sábado, 29 de maio de 2021

Como Zaqueu


“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Luc 19;10

Só pode ser salvo quem necessita de salvação. Por motivos do arbítrio recebido carecemos reconhecer nossa condição de perdidos; senão, alheios à urgente necessidade, jamais seremos achados Naquele que salva e reconduz, Jesus Cristo.

Na Parábola das cem ovelhas, onde, uma se perdera e as demais estavam seguras, incautos bem poderiam presumir que eram as 99 guardadas; quem não andava com eles, a perdida. Ou, de outro modo; “Não precisam de médico os sãos, mas os enfermos”; pelo viés da pretensão poderiam chegar ao mesmo erro fatal; se acharem vendendo saúde espiritual, mesmo estando mortos, enquanto, os doentes seriam os outros.

Como O Salvador veio salvar “o que se havia perdido”, tais não precisariam Dele. Acontece que as coisas de Deus são aquilatadas aos Seus Olhos, não aos nossos.

Sua Palavra ensina em muitos lugares que na Terra não havia um justo sequer. Então, o ensino da ovelha e do médico tanto podem se referir aos anjos que não caíram e não carecem salvação, quanto, ser mera ironia dizendo aos que pensavam não necessitar, que não viera para eles, os arrogantes; mas, para os humildes que reconhecem a necessidade de ajuda; “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus;” Mat 5;3

A pretensão de justiça própria é um dos maiores óbices à salvação, como disse alguém: “Reconhecemos um louco sempre que vemos; nunca, quando somos.”

Assim nos portamos também, quanto à loucura espiritual, que enxerga como águia, alheias falhas e nos faz toupeiras quanto às nossas.

Logo, a primeira condição é remover do trono esse sem noção, o ego; “Negue a si mesmo ...”

Quando O Salvador tentou convencer Seus ouvintes de que precisavam ser salvos encontrou essa barreira sólida; “... Nosso pai é Abraão ... Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus.” Jo 8;39 e 41

Ora, filhos de Abraão; outra, de Deus; jamais se sentiam perdidos. Enfim, O Salvador teve que dar nomes aos bois: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” V 44

Todavia, nesses tempos de facilidades virtuais para os profetas de Baal, tudo o que a carne deseja, por mais raso que seja é oferecido “Em Nome de Jesus”; a carência mais notória, salvação, é omitida.

Há grupos de “profetas” dos quais se fazendo parte e dando um “rolê” no touch screen em poucos minutos se “Recebe do Senhor”, cura, prosperidade, bens, chave da vitória etc. Tudo; menos a mensagem da cruz, o apelo ao arrependimento para salvação.

Ímpios são ensinados por esses a reivindicar seus “direitos de filhos de Deus”; aqueles que, nos dias de Cristo cobriam céus e terras por um discípulo e o faziam filho da perdição como eles, têm vasta descendência.

Às vezes deparo com opulentos anúncios que promovem a “Campanha da Justiça de Deus”, onde, dizem, O Eterno fará justiça aos Seus dando-lhes o que merecem.

Ainda bem que O Misericordioso Senhor não faz isso, senão estariam todos perdidos; “Todos nós somos como o imundo; todas nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Somos como aqueles que estavam com pedras nas mãos ante a mulher adúltera; desafiados a apedrejar estando limpos, cada um deu de cara com a própria “justiça” e soltou os seixos.

O Eterno nos justifica imputando aos que se arrependem e obedecem, a Justiça de Cristo; isso não é justiça, é graça. Graça porque não merecemos, não porque em Cristo não tenhamos responsabilidades, como alguns incautos esposam.

Algo dentro de Zaqueu denunciava sua condição de perdido; desejou tanto ver Àquele que salva que subiu numa árvore para compensar sua baixa estatura.

Esse incidente figura nossa condição. Somos indignos até de vê-lo; somos “baixos” demais. Contudo, Seu Amor é Árvore de Vida; permite aos que se reconhecem perdidos, subir o bastante para vê-lo; após o olho no olho se dispõe a cear em suas casas. “Eis que Estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz, e abrir a porta, Entrarei em sua casa, com ele cearei e ele Comigo.” Apoc 3;20

Portanto, esqueçamos os “profetas” de grandezas terrenas, num mundo às portas do juízo. Sem Cristo estamos todos perdidos; com Ele temos a “grandeza” que basta. Pare de consumir enganos pelo bem da tua alma! Vai chover fogo em Sodoma! Escapa por tua vida!

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