domingo, 23 de maio de 2021

Os Céus Abertos


“Ouvi, ó Céus, dá ouvidos, tu, ó Terra; porque fala O Senhor: Criei filhos, e engrandeci-os; mas, se rebelaram contra mim.” Is 1;2

O Salvador ensinou que o Reino Celeste não vem com aparência exterior e já estava entre os que lhe ouviam.

Se, ele não se dá aos olhos, como as coisas imanentes, está amalgamado aos que, na Terra, dele fazem parte, de tal forma que uns e outros podem ouvir, quando O Senhor fala. ‘Ouvi ó Céus, dá ouvidos tu, ó Terra, porque fala O Senhor.’

Essa interação entre Céus e Terra foi mostrada a Jacó no sonho que teve em Betel, onde viu uma escada que ligava ambos, pela qual, anjos subiam e desciam.

Vindo, Cristo fez saber que a “Escada” estava posta já, era Ele; “... Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o Céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” Jo 1;51

Desde sempre as ações da Terra repercutiram nos Céus, embora, nem sempre percebamos.

Quando de vergonhosa apostasia, onde o povo trocou ao Deus Vivo por badulaques inúteis de humana feitura, os Céus foram chamados a sentir vergonha alheia, por nós. “Espantai-vos disto, ó Céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;2 e 13

Em Malaquias encontramos que até nossas palavras são registradas, como um testemunho a ser usado no devido tempo; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Ml 3;16

Ainda existem uns “Céus” nem tão celestes assim, onde o Poder e Sabedoria Divinas foram questionados; agora, pelo que Ele tem feito por nós, com devida contrapartida em renúncia e obediência dos agraciados, esses “Céus” aprendem também, que as dúvidas lançadas sobre o Caráter Santo do Eterno eram infundadas; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus ...” Ef 3;10

Portanto, diferente da ideia vulgar que os Céus sejam um lugar remoto a ser alcançado por alguns quando morrerem, são uma realidade palpável, uma cidadania imputada de graça com um código de valores elevados ao alcance de todos, quando viverem.

Viver, aqui, tem sentido pleno, abarcando a vida espiritual, que demanda regeneração segundo Deus, o Novo Nascimento. Sem ele nossas vistas fraquejam; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver O Reino de Deus.” Jo 3;3 e nossas “asas” se chocam contra o muro da separação; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Como o novo nascimento requer a mortificação do velho, O Salvador apresentou a coisa indispensável primeiro: “Negue a si mesmo; tome sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

O “si mesmo” de cada um está repleto de conselhos ímpios, costumes rasos de um povo alienado do Santo; a negação requer abdicar de nossa “sabedoria” e recomeçar a pensar a vida, segundo O Eterno.

“Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos; nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a terra, são meus caminhos mais altos do que os vossos, e meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;7 a 9

O que foram os profetas do Antigo Testamento, senão, ilhotas de interação entre Terra e Céus, para que os Divinos Pensamentos fossem revelados? “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado Seu Segredo aos Seus servos, os profetas.” Am 3;7

Nosso primeiro passo pra salvação, o arrependimento já faz um “estrago” nos Céus pelas consequências que gera; “Digo-vos que assim haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende ...” Luc 15;7

Tendo raízes mais profundas que semente sobre pedras, culminará em compromisso; testemunho público; confissão de pertencer ao Senhor, o batismo; mais um feito daqui, com repercussões lá; “Qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai, que está nos Céus.” Mat 10;32

Se, esse Reino não vem com aparência exterior, as mudanças que opera nos que nele ingressam gritam alto; “... muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Quantos passam suas mortes fugindo da vida! O Céu é logo ali; depois da cruz.

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