sábado, 29 de abril de 2023

Os excluídos



“Com muitas outras palavras isto testificava e exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.” Atos 2;40

Acusam o cristianismo de causar divisões, não ter unificado, pacificado o mundo. Deveriam investigar, para ver se nosso alvo é esse; se, isso foi prometido por Deus, faz parte da Palavra Dele, ou, se a Doutrina de Cristo traz mesmo uma ruptura, uma separação entre os que a abraçam, e os que decidem seguir alheios.

A iniciante Igreja de Cristo trouxe isso que lemos acima: Um desafio aos crentes para se separarem dos que andavam segundo seus próprios caminhos. “Salvai-vos dessa geração perversa!” Uma separação voluntária por amor-próprio.

O que Cristo falou sobre o montante dos salvos? Seriam muitos, todos? Ele disse: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

O Salvador disse que Sua doutrina traria harmonia, paz? “Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, antes, dissensão; porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, dois contra três.” Luc 12;51 e 52

Quando legou Sua Paz, fez questão de a diferenciar da paz do mundo; “Deixo-vos a paz, Minha paz vos dou; não vos dou como o mundo a dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27 Essa Paz é uma posse interior, um silêncio na consciência por ter sido perdoado, regenerado e estar novamente em comunhão com Deus.

A do mundo pode se firmar em muitas coisas; conveniências, interesses, poderio bélico, arranjos políticos divorciados da justiça, etc.

A paz com os semelhantes é uma coisa boa que devemos buscar, malgrado, diferenças de credos, opiniões, gostos; entretanto, nem sempre é possível; Paulo ensinou: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18

A paz com Deus requer Cristo como mediador, a virtude do Seu Sangue imaculado como fiador; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” I Cor 15;19

Propor o ecumenismo como pacificador planetário, farsa que está em célere curso já, com a justificativa de que o cristianismo não conseguiu isso em dois milênios, tampouco, conseguirá, por sustentar “discursos de ódio” é grotesca falácia.

Nunca foi projeto Divino salvar o planeta, o sistema mundano como um todo. Deus, por Ser Santo, Criador de tudo, Se dá ao direito de Ser seletivo quanto o que aprova; “Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Isso já elimina a ideia de uma salvação global atinente a todos. Embora esteja disponível a todos, apenas os que a abraçam em seus termos a terão.

A imposição do “novo normal”, onde o homem decide o que é justo, reto, se dá ao direito de “editar a Deus”, alterando Sua Palavra, removendo porções que conteriam “erros Divinos” “anacronismos” do Eterno, merece um apreço.

Se, do ponto-de-vista mundano a reiteração dos Estatutos do Altíssimo soa a “discursos de ódio”, por não se alinhar à “moral” vigente, a Palavra Dele também previu o surgimento dessa geração ultramoderna: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Num mundo dual como esse, de verdade e mentira, justiça e injustiça, vida e morte, luz e trevas, natural o concurso de amor e ódio; de um servo aprovado por Deus foi dito: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.” Sal 45;7

Infelizmente nossa santificação devida, nem sempre chega à estatura de odiar ao pecado. Nos esforçamos para evitar o que O Criador Odeia. “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hac 1;13

Quando ensinamos os Juízos Divinos aos que andam alheios a eles, não o fazemos por odiar; antes, é o Amor de Cristo que nos constrange. A perdição que não desejamos para nós, também não a queremos aos semelhantes. Amá-lo como a nós mesmos é mandamento do Senhor.

O mundo em si não deseja se unir; há uma orquestração de títeres de Satã trabalhando para isso. Pessoas comuns têm alvos menores, atinentes às suas coisas, não, as do planeta.

Quanto mais o sistema normatiza mediante leis, posturas que Deus abomina, mais distante dele ficamos. “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual, forja o mal a pretexto duma lei?” Sal 94;20

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