAS; pode isso?? O Juiz foi considerado “suspeito” dado o lídimo trabalho dos ladrões de “provas”.

Então, o STF decidiu que não valeu; logo, o rei dos ladrões passou a ser elegível novamente. Lidera nas redes sociais todos os cenários possíveis, nas postagens de Zé Cueca, Maria do Rosário, Marco Maia, Gleisi Hoffmann et caterva.

Só não pode sair às ruas, senão chovem “votos”, digo, ovos... Como o ruim sempre pode piorar, recrudesce o movimento patriótico pelos votos impressos; consequentemente, auditáveis.

Assim a força mágica das urnas eletrônicas que confirmaria as “pesquisas” vermelhas deixa de existir. “Em time que está ganhando não se mexe”, afirmou o presidente do TSE o Ministro Barroso.

Os votos não auditáveis estão ganhando o quê? De quem? Enxurradas de denúncias e desconfianças a cada pleito, coisas que poderiam ser conferidas, se, impressos os votos. O time da confiança, segurança jurídica e idoneidade estão sendo goleados; urge, pois, uma mexida estrutural.

Não esqueçamos certa frase de efeito trevoso: “Tomar o poder é diferente de ganhar uma eleição” (filósofo Zé Dirceu)

Pois, planejamos para o ano que vem, que o poder permaneça com quem vencer democraticamente, mesmo desagradando aos fabricantes de dores e sedativos aludidos.

Não se trata de idolatrar Bolsonaro; é gente como nós, mas defende coisas com as quais pessoas decentes se identificam; Deus, Família, Pátria, liberdade, democracia, idoneidade. Ele nos representa como nenhum governante de antes. Se surgir outro igual ou melhor, sorte nossa.

Governa contra a oposição, STF, Congresso, grande parte da Imprensa e enfrenta uma pandemia. Qual daqueles outros citados enfrentaria isso tudo e seguiria apoiado e popular como ele?

“Ah, mas no tempo do Lula eu pagava..." ‘plaft’ cala a boca imbecil! O pior tipo de idiota é o idiota ostensivo. Volta a seguir o Filipe Neto e não enche o saco!

Serial Killers


“Houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição; negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” II Ped 2;1

Segundo Pedro, os falsos profetas estariam “entre vós;” na igreja e negariam ao Senhor.

É possível fazer parte da Igreja de Jesus Cristo, negando-O? Sim e não. Temos o aspecto visível, onde toda sorte de “aves do céus” pode se abrigar à sombra do Salvador; e, o espiritual, onde, apenas quem O Serve deveras é membro do Corpo de Cristo. “... o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

Assim, se pode estar fisicamente na igreja, e espiritualmente no mundo; eis o caso dos falsos profetas em apreço! Não existem profetas teóricos; necessariamente esses estarão atuantes na igreja, mesmo não sendo parte dela. Como lá é o lugar para se pregar a Jesus, esses negam-no, pregando sobre Ele. Como assim?

Existem muitas maneiras de negar; a mais comum é a hipocrisia, da qual O Senhor falou: “Este povo se aproxima de Mim com sua boca; Me honra com os seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Paulo disse algo semelhante: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes; reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

“Muitos seguirão suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.” V 2
prossegue Pedro.

Aqui temos um adjetivo a mensurar suas mensagens: Dissoluções. Palavra usada para traduzir o grego “Aselgeia” cujo teor abarca, “... atos considerados violações graves das leis de Deus e que refletem uma atitude descarada ou atrevida de desrespeito; um espírito que revela desconsideração ou desprezo por autoridade, leis e normas. A expressão não se refere a uma conduta errada de natureza menor.” Dic bíblico

Segundo William Barclay, “Aselgeia” é um estado onde a pessoa não se envergonha de não ter vergonha. Diferente de outra que faz coisas erradas em oculto, o dissoluto as faz à luz; fiz mesmo, e daí?

Como um falso profeta precisa plateia, necessário que seja um desses que peca em público. É capaz de propor coisas que fariam corar a face de um homem decente com a maior cara de lata; seu alvo são moedas terrenas, não O Reino dos Céus. “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; a sua perdição não dormita.” V 3.

Embora sejam suicidas não ligam; mas, atuam “... trazendo sobre si mesmos repentina perdição”. 

