segunda-feira, 3 de abril de 2023

Benditos frutos


“Deus reina sobre os gentios; Deus se assenta sobre o trono da Sua Santidade. Os príncipes do povo se ajuntam, o povo do Deus de Abraão; porque os escudos da terra são de Deus. Ele está muito elevado!” Sal 47;8 e 9

Sempre houve uma divisão entre os judeus e gentios, os povos pertencentes às outras nações; isso que nem sempre foi bem compreendido, pelo próprio povo eleito.

Sua escolha lhes dava maior honra e responsabilidade no trato das coisas Divinas, não, exclusividade. Como vimos nos fragmentos do salmo citado, “O Deus de Abraão reina sobre os gentios, os escudos da terra são Dele.” Sua abrangência é global.

Quando da chamada do Patriarca, O Eterno disse-lhe: “Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

Se, cada povo tinha seu “deus” segundo crendices e misticismos, inerentes àquela cultura, diferente de ser, O Senhor, mais um deus tribal, como já li acusações defendendo essa ideia, O Criador escolheu um povo, para, mediante esse, ser conhecido de todos.

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha voz e guardardes a Minha Aliança, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é Minha. Vós Me sereis um reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19;5 e 6

O Senhor reiterou Sua abrangência global, “toda a terra é Minha”; desejava uma nação sacerdotal, um povo separado, cujos frutos e leis excelentes fossem estímulo aos demais povos, para atraí-los a Deus também. “Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isso será vossa sabedoria e vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O invocamos?” Deut 4;6 e 7

Infelizmente, eles não entenderam essa honra e responsabilidade como um chamado representativo, perante os povos; achavam apenas, que tal separação os fazia superiores aos gentios. “Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo...” Os 10;1 Estéril ao Senhor; pra si mesma, frutificava.

O Eterno figurou sua libertação do cativeiro e consequente condução à Terra Prometida, como, trazer uma videira de longe e plantar em boa terra, esperando os devidos frutos. “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando Eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

O que legitima nossa posição, mesmo agora, em Cristo, é produzir os frutos esperados pelo “Agricultor”, senão, malgrado nossa profissão de fé, seguiremos estranhos ao Divino propósito.

A videira foi reputada por falsa, pelos frutos que produziu; então, O Nobre descendente de Abraão, Cristo, ao vir falou: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É O Lavrador. Toda vara em mim que não dá fruto, tira; limpa toda aquela que dá para que dê ainda mais.” Jo 15;13 Não mais problemas com a “videira”, pode haver, com as “varas”.

A Fidelidade do Eterno priorizou o povo eleito, Ele veio judeu, a maioria dos Seus não o quiseram; a abrangência global do Amor seguiu manifesta Nele: “Veio para o que era Seu, os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;11 e 12

Distinção entre judeus e gentios, Nele, acabou; “Porque Ele é nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Ef 2;14 a 16

Paulo situa Cristo, como o cumprimento da promessa: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e sua descendência. Não diz: Às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: À tua descendência, que é Cristo.” Gál 3;16

Em suma, invés de descansarmos observando erros alheios, cabe sermos zelosos quanto aos nossos; pois, se Deus foi severo com quem devia e não frutificou, também o será conosco, caso cometamos o mesmo erro; “... Eu vos escolhi e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...” Jo 15;16

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