sábado, 1 de maio de 2021

Você tem medo de quê?


“Põe-nos em medo, Senhor, para que saibam as nações que são formadas por meros homens.” Sal 9;20 (As nações e o STF)

Medo é um assombro interno; um enfraquecimento psicológico capaz de vulnerar quem o sente, existindo razão para o mesmo, ou, sem que haja um motivo real. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

Nos dias do Velho Testamento há registros que Deus, “Fez descair os lombos” dos adversários do Seu povo, ou estremecer; eufemismos para dizer que os fez ficarem com medo. “Escureçam seus olhos, para que não vejam; faz com que seus lombos tremam constantemente.” Sal 69;23

No pleito de um exército enorme vencido por trezentos na saga de Gideão, por exemplo, O Senhor pelejou infundindo medo aos adversários; colocando-os em perturbação e fuga.

Se, “à Sombra do Altíssimo ... mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita mas tu não serás atingido ...” sem a proteção Dele, qualquer ameaça mínima bastaria para pôr muitos em fuga. “Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem e atentassem para o seu fim! Como poderia ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir dez mil, se Sua Rocha os não vendera, O Senhor os não entregara?” Deut 32;29 e 30

Por isso a sábia observação do Salmista em se tratando da segurança nas pelejas; “Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós faremos menção do Nome do Senhor nosso Deus.” Sal 20;7 Não era mera teoria romântica artificial a engalanar louvores; quando do desafio contra Golias ele agiu assim. “Vens a mim com lanças, escudo, (tamanho); eu vou contra ti em Nome do Senhor a Quem tens afrontado.”

Adiante, outros compositores ousaram também: “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

Então, o medo funcionou como “arma de guerra”, não poucas vezes. Se, por uma lado “O Temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, mero temor, medo, dos adversários ou circunstâncias é o “princípio ativo da derrota;” um mal que convém evitar.

Houve até quem se ocupou em contar; chegou a algumas centenas de vezes que aparece a expressão, “não temas”, no trato do Senhor com Seus servos.

Todavia, o antídoto do medo, nesse prisma, não é mera coragem como seria de se esperar. É o amor. “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Quando da maior entrega, (Seu Filho Único) para o Maior enfrentamento, (a cruz) não nos diz que Deus topou enfrentar isso por coragem. Antes, por amor; “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3;16

Claro que ousar amar, ao risco de não ser amado, ser desprezado até, é gesto de coragem. “Amar” onde a perspectiva de retribuição, ou, correspondência é alta, soa como um “investimento”, “Mas, Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8 Ele não tinha nada a ganhar e amou mesmo assim.

Numa linguagem vulgar, Deus deu a cara a tapa, coisa que muitos “valentões” não se atreveriam fazer.

Poeticamente Paulo chamou isso de “loucura de Deus”; “... A Palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o Poder de Deus... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;18 e 25

Quando Paulo, deixou patente sua ousadia no Senhor, também não usou a reles coragem como motriz; antes, o amor. E isso fez citando textos antigos; “Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão cobriu meu rosto.” Sal 69;7 “Sim, por amor de ti, somos mortos todos os dias; somos reputados como ovelhas para o matadouro.” Sal 44;22

Então, o que O Santo requer para nos salvar é um ato de coragem que nega a si mesmo, estabelecendo de forma prática o primeiro dos mandamentos; “Amar a Deus sobre todas as coisas”.

O inimigo dissera que poderíamos ser “Como Deus” em desobediência; O Eterno que nos Criou À Sua Imagem e Semelhança regenera a esse estado bendito, apenas em comunhão.

Fugir da Luz amando obras más tem sido corriqueiro nos amedrontados pela mentira.

Os monstros aterrorizantes no túnel do trem fantasma de “Devilândia” são fictícios. Disfarces bizarros do medo da luz; de amar; medo de ser feliz. Não temas!

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