De certa forma qualquer um pode ser profeta, basta repetir com fé e verdade o que O Senhor falou, como disse Amós: “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Porém, o idôneo é alguém que se deixa usar por Deus porque Nele acredita; “... tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;” Rom 1;6 Não um profano metido a espertalhão que manipula porções que aprendeu, porque determinado público incauto nele crê.

Suas dissoluções são mensuradas como blasfêmias contra O Caminho da Verdade. Como muitos os seguem, além de suicidas são assassinos em série.

Embora, os seguidores tenham sua parcela de culpa, por darem asas à embriaguez dos sentidos, invés de ouvidos à verdade; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Cheios estão todos os meios de comunicação desses fabulosos assassinos, cujos corações, albergam amor ao dinheiro e desprezo pela vida; como os incautos tendem ao agradável mais que ao salutar, normalmente os antros da cobiça estão com mais frequentadores que os locais onde ainda se prega A Palavra da Vida.

Na hora crucial, onde ter ou não ter “azeite” será determinante, só então estarão maduros os frutos desses dissolutos; as “conquista$” todas mostrarão quanto valem ante à pergunta aquela: “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?” Luc 12;20

Enfim, é diametral a diferença entre estar nu e não se envergonhar, por inocência, como no Éden, e não se envergonhar por não ter vergonha, como nossos falsos em apreço.

Como, onde estiverem nossos corações, estarão também nossos tesouros, quem encomenda sua segurança à sombra do dinheiro, invés da Sabedoria Divina, o que fará quando a demanda for por vida, não, bens terrenos?

“Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

sábado, 8 de maio de 2021

Pelejar com Deus


“O Senhor disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir.” Js 10;8

Quando da conquista da Canaã, instruções do Eterno ao Seu escolhido, Josué. Por um lado a peleja é do Senhor; “... os tenho dado na tua mão ...” por outro, a vitória iminente será reputada de Josué; “... nenhum deles ‘te’ poderá resistir.”

Esse é o relacionamento tencionado pelo Eterno conosco, mediante a fé. “... aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Isso explicaria por quê, um que defendeu: “Deus acima de todos”, malgrado as inúmeras tentativas de derrubá-lo, ainda esteja de pé? Explica sim.

Pois, “nossas” vitórias derivam Dele; natural que, por isso, O louvemos e glorifiquemos; “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás.” Sal 50;15

Entretanto, podemos contar com a Presença Santa lutando conosco quando estamos pelejando segundo Sua Vontade, como era o caso de Josué. Ai sim, parou sol e lua até, pela vitória dele.

Agora, devanear com a Divina ajuda em projetos efêmeros e rasos segundo minhas doentias inclinações não passará disso; reles devaneio. “Cobiçais, e nada tendes; matais, sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis, guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;2 a 4

O primeiro erro, autonomia; “... não pedis” Aqueles que fazem mirabolantes projetos alienados de Deus, não pedem auxílio nem direção; afinal, “Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos; mas, O Senhor pesa o espírito.” Prov 16;2

Claro que “pesa” aqui significa avalia, sonda os motivos. Muitas coisas que nos soariam lógicas, aos Santos Olhos podem ser abjetas. Daí “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9;10

O segundo erro: “... pedis mal ...” Há quem veja valor em mera religiosidade, ‘todas as crenças são boas’ não importando em quem se creia, desde que “faça o bem”; segundo A Palavra quem não crê blasfema; faz a Deus mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Outros imaginam virtuosas todas as orações a despeito de ter um relacionamento ou não; Mas, não é tão simples assim; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Lato sensu “Não há um justo sequer.” Entretanto, aos que justifica em Cristo, O Senhor chama de “justos”. A esses ouve quando rogam segundo Sua Vontade; “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Se, por uma lado a obediência e comunhão nos fazem pelejar “com” Deus, como Josué, eventual rebeldia que entristeça ao Santo nos colocaria pelejando contra Ele, como tantos exemplos mostram; “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

A “Canaã” que fomos chamados a conquistar agora, em Cristo, sobretudo, é a santificação; cujos efeitos colaterais fulgem no testemunho, e na comunhão que nos permite entender o caminho que convém em cada encruzilhada.

