domingo, 30 de abril de 2023

Novos salteadores



“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” Jo 10;8

A Palavra menciona dois; Flávio Josefo alista alguns mais, que surgiram antes de Cristo, com pretensões messiânicas. “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto; todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; também este pereceu e os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Ladrões e salteadores pretendendo o lugar de Cristo não faltaram. “... mas as ovelhas não os ouviram.”

Ovelhas que conhecem à voz do Pastor, não seguem estranhos, é cada vez mais raro, infelizmente. Há muitos com um histórico relevante de serviços prestados que, pouco a pouco foram caindo da solidez doutrinária; agora fazem o trabalho da oposição, defendendo coisas que condenaram, quando interpretavam sadiamente à Palavra. Salteadores surgidos depois de Cristo.

Pedro viu os precursores desses e advertiu: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Uns defendem a “eleição incondicional”; “uma vez salvo, sempre salvo”, a Palavra não traz essa doutrina; antes, adverte do risco de perdição, para os que abandonam o Santo Caminho. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, eles, de novo crucificam O Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Podem falar igual aos fiéis, fazer semelhantes obras também, não sendo um dos tais. Essa encenação “cristã” lhes abre muitas portas na terra; a dos céus segue sem uso, por quem não abandona às práticas ímpias. Quem entra por Cristo, necessariamente, muda. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

O Salvador ensinou: “Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23

Antes havia a expectativa de um Ungido Libertador, cujo nome era ignorado; assim, qualquer um, adoecido pela febre da pretensão, poderia sair apregoando de si mesmo, achando-se, dizendo-se o tal.

Depois do Salvador, essa “diversidade” deixou de ser possível; “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4;12

Os farsantes, não podendo mais apresentar seus pífios nomes, passaram a se dizer representantes do “Nome que É sobre todos os nomes.”

Embora sejam necessários e devamos reverenciar pastores humanos, só devemos nos submeter a eles, à medida que eles estão submissos ao Sumo Pastor. Em última análise, “O Senhor É o meu Pastor...”

Qualquer ensino que discorde da sã doutrina, não importa a credencial que seu proponente envergue, pastor, bispo, reverendo, apóstolo... é uma voz estranha ante quem tem discernimento; não deve ser seguida.

A Palavra ensina que o próprio canhoto se transfigura em anjo de luz, os ministros dele, em ministros de justiça. Quem anda pela fé, não por vistas, como devem os salvos, não se deslumbra ante figuras; “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Os ataques contra a fé não se dão quanto ao direito de crer; mas, quanto ao objeto de nossa crença, como advertiu Judas: “... tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça Divina; negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd vs 3 e 4

Nosso risco não é deixar de crer; mas, passar a crer diferente do ensinado pelo Único Pastor. Ele diz: “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

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