sábado, 22 de abril de 2023

Discurso de amor e ódio


“Odeio aqueles que se entregam a vaidades enganosas...” Sal 31;6 “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

“Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.” Sal 139;21 e 22

Textos assim e similares são alvos de ataque; Xuxa Meneguel, e outros menos votados esposam que, a Bíblia precisa ser reescrita, “removendo todo ódio, deixando apenas o amor”.

Imaginem, odiar aos que se entregam ao engano, à impiedade, os que se levantam contra Deus. Onde já se viu tamanha falta de amor?

Ora, a primeira esfera do amor é o amor-próprio. Tanto que, esse foi tomado como base para o devido ao semelhante. “... amarás teu próximo como a ti mesmo.” Mat 19;19 “Como quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei.” Luc 6;31 etc.

Como ficaria meu amor-próprio, se concedesse ao semelhante, “direitos” que tolho a mim? Se eu achasse nele, normais, atitudes que, em mim causariam estranheza, aversão, vilipêndio, desprezo?

Minha saúde espiritual e psicológica requer que eu evite aquilo que é deletério. Assim, o “cidadão dos Céus,” além de outras credenciais necessárias, é um “a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor.” Sal 15;4

Quando a Palavra manda amar aos inimigos, vencer o mal com bem, orar pelos que nos perseguem... ensina a não desistirmos das pessoas que andam errado; contudo, não legitimar seus erros em nome de suposto “amor”. Um erro segue sendo o que é, mesmo se, praticado por alguém que amamos.

O que é a Cruz de Cristo, senão, a maior declaração de amor de Deus pelos homens, e ódio pelo pecado? Aos cristãos hebreus foi dito: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4 Cristo o fez.

Amor e ódio podem ser vizinhos, tão somente, olhando para alvos diferentes. Pois, o amor, “Não folga com a injustiça, mas com a verdade.” I Cor 13;6

O homem sozinho não entende as coisas espirituais. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14

Quando o advertimos que, determinado comportamento é indevido, pois, o enviará à perdição eterna, ele não consegue vislumbrar nossa motivação amorosa. Apenas vê “intromissão, ódio” tentando tolher seus “direitos”.

Assim, os cegos querem vetar que se fale das cores e das formas, considerando válido apenas o tato; têm por agressores o que lutam para lhes sarar córneas e retinas. 

Mas, se eles são mesmo contra o ódio, por que odeiam nossa postura e mensagem? “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo a mim mesmo, transgressor.” Gál 2;18 ensina, Paulo.

A Palavra não foi dada para divertir à humanidade ímpia tampouco, para validar atitudes que, aos Olhos do Santíssimo, são desprezíveis. “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1;13

Ela foi enviada para nos convencer de nossos pecados, ensinar sobre a Justiça e Santidade Divinas; proclamar Seu Amor Inaudito, que pretende nos regenerar, mediante Cristo, nos termos que propõe. Quem não quiser, pode seguir à sua maneira, ninguém será forçado a crer.

O que não é possível, é a fusão dos anseios desorientados e profanos, da natureza perversa pós queda, com as coisas de Deus. Nele não há mudança nem sombra de variação.

O desacordo que separa deve ser removido a partir de nosso arrependimento e submissão, não, de uma ousadia suicida que pretende mover O Absoluto, para que o relativo, fique intocável.

Nunca negamos aos ímpios o direito de seguirem sendo o que são, embora, advertimo-los das consequências, pois, o amor nos constrange. Entretanto, os ativistas engajados pretendem tolher nosso direito de crer em Deus como Ele Se revelou.

Quando o povo escolhido se afastou de Deus em busca de ídolos, O Santo não os proibiu, embora tenha estranhado; “... por que razão morrereis, ó casa de Israel?” Ez 33;11

Apenas, demandou que, seguindo às suas maneiras, não O profanassem mais. “... Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a Mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

O mesmo princípio ainda vale; quem quer andar à sua maneira e não permitir que ninguém se “intrometa” nas suas escolhas, mesmo quem aconselha da parte de Deus, ande. Quando der de cara com o muro das consequências, culpará quem?

Nenhum é forçado a gostar da Palavra de Deus; todavia, gostando ou não, a ninguém compete alterá-la. “Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos...” Is 5;21

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