Como no caminho do Êxodo havia “sinais de trânsito” notórios, luz à noite, nuvem de dia, aos obedientes está dada a comunhão com O Espírito Santo que instrui sempre que necessário; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Embora muitos autônomos prefiram ouvir espíritos, alienados da Palavra de Deus dada pelo Espírito Santo, é Dele a Única Voz que faculta andarmos segundo Deus. “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que O Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem O Espírito de Cristo, esse, não é Dele.” Rom 8;9

O Espírito de Cristo, pelo “Novo Nascimento”, não espíritos que voltariam em supostos médiuns.

Mas eles só fazem o bem! É? Um criador de porcos, aves só faz o bem aos bichos; higieniza, alimenta, abebera; depois mata.

Por isso O Senhor “pesa” os espíritos para ver a quê final miram, eventuais “bens” que eles façam. Pois, “Há um caminho que ao homem parece direito; mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12 Então, “Quem tem ouvidos, ouça o que O Espírito diz às igrejas ...” Apoc 2;7

sexta-feira, 7 de maio de 2021

O Segredo da Vida


“Aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?” Mat 19;16

“... que bem farei ...?” A ideia vulgar é de que a vida eterna seja algo que se possa adquirir de uma vez por todas; como se, alguém encontrasse a lendária fonte da eterna juventude; de posse dela, fruísse a vida ao seu bel prazer.

A pretensão de fazer algo em troca deriva de uma concepção errônea do quê, a dádiva significa. Antes que, uma posse estanque é um fluir no rio do viver, abdicando das próprias inclinações para andar pós a “Mente de Cristo.”

Embora o ingresso não se adquira por obras, uma vez tendo entrado, isso demanda um modo de viver específico, coerente com os valores do Rei Eterno. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Daí, “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Então, não fazemos boas obras para entrar; antes, a elas somos constrangidos porque entramos.

Eduardo Galeano via no inatingível, no utópico, a motivação necessária para nosso andar; disse: “A utopia fica mais pra lá, no horizonte; se, me aproximo dez passos ela se afasta outros dez. Então, para quê serve? Para isso; para caminhar”.

Outrem definiu que a meta comum é “chegar lá;” mas, “lá” é um alvo móvel que sempre avança um tiquinho à medida que andamos, como na utopia de Galeano. Assim, seríamos meros hamsters nas rodas exercitando-se no engano de caminhar.

Não obstante nosso “lá” também seja móvel e nos preceda de longe, donde podemos dizer como Paulo: “Esquecendo das coisas que para trás ficam prosseguimos para o alvo,” os que abraçam o chamado à vida eterna, têm objetivos a atingir; e são alcançáveis.

Inicialmente, edificação e santificação. Não que possamos lograr isso de nós mesmos; carecemos do Espírito Santo a nos edificar; “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp1;6

Para isso há uma “academia” onde Ele nos leva a “malhar” com vistas ao porvir; “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

Tal exercício nos aperfeiçoa e enriquece com discernimento. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Ciente desses objetivos que Paulo, em Corinto, cidade sede dos “Jogos Istmicos”, provavelmente, após ver um boxeador treinado ilustrou a diferença usando essa figura. “Pois eu corro, não como a coisa incerta; e combato, não como batendo no ar.” I Cor 9;26

Se, a fé sem as devidas obras é morta, como ensinou Tiago, as necessárias a quem espera conviver eternamente com um Senhor Santo se voltam contra aquilo que tende a nos fazer profanos, as obras da carne. Então, invés de bater no ar, - disse Paulo - “Subjugo meu corpo; o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9;27

Aqueles para os quais O Senhor multiplicara pães e peixes, no calor da excitação natural também se dispuseram a “fazer” algo, mas O Salvador os desafiou a crer primeiro. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Claro que crer Naquele que desafiou a tomar Seu Jugo demanda renúncia; isso de modo tão intenso que Paulo figurou como “Sacrifício vivo.” “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

Como vige uma concomitância temporal entre a vida finita e a eterna, temos a mortificação de um aspecto, o pecaminoso, na cruz, para herdarmos o santo, vivo e eterno. Daí, o contraditório “sacrifício vivo.”

Não há meio medalhão mágico que Indiana Jones possa encontrar numa remota caverna e resolver o enigma duma vez por todas. Trata-se de uma escolha moral, de quem abdica de si pela Vontade de Deus.

A vida será eterna quanto à duração, depois, e deve ser eterna quanto à qualidade dos valores abraçados desde já; como aconselhou Paulo a Timóteo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para qual também foste chamado ...” I Tim 6;12

Se, deixarmos os ensinos do Salvador nos conduzir enquanto estamos cá, certamente, com Ele chegaremos lá.
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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Despertar e viver


“Tenho por justo, enquanto estiver neste tabernáculo, despertar-vos com admoestações.” II Ped 1;13

Tabernáculo é uma figura pra referir-se ao próprio corpo. “Enquanto estiver neste tabernáculo” significa estritamente, enquanto estiver vivo advertirei para que estejais despertos.

Foi essa a palavra escolhida; “despertar-vos”. Logo ele, o dorminhoco que “apagou” no horto enquanto o Senhor agonizava em clamor; depois, preso entre soldados romanos dormiu tranquilo. Pedro não tinha problema de insônia.

Contudo, isso foi no prisma físico; o despertar ao qual se refere aqui, tem a ver com estar vigilantes quanto aos ensinos que acatamos, mais que outra coisa qualquer. O enfoque é espiritual; “dormir” pode ser apenas deixar de estar vigilantes.

Pedro ouvira direto “da Fonte”: “considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria minar sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.” Mat 24;43 e 44

Embora aqui se faça menção do tempo do advento do Senhor, mais que ao ensino, a vigilância implica filtrar o que ouvimos; estando nós na sã doutrina, independentemente do tempo da nossa partida, estaremos seguros.

Paulo usou “despertar” num aspecto diferente, como desafio a abrir os olhos para a salvação. Tanto que os dorminhocos, alvos seus, dormiam entre os mortos. “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

O Salvador falara de modo mais sutil; “... vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Na parábola das dez virgens, tivemos um cochilo coletivo, dada a “demora” do noivo. Entretanto, em tempo oportuno se anunciou Sua Vinda. Tivemos o despertar das virgens preparadas e das imprudentes.

Então, se o “dormir” nesse caso era decorrente da espera, o não ter azeite suficiente era derivado de outro “dormir” que as fizera relapsas quanto aos ensinos seguidos.

Um deles bem antigo prescrevia a posse do “azeite” em tempo integral. “Em todo o tempo sejam alvas tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8 Forma metafórica de dizer: Em todo o tempo sejam justas tuas ações, e nunca falta a elas a direção do Espírito Santo.

A atitude de Pedro de exortar o povo a se manter desperto pode parecer chover no molhado; dizer de novo o que já fora dito. Entretanto, é um “mal” necessário.

A verdade precisa ser repetida todos os dias em palavras, porque a maldade se repete nas ações.

Embora, parcialmente os salvos passem a fazer parte da natureza Divina, conservam consigo as fraquezas humanas.

Deus não tem problemas com o “sono”, como nós; “Não deixará vacilar o teu pé; Aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá O Guarda de Israel.” Sal 121;3 e 4

Infelizmente a presente geração tem muito pouco apetite para o estudo; os ministérios do ensino miram a edificação até “À Estatura de Cristo”, na qual, os ministros do erro não encontram guarida. Pois, esses crescem, “Para que não sejam mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, crescem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Ef 4;14 e 15

Uma forma confortável e suicida de dormir é receber porções enlatadas, do bispo fulano, missionário beltrano, apóstolo cicrano, sem o cuidado dos bereanos que as cotejavam com As Escrituras.

Não poucas vezes deparo com “cristãos” que partilham textos bonitinhos de gente cuja crença profana à Pureza e singularidade da Palavra de Deus.

Dorminhocos que acham legal parecer enturmados aos ímpios, “politicamente corretos;” tenho uma má notícia: Isso deriva do sono na indolência, não da Palavra da Vida.

A Bíblia não nos ensina sermos “legais;” antes, seletivos e radicais em questões vitais. Pois, o “Cidadão dos Céus” é um, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra aos que temem O Senhor...” Sal 15;4

“A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas; vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia...” Rom 13;12 e 13

Esse andar “como” de dia é uma figura para especificar um agir transparente, como disse Zeferino Rossa: “Quer saber se os conselhos da noite são bons? Pratique-os durante o dia.”

Ao atalaia é ordenado gritar quando o risco de morte se aproxima; dar-se por avisado é por conta de cada um. “Se aquele que ouvir o som da trombeta, não se der por avisado, vier a espada e o alcançar, o seu sangue será sobre sua cabeça.” Ez 33;4

sábado, 1 de maio de 2021

Você tem medo de quê?


“Põe-nos em medo, Senhor, para que saibam as nações que são formadas por meros homens.” Sal 9;20 (As nações e o STF)

Medo é um assombro interno; um enfraquecimento psicológico capaz de vulnerar quem o sente, existindo razão para o mesmo, ou, sem que haja um motivo real. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

Nos dias do Velho Testamento há registros que Deus, “Fez descair os lombos” dos adversários do Seu povo, ou estremecer; eufemismos para dizer que os fez ficarem com medo. “Escureçam seus olhos, para que não vejam; faz com que seus lombos tremam constantemente.” Sal 69;23

No pleito de um exército enorme vencido por trezentos na saga de Gideão, por exemplo, O Senhor pelejou infundindo medo aos adversários; colocando-os em perturbação e fuga.

Se, “à Sombra do Altíssimo ... mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita mas tu não serás atingido ...” sem a proteção Dele, qualquer ameaça mínima bastaria para pôr muitos em fuga. “Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem e atentassem para o seu fim! Como poderia ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir dez mil, se Sua Rocha os não vendera, O Senhor os não entregara?” Deut 32;29 e 30

Por isso a sábia observação do Salmista em se tratando da segurança nas pelejas; “Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós faremos menção do Nome do Senhor nosso Deus.” Sal 20;7 Não era mera teoria romântica artificial a engalanar louvores; quando do desafio contra Golias ele agiu assim. “Vens a mim com lanças, escudo, (tamanho); eu vou contra ti em Nome do Senhor a Quem tens afrontado.”

Adiante, outros compositores ousaram também: “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

Então, o medo funcionou como “arma de guerra”, não poucas vezes. Se, por uma lado “O Temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, mero temor, medo, dos adversários ou circunstâncias é o “princípio ativo da derrota;” um mal que convém evitar.

Houve até quem se ocupou em contar; chegou a algumas centenas de vezes que aparece a expressão, “não temas”, no trato do Senhor com Seus servos.

Todavia, o antídoto do medo, nesse prisma, não é mera coragem como seria de se esperar. É o amor. “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Quando da maior entrega, (Seu Filho Único) para o Maior enfrentamento, (a cruz) não nos diz que Deus topou enfrentar isso por coragem. Antes, por amor; “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3;16

Claro que ousar amar, ao risco de não ser amado, ser desprezado até, é gesto de coragem. “Amar” onde a perspectiva de retribuição, ou, correspondência é alta, soa como um “investimento”, “Mas, Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8 Ele não tinha nada a ganhar e amou mesmo assim.

Numa linguagem vulgar, Deus deu a cara a tapa, coisa que muitos “valentões” não se atreveriam fazer.

Poeticamente Paulo chamou isso de “loucura de Deus”; “... A Palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o Poder de Deus... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;18 e 25

Quando Paulo, deixou patente sua ousadia no Senhor, também não usou a reles coragem como motriz; antes, o amor. E isso fez citando textos antigos; “Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão cobriu meu rosto.” Sal 69;7 “Sim, por amor de ti, somos mortos todos os dias; somos reputados como ovelhas para o matadouro.” Sal 44;22

Então, o que O Santo requer para nos salvar é um ato de coragem que nega a si mesmo, estabelecendo de forma prática o primeiro dos mandamentos; “Amar a Deus sobre todas as coisas”.

O inimigo dissera que poderíamos ser “Como Deus” em desobediência; O Eterno que nos Criou À Sua Imagem e Semelhança regenera a esse estado bendito, apenas em comunhão.

Fugir da Luz amando obras más tem sido corriqueiro nos amedrontados pela mentira.

Os monstros aterrorizantes no túnel do trem fantasma de “Devilândia” são fictícios. Disfarces bizarros do medo da luz; de amar; medo de ser feliz. Não temas!